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12 dezembro, 2017

Resenha :: Belas Maldições (Good Omens)

dezembro 12, 2017 4 Comentários

“Belas Maldições” já me chamou a atenção de cara apenas por ter Neil Gaiman como um dos autores, já havia ouvido falar sobre Terry Pratchett em outros grupos literários da vida – mas infelizmente nunca tive o prazer de ler suas obras, espero resolver isso! Quando a querida Elisabete Finco me perguntou se eu gostaria de ler o livro, aceitei prontamente, portanto, mais uma vez fica aqui meu agradecimento por ter me emprestado seu exemplar para a leitura .

“Se você quer imaginar o futuro, imagine um garoto, seu cachorro e seus amigos. E um verão que jamais termina.”

O enredo do livro é bem simples: o fim do mundo está prestes a ocorrer e temos criaturas que de tão habituadas a viver entre os humanos querem impedir isto, estamos falando do demônio Crowley – que é apaixonado por seu Bentley – e do anjo Aziraphale – que possui uma coleção de exemplares raros de livros, que eu adoraria conhecer. Apesar de ambos acreditarem que impedir algo já previsto a tantos e tantos anos seja uma tarefa quase impossível, eles resolvem tentar.

Tudo começou onze anos atrás em um hospital, com freiras satanistas, alguns bebês e uma grande confusão. Para dar mais tempero a essa trama, para lá de louca, somos apresentados a alguns personagens bem excêntricos como: a descendente da bruxa Agnes Nutter que lançou um livro com suas profecias muitos séculos atrás, caçadores de bruxas, os cavaleiros do apocalipse (que pilotam motos iradas) e, claro, o próprio Anticristo. 

"Deus não joga dados com o universo. Ele joga um jogo inefável de sua própria criação, que poderia ser comparado, da perspectiva de qualquer um dos outros jogadores, (todos os dois) a estar envolvido numa obscura e complexa versão de pôquer numa sala completamente escura, com cartas em branco, por apostas infinitas, com um crupiê que não lhe diz quais são as regras, e que sorri o tempo todo."

Em “Belas Maldições” temos o humor presente em cada uma das páginas, os autores capricharam nas notas de rodapé que são geniais (e é simplesmente impossível não rir da grande maioria delas), os personagens são divertidos e, por vezes, aparvalhados. Algo bem interessante de se notar, é que logo no início do livro os personagens são listados como se fizessem parte de uma peça de teatro, um toque bem bacana ao meu ver. O livro é dividido de acordo com os dias da semana, porém, a diagramação do “Sábado” deixou um pouco a desejar a meu ver - como este é um capítulo muito extenso, por vezes, a leitura ficou mais cansativa, portanto, creio que uma alteração na diagramação pudesse contribuir de forma positiva na experiência de leitura do livro.

Na contracapa do livro, há uma frase de Clive Barker (autor de Hellraiser): “O fim do mundo nunca foi tão engraçado”. Então, caso resolva ler em público, se prepare para ser julgado por rir! :P

Este ano, foi anunciado que “Belas Maldições” irá se tornar uma série e temos Neil Gaiman como roteirista e showrunner, além disso já foram divulgadas imagens dos atores David Tennant, que interpretará Crowley, e Michael Sheen, que interpretará Aziraphale. No elenco teremos nomes como Jack Whitehall, Michael McKean e Miranda Richardson.

A série será uma parceria entre a BBC e a Amazon e será transmitida no canal de streaming desta, que também possui Deuses Americanos (outra adaptação de uma das obras de Gaiman) no catálogo, infelizmente ainda não há uma data de estreia!

"- Está vendo - disse Crowley. - É como eu sempre disse. Humanos são uns traidores desgraçados. Não se pode confiar nem um pouco neles."

E vocês, já leram a obra? Pretendem ler? Conhecem o trabalho dos autores?

Até a próxima!

Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Belas Maldições
As justas e precisas profecias de Agner Nutter, Bruxa
Terry Pratchett
Neil Gaiman
Ano: 2017
Páginas: 350
Editora: Bertrand Brasil 
 
Sinopse (Skoob):
Um descendente direto de O Guia do Mochileiro das Galáxias escrito por dois dos maiores autores britânicos de fantasia O mundo vai acabar em um sábado. No próximo sábado, e ainda por cima antes do jantar. O que é um grande problema para Crowley, o demônio mais acessível do Inferno, residente na Terra, e sua contraparte e velho amigo Aziraphale, anjo genuíno e dono de livraria em Londres. Depois de quatro mil anos vivendo entre os humanos, eles pegaram um gosto pelo mundo, e o Armagedom lhes parece um evento bastante inconveniente. Então, para evitar o fim do mundo, precisam encontrar a chave de tudo: o jovem Anticristo, agora um menino de 11 anos vivendo tranquilamente em uma cidadezinha inglesa. Em seu caminho, acabarão trombando com uma jovem ocultista, dona do único livro que prevê precisamente os acontecimentos do fim do mundo, caçadores de bruxas ainda na ativa e, quem sabe, até os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Mas eles precisam ser rápidos. Não é só o tempo que está acabando.

 Créditos:

04 dezembro, 2017

Resenha :: O Aprendiz (Summoner)

dezembro 04, 2017 17 Comentários

Você já imaginou como seria uma história com uma mistura de Harry Potter, Senhor dos Anéis e Pokémon? Se sim, você está atrasado, porque o Taran Matharu pensou, escreveu e fez sucesso no Wattpad com mais de 6 milhões de leitores acompanhando o desenrolar dessa história do Fletcher e do Ignácio, antes de finalmente ser contratado por uma editora e alcançar muito mais leitores. Mas também com essas referências misturadas ao talento de escrita, não dá para esperar menos. Ele “simplesmente” pegou elementos que isolados se tornariam apenas mais uma história clichê, e criou um universo novo sem esconder suas referências.

(Palmas para ele, agora nenhum leitor inquisitor de referências alheias, poderá queima-lo na fogueira. Ele não as nega, e brinca com elas na sua cara, Rá.)

O maior inimigo de um guerreiro pode ser também seu maior professor.

Mas vamos o que interessa, o universo que foi criado a partir disso, é um livro de fantasia medieval, que grande parte gira em torno de maquinações políticas e uma guerra que está ocorrendo contra os orcs há centenas de anos. O elemento principal desse livro é a existência dos Conjuradores (que existem tanto do lado aliado como no inimigo), eles são aqueles que têm o potencial de conjurar e controlar um demônio do éter (uma espécie de digimundo para os diabretes), mas voltando para Pokémon, eles capturam o seus demônios e eles que são usados na guerra. Para isso existe uma escola que os novos conjuradores são levados para o treinamento, para se tornarem magos de batalha.
                                                        
Essa é a diferença entre um bom guerreiro e um grande guerreiro. Rook se esforçou muito, mas perdeu aquela batalha. Não se esforce apenas. Seja inteligente.

A maioria dos que são capazes de usar esse tipo de poder são os nobres, por ter uma linhagem forte e tal (vocês vão entender melhor lendo), mas existe alguns plebeus que nasceram com esse privilégio. É muito mais complexo que isso, mas pulando para o centro dessa história, temos Fletcher um órfão que foi abandonado em um vilarejo chamado Pelejo e foi criado pelo ferreiro do lugar (então já se tem toda um mistério sobre sua origem), e ao ganhar um livro com um pergaminho conjurador de um mercador, acaba conseguindo conjurar um demônio raro (uma espécie chamada Salamandra, que me parece muito bonitinho em comparação com a da descrição de outras espécies, Ignácio é um amor, gente). Acontecem muitas coisas antes de ele se torna um aprendiz, mas vamos evitar spoilers aqui.

Se não formos capazes de enfrentar as adversidades unidos, então já estamos derrotados.

