23 outubro, 2020

# @efinco # Cath Crowley

Resenha :: Graffiti Moon

*recebido em parceria com a Editora Valentina

Olá, pessoa. Quando vi a sinopse desse livro senti saudades dos dias em que morei em São Paulo. Além de ter ficado intrigada com a capa. E a vontade de ler só ficou maior. E, agora que li, posso dizer: “que bom que li!”. E nas próximas linhas espero explicar o porquê.


Essa história tem uma narrativa em primeira pessoa, porém alternando entre três personagens: Lucy, Ed e o Poeta, sendo que esse fala através de suas poesias. Então nem sempre a narrativa será feita por palavras, às vezes fica por conta da descrição das artes, em uma linguagem simples e clara, sem ser caricata em momento nenhum.



A autora nos coloca nesse romance urbano de uma forma envolvente e moderna, apesar de que os dramas são os mesmos desde que o mundo é mundo, quando ainda não se é adulto, muito menos criança. E, enquanto acompanhamos os personagens nessa zona cinza, vamos junto com Lucy tentar desvendar o mistério de “quem é o Sombra?”. Mas vamos por partes.

 

O livro começa nos apresentando Lucy Dervish. Filha de uma romancista/dentista e uma pai ator/mágico que, por tanto amarem as artes, apoiam sua filha a seguir seu grande amor, na arte dos vidros feitos por sopro. Somos apresentados ao básico dessa arte de uma maneira bastante gostosa e que nos leva a entender o fascínio de Lucy pelo grafiteiro Sombra.


É disso que gosto na arte, o que você vê às vezes diz mais sobre quem você é do que sobre o que está na parede.


Claro que o segredo é restrito a Lucy e quem está lendo logo vai ficar sabendo quem é o artista, que nos explica, além de sua arte, a diferença entre grafite e vandalismo. O que separa a arte da pichação e como, ainda sim, existem zonas em que ambas se encontram e se repelem.



Edward Phil Skye está sem emprego e precisa encontrar um novo caminho para si, porque o abrigo que tinha encontrado, após abandonar a escola, na amizade de Bert, amigo que lhe deu emprego e o carinho que nunca recebeu do pai ausente, se perdeu com a morte de Bert e a venda da loja, tornando as coisas ainda mais difíceis para ele, que tem nas pinturas a única forma de expressar seus sentimentos. Mas, enquanto ele tiver sua mãe e seu amigo Leo, ele sabe que de alguma forma as coisas ainda ficarão bem.

 

Eu curti os diálogos recheados de referências e um rodapé incrível para quem, como eu, não reconheceu todas. As conversas giram em torno dos eventos que ocorreram durante os anos do ensino médio. Mas, nesse dia, tudo o que importa é que o ano letivo acabou, aliás, o último ano do ensino médio. Lucy planejou a maneira perfeita de comemorar: nessa noite, finalmente, ela encontrará o Sombra, o genial e misterioso grafiteiro, cujo fantástico trabalho se encontra espalhado por toda a cidade. Ele está de spray na mão, escondido em algum lugar, espalhando cor, desenhando pássaros e o azul do céu na noite. E Lucy sabe que um artista como o Sombra é alguém por quem ela pode se apaixonar — se apaixonar de verdade.


Eu disse que ele estava sonhando. Ele me respondeu que sonhar é o único jeito de se chegar a algum lugar.


Quando Ed conta para Lucy que sabe onde achar o Sombra, os dois, de repente, se juntam em uma busca frenética aos lugares onde sua arte, repleta de tristeza e fuga, reverbera nos muros da cidade. Mas Lucy não consegue ver o que está bem diante dos seus olhos.



Os diálogos muitas vezes ficam alternados nas narrativas e, ao contrário do que pode parecer, ficam mais fluidos e nem um pouco cansativos. Os personagens vão conquistando e cativando, à medida que vamos os conhecendo, porque a autora mostra a personalidade de cada um e vai, aos poucos, criando uma intimidade leve, mas forte o bastante para nos envolver em seus dramas e criar aquela torcida para que tudo dê certo e ainda tenha romance.


— Você é divertido, e não poderia ser se não fosse inteligente. Meu pai diz que é mais difícil fazer rir do que fazer chorar.

— Porque sempre se pode socar alguém pra fazer chorar.


Eu terminei a leitura extremamente animada, porque o livro me entregou tudo que prometeu ser: uma aventura emocionante e perigosa, como um grafite clandestino. Uma noite de arte e poesia, humor e autodescoberta, expectativa e risco e, quem sabe, amor verdadeiro onde amigos, novos e antigos amores descobrem que uma noite tanto esconde, quanto revela os segredos e paixões, desde que se tenha o coração aberto para viver intensamente. Boa leitura e divirta-se!



Preciso dizer que a capa fica duas vezes mais bonita após a leitura. Os detalhes do título em relevo e as cores da capa ganham um novo significado, em uma encadernação e impressão ótimas, papel e fontes perfeitos para a leitura. Diagramação excelente e uma tradução que me agradou muito. Uma excelente revisão e todo o capricho da editora nas orelhas e detalhes.



Nota ::  4,5



Informações Técnicas do livro

Graffiti Moon

Um artista, uma sonhadora, uma noite, um significado. O que mais importa?

Cath Crowley

Tradução: Marina Slade

Ano: 2015

Páginas: 240

Editora: Valentina

Sinopse:

Uma aventura emocionante e perigosa como um grafite clandestino. Uma noite de arte e poesia, humor e autodescoberta, expectativa e risco e, quem sabe, amor verdadeiro.

O ano letivo acabou, aliás, o último ano do ensino médio. Lucy planejou a maneira perfeita de comemorar: essa noite, finalmente, ela encontrará o Sombra, o genial e misterioso grafiteiro, cujo fantástico trabalho se encontra espalhado por toda a cidade. Ele está de spray na mão, escondido em algum lugar, espalhando cor, desenhando pássaros e o azul do céu na noite. E Lucy sabe que um artista como o Sombra é alguém por quem ela pode se apaixonar — se apaixonar de verdade.

A última pessoa com quem Lucy quer passar essa noite é o Ed, o cara que ela tem tentado evitar desde que deu um soco no nariz dele no encontro mais estranho de sua vida.

Mas quando Ed conta para Lucy que sabe onde achar o Sombra, os dois de repente se juntam numa busca frenética aos lugares onde sua arte, repleta de tristeza e fuga, reverbera nos muros da cidade. Mas Lucy não consegue ver o que está bem diante dos seus olhos.



Para comprar:

 Livro Físico

 E-book


Para a Editora Valentina, leitura é, acima de tudo, entretenimento.
Olho vivo e faro fino.
Esse é, na verdade, o lema de todo grande editor. E a pinscher dessa editora encarna esse lema como ninguém.


Conheça mais sobre a Editora Valentina
em seu site e redes sociais:
Site │ Instagram │ Facebook │ Twitter

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por seu comentário!! Bem-vindo(a) ao Clube do Farol!