20 dezembro, 2017

Série :: That 70s Show

dezembro 20, 2017 3 Comentários

Pra curtir no Netflix! 
That '70s Show

Olá Wisconsin!!!

Vou deixar aqui uma dica deliciosa para quem como eu ama o Netflix!! Uma sitcom, que é a minha queridinha no estilo comédia sessão da tarde! 
Olhando a imagem acima você pode não dar nada, mas lendo esse post vai si surpreender com o quanto você pode ser fan desses atores em seus atuais trabalhos.

 Antes, um pouco sobre a série!
A história se inicia em meados de 1976, e relata o dia-a-dia de um grupo de adolescentes (Eric, Donna, Kelso, Jackie, Steven e Fez) na faixa dos 17 anos. Sem ter muito o que fazer, sua rotina se resume a se reunir no porão da casa de Eric para papear, fazer festas, planejar algo, e namorar. Ou seja, pessoas comuns do estado de Wisconsin na década de 70.

Mas vale avisar! Todas as 8 temporadas se passam no intervalo de 17 de maio de 1976 até 31 de dezembro de 1979, menos que o dobro do tempo que a série durou. Então para saber em que ano se passa a história, basta olhar na placa do carro que aparece no começo do episódio. Caso perca no inicio no final também aparece.

No primeiro momento eu percebi lembrar a formação do grupo muito a do The Big Bang Theory. Apesar de os personagens e tramas nada terem haver; mas o fato de número de personagens masculinos serem em maior número, e os atores fixos aparecerem no início do episódio, me chamaram a atenção, além da presença de um personagem não americano.

A série mostra acontecimentos dos anos 70, como feminismo, atitudes sexuais, conflitos de gerações, as dificuldades econômicas dos anos 70, a recessão e o uso de drogas. A série também destacou a evolução da indústria do entretenimento. Eu gostei muito também das referências a coisas que viriam a acontecer, como absurdo pra eles.

Algo comum e que frequentemente é mostrado na série é o fato de aparecer os personagens "sonhando acordados", coisas meio bizarras mesmo como os programas da época e tal, aí ele vai narrando seu “sonho” e os outros personagens acabam embarcando junto do sonho e fazendo parte. Sinceramente achei uma sacada fantástica, porque mostra sem mostrar entendem?

O círculo se tornou marca registrada da série.  O que é? Os personagens sentam-se numa roda e enquanto a câmara gira lentamente e para fixo num personagem quando ele ou ela está prestes a falar, dá a entender que o personagem está com o baseado. Bem anos 70! Mas amo o fato do freezer da série sempre ter muito picolé (sorvete de palito).

Nas trocas de cena, podem ser vistas imagens dos personagens fazendo alguma coisa com imagens psicodélicas ao fundo, acho que fica chatinho as vezes, mas essas imagens te lembram o tom do seriado e acaba te mantendo no ritmo da época. Tem alguns que são bem legais e acabam se tornam seus favoritos, e no geral remetem ao personagem central da cena o que prova que não são tão aleatórias assim.



Impossível essa música do vídeo acima não está na sua cabeça nesse exato momento.. risos.. Bom.. agora.. como estou falando de uma serie, que já está terminada e isso a algum tempo.. vou apresentado os personagens, algumas curiosidades e os trabalhos atuais.. 


Topher Grace


Grace interpretou o honesto, mas inseguro Eric Forman, cujo porão da casa da família se tornou a sede do seu grupo de amigos. Ele mantém um longo relacionamento com a vizinha Donna Pinciotti (Laura Prepon). Sério, esse personagem fica a um passo de ser o nerd fracote mas no seriado inteligência não chega a ser o forte dele. Ele entra mais naquele tipo “anti-herói” que vc acaba curtindo e tal, sem saber muito porquê.
Laura Prepon
Laura interpreta a inteligente Donna que se relaciona com Eric durante a maior parte da série. Foi a personagem mais difícil de conciliar o antes dela com o atual papel no seriado Original Netflix Orange is the New Black como Alex Vause, uma traficante de droga condenada. Acho que o cabelo no tom preto torna ainda mais irreal sabem, o que me levar a dizer que ela é uma ótima atriz por ser tão diferente em personagens distintos.
   

