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16 maio, 2020

Resenha :: A Última Música

maio 16, 2020 0 Comentários

Oi, faroleiros. Sei que algumas pessoas não curtem uma releitura, principalmente tendo tantas coisas novas para se ler, mas eu sou de opinião que ler novamente um livro é como voltar a conversar com um velho amigo. Há momentos em que tudo o que eu quero é ler algo que eu sei que me fará bem, que é gostoso, ao invés de me aventurar em uma leitura nova. E quando a Arqueiro relançou este livro do Nicolas Sparks, que vale ressaltar ser o único de três lidos dele que eu realmente gosto, provavelmente porque tem um final feliz, não perdi a oportunidade de adquiri-lo.


Verônica, mais conhecida como Ronni, é uma garota de dezessete anos vivendo sua fase rebelde, deixando sua mãe sem saber como lidar com ela, mas ao longo da história percebemos que há vários fatores a serem observados a este respeito, um deles é que apesar de tudo de errado que ela comete, na maioria das vezes é pura fachada. Isso, desde o início, a gente percebe que é sua válvula de escape para jogar na mãe sua revolta pelos pais terem se separado e seu pai ter ido embora de Nova York de volta para sua cidade natal. Há mais de três anos que ela bloqueou qualquer tipo de contato do pai com ela e vem se mantendo firme nisto até que sua mãe toma a decisão de levá-la junto com seu irmão para passarem todo o verão com o pai na pequena cidade de Wrightsville Beach, Carolina do Norte.

Outra coisa que logo de início a gente fica sabendo é que a Ronni é um verdadeiro prodígio no piano, sua maior ligação com o pai desde pequena, onde os dois compuseram e tocaram várias músicas juntos, porém desde a separação dos pais, ela se nega terminantemente a sequer ouvir piano, quanto mais tocá-lo.

Mas, à medida que os dias na casa de seu pai vão se passando, ela percebe que o homem a quem ela conhecia não é mais o mesmo, assim como ela, e que ela deveria pelo menos deixar de trazer transtornos para o pai e quem sabe ele a deixa voltar para casa.

– Papai, posso te perguntar uma coisa?
– Qualquer coisa.
– Por que você disse que acreditava em mim?

De perfil, ele via em Ronnie tanto a jovem que ela estava se tornando quanto a garotinha de quem ele tanto se lembrava.
– Porque confio em você.
– Foi por isso que você construiu a parede para esconder o piano? – Ela olhou para ele de soslaio. – Quando entrei, não foi muito difícil perceber.
Steve balançou a cabeça.
– Não. Fiz isso porque te amo.

Há vários pontos no enredo desta história que nos trazem uma reflexão maravilhosa. A Ronnie, durante o verão, tem todos os tipos de experiências, mas a melhor de todas, sem sombra de dúvidas, é a reconstrução do relacionamento dela com seu pai e também acompanhar o seu relacionamento como seu irmão caçula. É uma história que nos mostra que nunca devemos ser precipitados em nossos julgamentos e decisões, que o diálogo na família e em qualquer outro relacionamento é fundamental, que a verdade deve reger nossa vida, mas a nossa verdade, que nunca é tarde para pedir perdão e, principalmente, para perdoar.

Apesar de não ter acabado do jeito que você ou eu queríamos, olho para você e Jonah e penso na sorte de ter vocês como filhos. Em uma vida de tantos erros, vocês dois são as melhores coisas que aconteceram comigo.

É uma história realmente fantástica em todos os sentidos, e, como eu disse, apesar de toda a carga dramática que ela possui, o final é lindo e acontece algo que, para mim, foi o que transformou o final em feliz. Sem mais comentários para não ter spoiler... rsrsrsrsrs, mas quem já leu sabe.


Vale comentar que este livro é um dos tantos escritos pelo autor que se tornou filme, e um de grande sucesso. Eu gosto do filme em si. Creio que ele ficou bom e gosto dos atores do filme também, porém se você gostou do filme e ainda não leu o livro, você está perdendo. A história do filme é fraca se comparada a toda emoção que o livro traz, sem falar das alterações que são feitas, e tem uma em particular no final que eles mudaram no filme que eu detestei. Se quiserem saber qual foi, podem me perguntar que eu respondo, mas somente se já tiverem terem lido o livro, pois é um baita spoiler do final da história.

Eu li como se fosse a primeira vez, me chateei, me emocionei ao ponto de chorar, me alegrei, ou seja, curti ao máximo este livro que tem uma história linda, que toca o meu coração sempre. Nota 5/5 sem dúvida, pois além da história ser fantástica, o trabalho de edição da Arqueiro ficou lindo também.

Boa leitura e até a próxima.

