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*recebido em parceria com o Grupo Editorial The Books |
Olá, pessoas. Hoje eu venho contar como foi a
leitura de um livro que me encantei pela sinopse e, quando recebi da editora,
não entrou na fila de leitura, foi leitura imediata!
Com uma narrativa em primeira pessoa, a história se desenrola primeiro nos apresentando a Senhora da Casa, diferente dos próximos moradores, já sabemos de quem se trata e porque ela não partiu, ficou.
Depois iremos conhecer Flávia que, depois de perder o grande amor de sua vida, encontra a casa perfeita para sua família e espera que as coisas enfim entrem no eixo.
Afinal, uma casa própria, a qual pode chamar de sua
e de seus filhos parece ser o melhor dos recomeços após uma perda tão grande,
que ainda dói. A trama é contada como se a própria Flávia estivesse relatando
algo que aconteceu a ela e sua família, e que sua filha, Ana, vai
complementando com suas próprias lembranças do fato.
— Mentira! Ele falou pra mim que está aqui e que vai cuidar da gente, mas que precisamos ir embora — gritou Pedro e saiu batendo os pés.
Eu vi na simplicidade, tanto da trama quanto da
narrativa, que flui de um jeito que deixa a leitura muito confortável, como uma
maneira de deixar a história ainda mais assustadora, afinal até a resposta para
a pergunta da sinopse, “seria essa uma
história baseada em fatos reais?”, é de fato algo que remeta a quem ler a
se perguntar: “e será que foi??”.
Concordo com quem diz que a história tem alguns pontos que avançam muito
rápido, mas isso depõem a favor da narrativa, afinal quando contamos uma
história que vivemos não somos extremamente detalhistas e talvez ainda um pouco
menos em algo que esperamos que a pessoa não acredite. Afinal, quantas pessoas
acreditariam que um imóvel tem dois proprietários?
Eu imagino que grande parte dos problemas seja porque, além de enfrentar o luto, Flávia, como toda mãe, tem em seus filhos o centro do seu universo e a mínima hipótese de ela ter colocado sua vida e a de seus filhos em perigo, após a perda dos pais, seja algo muito grande para ela lutar. Afinal, como lidar com um perigo que o simples fechar de portas e cadeados não resolve? Que, mesmo sem ter tido a intenção, o perigo de não ouvir um aviso vindo do além pode ter sido o maior de seus erros. E, principalmente, como começar a acreditar que existe mais entre o Céu e a Terra?
Fiquei bem quieta no meu lugar, o barulho se aproximou, os chinelos pararam de se arrastar na minha frente, era como se alguém estivesse olhando para mim, em seguida continuou, passou por onde eu estava e foi até a cadeira de balanço que começou a se mover bem lentamente.
A Flávia, para mim, comete um erro que muitos “adultos” cometem: subestimar a inteligência das crianças. Afinal, não ser sincera sobre algo que os afeta e não começar a acreditar que eles são capazes não apenas de entender como também dar apoio e ajuda-la, naquele momento, pode ser seu erro fatal. E essa é uma história que você sente medo a partir do momento que já acredita que sim, aquela situação é possível! Que algumas pessoas têm assuntos inacabados e acabam presas em um limbo que não as permite ficar, mas também não as ajuda a continuar.
— Eu não queria dizer nada, mas eu também vi. Foi muito rápido pareceu ser mais um vulto. Será que não era sombra de alguma coisa?
Confesso que o epílogo não foi a parte que mais me agradou, pelo simples fato de eu ter criado uma imagem um pouco diferente e que, para mim, faria muito mais sentido, mas especular sobre o desconhecido é sempre um tiro no escuro. Eu teria curtido um pouco mais de desfecho para algumas questões, mas nada que tenha me impedido de apreciar a leitura como um todo. Afinal sou crédula, que tanto as casas quando os objetos guardam muito dos seus donos e dos sentimentos e acontecimentos que testemunharam, afinal por qual outros motivos locais como Auschwitz seriam tão visitados até hoje? Para mim é porque, inconscientemente, sabemos que o local ainda tem os ecos das pessoas que foram mortas lá. Por isso, deixem Flávia, Ana e a Senhora da Casa lhes contar uma história.
Sobre a edição: A capa é perfeita! Porque, além de bonita, quando você tem o físico na mão você percebe vários detalhes, e mesmo no e-book ela não deixa de ter todo o clima da história. A edição em si está muito bonita, como diagramação pensada para marcar as pausas de narrativa e as citações te colocam no exato clima da trama. A fonte e a página amarela tornam a leitura confortável e não notei erros de grafia ou digitação.
Informações Técnicas do livro
A Senhora da Casa
Ano:
2020
Páginas:
263
Editora:
Dark Books
Sinopse:
Depois de perder
o grande amor de sua vida, Flávia encontra a casa perfeita para sua família, e
espera que as coisas enfim entrem no eixo.
Mas o que a
dedicada mãe não imagina é que está colocando sua vida e a de seus filhos em
perigo.
Poderia um
imóvel ter dois proprietários?
Seria essa uma história baseada em fatos reais?
Para comprar:
► Livro Físico
► E-book


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