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13 fevereiro, 2023

Lendo :: Mary Barton

fevereiro 13, 2023 0 Comentários

55º Leitura do Farol

Clássico impactante e à frente de seu tempo, de uma das grandes escritoras inglesas do século XIX, Elizabeth Gaskell.

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Ao começar a escrever romances, Gaskell esperava que eles proporcionassem algum consolo para a dor da perda de seu filho Willie. A ideia, de acordo com seu primeiro biógrafo Ellis Chadwick , foi sugerida pela primeira vez por seu marido William Gaskell para "acalmar sua tristeza".

Em uma carta de 1849 para sua amiga Sra. Greg, Gaskell disse que ela "se refugiou na invenção para excluir a memória de cenas dolorosas que se imporiam à minha lembrança". O desejo de Gaskell de representar com precisão a pobreza da Manchester industrial fica evidente no registro de uma visita que ela fez à casa de um trabalhador local.

Ao confortar a família, registra Hompes, o "chefe da família segurou seu braço e, segurando-o com força, disse, com lágrimas nos olhos: 'Sim, senhora, mas você já viu uma criança morrer de fome? '" Esta pergunta é quase precisamente repetida na boca de John Barton: "Eles já viram uma criança deles morrer por falta de comida?" no capítulo 4.

09 janeiro, 2019

Resenha :: Margaret Hale │ Norte & Sul

janeiro 09, 2019 2 Comentários

Olá, Faroleiros!! 

Hoje iremos conversar sobre um grande clássico da literatura — Margaret Hale (Norte e Sul). Esse livro é a base para série Norte & Sul da BBC. Não assisti a série, mas, pelo que vi na internet, a série sofreu algumas mudanças, porém esse fato não mudou sua qualidade em relação à obra literária. 

Quando li Esposas e Filhas (resenha aqui!) pude apreciar a incrível escrita da autora e, como falei naquela resenha, a autora escrevia histórias para uma revista da época. Sendo assim,  Margaret Hale foi o título escolhido pela autora quando ela começou a escrever a história para a revista, mas o editor da revista preferiu alterar o nome para  Norte e Sul.


Narrada em terceira pessoa, a obra conta a história da personagem Margaret Hale, ela vem de uma cidade do sul da Inglaterra chamada Helstone. Margaret passou um tempo com seus tios, e após voltar para a casa de seus pais, descobre que a família resolveu mudar completamente de vida. Eles deixam a tranquila cidade ao sul e vão viver em Milton (cidade fictícia) ao norte da Inglaterra. Pegou a referência de Norte e Sul?

As despedidas tão apressadas, entre todas as outras despedidas, daqueles com quem convivera tanto tempo, agora a oprimiam com uma tristeza melancólica pelos momentos que não mais voltariam. (p. 42)

A história começa a acontecer mesmo a partir desse ponto. Nossa protagonista é cheia de personalidade, muito orgulhosa e beeeeeeem resolvida.


O problema é que Margaret é meio preconceituosa com os habitantes da nova cidade. E isto torna sua adaptação bem difícil. Entretanto, a personagem aceita a mudança. 

 Com o tempo, Margaret conhece o senhor Thornton, um comerciante dono de uma indústria tecelã. 

Quando Thornton e Margaret se conhecem meio que os dois não se dão bem. Mas é palpável a química entre os personagens.


Uma coisa bem legal sobre o romance é que não temos um enfoque no casal, o leitor pode vivenciar com a leitura momentos da Revolução Industrial e fatos mais sérios que um romance apenas. 

Por exemplo, a família de Margaret conhece o  Sr. Higgins, e isto faz com que a opinião dela sobre as pessoas de Milton vá mudando. Margaret passa a ter um grande carinho pelo Sr. Higgins e pela sua filhinha.

A partir daquele dia Milton tornou-se um lugar mais iluminado […] Era porque ali ela havia encontrado um interesse humano. (p. 139)

Margaret passará por grandes dificuldades e para completar um grande mal- entendido com o Sr. Thornton, fará com que ela mude seus pensamentos e amadureça.

Se você vive em Milton, deve aprender a ter um coração corajoso. (p. 213)


Norte e Sul é um clássico. Uma leitura atemporal! Aquela leitura que te prende do início ao fim. A autora passa ao leitor, por meio de sua escrita, o drama, medos e dificuldades que pessoas vindas campo para a cidade grande sofrem. 

