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09 fevereiro, 2017

Resenha :: Eu Sou a Lenda (I am legend)

fevereiro 09, 2017 5 Comentários

"O mundo ficou louco, pensou. Os mortos andam por aí e eu acho isso normal."

Infelizmente, tenho o desprazer de ter tido minha primeira experiência com a obra através da adaptação em filme com o Will Smith, sem saber da existência do livro, descobrindo-o após alguns anos, e me recordo de ter realmente gostado. Porém Will Smith não merece o título de “Eu sou a lenda” por estar praticamente de férias no apocalipse. Alguns pequenos detalhes me incomodaram ao longo do filme, um deles foi a apresentação do cachorro, na qual o conceito de solidão que deveria ser construído ao decorrer do filme foi totalmente destruído. Não estou aqui para falar do filme, e sim da obra prima das histórias de terror do autor Richard Matheson. 

Este havia sido meu primeiro contato com um apocalipse vampírico, solidão, sobrevivência e desejos humanos sendo explorados de forma tão extrema. Onde posso afirmar que Robert Neville (a personagem principal) é para mim uma das personagens mais humanas da ficção, não que eu tenha me identificado com a personagem, mas sim pela frustração das situações em que Neville é exposto, e como ele reage a elas, se entregando compulsivamente aos vícios, como bebidas e cigarros, tentando se distrair de todas as formas possíveis com músicas, livros e filmes e tentando não pensar no passado, nunca.

Logo no início do livro vemos uma pequena rotina na manhã de Neville: ele passa todas as manhãs fazendo manutenção e proteção de sua casa, já que todas as noites os vampiros se reúnem ao redor da mesma e ficam jogando pedras, fazendo barulhos e até mesmo se insinuando para Neville, desafiando-o a sair de sua casa. Na parte da tarde Neville se permite gastar seu tempo com outros afazeres, como procurar suprimentos, pesquisar livros úteis e se livrar de corpos que ficam em seu quintal e afins.

Não existem personagens a serem analisados a não ser o próprio Neville, seu passado é um mistério e só o descobrimos com pequenos flashbacks, que aparecem durante o livro. Neville, precisa lutar contra suas "necessidades humanas", que por sua vez são seus maiores inimigos, como, por exemplo, a abstinência sexual, que se torna terrível quando ele olha para as vampiras de sua casa a noite, elas ficam se mostrando e tentando seduzi-lo para que ele saia da casa; sua memória, que o atormenta quando não está se distraindo com suas pesquisas e seus vícios; e, sem dúvida alguma, lutar contra sua solidão, que o atormenta mais do que qualquer outra coisa, fazendo com que aja impulsivamente em vários momentos e transformando-o em uma pessoa ranzinza, estressada e amarga.

Ele se obriga a aceitar esse mundo em que é imposto. Apesar de demorar muito tempo e duvidar dos próprios princípios, Neville se transforma ao decorrer do livro em um sobrevivente, se importando pouco com a organização ou saúde, desejando morrer em vários momentos, mas sempre seguindo em frente. 

“Eu sou a lenda” é um livro que não se pode ler rapidamente, é preciso entrar no clima e sentir as angústias de Neville. É um livro que mostra como as pessoas podem se transformar com a solidão e confinamento, sendo obrigadas a se adaptarem e melhorarem sempre. Sem dúvida está no meu top cinco de livros favoritos.

Reflita: E se você fosse o último humano do planeta?

Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Eu Sou a Lenda
Ano: 2015
Páginas: 384
Editora: Aleph
 
Sinopse (Skoob):
Uma impiedosa praga assola o mundo, transformando cada homem, mulher e criança do planeta em algo digno dos pesadelos mais sombrios. Nesse cenário pós-apocalíptico, tomado por criaturas da noite sedentas de sangue, Robert Neville pode ser o último homem na Terra. Ele passa seus dias em busca de comida e suprimentos, lutando para manter-se vivo (e são). Mas os infectados espreitam pelas sombras, observando até o menor de seus movimentos, à espera de qualquer passo em falso... Eu sou a lenda, é considerado um dos maiores clássicos do horror e da ficção científica, tendo sido adaptado para o cinema três vezes.

26 janeiro, 2017

Resenha :: A Guerra do Velho (Old Man's War)

janeiro 26, 2017 8 Comentários

Uma das coisas que eu acho que um livro deve possuir é uma frase que seja capaz de prender seu leitor, e a frase de “Guerra do Velho” é:

"No meu aniversário de 75 anos fiz duas coisas: visitei o túmulo da minha esposa, depois entrei para o exército".