Ashton Kutcher

Kutcher interpretou Kelso, namorado de Jackie (Mila Kunis). Kutcher e Mila hoje estão casados e têm uma filha de um ano e meio. Ele faz o exato “louro” burro! Sério!! Mas já dava sinais de que iria ter uma carreira promissora. Depois da segunda temporada a evolução como ator fica evidente!
Mila Kunis
Mila, nascida na Ucrânia, era o membro mais jovem do elenco. A sua Jackie Burkhart no início era bela e mimada, mas a personagem amadurece no decorrer da série. Tenso descrever a Jackie. Mas ela é fundamental pra serie se manter, não tem como explicar sem spoiler, mas garanto que vai chegar a mesma conclusão que eu quando estiver assistindo.
PAUSA Sabe o casal Ashton Kutcher e Mila Kunis? Pois bem: eles eram Michael Kelso e Jackie!! Inclusive a Mila teve seu primeiro beijo da vida na série aos 14 anos com Ashton Kutcher, lindo não?!!!
Dany Masterson
O Hyde de Danny Masterson na série era um sujeito inteligente e sarcástico membro do grupo que acabou se mudando para a casa de Forman. Também namorou Jackie. Alguns episódios para mim ele foi quem levou o episódio nas costas, por assim dizer.

Wilmer Valderrama
Wilmer interpreta Fez (Foreign Exchange Student), um aluno estrangeiro que está fazendo um intercâmbio e cujo país de origem não identificado é fonte de humor. Esse é o personagem mais estereotipado e não por ser estrangeiro. Como o pais de origem não é identificado, em alguns episódios vc jura que ele é indiano, outros um porto-riquenho e por ai vai.. mas ele mantém aquele humor entre o personagem latino conquistador sem conquistas e um personagem quase gay.

Outros personagens da Série


Debra Jo Rupp
Kitty Forman, A mãe de Eric é uma enfermeira e dona de casa, que tenta manter alguma ordem na bagunça dos jovens. Porém, acaba colaborando algumas vezes com a festa. É uma mulher bastante bondosa, dona de uma risada inconfundível. Ela é uma atriz excelente e conforme você vai assistindo aos episódios e entendendo as excentricidades dela fica mais fácil ainda curtir a personagem dela.

Kurtwood Smith
Reginald (Red) Forman é o tipo de pai linha-dura que vive brigando com Eric, não suporta os amigos encrenqueiros do filho e vive ameaçando "chutar o traseiro" de todo mundo. Não esconde a preferência pela filha Laurie e a vontade de ver o filho Eric fora de casa o mais breve possível. Odeia outras pessoas e geralmente xinga os outros de dumbass (imbecil). Sério ele dá um tom muito legal no seriado e faz a ligação com os fatos históricos da época, digamos que é o personagem que mantem a história no “mundo real” dos anos 70.

Don Stark
Bob Pinciotti é o pai de Donna. Tem ciúmes de Eric, mas ainda assim apoia a relação dele com a filha. É amigo de Red e Kitty e às vezes, junto com sua esposa pode ser inconveniente para o casal de vizinhos. Não é meu personagem favorito não, nem é pelo fato de ser ruim ou coisa parecida, ele é necessário mas.. sabem como é não?

Tommy Chong
Leo Chingkwake Hippie e dono de uma lojinha de revelação de fotos. Qual anos 70 estaria completo sem um hippie. Os episódios com o Leo sempre são legais porque tem todo o tom Paz e Amor mais clichê e esperado do mundo!

Nota triste - Lisa Robin Kelly

A atriz, morreu aos 43 anos. Lisa interpretou a personagem Laurie Forman, irmã do personagem Eric Forman (Thopher Grace).


Good bye!! 

Ficha Técnica do Seriado

Primeiro episódio: 23 de agosto de 1998
Episódio final: 18 de maio de 2006
Tema musical: In the Street
Número De Temporadas: 8

Sinopse: That '70s Show é uma série de televisão norte-americana exibida entre os anos de 1998 e 2006, contando a história de seis jovens que vivem na cidade fictícia de Point Place, subúrbio de Green Bay, Wisconsin, durante a década de 1970.

18 dezembro, 2017

Especial :: Música e livro

dezembro 18, 2017 0 Comentários

Olá, pessoal! Tudo bem?

Ouvir música faz bem e nos deixa mais felizes e isso não é novidade. Independente de qual seja seu estilo musical favorito. Nisso temos que concordar. Música é um bom companheiro em viagens, na academia, em sua corrida matinal, até melhora seu nível de concentração, mas e durante a leitura daquele que pode ser seu livro favorito? Vi em algumas matérias que ouvir suas canções favoritas pode te proporcionar uma memória melhor. Isso seria maravilhoso, já que você não quer esquecer os melhores momentos do seu livro favorito.