Uma das coisas muito legais é toda a questão política em relação às diferentes raças como os anões e os elfos, o preconceito de humanos para com eles e vice-versa, e a tentativa de fortalecer essas alianças para lutar a guerra contra os orcs (para quem não estava achando referência a Senhor dos Anéis, olha aí!).

Bom, mas deixando de enrolação, minha opinião é que é um livro muito bom, 5 de 5 estrelas no Skoob e favoritado, e não... não é daqueles livros que não vi problema nenhum. alguns diálogos eu achei muito empurrado, tipo “vamos conversar sobre isso só para conseguir explicar mais o que está acontecendo para quem está lendo, não que faça sentido conversarmos sobre isso”. Mas apesar desses momentos, meu emocional me mandou dar nota máxima e cravar esse livro no meu coração, porque eu adorei esse livro e pronto.

Ah! Não deixando de destacar a capa linda. Eu comprei esse livro pela capa e não me arrependi! Amei demais, ainda vem no final como um extra com assunto de demonologia, uma lista dos demônios apresentados nesse livro, hábitos e pontos fortes de cada uma das espécies, o nível que cada uma tem e etc. (muito Yu-Gi-Oh *-* adoraria ter um jogo de cartas desse livro). Já sei que o segundo livro da série promete focar não mais na escola e no aprendizado, mas acho que chegou a hora de irmos para a guerra, então é melhor começarem a jogar suas Pokébolas e conjurar os seus demônios, porque a resenha de "A Inquisição" está chegando. Leiam!!!

De alguma forma, as palavras que ele tinha deixado não ditas ao longo dos anos eram do que mais se arrependia.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Aprendiz
Conjurador #1
Ano: 2015
Páginas: 350
Editora: Galera Record
 
Sinopse (Skoob):
Em O aprendiz, primeiro volume da série Conjurador, Fletcher é um órfão de 15 anos e, para sua surpresa, conseguiu invocar um demônio do quinto nível. O problema é que apenas os nobres deveriam ser capazes de conjurar criaturas e usá-las na guerra contra os orcs. 
Mas plebeus como Fletcher também podem ser conjuradores, e o garoto consegue uma vaga na Academia Vocans, uma escola de magos que prepara seus alunos para os campos de batalha. Lá, ele irá enfrentar o bullying dos nobres, mas também aprenderá feitiços e fará amigos incomuns, como anões e elfos. Além de se provar digno de uma boa patente na guerra, Fletcher e seu grupo de segregados precisam se unir e vencer o preconceito que sofrem na desigual sociedade de Hominum. 

30 novembro, 2017

Resenha :: Corte de Asas e Ruína (Court of Wings and Ruin)

novembro 30, 2017 2 Comentários

 Pode conter spoiler dos livros anteriores.

Confira as resenhas dos primeiros livros dessa saga!

"Lembre-se de que você é uma loba. E não pode ser enjaulada."

Primeiramente eu gostaria de dizer (ou escrever, no caso ) que se eu fosse cardíaca eu não estaria aqui hoje. Provavelmente, estaria a sete palmos debaixo da terra ou na UTI de algum hospital, porque, pelo amor de Afrodite, é muita coisa nesse livro para um coraçãozinho qualquer aguentar, principalmente um cheio de buraquinhos como o meu 

Eu realmente acho que meu coração parou de bater por alguns segundos ao ler certas palavrinhas que nunca, NUNCA, deveriam estar juntas em uma frase. Sarah J. Maas, eu sei que, às vezes, você tem um lado um pouquinho maquiavélico (não no nível do George R. R. Martin, ainda bem), mas por misericórdia, mulher, tenha pena dos meus nervos. Enfim, vamos ao que interessa.

"Lutaremos pela vida, por sobrevivência, por nossos futuros."