Essa é uma frase que me deixou extremamente curioso, eu só conseguia pensar: "Quem aceitaria um senhor de 75 anos no exército?". E não é nenhum grande mistério.

A humanidade chegou em seu momento de colonização planetária, então existem várias empresas em conjunto para que isso ocorra, uma delas é a FCD (Forças Coloniais de Defesa) e ela aceita pessoas somente acima de 75 anos.

Existem espécies infinitas de alienígenas, os mais bonitinhos podem ser os mais terríveis que acham a carne humana é algo exótico e delicioso, enquanto os mais horrorosos podem ter um acordo de paz com a humanidade, e mais uma infinidade de alienígenas que não sabemos da existência podem aparecem em um planeta pré-colonizado ou que está sendo preparado para a colonização.

A História é narrada por John Perry, um homem correto, bem humorado e muito cativante que tem alguns problemas com o filho.John faz amizades com várias pessoas durante sua viagem para treinamento, eles são: Jesse Gonzalez, Harry Wilson, Thomas Jane, Susan Reardon, Alan Rosenthal e Maggie, eles são chamados de “Os Velharias”, como se realmente fossem uma gangue.

Durante o livro John tem várias crises éticas com o que eles fazem e é exposto a muito estresse durante o campo de batalha, lembrando bem os soldados que ficam realmente traumatizados com os acontecimentos durante as guerras.

O livro possui vários momentos nos quais você se sente alegre e quer ser amigo dos personagens, eles são todos incrivelmente simpáticos. Assim como também existem vários momentos em que você se sente mal por estar lendo e pelos personagens que inclusive são uns dos melhores momentos e mais memoráveis. “Guerra do Velho” é um livro excelente e indispensável na estante de quem gosta de ficção científica e histórias de guerra.


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Guerra do Velho
Ano: 2016
Páginas: 368
Editora: Aleph
Sinopse (Skoob):
A humanidade finalmente chegou à era das viagens interestelares. A má notícia é que há poucos planetas habitáveis disponíveis – e muitos alienígenas lutando por eles. Para proteger a Terra e também conquistar novos territórios, a raça humana conta com tecnologias inovadoras e com a habilidade e a disposição das FCD - Forças Coloniais de Defesa. Mas, para se alistar, é necessário ter mais de 75 anos.
John Perry vai aceitar esse desafio, e ele tem apenas uma vaga ideia do que pode esperar. "Guerra do Velho" é frequentemente comparado a um dos maiores clássicos da ficção científica: Tropas Estrelares, de Robert Heinlein. O próprio Scalzi já confirmou que Heinlein é uma das suas maiores influências e que a obra foi escrita seguindo os princípios que ele acredita serem próprios da escrita do autor que tanto admira.
Scalzi é um dos principais nomes da ficção científica contemporânea. Ganhador dos prêmios Hugo e Locus, o autor conquistou público, crítica e mercado. Em fevereiro de 2015, fechou um contrato com a editora Tor Books de cerca de $3,4 milhões, para publicar 13 livros nos próximos 10 anos. O canal SyFy está produzindo uma série de TV – chamada Ghost Brigades – como adaptação do livro, e a Paramount já comprou os direitos para levar a história para as telas do cinema.

19 setembro, 2016

Resenha :: Estrela da Manhã (Morning Star)

setembro 19, 2016 0 Comentários
 (Trilogia Red Rising #3)
“O Ceifeiro chegou. E trouxe o inferno com ele.”

Não sei como começar, queria não ter que usar as mesmas palavras que usei na resenha do primeiro livro da trilogia Fúria Vermelha: “Bom, poderia dizer que esse livro me deixou sem palavras, mas como estou escrevendo algumas, então não faria sentido, mas que livro INCRÍVEL!!!”, não queria ter que usar as mesmas palavras que usei na resenha de do segundo livro Filho Dourado: “Minha Nossa, que livro!!!”, mas sinceramente, Pierce Brown não colabora, como posso dizer palavras diferentes, quando ele simplesmente destrói (positivamente) com  o melhor mundo distópico da literatura que já tive o prazer de ler? Gente essa é a primeira distopia com mais de um livro que leio que não caiu de qualidade em nenhum momento, nem no final que estou tão acostumada com decepções, que antes de começar Fúria Vermelha já tava desistindo desse gênero. Pierce meu amor, você é um Ouro com o coração e a coragem de um Vermelho e criatividade de um Violeta, na minha vida.  (Lindo como um Rosa). 