Eu particularmente gosto de ouvir música durante uma leitura. Não por questões de memória, mas porque me sinto relaxado e é prazeroso fazer as duas coisas que mais gosto ao mesmo tempo. Melhor ainda é quando o livro tem sua própria playlist. Isso nos proporciona melhor interação com a história e acaba nos mostrando melhor a personalidade de cada personagem.
Hoje trago três livros que possuem uma playlist própria e que acabou me fazendo gostar mais do livro. E me apresentando canções muito boas.

Dueto ♥ Entre o agora e o nunca

Camryn Bennett é uma jovem de 20 anos que não enxerga mais sentido em sua vida depois que seu namorado Ian morre em um acidente de carro. Perdida, Camryn vai para a rodoviária e pega o primeiro ônibus interestadual, sem se importar com o destino. Só que ela não esperava que dentro desse ônibus estivesse seu próximo amor.
A trilha sonora desse livro é perfeita. Faz um pouco mais de um ano que terminei esses livros, mas mesmo assim ainda tenho as músicas dele no meu celular. Alguma das músicas:

                       ♪♫♪ Bad Company - Feel Like Making Love e Ready for Love
                                          (Essa que é a música do casal pra mim) 
                       ♪♫♪ Kansas - Carry On Wayward Son 
                       ♪♫♪ The Civil Wars - Barton Hollow e Poison & Wine.
    Dueto ♥ O amor não tem leis

    Recém-chegada de uma temporada fora do país, quando acompanhou seu então namorado e cantor Dereck Mayer em turnê pelo mundo, a linda jovem Maria Clara está determinada em cumprir as horas de estágio que falta para então pegar seu diploma de advogada. 

    Só que ela não imaginou que trabalharia com o bonitão Dr. Ferraz. Para conseguir concluir seu estágio, ela terá que resistir aos encantos do seu chefe. Esse livro é nacional, da autora Camila Moreira. E a playlist que tem nesse livro... Vou deixar algumas músicas aqui:
                             ♪♫♪ Cássia Eller - O Segundo Sol 
                             ♪♫♪ Seize the day - Avenged Sevenfold 
                             ♪♫♪ Jason Mraz - I Won’t Give Up 
                             ♪♫♪ Justin Timberlake – Mirrors

        Trilogia ♥ Slammed

        Após a morte do pai, Lake vive em uma bolha de luto e dor. A responsabilidade de cuidar da mãe e seu irmão mais novo acabam pesando na vida dela. 

        E se mudar para outra cidade não pareceu ser a melhor decisão a ser tomada. Agora em uma nova casa, uma nova cidade, Lake precisa achar seu novo caminho e seu vizinho pode ser uma boa companhia. 

        Ela sente que seu novo amigo pode fazer bem a ela e ele parece ser o único que consegue tirar o martírio de sua vida. Só que a felicidade não vem fácil e logo descobrem que o dia a dia vai ser um tormento nas suas vidas. Aqui nossa trilha sonora é composta de uma única banda: The Avett Brothers. Algumas das músicas apresentadas no livro:

                               ♪♫♪ The Avett Brothers - Salina 
                               ♪♫♪ The Avett Brothers - I Would Be Sad 
                               ♪♫♪ The Avett Brothers - Swept Away 
                               ♪♫♪ The Avett Brothers - Die Die Die 

        Se você já leu algum livro citado deixe seu comentário falando o que achou do livro e da sua trilha sonora. Se você ainda não leu nenhum livro desse, mas conhece alguma música, espero que isso faça você conhecer as histórias.
        Boa leitura.

          16 dezembro, 2017

          Resenha :: A Viagem

          dezembro 16, 2017 3 Comentários

          Olá faroleiros, hoje vim escrever sobre minha leitura do Conto A Viagem, da autora Diana Rocco. Não é necessário conhecer o mito Grego de Tirésias, para entender A Viagem, porém, torna a leitura ainda mais preciosa.  (caso não conheça tem um resumo ótimo no final do livro desse mito).
          "O que questiono são os padrões. A vida é unissex. Não aceito as divisões."
          A história é narrada em primeira pessoa por Alexis, que entra num trem pra fugir de seus agressores e acaba indo parar em um lugar fantástico onde pode descobrir quem  ela realmente é. 

