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30 março, 2018

Resenha :: Um Caso Perdido (Too Late)

março 30, 2018 1 Comentários

 Pode conter spoiler.

Sky é uma adolescente que vive sem interação com nenhum tipo de tecnologia. Nem mesmo ia à escola. Em seu primeiro ano na escola, último ano escolar, Sky conhece Dean Holder. Um jovem com uma reputação um tanto controvérsia, capaz de em seu primeiro encontro, meio que uma perseguição em um supermercado, amedrontá-la e cativa-la.

Com a vivência na escola e corridas aleatoriamente juntos, eles vão se apaixonando aos poucos e essa paixão será capaz de libertar fantasmas tão antigos que Sky não é capaz de se quer lembrar. Sky não sabe o quanto Holder está ligado à sua vida e quando esses segredos são revelados, a vida de Sky muda para sempre.

“Por alguma razão, durante sessenta segundos, este garoto conseguiu me deixar encantada e, depois, completamente apavorada.”

Durante metade dessa leitura eu estava ficando um pouco decepcionado com a Colleen Hoover por achar o livro demasiado repetitivo. Sabendo da capacidade da autora de surpreender, graças a outros livros, continuei a leitura e acabei tombado no melhor sentido possível. Ela não decepciona!

“Minha falta de acesso ao mundo real foi totalmente substituída por livros, e não deve ser muito saudável viver na terra dos finais felizes.”

Conforme a leitura vai fluindo e os acontecimentos revelados, você é só ansiedade e caco. Uma porrada atrás da outra sem pausa de um capítulo. E isso é o que faz a Colleen ser uma bela de uma autora competente, ela tem o controle da história do início ao fim. Não fica enchendo linguiça para ser um livro de 500 páginas. Ela vai te preparando para as revelações com todo cuidado.
                      
As coisas que nos derrubam na vida são testes, e esses testes nos forçam a escolher entre desistir, ficar caída no chão ou sacudir a poeira e se levantar com ainda mais firmeza que antes. Estou escolhendo me levantar com firmeza. Provavelmente vou ser derrubada mais algumas vezes antes da vida se cansar de mim, mas garanto que nunca vou ficar caída no chão.”

Em um momento tão importante que estamos vivendo com todos esses debates e acusações e condenações por assédio e pedofilia, esse livro serve de alerta para todos. Como não podemos acreditar em alguém por ela ser criança ou adolescente? Ou só pelo motivo do adulto ter um cargo importante ou ser da família como um avô, um tio, um pai, um primo ou um irmão? Não podemos fechar os olhos para um assunto como esse. E deixo aqui a dica para que quem ainda não leu Um Caso Perdido, leia e reflita um pouco em como uma pessoa pode mudar a vida de muitas outras.

“Você não pode ficar com raiva de um final realista. Alguns são horrorosos mesmo. São os finais felizes supérfluos que deveriam irritar você.”


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Um Caso Perdido
Hopeless #1
Ano: 2014
Páginas: 384
Editora: Galera Record
Sinopse (Skoob):
Às vezes, descobrir a verdade pode te deixar com menos esperança do que acreditar em mentiras...
Em seu último ano de escola, Sky conhece Dean Holder, um rapaz com uma reputação capaz de rivalizar com a dela. Em um único encontro, ele conseguiu amedrontá-la e cativá-la. E algo nele faz com que memórias de seu passado conturbado comecem a voltar, mesmo depois de todo o trabalho que teve para enterrá-las. Mas o misterioso Holder também tem sua parcela de segredos e quando eles são revelados, a vida de Sky muda drasticamente.

16 março, 2018

Série :: Atypical

março 16, 2018 0 Comentários

"Às vezes não entendo o que os outros querem dizer e acabo me sentindo só, mesmo com outros ao meu redor."

Atypical é uma série estadunidense de comédia dramática que conta a trama de um jovem garoto de 18 anos que sofre de autismo. 

Sam, autista de alta funcionalidade, frequenta o ensino médio onde tudo acontece. Quando questiona sua terapeuta porque pessoas babacas conseguem namoradas e ele fica sozinho, ela o encoraja a procurar uma garota especial que goste dele também. Ao redor dele, além de todos os estereótipos de uma escola, está uma família confusa, que no início não o apoia totalmente no lance da namorada, e um amigo que esquece sua doença. Então podemos ver como a vida do Sam anda.