“Eles me chamam de Estrela da Manhã. Aquela estrela pela qual os montadores de grifos e os viajantes navegam a vastidão nos meses escuros de inverno. A última estrela que desaparece quando a luz do dia retorna.”

Depois de todo esse derretimento, vamos a história, e para aqueles que não leram Filho Dourado, aconselho a pararem de ler aqui essa resenha (EU AVISEI), para os que leram, sabem a situação desesperadora que termina o segundo livro, pessoas morrem (ainda não superei algumas mortes) e não sabemos o que vai acontecer com Darrow, Estrela da Manhã se passa um ano depois de tudo aquilo, sim pessoas, um ano de sofrimento para Darrow e todos que o amam, o que não é spoiler porque sem isso não teria continuação: nosso protagonista e resgatado, mas está bem diferente do que era nos dois primeiros (como se ele já não tivesse mudado tanto), ele continua um super estrategista de guerra, mas em certo ponto ele fica mais sábio, o que é uma boa coisa de estar no meio de um guerra civil interplanetária que ele causou.

O livro é bastante surpreendente, ainda mais que dificilmente alguém sabia o que esperar depois do dois primeiros livros, eu pelo menos não fazia ideia, estamos falando de planetas e mais planetas onde bilhões de baixas cores são escravizadas, onde se tem uma grande soberania e muitos Ouros que são considerados deuses tamanho suas forças, impossível imaginar.

"Precisamos daqueles que nos amam. Precisamos daqueles que nos odeiam. Precisamos que os outros nos liguem à vida, que nos deem uma razão para viver, para sentir.”

Pessoas, Pierce conseguiu! Com aliados inesperados e conseguidos de forma inesperada, esse último livro me fez sofrer, chorar, ter raiva e despertou meu espírito assassino para com alguns personagens... Chacal... ódio, muito ódio, como essa criaturinha sozinha consegue ser tão odiosa? Ainda estou tentando entender.



“E eu não sinto coisa alguma a não ser pavor, porque o Chacal começou a rir.”

Mas como nem tudo são pessoas para odiar, esse livro me fez rir bastante também, e um personagem que reinou nesse livro foi o maior culpado disso: Sevro! Gente! O que é Sevro nesse livro? Darrow que me desculpe, ele ainda é meu personagem favorito, mas esse livro foi de Sevro principalmente, e não estou falando apenas de parte cômica, quando resenhei Fúria Vermelha, acabei sem querer definindo Sevro como um alivio cômico, mas garanto, ele é mais que isso, e ele mostrou de forma espetacular nesse livro, no começo fiquei até assustada com as atitudes dele, mas assim como Darrow ele passou por coisas difíceis e teve que assumir muitas responsabilidades. Sevro foi simplesmente brilhante, além de mais psicótico que o normal.

“- Você e eu continuamos procurando a luz na escuridão, esperando que ela apareça. Mas ela já apareceu. (...). – A gente é essa luz, garotão. Por mais destroçados e arrebentados e idiotas que a gente seja, a gente é essa luz, e a gente está se espalhando.”

Mustang não teve seu brilho diminuído, no começo fiquei meio desconfiada com que estava acontecendo, mas Mustang é Mustang, e foi incrível (sim sei que to usando muito essa palavra, se acostume ). Ragnar é outro! Um personagem que não tem como não amar, não tem mesmo. HYRG LA, RAGNAR! Holiday e Victra não tem como definir, eu adoro elas. (Queria tanto dar spoiler ). Eu fiquei boquiaberta com as cenas descritas nesse livro, além de diálogos espetaculares, algumas cenas de ação eu já imaginava no filme! (Que estou ansiosa demais e para minha infelicidade nunca começam a gravação, ou ao menos a escolha de atores), mas não pode ficar ruim, ainda mais com o próprio Pierce como roteirista, eu relia varias vezes alguns parágrafos de tão bons, e ficava “isso ficaria ótimo no filme.” Confesso que a minha expectativa está altíssima.

“- Não somos Vermelhos, nem Azuis ou Ouros ou Cinzas ou Obsidianos. Somos a humanidade. Somos a maré. E hoje reivindicamos as vidas que nos foram roubadas. Nós construímos o futuro que nos foi prometido. Guardem seu corações. Guardem seus amigos. Siga-me através dessa noite maligna, e prometo a vocês que a manhã está à nossa espera do outro lado. Até isso acontecer, rompam as correntes.”