Carolina Finco


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Última Música
O amor tem diversas formas de curar nosso coração
Ano: 2019
Páginas: 368
Editora: Arqueiro
Sinopse:
Uma das lembranças mais felizes de Ronnie era se sentar ao lado do pai ao piano e tocar por horas. Porém, desde que ele se separou da mãe dela e se mudou de Nova York, a menina só consegue olhar para o instrumento com raiva e mágoa.
Três anos após o divórcio, Ronnie mal tem contato com ele e a mãe acha que já está na hora de os dois reconstruírem os laços, passando juntos as férias de verão.
Antes um pianista que sempre estava viajando, o pai agora leva uma vida tranquila numa pequena cidade litorânea, imerso no trabalho de reconstrução do vitral de uma igreja, destruído em um incêndio misterioso.
A última coisa que a rebelde Ronnie quer é passar meses num local entediante como aquele, mas aos poucos a brisa da praia e de novas paixões começa a acalentar seu coração ressentido.
Um dos maiores sucessos de Nicholas Sparks, A última música é uma verdadeira celebração de todos os tipos de amor, desde a paixão do primeiro romance e a afeição entre pais e filhos até a devoção à música. 

25 outubro, 2017

Resenha :: O Guardião (The Guardian)

outubro 25, 2017 0 Comentários

“Eu ficaria arrasado se você nunca mais voltasse a ser feliz. Então, por favor, faça isso por mim. O mundo fica melhor quando você sorri.”

É verdade que tem quem torça o nariz para Nicholas Sparks, dizendo que todo livro tem aquela mesma fórmula e tal, mas a sinopse desse livro não mentiu.

Esse livro te prende pela expectativa. A personagem principal te encanta por sua história. Ela lida com quem teve um grande amor e perdeu. (A sinopse já disse que ele morreu). Porém você descobre que esse não foi o único problema na vida de Julie com que ela teve de lidar. 

Como lidar com a perda de um grande amor e de alguém que te ajudou a reconstruir toda a sua vida. Quanto tempo de luto é necessário para uma dor assim? Para Julie foram 4 anos. Hora de se levantar e mais uma vez reconstruir sua vida. E aceitar que talvez seja hora de amar novamente. E aí começam as complicações.

“Não era como se uma luz tivesse se acendido subitamente. Era mais como um alvorecer, quando, de uma maneira quase imperceptível, o sol fica cada vez mais claro até você perceber que a manhã chegou.”

Acho que a grande delícia da história é que até aqui você já se apegou ao cachorro, já está amiga de Julie e já torce pelo Mike. Ok, caí em todos os clichês prováveis e sinceramente, deliciosamente consciente e satisfeita com isso! Os encontros dela dão um toque de humor irresistível.

“Sempre se tem uma escolha. Só que algumas pessoas fazem a errada.”

Porém, antes de ficar chato o romance aparece na história: o sofisticado engenheiro Richard Franklin, que não poupa esforços para agradá-la. Mas sinceramente toda aquela perfeição é assustadora.

“Sei que nós queremos acreditar que esta é uma cidade pequena e pacata, e na maior parte do tempo é mesmo, mas coisas ruins também acontecem em lugares assim.”

A história começa a tomar rumos de suspense quando Julie é obrigada a tomar uma decisão e nem todas as pessoas sabem lidar com o “não”. Se você, lendo essa linhas já disse:     “Ahhh! Já vi tudo!!” Eu digo!! Leia mesmo assim!! É como aquele filme que você já viu antes, mas ainda te traz lágrimas.

“Há uma coisa que você deveria saber sobre a polícia. Ela é ótima quando se trata de roubo ou assassinato. É para isso que o sistema foi feito, para pegar pessoas depois do crime.”

E afinal quem é O Guardião de Julie? A resposta dessa pergunta vem junto com a parte do desfecho da decisão tomada por Julie. Eu sinceramente gostaria de um final diferente. Mas gostei do modo com o Nicholas Sparks conseguiu dar um final a cada personagem. Mesmo os não-vivos do livro. E aquela mensagem que amar novamente não significa desmerecer já ter amado antes. E que quem foi feliz não tem medo de recomeçar e ser feliz novamente!

Nota :: 

Informações Técnicas do livro

O Guardião
Ano: 2016
Páginas: 352
Editora: Arqueiro
 
Sinopse (Skoob):
Aos 25 anos, a doce Julie Barenson perdeu seu grande amor para uma doença impiedosa. Porém, ao partir, o marido lhe deixou dois presentes inesperados: um filhote de cão dinamarquês chamado Singer e a promessa de que cuidaria dela para sempre, onde quer que estivesse.
Quatro anos depois, Julie enfim está pronta para tentar amar de novo e se vê dividida entre Richard Franklin, um belo e sofisticado engenheiro que a trata como uma rainha, e Mike Harris, um mecânico gentil que – junto com Singer – tem sido seu melhor amigo desde que ficou sozinha. Ela tem que tomar uma decisão. Só não pode imaginar que, em vez de lhe trazer felicidade, essa escolha transformará sua vida num pesadelo causado por um ciúme tão doentio que está a um passo de se tornar criminoso.
O guardião contém tudo o que os leitores esperam de um romance de Nicholas Sparks, mas desta vez ele se reinventa e acrescenta um novo ingrediente à trama: páginas e mais páginas de muito suspense.