Resenha :: O Mago de Batalha (Conjurador #3)

  Pode conter spoiler dos livros anteriores.

Confira as resenhas dos primeiros livros da trilogia!

Resenha :: O Aprendiz

Resenha :: A Inquisição

Esse, com certeza, é um dos livros mais difíceis de resenhar para mim. Primeiro por ser de uma trilogia que amo muito, mas também por achar que me empenhei muito na resenha dos dois primeiros e eu não achar palavras boas suficientes para esse terceiro e último livro de Conjurador. Tipo, o que mais eu posso dizer desse universo para convencer vocês de lerem essa trilogia desesperadamente?

Eu enfatizei nos meus textos sobre O Aprendiz e A Inquisição (livros anteriores) que o autor Taran Matharu se inspirou em Harry Potter, Senhor dos Anéis e Pokémon, e com essas referências conseguiu trazer um universo louco e único. Pensando em cada descrição de demônios que este livro traz, acabo, sinceramente, querendo muito entrar na mente do autor! Ele para mim é genial e transparece isso na sua escrita leve e que envolve.  

  

Mas preciso falar mais desse último livro, desde o susto com o final de A Inquisição, a ansiedade para ler O Mago de Batalha estava a mil, e posso garantir que não me decepcionei nem um pouco. Depois de serem traídos e encurralados no território dos Orcs, o grupo de Fletcher, Sylva, Otelo, Cress e a recém-resgatada Alice acabam tendo como única alternativa fugir para o Éter, que é o mundo dos demônios, que não tenho como deixar de pensar nele como o Digimundo (risos).

É nesse Digimundo que se passa a primeira parte de O Mago de Batalha e posso garantir que é completamente sensacional. Com certeza esse é o livro mais movimentado da trilogia, as descrições, os perigos, tudo era envolvente e fácil de imaginar, não estava nem na metade do livro e já parecia que estava chegando ao fim de tanto que as coisas se desenrolavam para uma quase batalha final. 

  

Mas estamos falando de Taran Matharu meu povo! Cada livro tem duas facetas, duas histórias que vão se desenrolar e não nos deixar respirar. Sério, ele me deixa sem ar — e nem só por ele ser belíssimo. Assim como nos livros anteriores, tem duas partes que não são exatamente divididas, foi só uma percepção de leitura que me fez dividir, então quando eu achei que o Éter já era sensacional, veio todo o desenrolar das manipulações políticas, que podem dividir de uma vez as três raças — homens, anões e elfos — e desencadear uma guerra civil no meio de ameaças de uma guerra maior contra os Orcs. É uma loucura muito bem escrita e de acabar com o nosso coração de leitor. Sensacional!

E posso dizer que pude me encantar mais também por cada personagem secundário. Sylva se mostra mais presente e com os sentimentos aflorados, principalmente por conta da perda de seu demônio no livro anterior e os sentimentos por Fletcher. Otelo, meu anão favorito, é de uma lealdade e amizade invejável. Cress, que surgiu em A Inquisição, finalmente conseguimos ver mais dela, e é apaixonante, corajosa e sensível, mostra isso principalmente em relação a Alice, que está com a mente perdida depois de tantos anos em cativeiro, é tão cativante o desenrolar dela e o cuidado que os outros e os demônios têm por ela. 

  

Falando em demônios, Ignácio se mostra cada vez mais poderoso, nosso pequeno — não tão pequeno — é um demoniozinho feroz. Atena, sábia e carinhosa, é minha grande fofura. E nosso protagonista Fletcher cresce com esses seus demônios (positivamente), eu o amo desde o primeiro livro, mas aqui ele se torna mais forte, não falando apenas de poder de fogo, mas uma figura de liderança e autoridade surpreendente, bem mais do que vimos no livro anterior. Ele resgata suas origens nobres, mas com acréscimo de sua criação plebeia, e sua inteligência é mais destacada e sua relação com o pai adotivo é de aquecer o coração.

Acho que não tenho muito mais do que falar sobre sem revelar de mais, mas foi uma das trilogias que mais amei ler e vou sentir muita falta de acompanhar, espero poder ler mais livros de Taran e que seja cada vez mais reconhecido. Agora é hora de eu guardar minhas pokébolas e também deixar esse Digimundo de referências. Agora eu escolho você para ler. ♡

 

Não havia nenhum triunfo naquela vitória. Somente tristeza. Somente perda. 

— Nós vencemos.

Informações Técnicas do livro

O Mago de Batalha 

Conjurador #3 

Taran Matharu 

Tradução: Ana Carolina Mesquita 

Ano: 2017 

Páginas: 392 

Editora: Galera Record 

Sinopse: 

A habilidade de um jovem em conjurar demônios vai mudar o destino de um império. O último livro da trilogia Conjurador 

  

Depois de escapar da pirâmide sagrada, no coração do mundo órquico, Fletcher e seus amigos estão presos no éter. Agora precisam voltar para casa, enquanto enfrentam os inimigos mais aterradores. No entanto, o grupo conta também com a ajuda de novos e poderosos aliados, além dos companheiros de sempre. Mas isso não é nada comparado ao que está acontecendo com a Salamandra de Fletcher. Ignácio parece cada vez mais poderoso no éter e ninguém sabe o que está acontecendo. Para piorar, a nêmesis de Fletcher, o orc albino Khan, tem um plano para destruir toda Hominum. 

O desfecho épico da trilogia Conjurador que mistura clássicos da fantasia como Senhor dos Anéis e Harry Potter com fenômenos de popularidade, como Pokémon.