No livro anterior muita coisa aconteceu e como consequência uma guerra é inevitável e a nossa “Feyre, querida”, depois de uma mentira que contou para conseguir salvar a todos que amava, está infiltrada na Corte Primaveril, fingindo ser a mesma Feyre vulnerável de antes, para tentar descobrir informações úteis sobre seus inimigos e promover um conflito interno dentro da Corte do Tamlin (E o Oscar de melhor atriz vai para... Feyre! A toda poderosa Grã-Senhora da Corte Noturna! ), enquanto o nosso amado Rhysand e o restante da Corte dos Sonhos buscam formas de vencer a luta contra Hybern, que conta com todo o poder do Caldeirão a seu favor, um poder destruidor e imenso (as irmãs da Feyre, Nestha e Elain, que o digam ). E para ter chances de vencer essa guerra sacrifícios e alianças poucos prováveis são feitas, mas será que mesmo com tudo isso, todos, humanos e feéricos, conseguirão sair vivos?

"Sempre considerei a morte como um tipo de boas-vindas pacífico; uma cantiga doce e triste que me atrairia para o que quer que esperasse depois."

Esse resumo ficou bem ruinzinho, eu sei, principalmente por ser de um livro de quase 700 páginas, mas imagina o tanto de coisas que acontecem e o tanto de spoiler que eu poderia soltar se me empolgasse. O que posso dizer é que ainda quero ir para Velaris e morar lá enquanto viver; que a escrita da Sarah J. Maas continua maravilhosa, assim como o enredo, narração, cenário e tudo mais continuam muito bons também; que, mesmo com uma guerra iminente, os personagens desse livro ainda estão cheio de hormônios e as descrições de certas cenas completamente desnecessárias ainda existem, infelizmente, por mais que eu torcesse para que não existissem (mas quem sou eu na fila do pão, não é mesmo? ), e que eu fico impressionada com o quanto os personagens desse livro parecem querer morrer. É como se alguém perguntasse “Quem quer morrer?” eles sairiam pulando e gritando “Eu, eu, eu!”. Oh, povinho que gosta de um sacrifício .

"Mas isso é guerra. Não temos o luxo de ter boas ideias, apenas de escolher entre ideias ruins."

E falando de personagens, vamos falar um pouquinho deles. Cassian, Azriel, Mor e Amren continuam maravilhosos e guerreiros incríveis. As irmãs da Feyre, Nestha e Elain tiveram um papel (e poder) beeeeem maior dessa vez (principalmente, a Nestha), e podemos esperar muito delas nos próximos livros. O Lucien voltou a ter meu respeito. O Tamlin, ahn, é o Tamlin e prefiro me preservar e não falar sobre ele. E a Feyre... Bom... Sabe o começo do livro anterior em que a Feyre estava super para baixo? Esqueça! Ela evoluiu muito e agora é a Grã-Senhora da Corte Noturna, meu bem, abraçou todo o poder que tem e ao lado do nosso amado Rhys, ela escolheu ser uma guerreira lutando pela liberdade e paz tanto de feéricos quanto de humanos. E o que dizer do Grão-Senhor mais poderoso, lindo, maravilhoso, “tudibom” que existe? É bem difícil encontrar palavras para expressar o quanto amo o Rhys , o quanto tenho vontade de colocar ele em potinho, o quanto ele me fez sofrer com tudo o que faz para proteger e sua família e o seu povo. “Rhys me leve para Velaris! Faça de mim sua Grã-Senhora! Seja o meu céu e me deixe ser as suas estrelas! Vamos dançar sobre o céu estrelado ouvindo Perfect do Ed Sheeran!” (Estou viciada nessa música)... Tudo bem, parei . Mas é muito amor envolvido, sabe?

"Não tinha certeza se nascera com a habilidade de perdoar. Não por terrores infligidos àqueles que eu amava. De minha parte, não importava — não tanto. Mas havia um pilar fundamental de aço dentro de mim que não podia se dobrar ou quebrar. Não podia suportar a ideia de deixar aquelas pessoas saírem impunes pelo que tinham feito."