"Pinguins ficam juntos para sempre. Por isso eles não são como pessoas. Eles são melhores."

Mas não por isso, apesar de todos esses pontos negativos, alguns se transformam em positivos. Como seu amigo Zahid, que o trata de igual para igual. Com o passar dos episódios, nós vemos que ele, junto com Casey, irmã do Sam, são quem mais o colocam no mundo real.

"Quem inventou o ditado 'A prática leva à perfeição' era idiota. Os humanos não podem ser perfeitos. Porque não somos máquinas."

Com uma família confusa, eu quis dizer doida mesmo. E bem real. A série conseguiu explorar bem todos os núcleos e personagens. Um pai confuso. Uma mãe super protetora e irritante. Uma filha/irmã que fica em segundo plano. E assim vai. Até uma terapeuta que da ótimos conselhos para todos, menos para si mesma. Por isso que quando se trata de Netflix, eu aplaudo de pé. Por tratar de um assunto esquecido por quem não vive essa doença. E mostrar da maneira mais clara o turbilhão que é a vida de cada pessoa que convive com ela. 

"Seu filho quer ser amado, assim como todos. Por que ele não pode tentar?"

Então fica aqui minha dica dessa série maravilhosa que vale super apena ser assistida. São 8 episódios de 33 minutos de média e uma temporada disponibilizada pela Netflix. Não perca tempo igual eu perdi. 

Confira o trailer:




Informações Técnicas da Série

Atypical
Original NETFLIX
Ano de lançamento: 2017
N.º de temporadas: 1 temporada
N.º de episódios: 8
Duração: 33 minutos por episódio (aproximadamente)
Criador: Robia Rashid
País de origem: Estados Unidos
Gêneros: Séries, Séries dos EUA, Séries teen, Séries cômicas, Séries dramáticas, Comédia com drama, Dramas adolescentes para TV
Estrelando: Jennifer Jason Leigh, Keir Gilchrist, Michael Rapaport

Sinopse (Netflix):
Quando um adolescente com traços de autismo resolve arrumar uma namorada, sua busca por independência coloca a família toda em uma aventura de autodescoberta.

Não recomendado para menores de 14 anos.

28 fevereiro, 2018

Série :: The End of the F***ing World

fevereiro 28, 2018 0 Comentários

Um jovem psicopata (aprendiz ou talvez ele nem seja) e uma rebelde louca (aprendiz ou talvez ela nem seja) caem na estrada em uma viagem muito louca e engraçada. Esse é “The End of the F***ing World”.

“Ela me fez sentir coisas. E eu não gostava nem um pouco.”

James acha que é um psicopata por não ter sentimentos. Quando criança matava animais para provar essa sua teoria. Agora no ensino médio ele quer matar uma pessoa. Já que animais ele achava muito fácil e matava mesmo os pobres coitados. É aí que o psicopata (aprendiz ou talvez ele nem seja) encontra Alyssa, a rebelde louca (aprendiz ou talvez nem seja). Para que seu plano malévolo dê certo, ele resolve se aproximar de Alyssa e os dois acabam namorando. James pensa que seu plano está dando certo, ele vai provar pra si mesmo que é um psicopata, mas ele não sabia com quem estava se metendo. É aí que entra a parte que eles caem na estrada em uma viagem muito louca e engraçada.

“Eu costumava não sentir as coisas. Por muito tempo, eu fui bom nisso. Bom em não sentir nada. Eu nem precisava tentar. Eu só não sentia.”

Essa série tem tudo que uma série ótima precisa ter. Ela é divertida, dramática e verdadeira. Por que um adolescente se acha psicopata e a outra uma rebelde louca? Talvez a resposta esteja em casa. E com o decorrer da série nós podemos ver que é tudo mais complexo. E talvez essa seja o maior dos motivos pelo qual a série te deixa preso na frente do seu computador ou celular. E porque ela é muito boa mesmo.

“Eu olho pra cima e vejo o azul, ou cinza, ou preto, e sinto que estou me unindo a ele. E, por um segundo, me sinto livre e feliz. Inocente. Como um cachorro, ou um alienígena, ou um bebê.”

