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20 abril, 2022

22 janeiro, 2021

Resenha :: Rilla de Ingleside (Anne de Green Gables #8)

janeiro 22, 2021 0 Comentários

  Pode conter spoiler dos livros anteriores.
Confira as resenhas dos primeiros livros da série!

Oi, faroleiros, chegamos ao oitavo livro da série Anne. Neste livro a narrativa e o foco da história é da Rilla, a filha caçula da Anne e Gilbert. Como sempre na história temos abordados fatos sobre todos os personagens que já conhecemos, afinal é uma sequência. De todos os livros da série este para mim foi o mais dramático, se posso dizer assim. A história se passa durante todo o período da Primeira Guerra Mundial, ou seja, temos um livro de um período longo e nebuloso e tudo isso é transmitido na história, contendo, é claro, aqueles momentos divertidos e emocionantes.

19 setembro, 2020

Resenha :: Anne de Green Gables (HQ)

setembro 19, 2020 2 Comentários
*recebido em parceria com o Grupo Editorial Coerência


Olá, faroleiros. Venho hoje expressar a minha alegria com a HQ feita pela Epifania Comics, adaptando o livro Anne de Green Gables. Se você ainda não teve o prazer de conhecer esta história, sério, leia, ela é maravilhosa e a escrita da Lucy só a torna ainda mais prazerosa de se ler. 
E se você tem um filho(a) pequeno (a) e quer lhe despertar o prazer pela leitura, nada melhor que as HQs para isto. Confesso que não assisti à série por saber que ela diverge do livro, então eu amei ter a HQ para visualizar os personagens que tanto amo nesta história.

07 setembro, 2020

Resenha :: Anne de Avonlea

setembro 07, 2020 2 Comentários
*recebido em parceria com o Grupo Editorial Coerência

  Pode conter spoiler do livro anterior.

Confira a resenha de Anne de Green Gables, clicando aqui.


Oi, serzinho! Hoje dei o ar da graça para falar sobre o segundo livro da série que conta a história da ruiva mais amada e cheia de imaginação da literatura. Comecei a ler Anne de Avonlea com expectativas bem altas e sinto alegria em dizer que elas não foram frustradas, na verdade foram superadas.

Isto é algo bom neste mundo:  sempre existe a certeza de que haverá mais primaveras.


Depois do triste acontecimento do livro anterior, que tentou acabar com todas as lágrimas do meu corpo (quase conseguiu), e de a Anne ter desistido da bolsa de estudos (que havia ganhado para cursar a faculdade) para  ficar em Green Gables, a Srta. Shirley, com "dezesseis anos e meio", começa uma nova aventura sendo agora professora na escola de Avonlea. E, claro, ela começa cheia de ideais, planejando métodos de ensino diferentes dos usados na época (lembre-se que esse é um livro clássico, não contemporâneo), querendo usar o afeto como algo essencial para lidar com seus alunos. Mas no livro, como na vida, nem tudo que idealizamos na teoria, funciona 100% na prática. E com a Anne não é diferente. Ela percebe que os desafios em uma sala de aula são inúmeros e que lidar com seus alunos pode ser mais complicado do que esperava, mas nem por isso se desanima e além de ensinar as crianças e conquistá-las, ela mesma irá aprender várias lições.

Entretanto, nunca se sabe o que pode acontecer quando uma professora usa sua influência para o bem.

Paralelo a isso, Green Gables ganha novos moradores, os gêmeos de 6 anos, Dora e Davy, filhos de um primo de terceiro grau da Marilla, já falecido, que ficam órfãos após a morte da mãe. Enquanto a Dora é uma verdadeira dama, cheia de bons modos, Davy é do tipo de criança capaz de dar cabelos brancos, com todas as suas travessuras e perguntas sobre tudo que “quer saber”. Ele, com certeza, arranca inúmeras risadas durante a leitura. E a Anne é quem mais sofre com as perguntas de Davy, mas nem por isso acaba o amando menos. Na verdade, acho que é impossível não amar o Davy, mesmo com tudo o que ele apronta (e acredite, é muita coisa).


— Toda manhã é um novo começo. Em toda manhã, o mundo se renova.