          O tema do conto é criativo e moderno, além de a Diana Rocco, encontrar um meio quase sólido de te fazer pensar enquanto lê, o conto realmente te deixa com aquela vontade de mais história, mais tempo para pensar a respeito, entender o universo para o qual a história te leva.
           "- Aqui é um lugar seguro - quebrou o silêncio Darlan. - Um lugar onde pessoas como você e eu podem viver em paz."
          Não tem como não fazer perguntas sobre tudo e ainda encontrar mais perguntas a serem feitas. Somos instigados a pensar sobre a androgenia, sobre a personagem e também sobre nós mesmos. 
          "Do outro lado do vidro um ser andrógino, de cabelos castanhos em corte militar, observava-a com ar de severidade. Tinha feições delicadas e, nesse momento, bastante assustadas. Os olhos eram estreitos e cansados. O nariz pequeno realçava bochechas rosadas. Sua boca era pequena e de lábios generosos. A leveza dos traços era quebrada por um queixo quadrado, largo."
          Uma explicação básica sobre o termo Andrógino é: "-  uma qualificação dada ao indivíduo que possui aparência e comportamentos entre o masculino e o feminino, é um indivíduo que não se enquadra nem no papel de homem nem de mulher. Somente pela aparência é difícil determinar se a pessoa é do sexo masculino ou feminino, pois possuem traços marcantes dos dois gêneros."

          Espero que durante a sua leitura dessa resenha, você já tenha percebido que o texto é intenso, mas escrito de uma maneira deliciosa e envolvente. A leitura é super instigante, porque mesmo que o leitor ache que o conteúdo do texto seja "errado", ainda sim irá pensar a respeito, tentar entender o outro lado da história. E nesse momento vai acabar por deixar suas "certezas" de lado, encontrar algumas perguntas que nunca se fez e durante a leitura de posse dessas perguntas começar a indagar as próprias respostas. 
          E no final poderá ser como eu e ser surpreendido. Em meu caso meu primeiro pensamento dentre todos que poderiam ter sido, foi:
          "Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas. - Mario Quintana"
          Perdoem-me se acabei sendo vago no texto, mas não quero estragar o prazer dessa fantasia inquietante e enriquecedora. Uma fantasia sobre corpos, desejos, gêneros e autoaceitação. O e-book está com uma foto de capa maravilhosa, o conteúdo extra extremamente bem feito e o convite da autora ao diálogo e a troca de pensamentos, uma tentação irresistível.
          Venha viajar!

          Nota: 

          GOSTOU DA RESENHA? A autora fez uma promoção LINDA pra você faroleiro leitor/leitora do clube!! O download do ebook hoje está GRATUITO! Aproveite!

          Ficha Técnica do Livro

          A Viagem
          Diana Rocco
          Ano: 2017
          Páginas: 33
          Editora: Independente
          Capa: Fotografia e Projeto Gráfico - Fabi Mendonça
          Para comprar seu e-book de A viagem, clique aqui!

          Sinopse (Skoob
          Pensei o quanto desconfortável é ser trancado do lado de fora; e pensei o quanto é pior, talvez, ser trancado no lado de dentro. (Virginia Woolf)
          Alexis quer apenas um drink e uma paquera, mas encontrará violência. Fugindo de seus agressores, embarca em uma viagem que mudará para sempre sua relação consigo mesma. Uma fantasia sobre corpos, desejos, gêneros e autoaceitação. Releitura livre do mito do Andrógino.

          Sobre a Autora

          Diana Rocco

          Ðiana Řocco nasceu em São Paulo em 1965, pouco após o golpe militar de 1964. Cresceu durante a ditadura e aprendeu que o silêncio e a prudência podem salvar vidas. 

          Em seu processo de desenvolvimento identificou-se progressivamente como bissexual, lésbica, andrógina até compreender-se como uma pessoa sem gênero definido. Sua vivência despertou o interesse em estudos de gênero e sexualidade humana, campos nos quais possui formação sólida. 
          É autora de contos que abordam o amor entre mulheres e a transgressão de gêneros. Seus textos poéticos, de fácil leitura, flertam com o Realismo Mágico introduzindo o leitor em viagens por universos simbólicos, cativantes e emotivos.