Uma série de 8 episódios com média de 22 minutos de duração não pode ser deixada de lado. Só temos uma temporada disponibilizada pela Netflix até agora. Corra, assista e se encante por dois adolescentes querendo viver na plenitude da vida.

Confira o trailer:



Informações Técnicas da Série

The End of the F***ing World
Original NETFLIX
Baseado nos quadrinhos de Charles Forsman.
Ano de lançamento: 2017
N.º de temporadas: 1 temporada
N.º de episódios: 8
Duração: 22 minutos por episódio (aproximadamente)
Criadores: Charlie Covell, Jonathan Entwistle
País de origem: Reino Unido
Gêneros: Séries, Séries britânicas, Séries cômicas britânicas, Séries dramáticas britânicas, Séries teen, Séries cômicas, Séries dramáticas, Comédia com drama, Dramas adolescentes para TV

Estrelando: Jessica Barden, Alex Lawther, Steve Oram
Sinopse (Netflix):
Nesta comédia de humor negro, um adolescente psicopata e uma rebelde louca por aventuras caem na estrada em uma malfadada viagem.

Não recomendado para menores de 16 anos.


16 fevereiro, 2018

Resenha :: O Teorema Katherine (An Abundance of Katherines)

fevereiro 16, 2018 3 Comentários

Colin Singleton meio que tem um fato curioso para contar: ele namorou 19 Katherines seguidas. E todas terminaram com ele. Após o mais doloroso término, ele é convencido a cair na estrada por seu amigo Hassan.

Vagando sem ter um lugar específico em mente, os amigos param em Gutshot, no Tennessee, e para ver a sepultura do arquiduque da Áustria-Hungria. Lá os dois conhecem Lindsey Lee Wells e tornam-se amigos. Depois de conhecerem Lindsey, eles conhecem sua mãe e acabam ficando na cidadezinha para trabalhar.

Em algum momento, nessa confusão toda, que Colin tem seu momento Eureca. Ele vai elaborar um Teorema onde possa prever quem no relacionamento vai ser o Terminante e o Terminado. E Colin vai trabalhar com afinco para provar sua teoria.

“Alguma vez você já se perguntou se as pessoas gostariam mais ou menos de você se pudesse vê-la por dentro?”

Quando você escuta o nome do nosso saudoso João Verde, em qualquer assunto, você já começa a relacionar que seja algum livro com morte, amor e doença. Isso é inevitável. Mas podemos desfazer qualquer associação disso com esse livro. Aqui nós temos um livro alegre, com personagens divertidos, só o Colin que fica entediante ás vezes, e saudáveis, pelo menos nada grave já que Hassan está um pouco fora de forma.

“A moral da história é que não é a gente que lembra o que aconteceu. É o que a gente lembra que se transforma no que aconteceu.”

É incrível a forma como as histórias do João Verde são rápidas. Mesmo aquelas que são tristes. Ele tem um método de escrita excelente que te faz querer ler todos os seus livros. Não sei se tenho um preferido, mas acho que colocarei esse entre os primeiros, porque é totalmente diferente dos outros. Único fato em comum é o sarcasmo. Isso é marca registrada dele e não pode faltar.

O Teorema Katherine é um livro super fluído, que te faz rir quase que a história toda. Os personagens muito bem desenvolvidos e agradáveis. Se você está sem vontade de ler, esse é o livro certo.

“A sua importância é definida pelas coisas que são importantes para você. Seu valor é o mesmo das coisas que você valoriza.” 


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Teorema Katherine
Ano: 2013
Páginas: 304
Editora: Intrínseca
Sinopse (Skoob):
Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

02 fevereiro, 2018

Resenha :: Mosquitolândia (Mosquitoland)

fevereiro 02, 2018 0 Comentários

Depois que seus pais se divorciaram, Mim (acrônimo de seu nome) fica morando com o pai, mas mantém uma comunicação saudável com sua mãe.

Isso muda quando ela percebe que sua madrasta para de entregar as cartas enviadas pela mãe e a aconselha a para de telefonar. Quando seu pai é convocado para ir a sua escola, Mim escuta uma conversa estranha entre seu pai e o diretor. O assunto principal? A recuperação de sua mãe. Logo ela pensa que seu pai está escondendo uma doença de sua mãe e resolve ir atrás dela.