Mesmo com várias responsabilidades, já mostrando certo amadurecimento, a Anne continua cativando as pessoas ao redor (e nós também) com a sua maneira única de enxergar o mundo e tudo a sua volta, e ao lado do meu amado Gilbert, da sua amiga do peito Diana, e de outros amigos, ela conhecerá novos lugares, encontrará novos espíritos irmãos e, claro, se envolverá em várias confusões, sem deixar de lado o caminho para o reino da imaginação, que faz parte dela tanto quanto os cabelos ruivos.

As coisas ruins nem sempre não são tão ruins como imaginamos. A maioria acaba sendo melhor do que se pensa.


Ai, serzinho, preciso dizer o quanto amei esse livro? Porque eu amei e muito. A narrativa em terceira pessoa continua imensamente fluida e viciante. A descrição, como no livro anterior, continua nos fazendo mergulhar para dentro do livro, imaginando cenários super “interessantes” (só eu que estou louca para conhecer a Ilha do Príncipe Eduardo, pessoalmente, um dia?). Fui completamente conquistada pelos diálogos desse livro, assim como fui conquistada em Anne de Green Gables, praticamente marquei o livro inteiro, porque eu simplesmente não consigo não amar tudo desse livro e querer levar para a minha vida praticamente tudo que li.

— Já reparou que — disse Anne, refletindo —, quando as pessoas afirmam se sentir na obrigação de dizer algo, precisamos nos preparar para algo desconfortável? Por que não sentem que também é obrigação delas dizer coisas prazerosas?

Amei “reencontrar” alguns personagens do livro anterior, senti falta de outros (vou ali chorar no canto), e fiquei encantada ao “conhecer” alguns dos novos, como os gêmeos, Dora e Davy, o Paul Irving e o Sr. Harrison. 


Devo pegar todas as minhas ambições e tirar o pó delas.

É incrível acompanhar o amadurecimento da nossa protagonista, e o mais interessante é notar que, mesmo “ficando adulta”, a Anne continua sendo a Anne, a sua essência, o seu jeito “Anne” de ser continua presente, conquistando o nosso coração, como conquistou quando estava com 11 anos. O que mostra que não precisamos “mudar” tudo em nós conforme “crescemos”. Amadurecer é uma coisa, deixar quem somos para trás é outra completamente diferente.

— Eu gostaria de adicionar beleza à vida — disse Anne, sonhadora. — Não quero, exatamente, fazer as pessoas saberem mais, apesar de entender que é a mais nobre das ambições, mas eu amaria fazê-los ter momentos mais prazerosos por causa de mim. Ter um pouco de alegria ou pensamentos felizes, algo que não existiria se eu não tivesse nascido.
— Acho que você faz isso todos os dias.


É esplêndida a forma como esse livro nos enche de lições para a vida e o quanto ele me fez me sentir “bem”, até quando eu não estava tendo bons dias. Gostei muito de o livro mostrar que todos nós estamos propensos a errar, mas que também todos nós estamos propensos a aprender com nossos erros, e que nem tudo e todos são perfeitos o tempo inteiro. Tem dias que vão ser felizes por causa da sua tranquilidade, tem dias que serão difíceis por pequenas coisas, ou pequenos erros que vão acabar com a nossa paciência. Tem dias que serão "dourados", cheios de aventuras e novas descobertas, tem dias em que virão verdadeiras tempestades na nossa vida, mas que manterão o que for essencial e que sempre deixará um motivo para reconstruirmos tudo e melhorarmos a nós mesmos. O que importa é sempre valorizar todos os dias, sempre levando conosco o que eles nos trazem de bom, as lições que cada um deles deixa, sejam eles dias bons ou ruins. Porque hoje podemos cometer equívocos, quebrar algo valioso, mas amanhã podemos descobrir lugares esplêndidos, cheios de flores, cores e vida, tanto em lugares "externos", quanto lugares "internos", dentro de nós.

— No fim das contas — Anne dissera certa vez para Marilla —, acredito que os melhores dias não são aqueles em que coisas muito esplêndidas, maravilhosas ou excitantes acontecem, mas aqueles que trazem os prazeres simples, um seguido do outro, como pérolas caindo de um fio.