          _____
          Fonte de pesquisa : www.significados.com.br

          12 dezembro, 2017

          Resenha :: Belas Maldições (Good Omens)

          dezembro 12, 2017 4 Comentários

          “Belas Maldições” já me chamou a atenção de cara apenas por ter Neil Gaiman como um dos autores, já havia ouvido falar sobre Terry Pratchett em outros grupos literários da vida – mas infelizmente nunca tive o prazer de ler suas obras, espero resolver isso! Quando a querida Elisabete Finco me perguntou se eu gostaria de ler o livro, aceitei prontamente, portanto, mais uma vez fica aqui meu agradecimento por ter me emprestado seu exemplar para a leitura .

          “Se você quer imaginar o futuro, imagine um garoto, seu cachorro e seus amigos. E um verão que jamais termina.”

          O enredo do livro é bem simples: o fim do mundo está prestes a ocorrer e temos criaturas que de tão habituadas a viver entre os humanos querem impedir isto, estamos falando do demônio Crowley – que é apaixonado por seu Bentley – e do anjo Aziraphale – que possui uma coleção de exemplares raros de livros, que eu adoraria conhecer. Apesar de ambos acreditarem que impedir algo já previsto a tantos e tantos anos seja uma tarefa quase impossível, eles resolvem tentar.

          Tudo começou onze anos atrás em um hospital, com freiras satanistas, alguns bebês e uma grande confusão. Para dar mais tempero a essa trama, para lá de louca, somos apresentados a alguns personagens bem excêntricos como: a descendente da bruxa Agnes Nutter que lançou um livro com suas profecias muitos séculos atrás, caçadores de bruxas, os cavaleiros do apocalipse (que pilotam motos iradas) e, claro, o próprio Anticristo. 

          "Deus não joga dados com o universo. Ele joga um jogo inefável de sua própria criação, que poderia ser comparado, da perspectiva de qualquer um dos outros jogadores, (todos os dois) a estar envolvido numa obscura e complexa versão de pôquer numa sala completamente escura, com cartas em branco, por apostas infinitas, com um crupiê que não lhe diz quais são as regras, e que sorri o tempo todo."

          Em “Belas Maldições” temos o humor presente em cada uma das páginas, os autores capricharam nas notas de rodapé que são geniais (e é simplesmente impossível não rir da grande maioria delas), os personagens são divertidos e, por vezes, aparvalhados. Algo bem interessante de se notar, é que logo no início do livro os personagens são listados como se fizessem parte de uma peça de teatro, um toque bem bacana ao meu ver. O livro é dividido de acordo com os dias da semana, porém, a diagramação do “Sábado” deixou um pouco a desejar a meu ver - como este é um capítulo muito extenso, por vezes, a leitura ficou mais cansativa, portanto, creio que uma alteração na diagramação pudesse contribuir de forma positiva na experiência de leitura do livro.

          Na contracapa do livro, há uma frase de Clive Barker (autor de Hellraiser): “O fim do mundo nunca foi tão engraçado”. Então, caso resolva ler em público, se prepare para ser julgado por rir! :P

          Este ano, foi anunciado que “Belas Maldições” irá se tornar uma série e temos Neil Gaiman como roteirista e showrunner, além disso já foram divulgadas imagens dos atores David Tennant, que interpretará Crowley, e Michael Sheen, que interpretará Aziraphale. No elenco teremos nomes como Jack Whitehall, Michael McKean e Miranda Richardson.

          A série será uma parceria entre a BBC e a Amazon e será transmitida no canal de streaming desta, que também possui Deuses Americanos (outra adaptação de uma das obras de Gaiman) no catálogo, infelizmente ainda não há uma data de estreia!

          "- Está vendo - disse Crowley. - É como eu sempre disse. Humanos são uns traidores desgraçados. Não se pode confiar nem um pouco neles."

          E vocês, já leram a obra? Pretendem ler? Conhecem o trabalho dos autores?

          Até a próxima!