“Meu nome é Mary Iris Malone, e eu não estou nada bem.” 

Logo após um acidente familiar, o pai de Mary resolve que ela precisa procurar um psiquiatra por achar que sua filha está depressiva. Desde então ela precisa tomar remédios diariamente, mesmo contra sua vontade e alegando que não está depressiva. A convivência com seu pai já não é a mesma. Certa manhã seu pai a chama para conversar e conta que sua madrasta está esperando um filho dele. Ela terá uma irmãzinha. Mas o que era pra ser uma ótima notícia acaba virando um dos 9 motivos que a leva a dar sequência em seu plano em ir ver a mãe.

“Saiba quem você é. Ame a si mesma. Seja uma boa amiga. Seja uma criança com esperança e substância. Seja uma criança com apetite, Isa. Você sabe o que eu quero dizer, não sabe? (Claro que sabe. Você é uma Malone.).”

Em Mosquitolândia nós percebemos como é importante a fase da adolescência. Nós somos o herói do nosso filho. Mas para deixar de ser o herói e se tornar o vilão não custa muito. E foi isso que Mary colocou em sua cabeça. Meu pai é o vilão. Minha madrasta é a vilã. Minha irmãzinha é a vilã. A falta de diálogo pela parte do pai é gritante. Mim só queria ser uma criança como todos os outros. Na verdade, quem precisava de remédio era ele...

“Todo bom personagem, Isa, seja na página ou na tela, é multidimensional. Os mocinhos não são de todo bons, os vilões não são de todo maus, e não deveria existir qualquer personagem que seja apenas uma coisa ou outra.” 

Depois que Mim pega a estrada nós começamos sentir o verdadeiro sentimento por trás da repreensão do pai dela. Como ela deixou de ser uma criança pelo seu pai, ela acha que já sabe do mundo. Ela acha que sabe tudo. Nós percebemos que ela está totalmente errada e a própria também não demora a perceber.

“Mas talvez exista um pouco de preto e branco nas nossas escolhas. Nas minhas escolhas.”

Uma história com pontos depressivos e engraçados. Momentos de pura reflexão. Metáforas maravilhosas. A personagem consegue transmitir esses sentimentos muito fáceis. Uma aventura arrebatadora. Com personagens secundários maravilhosos. Um deles é Walt. Walt tem síndrome de Down e está vivendo sozinho na rua. Uma amizade que nasce do fruto de um roubo praticado por Walt. Ele só queria a coisa brilhante. Um rapaz que sem notar, muda todo tipo de pensamento que Mim tinha sobre o mundo.

“Às vezes, uma coisa só tem validade depois que é dita em voz alta.”

Mosquitolândia é o tipo de livro que assim que você termina você quer esquecer tudo que vivenciou só para ter o gostinho de começar de novo. Super indico. Para quem gosta de referência e playlist dentro dos livros, garanto que esse aqui não vai desapontá-lo.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Mosquitolândia 
Ano: 2015 
Páginas: 352 
Editora: Intrínseca 
 
Sinopse (Skoob): 
“Meu nome é Mary Iris Malone, e eu não estou nada bem.” Após o inesperado divórcio dos pais, Mim Malone é arrastada de sua casa em Ohio para o árido Mississippi, onde passa a morar com o pai e a madrasta e a ser medicada contra a própria vontade.
Porém, antes mesmo de a poeira da mudança baixar, ela descobre que a mãe está doente. Mim foge de sua nova vida e embarca em um ônibus com destino a seu verdadeiro lugar, o lar de sua mãe, e acaba encontrando alguns companheiros de viagem muito interessantes pelo caminho.
Quando a jornada de mais de mil quilômetros toma rumos inesperados, ela precisa confrontar os próprios demônios e redefinir seus conceitos de amor, lealdade e sanidade. 
Com uma narrativa caleidoscópica e inesquecível, Mosquitolândia é uma odisseia contemporânea, uma história sobre as dificuldades do dia a dia e o que fazemos para enfrentá-las.