Essa edição do Grupo Editorial Coerência está maravilhosa, a começar pela capa, que, com certeza é uma das mais lindas da minha estante. A diagramação está primorosa, com cartas “voando” em todo início de capítulo, bom espaçamento, com páginas bem “limpas”, visualmente falando. As folhas são amarelas, com fonte em tamanho bem confortável para a leitura, até para alguém meio ceguinha como eu (sério, consegui ler alguns trechos até sem óculos).


— (...) É melhor se preparar para o pior.
— Mas não acha que deveríamos nos preparar para o melhor também? — questionou Anne. — É tão provável acontecer o melhor quanto o pior.

Terminei Anne de Avonlea sem nem notar, simplesmente cheguei à última página e pensei em algo como: "Ué, mas já acabou?". Estou meio órfã de Anne desde então. Preciso de Anne da Ilha logo para o bem dos meus nervos (unhas eu já não tenho mais mesmo), já que estou ansiosíssima (no bom sentido) para saber o que se passa na próxima história, principalmente porque o meu lado romântico já está todo iludido pensando no que pode acontecer. Como diria a Anne, o final desse livro me deu tanto alcance para a imaginação, tantas possibilidades! Só estou esperando os meus futuros surtos.

— Bem, todos nós cometemos erros, querida, então deixe isso para trás. Devemos lamentar nossos erros e aprender com eles, mas nunca os levar adiante, carregá-los para o futuro conosco.


Anne de Avonlea é uma continuação cativante, inspiradora, que me conquistou completamente e que me fez amar ainda mais a escrita da Lucy Maud Montgomery e a história que ela criou da ruiva cheia de imaginação, que com certeza é uma das minhas personagens favoritas entre todos os personagens de todos os livros que já li, que protagoniza, sem dúvida, os livros mais bem escritos do mundo, para mim, e que quero reler sempre, até quando estiver uma velhinha gagá. Então, serzinho, não deixe de ler essa linda história (depois de ler Anne de Green Gables, obviamente, porque não quero que você perca nada da história da Anne), por favor, para que você possa ter o seu coração conquistado, como o meu, com certeza, foi.

— (...) Afinal, fazemos nossas próprias vidas onde quer que estejamos (...). A vida pode ser ampla ou estreita, de acordo com o que colocamos nela, não com o que tiramos. A vida é rica e plena aqui… em toda parte… se pudermos aprender como abrir todo o nosso coração à sua riqueza e plenitude.


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Anne de Avonlea
Anne #2
L. M. Montgomery
Ano: 2020
Páginas: 289
Editora: Coerência
Sinopse:
Anne Shirley agora tem “dezesseis anos e meio”. Após desistir de cursar a faculdade para ficar em Green Gables, está prestes a iniciar suas atividades como a professora da escola de Avonlea. Guiada por seus ideais românticos, planeja atuar com métodos de ensino inovadores, mas, com o tempo, acaba percebendo que muitas vezes a teoria é bem diferente da prática. Nada, porém, é capaz de desanimar Anne, que, com o apoio de Gilbert Blythe e de outros jovens de Avonlea, conquista a confiança da comunidade e efetua diversas melhorias no distrito – e também em seus habitantes. Embora cheia de responsabilidades, a jovem continua conquistando todos ao seu redor com seu espírito livre e cativante. Ao lado de sua fiel amiga, Diana Barry, encontra novos espíritos irmãos conforme vai se aproximando cada vez mais da vida adulta, sem deixar para trás suas manias imaginativas e sua facilidade para se envolver em confusões.
Em seu segundo romance, L. M. Montgomery continua conquistando seu público com palavras encantadoras e um enredo bem-humorado. Como não poderia ser diferente em uma história protagonizada por Anne Shirley, a autora segue conduzindo leitores de todas as idades a refletir acerca dos valores que regem nossa sociedade.