          Nota :: 

          Informações Técnicas do livro

          Belas Maldições
          As justas e precisas profecias de Agner Nutter, Bruxa
          Terry Pratchett
          Neil Gaiman
          Ano: 2017
          Páginas: 350
          Editora: Bertrand Brasil 
           
          Sinopse (Skoob):
          Um descendente direto de O Guia do Mochileiro das Galáxias escrito por dois dos maiores autores britânicos de fantasia O mundo vai acabar em um sábado. No próximo sábado, e ainda por cima antes do jantar. O que é um grande problema para Crowley, o demônio mais acessível do Inferno, residente na Terra, e sua contraparte e velho amigo Aziraphale, anjo genuíno e dono de livraria em Londres. Depois de quatro mil anos vivendo entre os humanos, eles pegaram um gosto pelo mundo, e o Armagedom lhes parece um evento bastante inconveniente. Então, para evitar o fim do mundo, precisam encontrar a chave de tudo: o jovem Anticristo, agora um menino de 11 anos vivendo tranquilamente em uma cidadezinha inglesa. Em seu caminho, acabarão trombando com uma jovem ocultista, dona do único livro que prevê precisamente os acontecimentos do fim do mundo, caçadores de bruxas ainda na ativa e, quem sabe, até os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Mas eles precisam ser rápidos. Não é só o tempo que está acabando.

           Créditos:

          09 dezembro, 2017

          Resenha :: Miguel

          dezembro 09, 2017 2 Comentários

          Olá faroleiros, eu vi escrever sobre uma das leituras mais fofas ao mesmo tempo emocionante do ano. Eu vim de leituras densas de fantasia e quem acompanhou minhas ultimas resenhas entende bem do que estou falando aqui. Mas, vamos voltemos ao livro, eu queria uma história pra quebrar esse ritmo e evitar uma ressaca literária que andava me rondando e ler Miguel me deu isso e muito mais.

          A história é narrada pelo ponto de vista do Miguel Schimith, um professor de filosofia em escola pública, dedicado e com uma rotina de rapaz solteiro pouco convencional para os dias de hoje, ele é um ex-seminarista que optou por não se consagrar padre, mas em seu coração fez um voto, o de casar-se casto.  Tudo corrida de forma tranquila na vida de Miguel, até uma nova vizinha  vir morar em seu prédio, não incomodaria tanto a Miguel caso as paredes do prédio não fossem finas o bastante pra ele ouvir sua vida usar o nome de Deus em vão e nos momentos mais errados possíveis. Ele guardou suas opiniões pra si até uma emergência de encanamento o levar a conhecer sua vizinha.

          Aurora Letícia Alves, é uma mulher independente e totalmente consciente de sua sexualidade, acredita piamente em encontros de uma noite do melhor tipo, pega e não se apega e está numa nova fase de sua vida, começando um empreendimento com sua irmã.  Em meio a muita água e uma raiva imensa da torneira, seus gritos de socorro a levam a conhecer seu vizinho Miguel e naquele momento a antipatia foi mutua. Vou parar nesse momento e dizer VOCÊ, sim você querida leitora e querido leitor acabou de entender todo o livro de forma errada!!

          Miguel é aquele cara "comum" no melhor sentido da palavra e Aurora é um furacão desbocado e cheio de humor. Todo mundo conhece um cara alto meio sem jeito e uma baixinha esquentada. Risos, sério não tem como não se sentir próximo aos dois logo de cara.

          Eu sei que nessa onda "hot" que a literatura nacional hoje vive (nada contra, entendam bem), mas você poderia se enganar e achar que esse livro é alguma fantasia absurda, mas não é nada disso. Esse é um romance  divertido sobre aceitação e respeito as diferenças de vida e de crença; É sobre não se impor e sim sobre entender o outro e tentar superar os obstáculos que a diferença de pensamentos e crenças podem trazer para qualquer relacionamento seja de amor ou amizade. A narrativa é feita de um jeito envolvente, leve e divertido. Os diálogos são perfeitos para dar o tom da história te deixando com aquela vontade de não parar de ler.

          Depois de algumas situações absurdas que nossa Maria "Aurora" Madelena faz Miguel passar, ele começa a perceber que mesmo sem contato físico, Miguel percebe que  a proximidade com a Aurora muda sua vida e sua rotina de uma maneira boa apesar de tudo, o que o leva a conclusão que ambos querem ser felizes, mas que cada um escolheu um caminho oposto ao do outro na busca por essa felicidade.

          Quando o coração de uma pessoa religiosa, seja qualquer que seja essa religião, o templo ou local de seu culto é sempre o refugiu de um coração aflito, e na busca por respostas e por refugio conhecemos o padre Emanuel (risos, não as referências não passaram desapercebidas), voltando ao padre, gente que personagem encantador, sábio e com uma vida triste e linda história de vida.