A relação da Feyre e do Rhys é tão linda e invejável. Não só é amor, é companheirismo, apoio, parceria, confiança, respeito, força... O Rhys não trata a Feyre como se ela fosse feita de vidro, ou banca um cara do tipo "Fique aqui presa e segura na torre do castelo, princesa, eu te protejo" . Não! Ele a incentiva a encontrar e aprimorar o poder dela. É claro que ele quer a proteger, afinal ele a ama, mas ele sabe que a sua "parceira" é poderosa e pode muito bem resolver muitas coisas sozinha, sem a interferência dele. Ele confia na capacidade dela, e caso a Feyre precise dele, o Grã-Senhor da Corte Noturna sempre a ampara e a apoia, como ela também sempre o ampara e o apoia, porque eles são parceiros, são iguais, se respeitam, se protegem, se apoiam, se suportam, se entendem, se amam . Eles tem um relacionamento que todos deveriam ter como meta. Não tem um achando que é melhor que o outro, não tem desrespeito e nem desconfiança e ciúme. Eles são poderosos separados e ainda mais poderosos juntos, compartilhando a vida, seus espíritos, seus pensamentos, seus corações. Se não for para ter um parceiro/namorado/marido como o Rhys eu nem quero. Vou criar gatos . Obrigada .

"Eu teria esperado quinhentos anos mais por você. Mil anos. E, se esse foi todo o tempo que nos foi permitido... a espera valeu a pena."

Esse terceiro livro tem de tudo: mortes para todo lado; personagens que reaparecem só para morrer (ou não ); OTP que cruzamos os dedinhos desde o livro anterior para acontecer, mas que pelo jeito fomos iludidos (pelo menos, eu fui ); indícios de um futuro novo triângulo amoroso; segredos revelados; alianças e acordos que pessoas normais com certeza evitariam... 

Só como aviso, as reações esperadas ao ler Corte de Asas e Ruína podem ser: "Eita", "Espera aí, o que eu perdi?", “Misericórdia”, “Nãoooooooooooooo”, “Que triste”, “Que tenso”, “Que lindo”, “Owwwnnnt, que fofo”, “De novo, não”, “Caraca”, “Que #@&$#&@#”, “Deu ruim”, “Mayday, Mayday”, “Não creio!”, “Prevejo coisas ruins”, “Sério isso?”, “Cadê o chão?”, “Como é que se respira mesmo?”... Na verdade, o melhor a se fazer a jogar as mãos para o alto e seja o que a Sarah J. Maas quiser. Sério, vai por mim, é o melhor que você pode fazer.

"... A luz pode ser encontrada até mesmo no mais escuro inferno. (...) Bondade pode prevalecer mesmo em meio à crueldade."

Corte de Asas e Ruína pode parecer um fim, mas também é um começo, pois muitas pontas ainda estão soltas e muita história ainda está por vir. Esse é um livro sobre guerra, sacrifício e medo, mas também sobre coragem, amizade, respeito, companheirismo, amor e esperança, e tudo isso, bebê, gera uma força descomunal . Até! 

"O que achamos ser nossa maior fraqueza pode ser, às vezes, nossa maior força. E que a pessoa mais improvável pode mudar o curso da história."

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Corte de Asas e Ruína
Em meio à guerra, é seu coração que enfrentará a mais árdua das batalhas...
Corte de Espinhos e Rosas #3
Ano: 2017
Páginas: 687
Editora: Galera Record
Sinopse (Skoob):
O terceiro volume da série best-seller Corte de Espinhos e Rosas, da mesma autora da saga Trono de Vidro em “Corte de Asas e Ruína" a guerra se aproxima, um conflito que promete devastar Prythian. Em meio à Corte Primaveril, num perigoso jogo de intrigas e mentiras, a Grã-Senhora da Corte Noturna esconde seu laço de parceria e sua verdadeira lealdade. Tamlin está fazendo acordos com o invasor, Jurian recuperou suas forças e as rainhas humanas prometem se alinhar aos desejos de Hybern em troca de imortalidade. Enquanto isso Feyre e seus amigos precisam aprender em quais Grãos-Senhores confiar, e procurar aliados nos mais improváveis lugares. Porém, a Quebradora da Maldição ainda tem uma ou duas cartas na manga antes que sua ilha queime.