Para comprar:

 Livro Físico
 E-book


Dinâmica, inovadora, eclética e arrojada, a Editora Coerência já chega ao mercado revelando seu diferencial: a divulgação dos autores nacionais, que têm tanta dificuldade em se fazerem notar.
Criada não apenas para viabilizar a publicação de autores (ainda) não renomados, a Coerência conta com toda uma equipe de revisores, diagramadores, ilustradores, capistas e assessores, que preparam a obra para que esta chegue com qualidade à casa de milhares de leitores em todo o Brasil.
Foi pensando em fazer com que sonhos tivessem vida que a editora-chefe, Lilian Vaccaro, formulou a Coerência, para que se tornasse não mais do mesmo, e sim um lugar onde o autor pode, acima de tudo, se realizar e ganhar experiência no mercado editorial.


Conheça mais sobre o Grupo Editorial Coerência
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04 agosto, 2020

Resenha :: Vale do Arco-íris (Anne de Green Gables #7)

agosto 04, 2020 5 Comentários

  Pode conter spoiler dos livros anteriores.

Confira as resenhas dos primeiros livros da série!


Oi, faroleiros. Chegamos ao sétimo livro da série Anne. A série continua a narrar o transcorrer da vida de nossa ruiva mais querida, porém agora o foco são seus filhos e os outros moradores do porto de Four Winds e do povoado Glen St. Mary. Foi um sentimento agradável e feliz pegar este livro para ler e me senti retornando para o lar. Uma leitura certa de tirar qualquer estresse ou ressaca literária. É interessante também ver como a fofoca movimenta uma sociedade em qualquer lugar. A diferença é se a fofoca é apenas um relato de coisas que aconteceram ou o aumento de um fato ocorrido ao extremo de se inventar uma história e repassá-la como verdade.


Mas, para as aventuras noturnas não havia nenhum lugar como o pequeno vale atrás do bosque de bordos. Era um reino mágico de sonhos para eles. Uma vez, olhando das janelas do sótão de Ingleside, através da névoa e dos resultados de uma tempestade de verão, as crianças tinham visto o adorado lugar sendo atravessado por um glorioso arco-íris, e um dos extremos parecia afundar-se em um ponto onde o rincão do riacho penetrando no vale.
– Vamos chama-lo de Vale do Arco-íris – disse Walter, encantado, e o lugar ficou conhecido por este nome daí em diante.

Nesta história temos a alegria de ver o desenvolvimento dos filhos de Anne, as particularidades de cada um, bem como também a lição de que a beleza está nos olhos de quem a vê, que com imaginação e bons sentimentos a diversão é garantida e a alegria certa. Estas são coisas que não faltam na mente e no coração das crianças e os filhos da Anne criam em um pequeno recanto da natureza o seu paraíso particular ao qual nomearam de Vale do Arco-íris e com prazer compartilham este lugar especial com seus novos amigos, os filhos do novo pastor Presbiteriano. Outra questão bastante divertida de se observar em toda a série de Anne é a meio que disputa entre os membros da igreja Presbiteriana e Metodistas. É raro a autora citar outra denominação religiosa.


Temos várias aventuras protagonizadas principalmente pelas crianças do clã Meredith, algumas em parceria com os filhos da Anne, estes que por sinal tem suas cotas de aventuras também. E de todos os fatos narrados podemos tirar várias lições para a vida de maneira impressionante. Esta série é uma leitura riquíssima em todos os sentidos. Não podíamos ficar sem aqueles momentos que rimos muito, mas há também aqueles momentos de nos levar às lágrimas. Todos os livros da série possuem um enredo muito rico, pois a história não fica presa a Anne e sua família, na realidade neste livro o foco fica na família dos Meredith, tanto nas crianças, com no seu pai que é viúvo e, segundo o consenso geral das matronas de sua igreja, precisa se casar.


É maravilhosa a maneira que a Lucy narra todos os fatos, principalmente o modo de vida daquela época, nos levando a nos sentir dentro da história e também a refletir e comparar com tantas maneiras que temos vivido atualmente. Eu acredito que teria gostado muito de viver no mesmo lugar que a Anne e ser amiga de toda a sua família. Se tornou um sonho conhecer a Ilha de Príncipe Edward.