Estrela da manhã finalizou essa trilogia com chave de Ouro, eu não acreditava que ia caber tudo em apenas 632 paginas (parece muitas, mas você mal percebe de tão bom), tipo já estava acabando o livro e eu pensava “mas ainda tem tanta coisa pra acontecer”, mas não fiquei decepcionada, fui tudo mais do que eu esperava, valeu a pena o tempo que fiquei esperando pela continuação, o dinheiro que gastei com os livros, valeu meu tempo de leitura, a Trilogia Red Rising mudou minha concepção do que é um bom livro ou até perfeito. O que posso dizer? 
ROMPAM AS CORRENTES!!! AUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU.

“Meu filho, meu filho
Lembre-se das algemas
Quando o Ouro governavam com rédeas de ferro
Nós rosnamos e rosnamos
E nos contorcemos e berramos
Pelo nosso vale
Um vale de sonhos melhores.”

      PER ASPERA AD ASTRA


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

     Estrela da Manhã 
The Red Rising # 3  
Pierce Brown
Ano: 2016
Páginas: 632
Editora: Globo Alt
Sinopse (Skoob)

Darrow teria vivido em paz , mas seus inimigos trouxe-lhe guerra. Os senhores de ouro exigiram sua obediência, enforcaram sua esposa, e escravizou seu povo. Mas Darrow está determinado a revidar. Arriscando tudo para transformar a si mesmo e violar a sociedade dos Ouros, Darrow tem lutado para sobreviver as rivalidades acirradas ás quais reproduzem os mais poderosos guerreiros da Sociedade, ascendeu as fileiras, e esperou pacientemente para desencadear a revolução que vai rasgar a hierarquia por dentro.
Finalmente, chegou a hora.  Mas a devoção à honra e a sede de vingança são profundas em ambos os lados . Darrow e seus companheiros de armas enfrentam inimigos poderosos sem escrúpulos ou piedade. Entre eles estão alguns que Darrow uma vez considerou amigos. Para vencer, Darrow terá de inspirar aqueles acorrentados na escuridão para quebrar suas correntes, desfazer o mundo que seus mestres cruéis construíram, e reivindicar um destino há muito tempo negado - e glorioso demais para abandonar.

29 agosto, 2016

Resenha :: Brilhantes (Brilliance)

agosto 29, 2016 0 Comentários



Seria meio que clichê definir esse livro como simplesmente “Brilhante”? 
Pois é, com certeza seria, eu ligo? Não, não ligo, porque é exatamente o que esse livro é, Brilhante! Primeiro que é completamente diferente do que eu imaginava quando peguei para ler, definitivamente não foi o que eu esperava, acho que eu esperava um livro de espionagem mais denso, e fiquei meio confusa quando ouvir falar que era para quem gosta de X-Men, afinal o que esperar de um livro assim?

Se você se animou com a referencia de X-Men (confesso que isso me atraiu mais ainda para a leitura), sim, lembra pelo fato de uma pequena parcela da população nascer com genes que possam ser identificados como “brilhantes”, ou de forma pejorativa chamados de anormais e esquisitos, aqui já dá para perceber que existe muito preconceito contra eles, apesar de que por muitos na sociedade eles são considerados uteis, graças o grande avanço  tecnológico que proporcionaram, porque diferente dessa comparação com x-men faz acreditar, os dons dos brilhantes, são muito mais sutis, como pessoas com memória fotográfica, super estrategistas, detectores de mentiras, super programadores entre outros do tipo, são dons que tem muito mais haver com a mente, como a do protagonista que é um captor de padrões, podendo fazer uma leitura da pessoa e saber o que ela quer só fazendo leitura corporal, e consegue até identificar algumas mentiras, conseguindo assim essa parcela da população ser melhor em tudo em uma disputa com um “normal”.

“Fotografias eram uma coisa engraçada. Elas ficavam velhas no momento em que eram tiradas, e uma única foto raramente revelava muita coisa. Mas bastava juntar uma série de fotos e surgiam padrões. Alguns eram óbvios: cortes de cabelos, peso ganho ou perdido, tendências da moda. Outros padrões exigiam um tipo especial de olhos para serem notados.”

Falando nesses avanços, o livro se passa em 2013, mas um muito mais avançado, e Nick Cooper é um agente que trabalha para o DAR (Departamento de Analise e Reação), ou seja é um “Brilhante” que trabalha na captura ou na eliminação de outros “Brilhantes” que são considerados perigosos para a paz do país, e o seu maior desafio e prender o terrorista “Brilhante” John Smith para evitar uma guerra civil entre esses dois grupos (normais e anormais), depois de uma tragédia ele acaba decidindo que a melhor forma de ganhar é se infiltrando. Depois daí começa umas coisas bem loucas (ou mais ainda).