05 outubro, 2017

Resenha :: Fiquei com o Seu Número (I ve got your number)

outubro 05, 2017 2 Comentários

“Mas às vezes precisamos ter coragem. Às vezes, precisamos mostrar às pessoas o que é importante na vida.”

É verdade universalmente reconhecida (ou deveria ser ) que a autora Sophie Kinsella é a rainha suprema quando o assunto é chick-lit. Meg Cabot e Marian Keyes que me perdoem, mas essa é verdade nua e crua. E é uma verdade unicamente reconhecida por mim que Fiquei com o Seu Número é um dos meus chick-lits favoritos... Não, espera ... Isso não parece certo...  E é uma verdade unicamente reconhecida por mim que Fiquei com o Seu Número é o meu chick-lit favorito do universo (agora sim está certo ). E isso é algo notável considerando a quantidade de chick-lits que já li em todos esses anos dessa indústria vital de leitura, que é a minha vida .

E ele é um dos livros que mais fizeram rir na vida (amo rir, você não? ). Não estou falando de risadas que duram dois segundos. Faça-me o favor . Estou falando de rir até sair lágrimas dos olhos, em praticamente o livro inteiro. Estou falando de rir tanto que se você estiver perto de alguém, esse alguém vai achar que você pirou na batatinha. 

“Independentemente do que já aconteceu, a vida é curta demais para não se perdoar. A vida é curta demais para se guardar ressentimentos”.

Mas, enfim, antes de falar sobre a história do livro, preciso te perguntar uma coisa: Quão importante é o seu celular na sua vida? Você teria coragem de "dividir" ele com alguém? Surtaria ou não ao saber que alguém está lendo seus e-mails, mensagens... Tudo que está no seu celular? Chega a dar um certo medo, né? Te entendo . E muitas pessoas do mundo também entendem, porque para grande parte dos seres humanos o celular é quase um membro do corpo, um melhor amigo, um item necessário para viver... Por que estou falando isso? Logo você vai entender. 

“Meu celular é minha vida. Não existo sem ele. É um órgão vital”.

Fiquei com o Seu Número é narrado em primeira pessoa pela jovem fisioterapeuta Poppy Wyatt que está de casamento marcado com um conhecido (e rico) acadêmico, o Magnus Tavish, que de acordo com a própria Poppy (e de acordo com as suas amigas também, principalmente uma super invejosa) é um cara perfeito e ela não pode perde-lo, mesmo que os seus sogros, Wanda e Anthony Tavish (que também são acadêmicos, super intelectuais, ao ponto de fazer a Poppy se sentir inferior com tanta “intelectualidade” nessa família) não concordem com o casamento. Apesar disso, tudo vai relativamente bem, até que certo dia, quando está comemorando a sua despedida de solteira em um hotel (com suas amigas e sua cerimonialista), a Poppy se envolve em uma tragédia. Não, ela não morre, ou vai parar no hospital. No meio de um incidente, a nossa protagonista acaba perdendo o seu anel de noivado. E não é qualquer anel, é um anel de esmeralda e diamantes que está na família Tavish há três gerações! Três! Tragédia! Pobre Poppy . E para piorar, nesse mesmo dia, ela ainda tem o celular roubado. Tragédia em dobro! 

“Meu instinto é mandar uma mensagem de texto para alguém dizendo ‘Ai, meu Deus, perdi meu celular!’ Mas como posso fazer isso sem o maldito celular? Ele é meu companheiro. É meu amigo. Minha família. Meu trabalho. Meu mundo. É tudo. Sinto como se alguém tivesse arrancado de mim os equipamentos que me mantêm viva”.