Não existe momento, em nossa vivência, em que seja prudente pensar que a vida terminou. Quando imaginamos que a nossa história está finalizada, o destino tem a habilidade de virar a página e nos mostrar que há ainda mais um capítulo.


A quantidade de citações literárias em Anne é maravilhosa e mais especial ainda todas as notas de rodapé que a editora sempre põe em cada livro. A capa é linda e combina perfeitamente com uma cena do livro, a tradução é perfeita. A cada novo livro eu amo mais esta série e a família Blythe. Este é um clássico atemporal com certeza e para qualquer idade.

Boa leitura,

Carol Finco


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Vale do Arco-íris
Anne de Green Gables #7
Ano: 2020
Páginas: 232
Editora: Pedrazul
Sinopse:
O Vale do Arco-Íris é o sétimo livro da série de Anne. O título revela o nome do esconderijo dos seis filhos de Anne Shirley. Após 15 anos casada com Gilbert Blythe, a mãe suspeita do comportamento de seus filhos. A localização do esconderijo Vale do Arco-Íris está ameaçada por uma família que acaba de chegar na comunidade, o clã Meredith. É a família do novo pastor presbiteriano que se mudou para trabalhar na casa paroquial próximo a Ingleside. Ele tem dois filhos e duas filhas e uma tia velha. Os Meredith vão dar o que falar na região.
As surpresas não acabam aí! Uma garota órfã chamada Mary Vance é encontrada em um velho celeiro. Os filhos de Anne, a órfã e os filhos do pastor se juntam no Vale do Arco-Íris. A missão é clara: salvar Mary do orfanato. Enquanto as crianças vivem suas aventuras, o pastor do clã Meredith quer encontrar um amor e um galo de estimação pode acabar na panela.


Para comprar:

Livro Físico

21 maio, 2020

Resenha :: Anne de Green Gables

maio 21, 2020 2 Comentários
*recebido em parceria com o Grupo Editorial Coerência

Oi, serzinho! Você tem um livro que cita para tudo na vida? Que mesmo quando não pode ler o livro inteiro, lê pelo menos uma citação para lembrar do que o livro te ensinou, ou simplesmente para se sentir "bem"? Eu tenho. Para quase tudo eu  tenho uma citação de Anne de Green Gables. Já li e reli, tenho citações marcadas em vários lugares, e sempre levo comigo que esse é um livro para a vida. Não é à toa que ele é um dos meus livros favoritos. Então, esteja avisado que, devido ao meu amor por ele, essa resenha será totalmente parcial, pois terá a opinião de alguém completamente apaixonada pela ruivinha tagarela e pelo universo inteiro criado pela Lucy Maud Montgomery.


Sonhos não se tornam realidade com tanta frequência, não é? Não seria interessante se eles se tornassem?

O livro é narrado em terceira pessoa e conta a história de Anne Shirley, que aos 11 anos foi adotada por engano pelos irmãos Cuthbert, Marilla e Matthew. "Como assim, adotada por engano?" Então, por causa da idade que estava ficando avançada, a Marilla e o Matthew queriam adotar um garoto de dez ou onze anos, amigável e esperto, para ajudar o Matthew nas tarefas das terras de Green Gables (em Avonlea), já que ele estava ficando velho e o coração dele dando certo trabalho. Então mandaram um recado para a Sra. Spencer pedindo um garoto de um orfanato da Nova Escócia. A Sra. Spencer realmente trouxe uma criança de onze anos para os irmãos Cuthbert, e a deixou na estação de trem, enquanto ela seguia viagem. Mas por um erro comunicação (quase pior que aquela brincadeira do telefone sem fio, que quem começa fala uma coisa, e o último escuta algo diferente), quando o Matthew chega para buscar a criança, encontra, em vez do garoto que queriam, uma menina ruiva, cheia de sardas, com uma mala velha com todos os seus pertences terrenos, a Anne (com "e" no final, nunca se esqueça!).


Eu sempre fico triste quando coisas prazerosas acabam. Algo ainda mais prazeroso pode vir depois, mas nunca temos certeza a tempo. E é tão recorrente não surgir nada melhor depois... Pelo menos essa tem sido a minha experiência.

