Resenha :: Encanto da Luz
Carolina Finco
fevereiro 02, 2019
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Olá, faroleiros... Hoje vou
falar pra vocês de uma história linda da diva Nora Roberts, Encanto da Luz, publicado pela Harlequin,
que apesar de fazer parte da série Os
MacGregors — este é o quarto
livro se formos ler na sequência — pode ser lida de modo independente, pois
se trata da história de um personagem secundário do qual a Nora quis incluir na história da família, o que só fez abrilhantar
esta série maravilhosa. Neste livro o foco é na família Campbell, que surge
pelas ligações que ocorrem no terceiro livro.
É interessante ver nesta
história como cada pessoa tem um jeito próprio de enfrentar a dor, o
ressentimento, a culpa, por fatos que acontecem conosco em determinado momento
da vida, em situações desesperadoras que não puderam ser evitados e trouxeram
tanto sofrimento.
Grant Campbell depois
de se formar na faculdade, e após um período onde precisou descobrir que não
seria feliz pessoalmente e profissionalmente como pintor, foi morar numa linda
faixa de terra no litoral do Maine, em Windy Point, na Nova Inglaterra, mais
precisamente em um antigo farol, longe de tudo e todos, e escrever suas
histórias em quadrinhos.
Seu personagem é um cara comum,
e nestas histórias de maneira bem cômica ele descreve o dia a dia da sociedade,
muitas vezes se utilizando de pessoas e fatos ocorridos com sua família e
amigos, e em sua própria vida para escrever as tirinhas, publicadas em vários
jornais dos Estados Unidos, ele gosta principalmente de satirizar os políticos
e a política nacional. Apesar de saber se relacionar muito bem quando quer com
as pessoas, ele preferiu a solidão, e vive no anonimato, inclusive a sua profissão
não é de conhecimento público, pois ele assina apenas como suas iniciais e
prefere que continue assim.
Genviève Grandeau é
uma grande artista, descendente de uma família tradicional de Nova Orleans, que
para fugir do sofrimento, resolveu tirar longas férias para trabalhar em um
aspecto diferente de seu talento. Ela queria reencontrar a alegria em pintar o
que ela via e sentia através das paisagens a sua volta. Nesta viagem pelo norte
dos Estados Unidos, ela acaba chegando em Windy Pont, e resolve alugar um lugar
para poder ficar um período nesta pequena cidade que tanto lhe encantou. Ao ir
para o chalé que alugou, seu carro morre no meio do caminho e para completar,
começa uma tempestade daquelas. Nisso que ela sai andando tentando encontrar
uma ajuda, ela literalmente vê uma luz no fim do túnel, ela vê a luz do farol e
resolve ir até lá pedir abrigo.
Quando Gennie viu a silhueta da construção atrás da cortina de chuva, quase riu alto. Um farol... uma daquelas estruturas vigorosas que provavam que os homens possuíam algum senso de altruísmo.
Quando Gennie é socorrida, ela
percebe que ao invés de conhecer um velho senhor, na realidade quem mora no
farol é um homem jovem, lindo, porém com atitudes de um ogro... Ele é
literalmente o Shrek no
comportamento. Mas eu gosto muito deste personagem masculino que a Nora criou, para ser sincera gosto mais
que da mocinha desta história. Mas como sempre a Nora cria personagens individuais que irão se completar de maneira
incrível. Apesar de detestar a forma com que o Grant lhe trata, Gennie se
apaixona pelo local e sabe que precisa pintá-lo de qualquer maneira.
Agora, suas emoções estavam fluindo novamente... fúria, paixão, orgulho e tormento. Gennie podia extravasar na arte, liberá-las de modo que não apodrecessem em seu interior.
E é com esta invasão de espaço,
que nossa mocinha vai invadindo também o coração do Grant e descongelando algo
que e muito tempo ele não desejava sentir mais, ele desejava a qualquer custo
evitar o sofrimento que o amor traz.
— O solitário durão. Em alguns anos, você pode até se tornar rabugento.
— Você não pode ser rabugento até que tenha 50 anos — contradisse ele. — É uma lei tácita.
— Eu não sei. — Gennie prendeu o lápis atrás da orelha e inclinou a cabeça. — Não acho que você se importa com leis, tácitas ou não.”
Não vou falar mais, pois a
história é pequena e se desenrola de uma maneira bem legal e dinâmica, e também
não quero dar nenhum spoiler, mas
acrescento que você não vai se arrepender se resolver ler toda esta série
maravilhosa. Ela nos ensina algumas coisas importantes para a nossa vida e ao
mesmo tempo nos diverte com um lindo romance entre uma princesa e um ogro.
Também irá nos trazer algumas surpresas que só a Nora poderia criar de maneira tão legal, afinal o mundo é bem
pequeno quando o destino quer trabalhar em nossas vidas... rsrsrsrsrs.
Eu dou uma nota quatro para
este livro, pois ele continua a série de maneira bem importante e complementar
para a novela. O livro também traz algumas referências bem legais que para quem
é apaixonado por quadrinhos, que vai se identificar de imediato, esta última
edição da Harlequin está excelente e
só abrilhantou minha coleção de livro da Nora.
Slainte,
Carolina
Finco
Nota :: 







Informações Técnicas do livro
Encanto
da Luz
MacGregors
#4
Ano: 2018
Páginas: 192
Editora: Harlequin Brasil
Sinopse:
Gennie
Grandeau é uma pintora de sucesso e muito reconhecida pelo país. Ela sempre
gostou de estar entre as pessoas, mas um ano depois da morte de sua irmã,
Gennie precisa se afastar da família e do reconhecimento para poder curar suas
feridas. Ela só não esperava encontrar Grant Campbell e ter sua tranquilidade
abalada. Ele é um ermitão vivendo em um farol afastado de tudo e todos. Grant
não gosta de estar perto de pessoas, apesar de seu trabalho retratar o
relacionamento e a interação entre elas. Depois do trauma da morte do pai,
Grant se isolou de tudo para se preservar de um novo sofrimento. Mas somente a
persistente Gennie é capaz de invadir suas terras, seu farol e até mesmo seu
coração. Continuando com a série sobre a família MacGregor, Encanto da Luz
apresenta uma nova história de membros da família que acham que estão no topo
do mundo e que vivem entre o poder e a glória. Até que os seus corações sejam
roubados.