Olá, pessoas, quem resiste a um livro com uma capa linda e uma sinopse maravilhosa? Não eu, definitivamente. E esse livro chegou ignorando a TBR e agora conto como foi a leitura para vocês.
A história é contada em primeira pessoa, que está vivendo a narrativa. Então, ao longo da história, vamos vendo o fato do ponto de vista desse personagem. A história se divide em oito partes, sendo a primeira uma apresentação de todos os personagens e, claro, o ponto de partida de todas as histórias.
Num piscar de olhos, aquela inconveniente loja de conveniência voltou a ser o seu espaço. A sensação era que estava voltando como uma presença VIP.
A simpática e gentil senhora Yeom, uma professora de história aposentada, perdeu sua bolsinha na estação. Mas graças ao bom Deus que sempre a protege, assim que deu falta dos seus pertences, recebeu uma ligação de um telefone público informando que tinham sido encontrados. Ela fica tão grata que resolve levar Dok-go até sua loja de conveniência para lhe dar de comer. Ao ver a felicidade estampada em seu rosto, ela diz que ele pode passar lá todo dia e pegar uma marmita.
Empatia. Colocar-se no lugar dos outros foi algo que aprendi só depois de me desviar do meu caminho.
E a partir desse ato de gentileza, vamos acompanhar o desdobramento de gentileza, gerando gentilezas, como pregava o profeta Gentileza. Voltando ao livro, Por uma reviravolta do destino, Dok-go acaba salvando a loja de um assalto. E, mesmo que os funcionários não confiem tanto assim nele, a senhora Yeom oferece ao homem com aparência de urso a vaga do turno da noite.
Depois, Shi-hyeon é a funcionária que acaba por ter que treinar Dok-go. E aqui, começamos a conhecer a importância das lojas de conveniências na cultura sul coreana, como são classificados os clientes que dão trabalho e a olhar sem o filtro do julgamento as pessoas em situação de rua. A convivência com Dok-go, um termo que me pareceu ser usado como "João ninguém", Shi-hyeon acaba por ajudar Dok-go que devolve a ajuda, mudando completamente a vida de ambos.
Os membros de uma família também são como clientes; na verdade, são convidados na nossa jornada da vida, não são? Sejam eles convidados de honra ou convidados indesejados, se os tratarmos como clientes, ninguém sairá machucado.
Achei muito interessante saber como a situação de rua afeta uma pessoa, e como sua aparência contribui para que o distanciamento e apagamento da sociedade aumente. E isso não é apenas no sentido metafórico, afinal Dok-go não tem lembranças do seu passado, mas sabe que daria tudo para beber uma dose de soju.
Quando achou a bolsinha com documentos e uma carteira, ele não fazia a menor ideia de que sua vida está prestes a mudar. E sendo ponto central nas sete primeiras partes, vamos nos encantando com ele e com os outros personagens nos perguntando mais a respeito da história e quem realmente seria Dok-go. Com certeza, antes de estar em situação de rua e com amnésia, ele veio de algum lugar e tinha uma outra vida.
O rio não era um lugar para se cair, mas para se atravessar. Uma ponte era um caminho por onde passar, não um lugar de onde pular.
Assim, vamos nessa jornada com ele até a última parte, onde vamos conhecer quem era Dok-go antes de ganhar essa alcunha e termos acompanhado, nas sete partes anteriores, o desenrolar de segundas chances e como a solução de problemas aparentemente insolúveis estava mais perto do que se imaginava. E o momento em que o nosso, agora, querido homem-urso começa a lembrar aquilo que a todo custo vinha querendo esquecer.
Uma linda história, perfeita para quem ama a escrita do Paulo Coelho, mas talvez decepcione quem espera algo como Dorama. Afinal nessa história não temos romance, mas uma linda jornada de vida, onde fica muito claro que ninguém é uma ilha, por mais que se isole do mundo e de si mesmo. Boa leitura e divirta-se.
Informações Técnicas do livro
Kim Ho-yeon
Título Original: 불편한 편의점
Tradução: Jae Hyung Woo
Ano: 2023
Páginas: 272
Edição: Bertrand Brasil
Sinopse:
Best-seller na Coreia do Sul, A inconveniente loja de conveniência, de Kim Ho-yeon, é um romance sobre segundas chances e sobre como a solução de problemas aparentemente insolúveis pode estar mais perto do que se imagina.
Dok-go mora na Estação Seul e passa seus dias olhando para a mesma loja de conveniência. Ele não tem lembranças do seu passado, mas sabe que daria tudo para beber uma dose de soju. Quando acha uma bolsinha com documentos e uma carteira, ele não faz a menor ideia de que sua vida está prestes a mudar.
A senhora Yeom, uma professora de história aposentada, perdeu sua bolsinha na estação. Mas graças ao bom Deus que sempre a protege, assim que deu falta dos seus pertences, recebeu uma ligação de um telefone público informando que tinham sido encontrados. Ela fica tão grata que resolve levar Dok-go até sua loja de conveniência para lhe dar de comer. Ao ver a felicidade estampada em seu rosto, ela diz que ele pode passar lá todo dia e pegar uma marmita.
Por uma reviravolta do destino, Dok-go acaba salvando a loja de um assalto. E, mesmo que os funcionários não confiem tanto assim nele, a senhora Yeom oferece ao homem com aparência de urso a vaga do turno da noite. Aos poucos, Dok-go surpreende a todos e cativa as pessoas ao seu redor.
O problema é que o filho imprestável da senhora Yeom tem outros planos para o lugar. Ele quer vender a loja e, nesse ínterim, contrata um detetive para descobrir o que Dok-go vem tentando a todo custo esquecer.
“A relação realista e encorajadora de Dok-go com os clientes da loja, que têm seus problemas e aspirações tão bem resolvidos com o passar das páginas, conquista o coração de todos” – The Korea Times
“Uma história emocionante sobre solidariedade e processo de cura” – Yes24 e Kyobo Book Center
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