Ahhh, Anne! Depois de ficar órfã ainda bebê, viver com duas famílias que não lhe davam nem um pingo de amor e morar em um orfanato, finalmente ela encontra um lar! Parece um sonho! Mas, infelizmente, eles não pretendiam adotar uma menina, principalmente uma tão peculiar, então o "certo" (pelo menos para a Marilla, já que o Matthew logo foi conquistado pela ruivinha) seria devolvê-la. Mas, depois de se renderem aos encantos desse serzinho cheio de imaginação, ocorre uma mudança de planos e, para a alegria da Anne (e a nossa), ela fica em Green Gables. E a sua permanência muda não apenas a sua vida, mas também a dos irmãos Cuthbert, e (por que não?) a de todos à sua volta.


Não é esplêndido que haja tantas coisas neste mundo para se gostar?

Mas isso é apenas o início. E nesse primeiro livro da série, acompanhamos a nossa querida Anne, dos 11 até seus 16 anos, passando por diversas encrencas, aventuras ao lado de sua amiga do peito, Diana, competições com o seu "rival" na escola, Gilbert, questionamentos, e inúmeros aprendizados que a ajudam a amadurecer, mas sem nunca perder a sua essência, o seu jeito "Anne" de ser.

Desde que cheguei a Green Gables, cometi erros, e cada um deles me ajudou a reconhecer e a consertar alguns defeitos.


Esse livro é tão, mas tão esplêndido! A narração é maravilhosamente fluida, tão bela e poética quanto um jardim florido. Presenteando-nos com uma lição de vida a cada capítulo. E o que dizer da descrição? É tão perfeita, que a minha imaginação me fez pensar nos cenários mais lindos, tanto que quase fiz uma mala para me mudar para a Ilha do Príncipe Eduardo (Tchau, mãe! Estou indo para o Canadá!), mas aí lembrei que não podemos viajar agora, e mesmo se pudéssemos, eu não teria dinheiro para isso. Então, é melhor continuar viajando através da imaginação apenas, mas acho que a Anne concordaria comigo que viagens assim também podem ser incríveis, se usarmos todo o alcance da nossa imaginação.

— Que dia maravilhoso! — disse Anne, inspirando fundo. — Não é bom simplesmente estar viva em um dia como este? Eu tenho pena das pessoas que ainda não nasceram por perderem isto. Elas poderão ter bons dias, claro, mas nunca poderão ter este aqui.


Os diálogos em Anne de Green Gables são um caso de amor à parte, principalmente as falas da Anne. Parece que a cada vez que ela falava, eu marcava uma citação. Mas como não amar tudo o que ela fala? Tudo o que ela é? Até porque, com a sua imaginação a máxima potência e com sua visão sonhadora, romântica, dramática e curiosa do mundo, ela pode conquistar o coração de todo leitor, o meu, com certeza, ela conquistou, cada pedacinho.

Há tantas Annes diferentes em mim. Às vezes acho que é por isso que sou uma pessoa tão problemática. Se eu fosse apenas uma Anne, seria muito mais confortável, mas não seria tão interessante assim.


Os personagens são muito bem desenvolvidos, para não dizer apaixonantes, cada um do seu jeito: o Matthew, com a sua timidez, a Marilla, com a sua postura mais rígida, e a minha amada Anne, com a sua imaginação, tagarelice, personalidade forte, inteligência e falta de sorte (porque, oh, menininha, que parece ser perseguida por problemas, viu?). Não sei se aconteceu apenas comigo ou não, mas, apesar das diferenças entre eles, eu me vi muito em cada um. Se eles existissem na vida real, eu gostaria muito que eles fossem três dos meus espíritos irmãos. Os personagens secundários também são maravilhosos, só não vou falar de cada um, para não me estender mais ainda e acabar soltando um spoiler sem querer. Eu até queria poder expressar o meu amor por certo personagem (leia-se Gilbert), mas você ainda não está pronto para essa conversa.

É melhor guardar pensamentos queridos e bonitos e mantê-los no coração, como tesouros.