03 janeiro, 2018

Filme :: Death Note - O Caderno da Morte

janeiro 03, 2018 1 Comentários

Light Yagami é um estudante do ensino médio que acha um caderno misterioso em seu colégio. Descobre-se que esse caderno é sobrenatural e que seu dono pode matar qualquer pessoa apenas escrevendo seu nome e visualizando seu rosto mentalmente. Depois de descobrir o poder desse caderno, chamado Death Note, Light começa eliminar o quanto pode de criminosos com o pensamento de criar uma nova ordem mundial, onde não existe o crime. Mas seu plano começa a dar errado quando um jovem detetive, chamado L, começa buscar respostas para essas mortes e caçar quem está causando-as.

Uma história e tanto não é? Pena que os americanos estragaram produzindo um filme.

Foi lançado semana passada o filme de mesmo nome pela Netflix. Todos esperavam ansiosamente por essa adaptação graças ao enorme sucesso da série de anime. O anime compõe 37 episódios curtinhos de 23 minutos cada e é uma verdadeira obra de arte. Já o filme tem lá suas 1 hora e 40 minutos de pura baboseira.

Começaram a estragar a adaptação quando não fizeram a história se passar no Japão, com atores japoneses, cidades japonesas, visto que a obra é de origem japonesa.

Vejo que o sucesso do anime se deu mais por trazer esse desejo do Light de salvar o mundo do mal. E por mais que você pense que ninguém tem esse poder, eu também penso assim, a história vai te mostrando um pouco de como isso poderia dar certo. E cheguei a pensar que seria uma ótima ideia, visto como o mundo está hoje em dia.

Mas no filme a história começa com uma vingança. Em minha opinião isso foi colocado de forma erradíssima. Dar o poder a uma pessoa de matar qualquer um já tem lá suas controvérsias. Agora dar o pode a uma pessoa para ajudar em sua vingança é o cumulo.

O filme começa errado com a vingança do Light Turner, nome americano dele, e continua errado em sua continuidade quando o brilhante detetive parece ir resolvendo o caso com uma bola de cristal. A produção do filme deixou muito a desejar nesse ponto. E as atuações também não ajudaram muito. Eles colocaram o L vingativo. Isso nunca aconteceu  em lugar nenhum.

Como eu disse antes, o anime só tem uma temporada com 37 episódios e tudo se encaixa muito bem. Os personagens são muito bem criados. O jeito peculiar de cada um e digo aqui dos personagens coadjuvantes também. E o filme não conseguiu trabalhar nisso. Faltou muita coisa. Mas não faltou o romance. Eles tinham que colocar um romance na história. Quem já assistiu o anime e viu esse romance besta ficou com muita raiva. Da mesma forma que nunca aconteceu de o L ficar vingativo, esse romance lindinho nunca poderia ter acontecido. Tem toda uma história por trás desse romance no anime bem sádica e aqui eles me colocam isso.

Único ponto para o filme é que retrataram as mortes com bastante sangue e crueldade igual à história original.

Se você ficou interessado na história eu te digo para assistir ao anime. São só 37 episódios que te prendem na história, te faz querer assistir tudo de uma vez e que com certeza vai te fazer ficar muito louco com a disputa entre o L e o Light. Esses dois são geniais.

Confira o Trailer:


Informações Técnicas do Filme

Death Note
O Caderno da Morte
Original NETFLIX
Ano: 2017
Duração: 1h 40min
Gêneros: Suspense, Suspenses sobrenaturais, Filmes de terror, Terror sobrenatural, Terror adolescente
Direção: Adam Wingard
Estrelando: Willem Dafoe, Nat Wolff, Lakeith Stanfield

Sinopse (NETFLIX):
Um jovem usa os poderes de um caderno sobrenatural para matar bandidos, mas acaba atraindo a atenção de um detetive, um demônio e uma colega.

24 novembro, 2017

Resenha :: Morte e Vida de Charlie St. Cloud (The Death and Life of Charlie St. Cloud)

novembro 24, 2017 3 Comentários


Criados sozinhos por sua mãe, Charlie e Sam St. Cloud são inseparáveis. Como bons seguidores dos Red Sox que são eles não deixam de acompanhar um único jogo do time na liga beisebol.

