Oi, faroleiros, chegamos ao oitavo livro da série Anne. Neste livro a narrativa e o foco da história é da Rilla, a filha caçula da Anne e Gilbert. Como sempre na história temos abordados fatos sobre todos os personagens que já conhecemos, afinal é uma sequência. De todos os livros da série este para mim foi o mais dramático, se posso dizer assim. A história se passa durante todo o período da Primeira Guerra Mundial, ou seja, temos um livro de um período longo e nebuloso e tudo isso é transmitido na história, contendo, é claro, aqueles momentos divertidos e emocionantes.
– Saborear a vida? Eu quero devorá-la! – exclamou Rilla, rindo. – Eu quero tudo... tudo o que uma moça pode ter. Vou completar quinze anos daqui a um mês, e então ninguém mais vai poder dizer que sou uma menina. Ouvi alguém dizer certa vez que os anos entre os quinze e os dezenove são os melhores na vida de uma moça. Vou fazer com que eles sejam perfeitamente esplêndidos. Vou enchê-los de diversão.
A história começa nos apresentando uma menina linda, de coração até bondoso, mas fútil em sua vaidade e juventude. A Rilla é uma garota que entrou na sua adolescência querendo diversão, sem nenhum sonho concreto para o futuro. Uma moça sem ambição e ideal, que vive o presente. É um relato muito sincero de como é a maioria das pessoas nesta jovem idade.
Porém tudo muda com o anúncio da guerra e a entrada do Canadá participando da mesma ao lado da Inglaterra, e o alistamento dos jovens de Ingleside. Tendo as irmãs na faculdade, a Rilla fica sozinha em casa com os pais e Susan, a governanta da família. Há também uma nova personagem na história, que passou a morar na casa dos Blythes, a professora Gertrude Oliver que leciona em Lowbridge e, apesar da idade, é muito amiga de Rilla.
Eu terminei meu sexto par de meias hoje. Com as três primeiras, tive que pedir a Susan que fizesse os calcanhares para mim. Logo, achei que isso era um pouco de covardia, então aprendi a fazer eu mesma. Eu odeio tricotar, mas tenho feito tantas coisas que odeio, desde o dia quatro de agosto, que uma a mais ou uma a menos não importa.
Foi lindo ler sobre o amadurecimento e o crescimento da Rilla. É impressionante também a narrativa da autora sobre a vida e sentimentos das pessoas durante este período tão difícil. A tradução da Pedrazul está excelente, as notas de rodapé também são fundamentais para uma leitura mais entendida. Eu só gostaria que a fonte fosse um pouco maior. Um livro nota 5/5 sem dúvida e um ótimo fechamento para a série, afinal ninguém gostaria de ler sobre o falecimento de nosso tão amado casal.
Poderia falar muito mais, porém não gostaria de
estragar a leitura de ninguém. Então leia esta série maravilhosa e apaixone-se
você também pela Anne, sua família e seus amigos.
Boa leitura,
Carol Finco
Informações Técnicas do livro
Rilla de Ingleside
Anne de Green Gables #8
Tradução:
Tully Ehlers
Ano:
2020
Páginas:
276
Editora:
Pedrazul
Sinopse:
Os filhos de Anne e Gilbert eram rapazes e moças, exceto a adolescente Bertha Marilla, chamada carinhosamente de Rilla, o “bebê” da família. Mas Rilla odiava ser chamada de criança e queria que todo mundo pensasse que ela já tinha 15 anos, especialmente o belo Kenneth Ford. No barulhento e amoroso lar, a única preocupação da empregada Susan era se o gato Dr. Jekyll se transformaria em Mr. Hyde, pois quando isso acontecia, o doce bichano virava uma verdadeira criatura do mal. Para Rilla, suas únicas preocupações eram qual vestido usaria em seu primeiro baile no farol e se seria deixada no banco. Muito pouco provável, pois a moça era adorável. Mas uma nuvem pairava sobre o mundo e sobre Glen St. Mary, a Primeira Guerra Mundial, e tudo seria mudado para sempre! O que acontecerá com os filhos de Anne que foram para a guerra? O cão Segunda-feira esperará por Jem para sempre naquela estação? O que será do bebê órfão de guerra?
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