Antes que eu me esqueça, preciso falar de quão linda é essa edição do Grupo Editorial Coerência. Eu poderia emoldurar essa capa e escrever um poema de amor para ela toda semana (se eu tivesse talento para isso, obviamente). A diagramação está impecável, com borboletas lindas em todo início de capítulo e bom espaçamento. As folhas são amareladas, com fonte em tamanho confortável para a leitura, até para alguém meio ceguinha como eu. Para vocês entenderem melhor a beleza desse livro, vou usar uma fala da própria Anne:

— Bonito? Oh, “bonito” não parece a palavra certa a se usar. Nem “lindo”, também. Elas não vão longe o suficiente. Oh, era maravilhoso... maravilhoso! É a primeira coisa que já vi que não pode ser melhorada pela imaginação.

Eu sou muito ansiosa, e principalmente em tempos como esse fica difícil controlar, não é? Mas ler esse livro me ajudou, me trouxe certa paz, sabe? Anne de Green Gables é um raio que luz que brilha na escuridão ao nosso redor, brilha mais que uma estrela iluminando as partes escuras da nossa vida, nos tirando das profundezas do desespero, trazendo esperança de que o amanhã pode ser melhor.

Pagamos um preço por tudo o que obtemos ou recebemos neste mundo, e, embora valha a pena ter ambições, elas não são conquistadas a um preço baixo; em verdade, exigem trabalho duro e abnegação, e muitas vezes causam ansiedade e desânimo.


Eu já li mais de mil livros na minha vida, e dentre todos eles, preciso dizer que Anne de Green Gables é um dos melhores livros já escritos no mundo. Há quem discorde? Provavelmente. Eu ligo? Nem um pouco. Porque a cada vez que leio esse livro, eu me sinto alguém melhor, e queria que todas as pessoas se sentissem assim também, lendo esse livro esplêndido pelo menos uma vez. Então, serzinho, não deixe de ler esse livro e deixar a Anne conquistar cada pedacinho de você, como conquistou cada pedacinho de mim.

Não é interessante pensar em todas as coisas que existem para serem descobertas? Isso faz eu me sentir feliz por estar viva, é um mundo tão interessante… Não seria nem metade tão interessante se soubéssemos de tudo, seria? Não haveria alcance para a imaginação, haveria?


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Anne de Green Gables
Anne #1
L. M. Montgomery
Ano: 2020
Páginas: 320
Editora: Coerência
Sinopse:
Anne Shirley é uma órfã muito peculiar. Com a notícia de sua adoção, segue animadamente para Green Gables, na Ilha do Príncipe Eduardo, mas rapidamente descobre que os irmãos Marilla e Matthew Cuthbert na verdade queriam adotar um garoto que pudesse ajudar nos afazeres da fazenda. Apesar do engano, a menininha ruiva de onze anos conquista sua nova família com suas manias imaginativas e sua dramática — ou romântica — forma de encarar a vida. Seus desafios, contudo, estão apenas começando. Guiada por pensamentos à frente de seu tempo e por uma vontade irresistível de questionar tudo ao seu redor, ela terá de encontrar seu lugar em Avonlea ao mesmo tempo em que luta para se manter longe das encrencas que parecem persegui-la. Além disso, caberá à jovem otimista conquistar também o restante da comunidade, que, composta em maioria por pessoas conservadoras, não está acostumada ao seu espírito expansivo e revolucionário.


Para comprar:

 Livro Físico
 E-book


Dinâmica, inovadora, eclética e arrojada, a Editora Coerência já chega ao mercado revelando seu diferencial: a divulgação dos autores nacionais, que têm tanta dificuldade em se fazerem notar.
Criada não apenas para viabilizar a publicação de autores (ainda) não renomados, a Coerência conta com toda uma equipe de revisores, diagramadores, ilustradores, capistas e assessores, que preparam a obra para que esta chegue com qualidade à casa de milhares de leitores em todo o Brasil.
Foi pensando em fazer com que sonhos tivessem vida que a editora-chefe, Lilian Vaccaro, formulou a Coerência, para que se tornasse não mais do mesmo, e sim um lugar onde o autor pode, acima de tudo, se realizar e ganhar experiência no mercado editorial.


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