          Nesse ponto eu fiquei um pouco deslocada, porque não sou e nunca fui católica, mas amei a maneira com que a fé e dogmas da igreja foram tratados. Não, de uma maneira a catequizar o leitor mas informativa e bem vinda a trama, devido as origens de Miguel. Voltando a história, com o coração um pouco mais em paz seu retorno pra casa leva Miguel a uma situação que marcaria sua vida e a de Aurora. Tentarem ter uma relacionamento que não fosse contra as convicções de nenhum dos dois.

          Vamos junto deles, durante esse relacionamento sem contato físico, dialogando com os personagens sobre preceitos e conceitos como pecados e virtudes, certo e errado e o quanto disso é importante quando o amor está em pauta? O quanto é possível cada um abrir  mão de seu jeito de viver para se adequar ao outro e fazer dar certo. Aqui poderia ter ficado chato, mas entrada em cena das famílias de ambos trazem respostas e novas perspectivas para cada um ser exatamente como é.

          Claro que não poderia ser fácil, afinal a maior concessão ficou por parte de Aurora, que abriu mão de sexo e contato físico, enquanto Miguel praticamente não fez grandes concessões apesar de lidar com a tentação todos os dias, quando um acidente faz com que Aurora vá para o Canadá e a distância física faça com que perguntas não feitas viessem a mente de ambos os lados.

          Não posso contar muito a partir daqui, mas aviso que gente eu sinceramente quase enlouqueci aqui, ai que aflição! Sofri tanto com Aurora que quase me esqueço que Miguel é o personagem central do livro, até ri quando lembrei do título. Divaguei um pouco sobre a história ter levado para o lado que "Deus escreve certo por linhas tortas" me dei conta do quanto eu comecei a torcer pra eles darem certo sem um magoar o outro ou fazerem algo pra quem a culpa pesasse no relacionamento. 

          E me vi encantada com um livro que me surpreendeu por uma proposta inteiramente nova para algo que poderia ser clichê, uma linda história ao melhor estilo "eu escolhi esperar".Com certeza uma das mais doces e bem escritas histórias de amor que li nos últimos anos que envolvem fé, amor e principalmente esperança e aquela lembrança gostosa de que:
          "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." 1 Coríntios 13:4-7


          Sobre a edição, eu li a versão digital, disponível da Amazon, achei lindo a marcação em destaque dos capítulos e as citações que abrem os capítulos são perfeitas! A úncia melhoria fica por conta da edição que tem um espaçamentos errados e alguns erros de digitação, que não chegam estragar a leitura mas como são pontuais chamaram a atenção. Enfim, leiam e venham conversar comigo!!

          Nota: 

          Ficha Técnica do Livro

          Miguel
          Carol Paim
          Ano: 2016
          Páginas: 243
          Editora: Independente
          Para comprar seu e-book - Miguel, clique aqui!

          Sinopse (Skoob
          Pecados e virtudes. Certo e errado. Isso importa quando o amor está em pauta? 
          Uma mulher provocadora. Um homem respeitador e religioso. 
          Ele acredita no sexo após o casamento. Ela acredita em encontros de uma noite. Paixão é o que ela sente. Ele sente o amor. Ela quer ser feliz e nesse ponto os dois concordam, mas como fazer dar certo para que os dois tenham seu final feliz? Quem abrirá mão de seu jeito de viver para se adequar ao outro? 
          Quando as certezas e crenças de um homem são postas à prova pela determinação e desejo de uma mulher, tudo pode acontecer. 
          Miguel é um romance divertido sobre aceitação e respeito. Onde o maior desejo é que o amor prevaleça sobre o preconceito e os obstáculos que a diferença de pensamentos e crenças podem trazer. 


          ______Sobre a Autora______

          Carol Paim 

          Caroline Paim Müller, natural de Rondônia e atualmente morando em São José/SC.
          Trabalhando como Analista de Sistemas, Carol atualmente faz parte da Oficina Literária Boca de Leão da Biblioteca Pública de Santa Catarina, além de fazer parte da agência Wolfpack do renomado autor André Vianco, onde fez seus cursos e aprende constantemente a aperfeiçoar Apaixonada por letras desde pequena, só começou a se empenhar verdadeiramente em 2013, quando junto com a Sheila Bomfim, escreveu o primeiro livro da trilogia As Fases do Amor. 
          Enquanto escrevia em parceria, lançou o primeiro livro da trilogia Fases do Amor, todos os exemplares disponíveis foram vendidos já na primeira semana. Hoje Carol possui um total de doze títulos lançados, tendo a maioria eles publicados no site da Amazon.