O que posso dizer que o livro é repleto de ação, reviravoltas e principalmente cheio de personagens bastante inteligentes, mesmo quando você pensa que está finalmente sacando tudo que vai acontecer no livro, ele te surpreende, confesso que algumas coisas eu já esperava, não da para fugir de todas as receitas distópicas, mas o que Brilhantes trás de diferente é justamente que em outras distopias, somos apresentados a um mundo depois do seu ponto de ebulição, o que fez dele o que é hoje, em Brilhantes o tempo é o presente, um  que humanidade está segurando o fôlego sem saber o que será do futuro com o surgimento desses seres mais bem desenvolvidos, pois nesse universo eles começaram a surgir em 1980, ainda são uma pequena parcela da população, muitos ainda são crianças ou jovens demais, os mais velhos tem no máximo 33 anos, o que faz ter algo novo também é pelo protagonista ser um homem adulto e não um adolescente,ele já tem filhos, uma ex mulher, e uma carreira bem sucedida, o que já faz ter uma narrativa bem diferente (não que eu não goste das outras, mas mudanças de vez em quando sempre é bom).

“Porém há uma questão mais importante, com implicações arrasadoras. Uma questão que está na ponta da língua de todos nós, e que, no entanto, nós não discutimos - talvez por temermos a resposta. O que acontecerá quando essas crianças crescerem?"

O final me fez não ter a mínima ideia do que vai acontecer nesse universo a partir de agora (como seu eu soubesse aonde eu estava me metendo em algum momento desse livro rsrs), só sei que acho que posso confiar nas decisões do Cooper, mas não faço ideia de como alguns personagens vão agir na continuação, mas o segundo livro dessa série, já faz promessas no titulo Um Mundo Melhor, Será?

“- É. Tirando a ideia de que a verdade libertará você, e outras frases feitas que ninguém acredita. As pessoas não querem a verdade, realmente. Querem vidas seguras, aparelhos eletrônicos bacanas e geladeiras cheias.”

Nota: 

Ficha Técnica do Livro

Brilhantes
Brilhantes - Volume 01
Ano: 2015
Páginas: 476
Editora: Galera Record

Sinopse (Skoob)
A partir de 1980, um por cento das crianças começou a apresentar sinais de inteligência avançada. Essa parcela da população, chamada de “brilhantes”, é vista com muita desconfiança pelo restante da humanidade, que teme a forma como esse dom será usado. Nick Cooper é um deles, um agente brilhante, treinado para identificar e capturar terroristas superdotados e levá-los para a custódia do governo. Seu último alvo está entre os mais perigosos que já enfrentou, um líder responsável pelo maior ataque terrorista dos últimos tempos e que pretende começar uma guerra civil. Mas para capturá-lo, Cooper precisa se infiltrar em seu mundo e ir contra a tudo o que acredita. Denominado pelo Chicago Sun-Times como o mestre do suspense moderno, Markus Sakey criou um universo ao mesmo tempo perturbador e incrivelmente semelhante ao nosso, onde um dom pode se tornar uma maldição.

11 julho, 2016

Resenha :: Filho Dourado (Golden Son)

julho 11, 2016


(Trilogia Red Rising #2)
“Omnis vir lúpus. – Todos são lobos.” 

Se você for como eu e amou o primeiro livro da Trilogia Red Rising, Fúria Vermelha, pode ter certeza que amar o livro Filho Dourado não é o suficiente! Minha Nossa, que livro!!! Filho Dourado ganhou como o melhor livro de ficção cientifica de 2015, a sétima edição do Goodreads Choice Awards, uma votação anual realizada por leitores de todo mundo com o objetivo de escolher o melhor livro de cada ano e não foi por menos, sempre espero me decepcionar com segundos livros de trilogias que começam bem, porque, às vezes, eles são só pura enrolação para chegar ao terceiro, mas Pierce Brown destruiu essa minha imagem de não esperar muito de segundos livros. Posso garantir que sou muito mais exigente agora. 

Hic sunt leones. “Aqui sejam leões. ” – NERO AU AUGUSTUS

Se em Fúria Vermelha você é apresentado ao mundo distópico completamente tecnológico, mas com uma mistura mais medieval como no instituto, e também bem focado em Marte, em Filho Dourado lemos batalhas espaciais como de um Star Wars e com um universo mais abrangente, aqui ficamos conhecendo outros planetas e principalmente a vida em Luna, e acaba sendo tudo mais complexo que do esperávamos.