Certo dia, Charlie resolve levar seu irmão mais novo ao estádio para que ele possa assistir de perto. Sendo os dois menores de idade, o irmão mais velho de Sam resolve pegar o carro da vizinha, que está viajando, para poder chegar ao estádio. Acompanhados de seu cachorro Beagle, os irmão têm uma noite e tanto. O que eles nunca imaginaram é que na volta para casa, eles bateriam de frente com um caminhoneiro bêbado e sofreriam um grave acidente.

"Quando você é jovem tudo parece o fim do mundo… Mas não é. É apenas o começo."

Após 13 anos, Charlie nunca deixou de cumprir a promessa feita ao seu falecido irmão. Todos os dias, depois de acabar seu expediente no cemitério onde trabalha, ele vai ao encontro de Sam para jogar Beisebol. É que Charlie ganhou um dom um tanto interessante: ele podia ver, tocar e até conversar com qualquer espírito. E era isso que ele fazia com seu irmão mais novo.

"Eles poderiam estar em qualquer lugar ou em lugar nenhum. Não importava. Eles estavam juntos."

Charlie se encontra preso entre dois mundos. E é nessa prisão particular que ele conhece Tess Caroll. Uma cativante velejadora/empreendedora local que mudaria completamente sua vida. Agora Charlie teria que escolher entre viver sua vida plenamente ou sobreviver dia após dia com o espírito de seu irmão. “E descobrir que milagres podem acontecer se nós simplesmente abrirmos nossos corações”.

"...Algum dia nós vamos nos encontrar. Eu acredito nisso com todo o meu coração. Até que esse momento chegue, eu quero que você mergunlhe em busca dos seus sonhos. Quero que você confie no seu coração. Quero que você viva por amor. E quando estiver pronto, venha me encontrar. Eu estarei esperando." 

Certo, eu não pensei que esse livro fosse tão profundo quanto é. Eu na verdade nunca consegui entender plenamente sua sinopse. Entretanto sempre consegui achar interessante. Quando comecei sua leitura, tive uma sensação de mistério que logo foi substituído pela dor que senti após a separação dos irmãos St. Cloud. Mesmo contendo essa informação na sinopse, a forma crua como isso aconteceu me deixou completamente abalado. E essa dor se estende até o final.

“Confia no teu coração se os mares pegarem fogo. E viva pelo amor, mesmo que as estrelas caminhem em direção oposta.”

Morte e Vida de Charlie St. Cloud é rico amor, amizade, bravura, compaixão. Tento imaginar como seu autor, Ben Sherwood, lidou transferindo tanta informação para o papel. Informações sensíveis. Ele conseguiu transmitir a dor do Charlie para o leitor do início ao fim. Um rapaz que se culpa pela morte de seu irmão, visto que ele não podia dirigir, abdicar 13 anos da sua vida para tentar recompensar de alguma forma a morte trágica de Sam. Confesso que foi uma grata surpresa toda essa sensibilidade em um livro de 296 páginas. É verdade que um ótimo livro não precisa ter 679 páginas. Então não me resta obrigar todos vocês a lerem essa obra. Rico em todos os sentidos, aposto que Bem Sherwood também irá conquistá-lo. 

"Obrigado pela graça da respiração. Pela graça da vida. Pela graça de todos os momentos." 

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Morte e Vida de Charlie St. Cloud
Ano: 2010
Páginas: 296
Editora: Novo Conceito
 
Sinopse (Skoob):
Um coração dividido entre dois mundos. Em uma pacata vila de pescadores da Nova Inglaterra, Charlie St. Cloud cuida dos gramados e monumentos de um antigo cemitério onde seu irmão mais jovem, Sam, está enterrado.
Após sobreviver ao acidente de carro que tirou a vida de seu irmão, Charlie recebe um dom extraordinário: ele consegue enxergar, conversar e até mesmo brincar com o espírito de Sam.
É neste mundo místico que entra Tess Carroll, uma cativante mulher treinando para navegar sozinha ao redor do mundo em um veleiro. O destino faz com que seu barco seja apanhado por uma violenta tempestade, trazendo-a assim para a vida de Charlie. Sua bela e incomum ligação os leva a uma corrida contra o tempo e a uma escolha entre a vida e a morte, entre o passado e o futuro, entre apegar-se ou deixar o passado para trás – e a descoberta que milagres podem acontecer se nós simplesmente abrirmos nossos corações.

