Resenha :: O caso do homem morto no fosso (Os arquivos de Fetch Phillips #2)

  

Nosso não tão bem-aventurado e infeliz faz-tudo Fetch Phillips volta nesse segundo livro com novos mistérios para resolver, com aquela sua bela velha amargura, seu pessimismo, pensamentos autodestrutivos e humor ácido com toque de uma personalidade suicida-depressiva e falta de confiança para nos encantar e nos deixar vidrados em “o caso do homem morto no fosso” do início ao fim.

“...a queda pela porta de anjo seria o suficiente para me matar se eu caísse de cabeça. Era só mais um daqueles toques que transformam uma casa em um lar.”

 

Nesse segundo livro Fetch é chamado para ajudar em uma investigação de assassinato que aparentemente foi causado por uso de magia. Mas como acreditar que a magia voltou? E o que está por trás desse crime? Tem algo mais acontecendo na cidade de Sunder City?

“Essa era nova. Em geral, os policiais tentavam me enxotar das cenas de crime, não me chamar para dar uma olhadinha.”

Eu não esperava gostar mais desse livro que do primeiro mesmo ele não tendo seguido o caminho que eu esperava que iria seguir, quando eu achei que a respostas eram obvias o autor mudou as perguntas, então apesar de ser um livro maior que o primeiro, acaba que nem dá para perceber, eu só queria saber o que iria acontecer a cada capítulo.

“— Mas que merda, dona! Estou tentando ajudar você!
— Não foi você que atirou em mim?
— Isso já faz mais de dois minutos. Faz mal guardar rancor.”

No primeiro livro nos é explicado o motivo de toda a culpa que ele carrega, merecida, mas que também dá para compreender, então as intercalações com o seu passado é bem menor nesse livro, não menos deprimente quando você sabe o que vai acontecer (risos). Gostei de novos e velhos personagens aparecendo aqui, apesar de ser uma história centrada no protagonista e pela ótica do que ele vê e sente, os diálogos são ótimos o que nos mostra personagens interessantes e com ganchos para o desenrolar da história e talvez até já para o terceiro livro.

“— Valeu, Vic. Tenho que confessar que, de todos que já quiseram me matar, você foi o mais bacana.”

Não tenho muito o que falar desse universo que já não tenha dito antes na resenha do livro 1, eu só torço para que a continuação possa nos dá mais esperança ou uma resposta sobre o mundo mágico e alguns acontecimentos do primeiro livro “o último sorriso da cidade partida” que me encucam até hoje e pelo que acompanhei nesse livro certeza de que já são ganchos preparados para o futuro, já que todos os passos foram bem conectados até agora. E apesar de amar todo o jeitinho de amargura passivo agressivo e engraçado do Fetch, que ele se olhe melhor, mesmo que não possa se perdoar.

"...eu ainda contava uma última coisa para me fazer seguir em frente: ódio. Nunca encontrei combustível melhor. Um homem pode atravessar um oceano por amor, mas,com ódio o bastante, é capaz de tentar bebê-lo.”

Eu indico muito a leitura do primeiro e segundo volume de “Os arquivos de Fetch Phillips”, e estou ansiosa para ler o terceiro, leiam quem sabe vocês também amem e se empenhem em reaver essa magia, eu tô pronta.

Informações Técnicas do livro

O caso do homem morto no fosso

Os arquivos de Fetch Phillips #2

Luke Arnold

Título Original:

Tradução: Giu Alonso

Ano: 2022

Páginas: 340

Editora: Trama

Sinopse:

Bem-vindo novamente às ruas de Sunder City, onde fervilham boatos sobre o caso do professor Rye, onde se ouvem rumores sobre formas de restaurar a magia. No centro de todos eles, está Fetch Phillips. Por isso, quando um homem é encontrado morto em circunstâncias inconcebíveis, a polícia pede ajuda ao “faz-tudo”. E, conforme investiga o caso, Fetch enfrenta a realidade de um mundo que, embora tente se reinventar, ainda se apega aos destroços do passado. Será possível reacender o desejo de trazer a magia de volta? Em O caso do homem morto no fosso, Luke Arnold nos proporciona um mergulho vertiginoso e emocionante no universo apresentado em O último sorriso na cidade partida, com ainda mais ação e riqueza de detalhes, par a deixar em êxtase todo grande fã de fantasia.