Leitura mais que recomendada.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Margaret Hale Norte & Sul
Ano: 2015
Páginas: 428
Editora: Pedrazul
Sinopse:
Ainda muito pequena Margaret Hale foi enviada para viver em Londres com uma tia rica. Quando sua prima se casa, ela volta para casa dos pais, mas é forçada a deixar o campo, lugar que tanto amava, e mudar-se para a sombria e poluída cidade industrial de Milton, no Norte. Acostumada à doçura e idílio do Sul, ela testemunha o mundo duro e brutal, forjado pela revolução industrial. Chocada com tantas diferenças, aos poucos a jovem começa a descobrir Milton, seus habitantes, o funcionamento das fábricas e as relações entre patrões e operários. Solidária com os pobres, cuja coragem e tenacidade ela admira, e entre os quais faz alguns amigos, ela se depara com o belo John Thornton, um industrial do ramo de algodão, cuja rigidez e atitude insolente para com os trabalhadores ela tanto despreza. O confronto entre Margaret e Mr. Thornton é considerado uma reminiscência das desavenças entre Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, personagens de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen.
Margaret Hale e Norte e Sul são dois títulos do mesmo livro, motivo pelo qual a editora publicou essa obra com duas capas.


Editora Pedrazul atualmente é a editora que mais se dedica à tradução e à publicação de obras mundialmente consagradas, algumas ainda desconhecidas no mercado editorial brasileiro, como os autores que influenciaram o estilo da mais famosa escritora inglesa de todos os tempos, Jane Austen. Também atua no segmento romance histórico e de época escritos por autores contemporâneos.

28 março, 2018

Resenha :: Esposas e filhas (Wives and daughters)

março 28, 2018 1 Comentários

Olá meus queridos Faroleiros! Como estão? Hoje vamos conversar sobre um clássico da literatura romântica. Vamos lá?

Uma das coisas que me chamou atenção antes mesmo de ler a sinopse do livro, foi o fato da Editora Pedrazul usar as belíssimas ilustrações feitas por George Du Marrier. Ilustrações que foram utilizadas nas publicações seriadas e na primeira edição do livro.

Ah, já estava me esquecendo, antes de entrar na história de Esposas e Filhas, precisamos esclarecer alguma coisas sobre a autora.
               
A autora faleceu em 12 de novembro de 1865, aos 55 anos, em decorrência de um ataque cardíaco. Sendo seu último livro Esposas e Filhas, a obra estava sendo publicada de forma seriada desde o mês de agosto de 1864 pela revista Revista The Cornhill, ficando o final da obra inacabado.

“A história é interrompida aqui, e nunca será terminada. O que prometia ser a obra-prima de uma vida é um memorial da morte. (…) Mas, se a obra não foi terminada, pouco resta para ser adicionado e este pouco se reflete claramente em nossa imaginação.” (p. 533)

Confesso que nunca tinha lido nada de Elizabeth Gaskell – me julguem! E foi uma grata surpresa me deparar com a obra e gostar. Chega de blá, blá, blá e vamos à história!

Em Esposas e Filhas, somos levados a um pequeno condado ou vila chamada Hollingford, situada no interior da Inglaterra. Grande parte da trama se passa na casa do jovem viúvo e médico Mr. Gibson. Sendo um homem muito respeitado por todos, porém tem uma coisa que abala seu trabalho- sua única filha Mary, a quem ele carinhosamente chama de Molly.

“Não ensine muitas coisas a Molly. Ela deve saber costurar, ler, escrever e fazer cálculos, mas quero que continue sendo uma criança, e, se eu descobrir que ela precisa aprender mais do que o desejável, eu mesmo providenciarei. Afinal, não tenho certeza se ler e escrever sejam necessários. Muitas mulheres de boas condições casam-se usando um ‘X’ ao invés do nome. Isto é mais para uma dissolução do juízo materno. Contudo, devemos nos render aos danos da sociedade, Miss Eyre, então, você pode ensinar a menina a ler.” (ps. 30 e 31)

Quando ainda era uma criança, Molly foi a uma festa oferecida pelos Lord e Lady Cumnor. Porém, Molly acaba se sentindo mal e fica aos cuidados de Clare, governanta da família. O que elas não esperavam era o no futuro elas iriam se encontrar novamente.

O tempo passa e Molly entra na adolescência. Sendo seu pai um médico respeitado, ele recebia em sua casa jovens aprendizes. Um de seus alunos percebe que está apaixonado por Molly, quando o Mr. Gibson percebe o que esta começando a acontecer, mais do que de pressa ele envia sua bela filha para passar um tempo na casa de uma querida paciente.

Com tal acontecimento, o doutor sentiu na pele que lidar com as novidades da adolescência de uma filha não seria nada fácil.

Outra decisão que o Mr. Gibson precisou tomar foi: se casar novamente. Lembra que lá no começo eu falei que o destino iria fazer Molly e Clare se encontrarem no futuro? Pois bem, a escolhida para a vaga de madrasta foi a Clare, também viúva e mãe de uma jovem da idade de Molly. Muitas coisas mudaram na vida de Molly. O casamento trouxe não só uma madrasta, mas uma rotina nova, e uma “irmã” – Cynthia.