Os problemas que Darrow enfrentou no instituto não são nada comparados com o que nos é apresentado nesse mundo real, e ele vai percebendo isso da pior forma, o mundo das intrigas políticas é a batalha mais difícil para Darrow dessa vez, ele vai ter que lutar para continuar com a reputação do instituto, mas com jogadores muito mais inteligentes, experientes e cruéis. Pierce trabalha isto com perfeição, é um livro com uma reviravolta atrás da outra e para ficar sem ar, em que seus amigos parecem ser os seus inimigos e seus inimigos os seus amigos, mas é tudo em uma corda bamba que nunca sabemos o que esperar, a não ser a eminência de uma guerra civil. 

(Absurdamente incrível, estratégias surpreendentes para não se colocar defeito, eu consegui visualizar isso como se tivesse assistindo um filme com as melhores batalhas espaciais, tudo muito vivo.) 

“Há setecentos anos meu povo é escravizado e desprovido de voz e de esperança. Agora sou a espada deles. E eu não perdoo. Não esqueço. Portanto, deixe que ele me conduza à sua nave. Deixe que ele pense que me possui. Deixe que ele me receba de braços abertos na sua casa para que eu possa destruí-la.”

Apesar de ter muito mais batalhas nesse segundo livro, vemos uma escrita muito mais filosófica e impressionante, é um jogo de conquista muito maior, manipulações e alianças que não se esperava depois de Fúria Vermelha. Além dos personagens secundários que conhecemos e amamos (ou amamos odiar rs), novos são introduzidos, e outros que apareceram pouco no primeiro são muito melhor desenvolvidos, como o Arquigovernador, que se mostra um personagem muito mais complexo do que esperávamos.  E não posso deixar de falar de Mustang que se mostra uma boa estrategista, eu a adorei nesse livro, mas como não poderia deixar de ser, Sevro continua um puta personagem secundário! Além de se mostra cada vez mais fiel a Darrow (daquele jeitinho Sevro de ser rs), e podem esperar uma grande surpresa enquanto a ele. 

“Sevro ficou mais inteligente desde nosso primeiro encontro. Não tenho dúvida quanto a isso. Mas temo que ele me superestime. Apolo pensava que era um deus. Augustus pensa que é. Um deus não é o que eu deveria ser. Um deus é uma coisa a que se serve, uma coisa que se adora. Eu nunca quis isso. Eo nunca quis isso. Sevro terá de aprender. Isso aqui tem a ver com liberdade. Contudo, parece que todo mundo apenas quer seguir alguém. ”

Concluindo, tenho que dizer que Filho Dourado superou todas as expectativas e conseguiu ser muito melhor que o primeiro livro Fúria Vermelha (coisa que eu achava ser impossível), e alavancou ainda mais as expectativas para o último livro da trilogia “Estrela da Manhã” que será lançado agora em julho de 2016 pela Globo Alt (ansiosa beirando ao desespero, rs). Darrow me deixou sem palavras e o final de Filho Dourado, não ajudou em nada em meu desespero para a continuação, já garanto que o último livro vai ser f***, agora não espero nada menos que isso de Pierce Brown, Darrow ainda tem muita coisa pela frente, mas como foi dito por ele, “Mas é para isso que fui feito. Para mergulhar no inferno”.

“Das antigas civilizações da Terra aos intestinos gelados de Plutão. O direito de desafiar existe para qualquer homem e para qualquer mulher. Meu nome, gentis senhores e senhoras, é Darrow au Andromedus. Mijaram em cima da minha honra. E eu exijo satisfação.”

Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Filho Dourado 
(Trilogia Red Rising #2)
Pierce Brown
Ano: 2015
Páginas: 549
Editora: Globo Alt 

Sinopse (Skoob):
A esperada sequência de Fúria Vermelha põe novos adversários e desafios terríveis no caminho de Darrow. Dois anos após a conclusão do Instituto, o jovem descobrirá que se infiltrar na elite da sociedade e destruí-la por dentro será mais difícil do que parece. Sua primeira vitória atraiu novos inimigos que usam a intriga e a política em vez das armas.
Filho Dourado figurou na lista de mais vendidos do New York Times e colocou Pierce Brown entre os jovens autores promissores de ficção científica da atualidade. A mistura de crítica social, ação, distopia e cultura pop que conquistou os leitores em Fúria Vermelha vai além no segundo volume. Novos personagens entram em cena, as disputas chegam a novos pontos do sistema solar. O autor criou uma trama emocionante e cheia de reviravoltas que prendem o leitor até a última página.

