O segundo livro da série Os Sete Reinos não decepcionou nem um pouco, inclusive ouso dizer que foi melhor do que o primeiro livro, que, para mim, já havia sido incrível! Mas vamos à história.
"Na temporada anterior dos Sete Reinos..." — voz de locutor
Depois de perder sua mãe e a irmã Mari e descobrir
que é o último descendente mago do Rei Demônio e que os braceletes que usava
desde bebê eram a única coisa que o impedia de usar sua magia, Han Alister
parte para Vau de Oden para estudar magia na academia Mystwerk, com seu amigo
Dançarino de Fogo (que ele descobre ser
também mago, apesar de ser dos clãs das montanhas). Banhado no luto, sede
de justiça e sem outra perspectiva de vida pela frente, ele aceita que os clãs
financiem seus estudos na academia em troca de ser uma “arma” para os clãs contra o poder dos magos que eles tanto
odeiam.
... eles tinham esperança de que Han Alister, o amaldiçoado pelo demônio, se mostrasse uma grande arma contra o poder crescente do Conselho dos Magos.
Enquanto isso a princesa herdeira Raisa também está
fugindo de Fells para Vau de Oden, para não ser obrigada a se casar com o filho
do Grão Mago, Micah Bayar, indo assim contra o acordo feito desde a Cisão que
proíbe as rainhas da linhagem Lobo Gris a se casarem com Magos. Diferente de
Han, ela vai para cidade frequentar a academia Wien para formação de soldados,
disfarçada de Rebecca Morley, junto com seu capitão da guarda, Amon Byrne, que
é o único que sabe de sua verdadeira identidade (e por quem ela é apaixonada).
Talvez ela quisesse descobrir o que realmente está acontecendo no mundo para que ela pudesse ser uma governante melhor.
Agora em que pé estamos? Muita confusão e novas
informações para apenas um livro, eu sei. Mas uma coisa que aprendi sobre a
escrita de Cinda Williams Chima é que
ela não é uma mulher apressada no seu desenvolvimento, é isso é completamente
satisfatório para mim.
Em A Rainha Exilada temos dois momentos
importantes. O primeiro que é o caminho percorrido pelos protagonista até a
cidade de Vau de Oden. E a autora não se apressa para que em um passe de mágica
eles já estejam lá nas suas respectivas academias, na verdade eles passam um
bom tempo na estrada, separadamente e em tempos diferentes, óbvio, o livro
continua dividido no ponto de vista do contexto de Han e Raisa. O segundo
momento é dos estudos deles na academia que é muito mais interessante afinal.
Somos todos ladrões, de um tipo ou de outro.
Existe um longo tempo que decorre até o reencontro
de Han com Rebecca (como ele a conhece desde
o sequestro do primeiro livro não sabendo que ela é a princesa). Como
eu disse não temos uma autora apressada aqui (risos). Mas o lado bom de tudo isso é que, conforme tudo vai se
desenvolvendo, em nenhum momento fica maçante o desenrolar da história,
conseguimos acompanhar o aprendizado pesado de Raisa na academia Wien tentando
passar por uma cadete “comum” e o
aprendizado de Han em Mystwerk que, na minha opinião, foi bem mais movimentando
e interessante ainda mais tendo que estudar com os dois filhos do Grão Mago (Micah e Fiona), cujo pai é responsável
por assassinar a mãe e irmã de Han, além de que ainda querem recuperar o
amuleto que Han tirou de Micah.
Aquela era a questão. No mundo dos sangues azuis, seu inimigo jantava e dançava com você, falava bonito na sua frente enquanto dava a volta para esfaqueá-lo pelas costas.
Durante a história vemos o aparecimento de Corvo,
um mago misterioso que ajuda Han a aprender novos feitiços e que parece odiar
os Bayar tanto quanto ele (ou até mais).
Mas Alister terá que descobrir se o inimigo do seu inimigo é realmente seu
amigo, além de se ver preso por mais maquinações políticas dos magos do que ele
esperava.
Não posso negar que, apesar de Raisa ser uma
personagem interessante, inteligente e ter uma personalidade marcante, o ponto
alto da série Os Sete Reinos é a figura de Han Alister e seu desenvolvimento
como ladrão a mago poderoso, até os secundários em volta dele são bem mais
cativantes, como Dançarino e Cat. Os Bayar, por exemplo, que os dois conhecem
em contextos diferentes, conseguem ficar com personalidades mais “atrativas" na sua narrativa, mesmo
o livro sendo em terceira pessoa.
Apesar da personalidade de Han se sobressair da de
Raisa, os dois juntos não tem como não gostar, eles têm química, física,
história e todas as disciplinas possíveis juntos. E nada foi feito de forma
abrupta como costumamos ver em romances literários. Vale muito a pena
acompanhar o crescimento deles e, pelo final desse livro, já sabemos que as
coisas para esses dois ficarão bem mais complicadas. As verdades que escondem
um do outro uma hora serão reveladas, e a ansiedade bate para ver no que vai
dar. Boa Leitura.
Informações Técnicas do livro
A Rainha Exilada
Os Sete Reinos #2
Tradução: Regiane
Winarski e Ana Resende
Ano: 2014
Páginas:
456
Editora: Suma
de Letras
Sinopse:
Depois de ter a
família assassinada por Lorde Bayar, Han Alister faz um acordo com os clãs:
eles bancarão seus estudos na Academia Mystwerk em troca de ajuda contra o
Conselho dos Magos. Han logo aprende a se transportar para o mundo mágico de
Aediion, onde conhece Corvo, um mago poderoso que oferece lhe ensinar magia
avançada e uma parceria para destruir os Bayar. Mais um acordo do qual ele
espera não se arrepender depois. Em A Rainha Exilada, segundo volume da série Os
Sete Reinos, a princesa-herdeira de Fells, Raisa ana'Marianna, foge de seu
reino para escapar de um casamento indesejado. Ela acredita que só a Academia
Wien pode oferecer o que precisa para ser uma boa rainha para Fells, por isso
decide se passar por uma estudante comum na escola militar. Quando os caminhos
de Han e Raisa se cruzam novamente, é difícil resistir à conexão imediata que
sentem. Embora não possam revelar sua verdadeira identidade, os dois estão
destinados a mudar tanto a vida um do outro quanto o futuro de todo o Reino de
Fells.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário!! Bem-vindo(a) ao Clube do Farol!