É muito bonito de viver com elas a amizade crescendo e de fato viando uma relação de irmãs. Até mesmo quando elas compartilham de um amor, as jovens são capazes de separar as coisas e não deixar nada atrapalhar a relação que foi construída.


Esposas e Filhas é um livro com uma história sobre o dia-a-dia. A Autora vai narrando os acontecimentos de uma maneira até mesmo despretensiosa, quando o leitor se dá por si, já está absolutamente envolvido na trama.

Os personagens? Esses são um caso a parte. Muito bem construídos, mesmo que a autora não tenha ficado presa a descrições,  são muito bem construídos, mas a autora não se perde em descrições detalhadas, ela apenas mostra magnificamente bem os atributos de cada personagem dentro do enredo.

Adorei acompanhar o crescimento das meninas, o envelhecimentos de outros personagens, os casamentos e até as mortes. Em todo o momento, tive a sensação de morar e viver tudo isso em Hollingford.

A Editora Pedrazul está de parabéns com a edição do livro. As ilustrações são lindas, pessoalmente, elas ajudaram muito a minha imaginação. A linguagem, mesmo que de séculos atrás, não é complicada de ser compreendida, de maneira que até podemos conhecer melhor fatos e costumes da sociedade da época.

Como falei no começo da resenha,  no início da resenha, Elizabeth Gaskell faleceu antes de concluir o livro. Porém, ela havia falado para o editor da revista das suas intenções para cada personagem, tal maneira que, com o falecimento da autora o editor escreveu uma coluna na revista informando aos leitores os desfechos escolhidos pela autora para seus personagens.


Tais considerações estão presentes no final do livro, sendo assim, Esposas e Filhas não fica sem um “final”. Confesso a vocês que depois de mais de 500 páginas não pude deixar de ficar triste. Pois queria muito saber pela escrita da autora o que iria acontecer com esses personagens que aprendi a gostar. 


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Esposas e Filhas
Uma História Cotidiana
Ano: 2016
Páginas: 540
Editora: Pedrazul
Sinopse (Skoob):
É o último romance escrito por Elizabeth Gaskell, em 1865, considerado sua obra-prima, narra o destino de duas famílias do século XIX na Inglaterra rural. Trata das relações familiares de pai, filha, madrasta, filhos, enteada e de seus envolvimentos românticos. A história gira em torno de Molly Gibson, filha única de um médico viúvo vivendo em uma cidade provincial inglesa em 1830. Tem início com Molly ainda criança em visita à casa do pai e a negligência da ex-governanta, Miss Clare, em relação a ela.
Sete anos depois, Molly é uma atraente jovem bastante irreal que desperta o interesse de um dos aprendizes de seu pai, o Sr. Coxe. O afeto é descoberto pelo senhor Gibson que envia a jovemMolly para ficar com as Hamleys, de Hamley Hall, uma família da pequena nobreza. Lá, ela encontra uma substituta da mãe na senhora Hamley, que a trata como filha. Molly também se torna amiga do seu filho mais novo, Roger. O filho mais velho da família Hamleys, Osborne Hamley, um jovem bonito, inteligente e mais elegante do que seu irmão, é esperado para fazer um casamento brilhante após uma excelente carreira na Universidade de Cambridge. Porém, um grande segredo envolve Osborne. Intrigas, fofocas, preconceito, traições, tragédias e amor marcam este formidável romance.
Personagens como Molly, Roger e Osborne; a empregada doméstica Aimeé; o senhor Gibson; a madrasta de Molly: a senhora Jacinto Kirkpatrick (ex-Miss Clare, a antiga governanta), uma ambiciosa e egoísta mulher; a meia-irmã mais nova de Molly, a egoísta, rebelde, Cynthia, educada na França um contraste com a ingênua Molly. Segredos do passado envolvendo mãe e filha e um empregado nas terras do senhor Gibson, o senhor Preston, fazem desse livro uma obra-prima. Foi publicado na revista Cornhill como uma série de agosto de 1864 a janeiro de 1866. Quando Gaskellmorreu subitamente, em 1865, a última parte foi escrita por Frederick Greenwood.


A Editora Pedrazul atualmente é a editora que mais se dedica à tradução e à publicação de obras mundialmente consagradas, algumas ainda desconhecidas no mercado editorial brasileiro, como os autores que influenciaram o estilo da mais famosa escritora inglesa de todos os tempos, Jane Austen. Também atua no segmento romance histórico e de época escritos por autores contemporâneos.