25 junho, 2018

Resenha :: Arcanista (Trilogia Vera Cruz #1)

junho 25, 2018 0 Comentários

Olá, faroleiros! Tudo bem com vocês?

Hoje trouxe mais um livro de fantasia do autor nacional Joe Lima, Arcanista, que é o primeiro livro da Trilogia Vera Cruz.

Imagine uma sociedade futurística reconstruída sobre as ruínas de uma guerra e que vive com uma fonte de energia retirada do centro da Terra? Januarii é uma cidade que abriga parte da população de Vera Cruz. E é lá que mora nosso protagonista Marcel Seeder. Marcel almeja seguir os passos do pai e se tornar um Arcanista, membro da Arcanum, uma espécie de força policial e de segurança daquele lugar. Para conseguir isso sua jornada não é nada gloriosa e ele tem que ralar muito para provar que é digno de fazer parte da Arcanum. As provas às quais os candidatos se submetem são pesadas e seus concorrentes se mostram capazes de superá-lo. Dentre eles, o seu amor, Beatrix. E isso deixa Marcel desmotivado.

Os dois jovens se conhecem desde crianças e compartilham a mesma vontade de ser arcanistas.  Até já mataram aulas juntos para assistir aos treinos do esquadrão. Quando se tornam membros desse grupo, os eleitos passam por um tipo de ritual onde o Mana (uma espécie de minério encontrado no centro da Terra) é absorvido pelo corpo e a pessoa passa a ter uma força específica.

Equilibraram –se sobre caixas e esticaram os pescoços para enxergar o treino dos arcanistas através de pequenas janelas. Viram um sujeito fazer surgir uma bola de fogo    na palma de sua mão e arremessá-la na direção de uma mulher. Ela respondeu lançando uma bola de gelo. Os bólidos chocaram –se no ar, desintegrando-se. Parecia uma espécie de jogo entre os dois. Em seguida, a mulher atacou e o homem defendeu.

Só que quando Marcel, agora já arcanista, não consegue dominar seu poder facilmente, tem que lutar contra o sentimento de frustração. Para completar quando ele finalmente se declara, descobre que Beatrix o vê apenas como um amigo. As coisas para o rapaz não vão tão bem assim. Ele chega até a se questionar se tomou a decisão correta entrando para um grupo o qual não tem aptidão suficiente.


“Nunca na história da Arcanum, um aluno com  pontuação menor que oitenta conseguiu se Tornar arcanista”, dissera o diretor. Marcel era o primeiro e único. Tal honraria não o deixava feliz.

O Voz Verde é um grupo de ativistas contrários ao uso do Mana (tipo de minério usado para extrair toda energia que Vera Cruz utiliza) que lutam ara que o governo pare com a extração do material. Seus membros são considerados foras da lei e perseguidos por Arcanum. Depois de um massacre que ocorreu anos antes, o Voz Verde se enfraqueceu, mas nunca deixou a sua luta. Os membros viviam nas cidades abandonadas ao redor de Januarii e sempre estavam presentes em ações terroristas, porém não eram pegos.

Em uma operação que visava transportar a família do Regente Geral um ataque surpreende a todos e, em meio a tiros e mortes, Marcel acaba perdido no meio da paisagem deserta com a filha do Regente e futura herdeira, Camilla Noble. Um rosto já conhecido pelo rapaz.

Eventualmente, as Cidades Altas foram erguidas, literalmente, sobre  os escombros da antiga sociedade. A maioria das áreas abandonadas permanece assim até hoje e passaram a ser conhecidas como Cidades Baixas.


A tentativa de retornar para a cidade passa por uma cidade abandonada, chuva ácida, cães mutantes e perseguições misteriosas. Quem, afinal está por trás desse ataque? Na corrida para salvar suas vidas os jovens conhecem dois irmãos misteriosos: Augustus e Julius. Os dois serão de grande valor para que Marcel e Camilla consigam retornar.

Ele trocou um olhar com Camilla, igualmente atônita. Estavam na presença da líder do Voz Verde, Flora. A mulher pressionou um pequeno dispositivo preso no agasalho.
— Quem diria? — o aparelho distorceu a voz. 
— Mande-os embora — disse Domingos. — Vão nos trazer problemas.
—  Pode  ser que sim, ou pode ser a chance de uma vida, meu amigo.

Arcanista é uma história que mistura mundo distópico, questões emocionais e problemas ambientais. Surpreendi-me com esta leitura, principalmente porque não é norteado por um romance melodramático. Não. É uma fantasia e fez o que se propôs. Eu gostei muito da situação da trama, de como o Joe formulou a Arcanum e os arcanistas, e do mundo distópico que ele montou.

