30 janeiro, 2024

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Resenha :: Antes que o Café Esfrie 3 (Before your memory fades)



Olá,  pessoa! Voltando aqui para falar de uma continuação que tal como café, melhor que o segundo, só mesmo o terceiro! Quem leu Antes que o Café Esfrie 2 sabe que no final é impossível não querer ler o próximo. E, por isso, venho contar como foi a leitura.


Toda continuação gera a apreensão de “será que está repetitivo?” Eu sei que as histórias mudam, porém... e desde a sinopse, sabemos que com essa história, não é preciso nenhuma apreensão, afinal temos o gancho inesperado do último livro e o convite para visitar o café: Donna Donna.


Gostei muito do subtítulo: A morte não precisa ser o fim da vida, porque ao ir lendo essa história, além da questão da necessidade de encerramento que o luto traz, também senti uma celebração da vida. Não apenas de quem partiu, mas também para quem continua vivendo. A lição de que aqueles que são lembrados nunca deixam de existir e da importância que continuar tem para que o legado de quem amamos permaneça.


Como o Funiculì Funiculà de Tóquio se situa no subsolo de uma ruazinha super discreta, está sempre sossegado, independentemente da estação do ano ou da temporada de férias. Praticamente todos os clientes são habituais e o número de assentos é limitado a apenas nove. Na realidade são oito, pois um deles é a tal cadeira para viajar no tempo.


A história se inicia com um lapso de tempo, e assim a história nos começa dando uma visão breve daquilo que não acompanhamos, incluindo aqueles que levaram Nagare e Kazu, e sua adorável filha, a se mudarem para um estabelecimento aos pés do Monte Hakodate (porque o “Café” e a casa deles, ficam no mesmo prédio), ao norte do Japão, bem no meio de uma ladeira que, assim como o Funiculì Funiculà de Tóquio, onde, apesar das irritantes regras, é possível viajar no tempo.


Porém, ali é Hakodate. O café está no centro de uma área turística. Ele conta com dezoito assentos, incluindo os do terraço. Por vezes, todos estão ocupados na alta temporada.


Como nos anteriores, o livro é narrado em terceira pessoa, só que dessa vez a grande surpresa é descobrir quem está narrando essa história. Sério, foram várias emoções ao ter essa revelação. No livro anterior, soubemos da mudança no café Funiculì Funiculà de Tóquio, de quem serviria os cafés, para as viagens no tempo. E agora, vemos não apenas essa mudança de protagonismo do momento “mágico” da trama, como também o crescimento da personagem Sachi, ganhando camadas e mais participação na trama. E temos a participação dos personagens e histórias anteriores se misturando a trama atual e nos dando respostas que eram aguardadas.


Isso é realmente ótimo, pensa. Ele se dá conta de que mesmo quando a situação está difícil, um pequeno evento pode conduzir à recuperação de uma pessoa.


Além de Sachi, temos um enigmático livro: O que você faria hoje se o mundo acabasse amanhã? 100 perguntas. E a cada pergunta, não apenas os personagens se veem meditando sobre o que responderiam a cada pergunta, como quem lê também, e isso cria além de reflexão um ponto de interação muito interessante, porque você passa a ser um frequentador do Donna Donna, mas o cafezinho é por conta de quem lê e sempre aliado a cada nova reflexão a pergunta que permeia todos os livros da série: “Para que viajar no tempo se o presente não muda?” Confesso, que muitas vezes a resposta, para mim, seria se para mais nada diminuir a saudade ou ter a chance de um adeus verdadeiro.


Os assuntos são bem diversificados. Parecem questões triviais, mas o teor de muitas delas é do tipo que se costuma empurrar com a barriga para que não seja necessário fazer juízo de valor. É preciso escolher os problemas a serem enfrentados tendo como premissa o fim do mundo no dia seguinte.


Dessa vez, senti durante a leitura que as quatro histórias dos personagens que iriam passar pela experiência de viajar no tempo, foram contadas de forma a serem feitas em leituras espaçadas, com breves explicações de acontecimentos anteriores, de forma tão precisa que, mesmo em uma leitura sequencial, não causam irritação ou sensação de repetição. Além da delicadeza das explicações para leitores não orientais de locais, curiosidades da cultura local.


Não vou entrar em detalhes sobre cada viagem, porque isso tiraria o prazer de quem lê. Sério, acho que até citar o título de cada história seria um spoiler desnecessário para explicar o quanto o livro, além de tocante, é uma celebração ao amor, amizade e a empatia. Porque o luto não deixa de existir com o tempo, ao contrário. Apenas se aprende a conviver com a saudade e suas consequências e que viver é celebrar todo o amor que existiu. Porque só existe dor onde antes houve amor. Boa leitura, divirta-se e celebre a felicidade!!




Informações Técnicas do livro

Antes que o Café Esfrie 3

A morte não precisa ser o fim da vida

Toshikazu Kawaguchi 

Título Original: Before your memory fades

Tradução: Priscila Catão

Ano: 2023

Páginas: 184

Edição: Valentina

Sinopse:

Aos pés do Monte Hakodate, no norte do Japão, bem no meio de uma ladeira, existe um estabelecimento – assim como o Funiculì Funiculà de Tóquio – onde, apesar das irritantes regras, é possível viajar no tempo. No Café Donna Donna, vamos reencontrar Nagare e Kazu, e conhecer sua adorável filha Sachi, de sete anos.

Em Antes que o café esfrie 3, conheceremos quatro pessoas que precisam viver essa experiência.

Nesta pungente e calorosa continuação da série que encantou 4 milhões de leitores ao redor do mundo, além de novos e encantadores personagens, seremos apresentados a um enigmático livro: o que você faria hoje se o mundo acabasse amanhã?: 100 perguntas.

Para que viajar no tempo se não é possível transformar a realidade, se o presente não muda?

Essa pergunta, contudo, seguirá martelando a cabeça dos leitores.




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Para a Editora Valentina, leitura é, acima de tudo, entretenimento.
Olho vivo e faro fino.
Esse é, na verdade, o lema de todo grande editor. E a pinscher dessa editora encarna esse lema como ninguém.


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