Mas, quando ela está quase se entregando as profundezas do desespero, uma solução vem de um lugar inesperado, de uma lata de lixo. Nessa lata de lixo, abandonado e se sentindo sozinho está um celular pronto para ser usado! Uma luz no fim do túnel! Obviamente a Poppy toma posse do celular e passa o número dele para os funcionários do hotel onde o anel foi perdido, para que quando encontrarem o seu precioso anel, puderem ligar para ela para devolver. Perfeito! O mundo é quase belo de novo! 

“Se está numa lata de lixo, é propriedade pública.”

Ou quase... Porque o celular, no fim das contas, tem dono. A luz no fim do túnel da Poppy foi abandonada na lata de lixo pela (ex)assistente do executivo Sam Roxton, que não fica nada feliz por uma desconhecida ter em mãos o celular da empresa. Imagine, uma estranha com acesso a sua vida pessoal e profissional! Oh, confusão!  Mas a Poppy acaba convencendo o Sam a emprestar o celular para ela, pelo menos até que o anel seja encontrado, prometendo encaminhar todas as mensagens e e-mails que forem para ele. E isso ela realmente faz. Começando assim, uma interação (bem divertida para quem lê) entre os dois por meio de mensagens, com um ajudando o outro, com a Poppy com seus problemas a resolver para o casamento e o Sam com questões a serem resolvidas na empresa. Depois de algumas conversas por mensagens, eles até que ficam próximos, mesmo não estando "próximos" fisicamente. Porém, ter acesso a tanta coisa da vida de outra pessoa pode despertar uma coisa chamada curiosidade, e a Poppy acaba lendo tudo o que enviam para o Sam, se envolvendo com a vida dele por meio de um celular (e o deixando entrar na sua vida por meio de um celular também). E querendo ajudar, a Poppy acaba se metendo em algumas coisas que, provavelmente, não são da conta dela, causando confusões para ela e para o Sam, principalmente para o Sam . Mas talvez essa confusão toda seja algo bom para os dois, e dividir o celular pode ser algo que ambos vão acabar agradecendo no final das contas .

“Sei que as coisas ainda são incertas; sei que a realidade não desapareceu. Sempre vai haver explicações e recriminações e confusão”.

Fiquei com o Seu Número é um livro que me lembra os motivos de eu amar tanto ler chick-lits. A Sophie Kinsella me conquistou nesse livro de uma forma muito louca. Ela tem uma escrita super hiper mega viciante, e em, praticamente, todas as vezes que li esse livro (já li várias vezes e lerei muito mais ) eu simplesmente não consegui dormir antes de terminar, mesmo sabendo o que aconteceria quando reli, é quase uma missão impossível largar, é tão viciante que acho que parece crack . A Sophie consegue misturar clichês, romance, um certo mistério e comédia de um jeito tão dela, tão maravilhoso, tão incrível, tão divoso, tão... (insira um milhão de adjetivos positivos aqui). Se a escrita da Sophie Kinsella fosse comida, seria daquelas de dar uma de Ana Maria Braga e se enfiar debaixo de uma mesa de tão boa . O enredo é maravilhoso, o humor que a Sophie coloca no livro é tão natural e hilário, a história é muitoooo envolvente e os personagens são incríveis .

“Mas a gente não percebe, não é? O momento surge, a gente comete o erro terrível e ele acaba, e a chance de fazer qualquer coisa já era.”

