02 fevereiro, 2024

# @Milly # Caroline Z. Goldoni

Resenha :: Museu da Meia Noite



Olá, também simpatizantes de museus e literatura fantástica de todo o país. Sim, esse foi meu único motivo de começar esse livro, o nome e gênero, mas não obviamente o motivo de ter o terminado, esse foi um livro que me deixou uma pequena confusão de sentimentos sobre ele. Enquanto escrevo essa resenha, estou decidindo o que eu achei da leitura. Estou curiosa para saber minha opinião (risos).


— Nós não tememos as trevas, porque nós somos as sombras. Lembre-se disso.


O livro se passa em um universo bem interessante de magia, principalmente do que se trata daqueles que tem poderes de sombra (scathi) e luz (luceati), entre outros como os Objetista (leitores de objetos), mas mesmo entre eles existem peculiaridades na magia que possuem. Não dando para destrinchar exatamente tudo aqui, mas neste reino de Verendus, que se passa a história, temos a governança principal da Kyvernitis, que com manipulação política e poder é quem dá as cartas no reino, inclusive aos anos de perseguição aos Lunari (magis da luz e sombras) que não são mais encontrados.


Temos também nossos “mocinhos”, um grupo de contrabandistas que são donos do Museu da Meia Noite, o local secreto de contrabando de diversos tipos de objetos mágicos, em que ninguém, além de seus moradores, sabe de verdade sua localização e a identidade de quem o controla, para chegar ao local precisa da intenção de fazer negócio e ajuda dos Animagi dos contrabandistas (são animais dos scathi). Mesmo sem ter essa intenção clara, Charlotte, nossa principal protagonista, acaba encontrando o Museu e se conectando com seus moradores.


Ela o amava como um irmão e, exatamente por isso, às vezes, também queria soca-lo até ele perde a consciência.


Bom, eu achei a leitura bastante fluida até me prendeu com personagens bastante interessantes. Klaus, inicialmente o que mais gostei. Além dele, Ravena, Nikolai, Benedikt e Griffn são os outros contrabandistas com histórias de fundo intrigantes, além de Morgana, a irmã de Charlotte. Confesso que esperei mais sobre o desenrolamento do Museu, da importância nesse universo e tal, não apenas algumas explicações básicas, no decorrer da história se perdeu um pouco isso, era uma figuração, talvez pela quantidade de personagens atrapalhou, cada um desses citados tendo seu tempo de narração, acabou com um desenvolvimento de relações muito apressadas, faltou tempo para me conectar com eles e eles se conectaram com uma rapidez que lendo não fez sentido para mim.


Mas acredito que minha maior dificuldade de conexão é pela personagem principal Charlotte. Pelo contexto ela é uma jovem mulher, eu só conseguia imaginar como uma criança com uma personalidade chorosa e assustada, até quando cria mais coragem ainda é um jeito infantil. Então veja, entendi pelo final talvez que o próximo livro traga uma tentativa de contraponto de personalidade (vão ter que ler para descobrir), mas ainda acho que como uma mulher adulta não convenceu e senti uma estranheza nas relações.


A diversidade dos personagens é muito boa, principalmente nos grupos LGBTQIA+, inclusive um personagem sendo um homem trans, que tem história de fundo muito boa, apesar de ter sido apresentado melhor tardiamente. Outros indícios de futuros romances queers entre os principais também estiveram presentes, individualmente fiquei com vontade de saber mais de alguns, mas acredito que apesar de achar a escrita da autora boa, ela seria melhor aproveitada se tivesse focado em menos personagens para serem melhor desenvolvidos.


Outros pontos me lembraram o universo Grisha, não sei se houve inspiração, acredito que sim, mas obviamente teve suas peculiaridades que me fizeram continuar a leitura, apesar do mesmo pecado de protagonistas, existe outros personagens valendo a pena (risos), acho que é uma história com potencial e espero que saibam focar na continuação, leiam!




Informações Técnicas do livro

Museu da Meia Noite

Caroline Z. Goldoni

Ano: 2022

Páginas: 265

Edição: eBook Kindle

Sinopse:

Ninguém sabe como os boatos surgiram, mas supõe-se que alguns nomes ecoam no vento e deslizam como sombras serpenteando pela escuridão. Nos becos sujos e vazios de Noicieur, a reputação sussurrada do grande Museu da Meia Noite se torna um mito, e os famigerados donos do maior local de contrabando do continente se tornam Spectri.

Quando o destino de Klaus Celare, um Spectri e assassino de aluguel nas horas vagas, se cruzar com o de Charlotte Harlow, a violinista com medo do escuro terá de superar a si mesma e pedir pela ajuda do mal falado magi das sombras para recuperar sua irmã misteriosamente desaparecida.

Cuidado com o que seus olhos acreditam; há muito a ser visto no espaço entre luz e sombras.


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