Marcel é um jovem que vive sua época da forma como qualquer outro viveria hoje: vai à escola, tem amigos e até um aquário de peixes! Pois é. Um aquário com peixes que ele tem o maior zelo. O que o torna diferente de nós é a possibilidade de um futuro glorioso como arcanista. Seu modelo inspirador é o seu pai que um dia também foi um arcanista, mas que foi ferido em batalha e se aposentou. O autor usou essa premissa para motivar o jovem a seguir a carreira. O conflito pessoal do jovem com a incapacidade de dominar sua gema trovão é o que dramatiza a história e dá aquele toque especial. Acompanhar a evolução dele é muito legal.

Apesar de ter dito que não há um romance incluído neste primeiro livro temos o gostinho de ver a confusão de sentimentos de Marcel em relação à Beatrix e Camilla. Torço para que o Joe Lima desenvolva mais a relação deles nos próximos livros, pois eu já tenho a minha garota preferida (não vou contar, tá? Senão posso tendenciar vocês também! Rs).

Por todos esses pontos que citei, pela proposta e pela obra inovadora do Joe Lima, eu indico a leitura a todos vocês que curtem fantasia distópica. Boa leitura a todos!



Nota ::  3,5 


Informações Técnicas do livro

Arcanista
Trilogia Vera Cruz #1
Joe de Lima
Ano: 2016
Páginas: 288
Editora: Independente
Sinopse (Skoob):
Marcel Seeder é um tímido rapaz de 16 anos que vive em Vera Cruz, uma nação dividida pelo jogo de poder entre o governo, o exército independente chamado Arcanum e a sombra do grupo ecoterrorista Voz Verde.
Marcel se preparou desde a infância para uma carreira militar como arcanista, seguindo os passos de seu pai. Entretanto, a visita oficial do Regente-Geral e de sua família à Arcanum irá deflagrar um terrível incidente. Para enfrentar a conspiração que busca assassinar Camilla Noble, a filha mais velha do Regente, Marcel precisará superar suas limitações e dominar a gema incrustada em sua mão.
Com uma narrativa cinematográfica, Arcanista é mais que uma história de superação e sobrevivência. É a história de pessoas que tentam encontrar seu lugar em uma sociedade com um complexo cenário político e um colossal abismo social que separa a elite e a classe menos favorecida.

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 _____Sobre o Autor_____

Joe de Lima


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Nascido em 1981, Joe de Lima sempre gostou de inventar histórias. Após um início trabalhando com fanzines em quadrinhos, passou a se dedicar à literatura. Publicou contos em antologias das editoras Infinitum, Literata e Buriti, na revista digital Nupo e no podcast Desleituras. Também é autor de Serpente de Fogo, web-série literária de fantasia que mais tarde foi lançada na forma de um e-book gratuito.

22 junho, 2018

Série :: Rick and Morty

junho 22, 2018 0 Comentários


Rick and Morty é o seguinte: o homem mais inteligente do mundo, ele é alcoólatra também, leva seu neto desprovido de inteligência às mais loucas aventuras em outras dimensões.

Viver é arriscar tudo. Caso contrário você é apenas um pedaço inerte de moléculas montadas aleatoriamente à deriva onde o universo te sopra.

Você lendo assim é meio vago e sem graça. Nunca daria uma chance para essa série. Mas te digo que isso seria um enorme erro. Das animações que vi, essa é a mais completa de todas.

Ninguém existe por um propósito. Ninguém pertence a lugar nenhum. Todo mundo vai morrer. Vem ver TV.

Cheia de metáforas, realidade fantasiosa e com um enredo cômico, a gente se vê preso a cada episódio que passa. A cada verdade dita entre linhas. É extraordinário. E ficamos também levemente assustados com as loucuras do Rick.

Morty: E quanto a realidade que deixamos para trás? 
Rick: E quanto a realidade em que Hitler curou o câncer, Morty? A resposta é: não pense sobre isso!

Que por ser alcoólatra não deveria ter credibilidade nenhuma, mas é o único que enxerga a vida real. O mundo cruel que realmente é. No meio de uma família alienada e estúpida. Como muitas por aí.

Eu sei que essa situação pode ser intimidadora. Você olha ao redor e é tudo assustador e diferente, mas sabe... encará-las, avançar contra elas como um touro, é assim que crescemos como pessoas.