25 maio, 2016

Resenha :: Fúria Vermelha (Red Rising)

maio 25, 2016 0 Comentários
(Trilogia Red Rising #1)
“Eu poderia ter vivido em paz. Mas meus inimigos me trouxeram a guerra.”


O que eu posso dizer sobre a melhor distopia que eu já li na vida?Sim, eu posso estar exagerando (discordo), posso estar cega pelo amor e obsessão que tenho por essa trilogia (ok culpada, mas isso não diz nada). Bom, poderia dizer que esse livro me deixou sem palavras, mas como estou escrevendo algumas, então não faria sentido, mas que livro INCRÍVEL!!!  (Pausa para respirar).
Essa é a segunda vez que leio o livro, e a sensação de empolgação é a mesma do início ao fim, sério... Mas vamos aos porquês disso tudo.


“- A morte não é vazia como você afirma ser. Vazia é a vida sem liberdade, Darrow. Vazio é viver acorrentado pelo medo, pelo medo das perdas, pelo medo da morte. Digo que a gente precisa romper essas correntes. Rompa as correntes do medo e você estará rompendo as correntes que prendem a gente aos Ouros, à Sociedade.”

Fúria Vermelha tem como ambiente Marte, e é uma sociedade definida por cores, onde a cor mais poderosa são os Ouros e a mais baixa os Vermelhos. Nosso protagonista, Darrow, é um BaixoVermelho, pois ele vive nos subterrâneos de Marte (AltosVermelhos são os que vivem na superfície) escavando para a extração de hélio- 3. Eles acreditam que são os pioneiros de Marte, que estão ajudando na terratransformação do planeta, tornando o ar mais respirável, o solo mais habitável, para as outras cores que estão na Terra, poderem, finalmente, irem para Marte, pois acreditam que a Terra está devastada e as que outras cores estão sofrendo nela.  Depois de uma grande perda, Darrow é recrutado pelos Filhos de Ares (Rebeldes), e descobre que sempre viveu uma mentira, que o planeta já é habitado por outras cores, existe uma cidade, uma sociedade na superfície. 


“Essa não é a pessoa que eu sou, a pessoa que eu quero ser. Quero ser pai, marido, dançarino. Deixe-me cavar a terra. Deixe-me cantar as canções do meu povo e saltar e rodopiar e correr ao longo das paredes. Eu jamais cantaria a canção proibida. Eu trabalharia. Eu baixaria a cabeça. Deixe-me limpar a sujeira das minhas mãos em vez de sangue. Quero apenas viver com minha família. Nós éramos felizes juntos. A liberdade tem um preço muito alto.”

Daí em diante as coisas só melhoram, tem tantas reviravoltas no livro que se contar uma coisinha, vai ser spoiler. Esse começo para alguns é um pouco lento (o que eu discordo, mas cada um é cada um), e acredito que o motivo disso seja que o autor está nos mostrando uma nova sociedade, ele dá toda uma ambientação, com termos novos que no decorrer do livro vamos nos acostumando. O que é mais legal em Fúria Vermelha é a mistura da sociedade futurística com elementos medievais, que acompanhamos principalmente quando chegamos na terceira parte do livro, a parte do Instituto onde Darrow se infiltra, que é uma das melhores partes para mim, além de se jogar um pouco de mitologia Romana e Grega na história através principalmente no nome das Casas do instituto onde são separados os alunos (Marte, Minerva, Apolo e etc). Mas Pierce Brown já revelou também que se inspirou na mitologia para fazer toda a hierarquia dessa sociedade, como os Ouros sendo considerados "deuses", por exemplo. (Como estou com vontade de dar spoiler agora, rs). Algumas pessoas reclamam do excesso de palavrão (revirando os olhos), que eu particularmente não acho nada demais. O que é legal é que alguns desses palavrões fazem parte da gíria das cores e que as marcam (tipo só um Vermelho fala "Porra", rs).


“Não se trata apenas de algum sonho, Darrow. Vivo pelo sonho de meus filhos poderem nascer livres. De eles poderem ser o que quiserem. De eles poderem ser donos da terra que o pai lhes deu.”