A Poppy é do tipo de pessoa naturalmente boa, ela quer o melhor para todo mundo e sempre tenta ajudar, por mais que essa “ajuda” não dê muito certo, ela sempre faz tudo com as melhores intenções. Na última vez que reli esse livro (depois que comecei a fazer terapia), eu me identifiquei muito com ela, porque a Poppy é tão “boazinha” que evita conflitos, abaixa a cabeça e assume o que jogarem para cima dela, assumindo a culpa que nem lhe pertence, achando que os outros são melhores do que ela, e que ser ela mesma não é o suficiente, tentando se “encaixar” em coisas que não tem nada a ver com ela. A Poppy se diminui e nem percebe que é assim. Quando na verdade ela é um serzinho incrível, cativante, engraçada, inteligente, um pouquinho atrapalhada, mas mesmo assim maravilhosa . Fora que ela é uma das melhores “narradoras” de todos os livros que já li. As notas de rodapé dela são as melhores e mais engraçadas do universo. E as “conversas” que ela tem com ela mesma são impagáveis. Se ela existisse eu iria querer que ela fosse a minha amiga (desde que não se metesse com o meu celular ).

“Acho que somos as notas de rodapé um do outro”.

O Sam (), de cara, parece alguém bem sério, um profissional ultra competente e bem-sucedido, fiel aos seus princípios e que sempre busca a justiça, mas por trás da fachada séria, ele também tem um certo senso de humor e tem seus momentos, principalmente nas conversas com a Poppy. Vou parar de falar dele, antes que eu fique me derretendo aqui mais que sorvete no calor.

"Ninguém quer ouvir histórias sobre coisas ruins. Essa é a verdade."

Antes que eu me esqueça, preciso dizer que uma das coisas que mais admiro na Sophie Kinsella, se tratando desse livro, é que ela não apela para cenas pervertidas como muitas autoras fazem em chick-lits e em outros romances em geral. Eu me irrito tanto quando apelam assim, descrevendo cenas completamente desnecessárias, porque quando o livro é bom, ele não precisa disso. Um romance não é só feito de contato físico, apelidos melosos e juras de amor eterno . Ele é muito mais que isso. E por isso eu amo o romance nesse livro, ele não é apelativo, é gradativo, acontece aos poucos, da amizade para algo a mais, não te força a engolir um romance que caiu de paraquedas na história em um piscar de olhos, tipo uma bala perdida que você nem percebe de onde veio.

“Quero dizer… o que é amor? Ninguém sabe exatamente o que é amor. Ninguém consegue defini-lo. Ninguém consegue provar que existe.”

Se algum dia, você estiver se sentindo para baixo e precisar rir, leia Fiquei com o Seu Número. Se precisar esquecer dos seus problemas e se jogar em uma leitura leve e envolvente, leia Fiquei com o Seu Número. Se quiser ler algo que te surpreenda e te faça ficar sem ar e chorar de tanto rir, leia Fiquei com o Seu Número. Se quiser ler um livro com humor, romance, conspiração e mistérios, leia Fiquei com o Seu Número. Se quiser se apaixonar por um livro e ler um dos melhores chick-lits que vai ler na vida, leia Fiquei com o Seu Número. E se você já leu e não gostou, leia de novo e do jeito certo. E se já leu e gostou, leia de novo, porque sim. Até! 

“E não importa (...). Seja lá quem fosse, quer eu conhecesse ou não, se eu pudesse ajudar de alguma forma, eu ajudaria. O que quero dizer é, se você pode ajudar, tem que ajudar. Não acha?”

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Fiquei com o Seu Número
Ano: 2012
Páginas: 464
Editora: Record
 
Sinopse (Skoob):
A jovem Poppy Wyatt está prestes a se casar com o homem perfeito e não podia estar mais feliz... Até que, numa bela tarde, ela não só perde o anel de noivado (que está na família do noivo há três gerações) como também seu celular. Mas ela acaba encontrando um telefone abandonado no hotel em que está hospedada. Perfeito! Agora os funcionários podem ligar para ela quando encontrarem seu anel. 
 
Quem não gosta nada da história é o dono do celular, o executivo Sam Roxton, que não suporta a ideia de haver alguém bisbilhotando suas mensagens e sua vida pessoal. Mas, depois de alguns torpedos, Poppy e Sam acabam ficando cada vez mais próximos e ela percebe que a maior surpresa da sua vida ainda está por vir.