10 novembro, 2017

Resenha :: O Chamado do Monstro (A monster calls)

novembro 10, 2017 2 Comentários

Depois de descobrir que sua ficara doente, Conor passa a ter pesadelos todas as noites. Com apenas 13 anos de idade, ele tem uma rotina pra lá de diferente de algumas crianças: ele lava, cozinha e arruma a casa sozinho. Conor se mostra uma criança muito forte cuidando de sua mãe, seus pais são divorciados, e aguentando todo o bullying sofrido em sua escola.

Nada se mostra capaz de abalar Conor. Nem quando uma árvore que fica próxima a sua casa se transforma em monstro e vai parar em seu quintal. Mas essa árvore, esse monstro sabe que Conor guarda um segredo relacionado aos pesadelos a que vem tendo. E Conor passa a se perguntar se deve ou não confiar em um monstro árvore, já que ele é o único que parece estar a seu lado.

“Histórias são criaturas selvagens. Quando são soltas, quem sabe o estrago que podem fazer?”

Confesso que desde muito tempo eu tenho vontade de ler essa história, mas sempre adiei por medo. Eu criei uma áurea de que esse livro seria maravilhoso. E depois de lê-lo eu me pergunto: Por que demorei tanto?
“Porque humanos são criaturas complicadas. Acreditam em mentiras agradáveis, reconhecendo a verdade dolorosa que as tornam necessárias.”

A história, como todos nós podemos perceber, é tocante desde sua sinopse. Só que se mostra mais no decorrer do livro. Tem uma leitura rápida, embora tenha mais de 200 páginas. E uma leitura mais que agradável, embora seja um livro dramático.
“Você apenas desejou que a dor acabasse, sua própria dor. Este é o pedido mais humano de todos.”

Como uma árvore pode saber o segredo de um garotinho de 13 anos e ajuda-lo nesse momento mais que difícil e horrível? Eu me fiz essa mesma pergunta e só depois que terminei algumas coisas ficaram claras. Cheio de metáforas grandiosas e histórias dentro da história principal, esse é um livro muito fora da curva.
“Você não escreve sua vida com pensamentos, você escreve com ações. Não importa o que você pensa. Só importa o que você faz.”

E não falo só porque passei por uma situação parecida a de Conor. Falo porque esse livro é realmente grandioso e nos passa ensinamentos que podemos, com certeza, levar para a nossa vida. O monstro, a árvore, que “assombra” o Conor eu passei a chamar de vida. Embora ela seja um monstro horrível e muitas vezes injusto, ela de alguma forma está do nosso lado e por mais que o fardo seja grande, ela não manda nada que não nos torna grandes. 
“Sua mente vai acreditar em mentiras agradáveis e ao mesmo tempo vai reconhecer as verdades  dolorosas que tornam essas mentiras necessárias. E sua mente vai puni-la por acreditar nas duas coisas.”


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

O Chamado do Monstro
Ano: 2011
Idioma: português 
Editora: Ática
 
Sinopse (Skoob):
A escuridão, o vento, os gritos. Os olhos estatelados, a respiração entrecortada. É o pesadelo de novo, como em quase todas as noites depois que a mãe de Conor ficou doente. A escuridão, o vento, os gritos - e o despertar no mesmo ponto, antes de chegar ao fim. Tudo é tão aterrorizante que Conor não se mostra nem um pouco assombrado quando uma árvore próxima à sua casa - um imponente teixo - transforma-se em um monstro. Além disso, ele precisa lidar com coisas mais urgentes e graves - o reinício dos tratamentos contra o câncer aos quais sua mãe terá que se submeter, a vinda da avó para ajudá-los, a permanente ausência do pai desde que ele foi morar com a nova família e a pesada perseguição na escola, da qual é vítima quase todos os dias. Tudo muito mais perturbador do que uma criatura feita de folhas e galhos. Só que o monstro sabe que Conor esconde um segredo. E isso o torna realmente assustador. Mas por que Conor deveria dar ouvidos a algo que parece imaginado? Por que o monstro parece ser a única criatura a estar ao seu lado diante de seus maiores medos - o de perder a mãe e o de contar a verdade.