Bom o melhor desse livro, de verdade, é Darrow, ele é um personagem diferente do que eu estava acostumada, ele sabe de sua importância para sua missão, sabe o que deve ser feito, por quem está lutando, que vive por mais, então ele não vai ser exatamente um mocinho que se entrega ao inimigo para salvar os outros, ele faz o necessário, se tiver que salvar, não vai ser se entregando, mas acabando com os planos dos inimigos, e isso tem muito nesse livro, ele é cheio de estratégias de batalha e conquista, no qual Darrow se destaca não apenas por sua força e inteligência (que são muitas), mas por ter nascido Vermelho ele pensa de forma diferente dos Ouros. A narrativa é toda do ponto de vista dele, mas nem por isso os personagens secundários ficam apagados. Mustang, Cassius e muitos outros são descritos e aparecem de uma forma sem igual, mas o grande destaque é Sevro, ele é o melhor e mais diferente personagem secundário que já vi em livros, sua personalidade... bom, só posso descrever como incomparável, além de dar um bom alivio cômico para a história, que tem no geral boas tiradas, não é só sangue e morte rs, os diálogos são muito bons.


“Vocês não me seguem porque eu sou mais forte. Pax é o mais forte. Vocês não me seguem porque eu sou o mais inteligente. Mustang é a mais inteligente. Vocês me seguem porque não sabem pra onde estão indo. Eu sei.”

Não sei mais o que posso dizer para convencer a lerem esse livro rs. Bom já disse que amo esse livro? Acho que sim rs. Ele é dividido em quatro momentos (todos incríveis), que deixam você tenso pelo o que vai acontecer. Uma distopia arrebatadora, com um pouco de crítica à sociedade atual (algumas coisas até mais sutis, mas se você parar para pensar é bem genial) e um final que nos faz correr para ler Filho Dourado, segundo livro da trilogia, que já garanto, consegue ser melhor ainda, e Morning Star que será lançado agora em junho, pela Globo Alt (muito ansiosa).
E mais uma coisa, eu sou apaixonada pelas capas dessa trilogia, uma pena apenas é que as letras da capa amarelam muito rápido, mas são lindas. Então leiam Fúria Vermelha e depois, como diria Pierce Brown (o autor gato dessa trilogia): 

“Você vai gostar pra cacete dos próximos dois livros.”

Nota :: 
Bônus: Leia um trecho em PDF

Informações Técnicas do livro

Fúria Vermelha
Trilogia Red Rising, #1
Pierce Brown
Ano: 2014
Páginas: 468
Editora: Globo Livros

Sinopse (Skoob):
Fúria Vermelha é o primeiro volume da trilogia Red Rising, e revive o romance de ficção científica que critica com inteligência a sociedade atual. Em um futuro não tão distante, o homem já colonizou Marte e vive no planeta em uma sociedade definida por castas. Darrow é um dos jovens que vivem na base dessa pirâmide social, escavando túneis subterrâneos a mando do governo, sem ver a luz do sol. Até o dia que percebe que o mundo em que vive é uma mentira, e decide desvendar o que há por trás daquele sistema opressor. Tomado pela vingança e com a ajuda de rebeldes, Darrow vai para a superfície e se infiltra para descobrir a verdade. 'Fúria Vermelha' será adaptado para o cinema por Marc Forster, diretor de Guerra mundial Z.

LISTA DE CLASSES

  • Ouros: Membros mais nobres da sociedade. Os mais fortes e belos, orgulhosos e vaidosos. Controlam toda a sociedade.
  • Pratas: Contabilizam e manipulam a moeda e a logística.
  • Brancos: Controlam a justiça e a filosofia da sociedade. São os pensadores.
  • Cobres: Também chamados de Centavos, administram a burocracia e o Comitê de Qualidade.
  • Azuis: São os viajantes e exploradores do universo.
  • Amarelos: Estudam os medicamentos e as ciências.
  • Verdes: Desenvolvem a tecnologia.
  • Violetas: Os criativos. Considerados artistas da sociedade.
  • Laranjas: Os engenheiros mecânicos. São os mais prestigiados da classe dos trabalhadores.
  • Cinzas: Também chamados de Latões, garantem a ordem e a hierarquia nas sociedades.
  • Marrons: Serviçais das tarefas cotidianas.
  • Obsidianos: Também chamados de Corvos. Elite militar da sociedade, garantem a proteção dos Dourados.
  • Rosas: São empregados e proporcionadores de prazer da alta sociedade.
  • Vermelhos: As formigas operárias da sociedade. A capacidade física e mental dos integrantes dessa cor é imensurável.