Atualmente a série têm 3 temporadas e cada episódio dura 22 minutos. Mas na Netflix só temos 2 temporadas completas. E fique até o pós crédito. Deixe sua opinião se já assistiu. E se você nunca assistiu, eu te convido para esse mundo louco que é Rick and Morty.



Informações Técnicas da Série

Rick and Morty
Ano de lançamento: 2013
N.º de temporadas: 3 temporadas
N.º de episódios: 31
Duração: 22 minutos por episódio (aproximadamente)
Criação: Dan Harmon, Justin Roiland
País de origem: EUA
Gêneros: Séries cômicas e sitcoms, Comédias animadas para TV, Séries de ficção científica e fantasia, Séries de ação e aventura, Animações para adultos
Estrelando: Justin Roiland, Chris Parnell, Spencer Grammer…
Sinopse (Netflix):
O brilhante cientista beberrão Rick sequestra Morty, seu neto aborrescente, para viver loucuras em outros mundos e dimensões alternativas.

Não recomendado para menores de 16 anos.

20 junho, 2018

Resenha :: Encontro de Sentidos

junho 20, 2018 0 Comentários

Olá, faroleiros! Hoje vou falar de um conto — noveleta linda da querida autora Aline Sant'Anna. 

Quando vi a Aline e a editora Charme anunciando a noveleta fiquei doida... Primeiro por ser algo escrito pela Aline, segundo por causa da capa. Claro que logo pulei as leituras e me dei de presente de dia dos namorados a leitura dessa bela história.  Ainda bem que fiz isso!!!


Romeo e sua mãe possuem algo que os diferem das demais pessoas. Eles são sinestesistas. Calma, Calma! Vou explicar. 

Sinestesia é um distúrbio neurológico em que a pessoa misturas os sentidos (gostos, cheiros, cores) isso tudo se mistura aos sentimentos. Então sabe quando você ama uma coisa? Romeo "sente o amor", para ele amor tem gosto, cheiro e cor — percebem por quê ele virou meu "crush"?


Tá, vamos voltar à história... Romeo vira um lindo adulto e descobre na gastronomia uma maneira de aplicar aquilo que o faz "diferente". Assim sendo, ele abre seu próprio restaurante, o Feito de Sentidos. Em seu restaurante, os pratos levam nomes de sentimentos (alegria, raiva, gratidão...). 

“Mas por que não colocar o amor em um prato? Literalmente. Por que não dar gosto ao amarelo? E por que não mostrar às pessoas como seria uma vida de sentidos misturados?”

Romeo usa de uma combinação única de cores e sabores. Uma verdadeira explosão de sentimentos e  sensações.

Pauline McCoy é uma das sócias na  Ordeni (empresa de consultoria). Ela com sua mãe e amigas estão trabalhando muito com determinação para levar a empresa cada vez mais longe.

Pauline não curte muito sair e se "relacionar" nas baladas. E, assim como Romeo, ela não quer que as pessoas a fiquem pressionando em relação a isso. 

Toda vez que Pauline passava em frente ao restaurante, ela se sente atraída por algo que não sabe explicar. Até que certo dia ela é surpreendida. Romeo acaba de decidir que precisa de uma empresa que o ajude em relação a organização de seu restaurante. E adivinhem só qual é a empresa? Ponto para quem respondeu Ordeni

“Sua voz era azul. Ondas azuis. Seda sobre o ar. O mesmo azul dos seus olhos.”

O que Romeo não esperava era ser surpreendido por um misto de sensações, emoções e cores que Pauline despertou nele. 

“Pela primeira vez, desejei que alguém pudesse me sentir como eu era capaz de sentir as pessoas.”

Romeo passa a desejar que Pauline se sentisse como ele. E claro, ele também desperta muitas emoções  se é que vocês me entendem , nela.


A escrita da autora é maravilhosa e está cada dia melhor. A  interação dos personagens é magicamente linda. Gosto muito do jeito que a Aline altera a narrativa entre os protagonistas.

O que falar de Romeo? Ele me conquistou na primeira. Pauline é uma mulher forte e determinada no que quer. O casal é lindo e a maneira como o amor vai crescendo entre eles, os medos a serem vencidos, tudo na história é perfeito! Realmente um ENCONTRO DE SENTIDOS.

Encontro de Sentidos é um conto bem curtinho e  só está disponível em e-book na plataforma digital Amazon (também pelo Kindle Unlimited). Mas assim, só acho que a editora Charme poderia juntar todas as noveletas da Aline e fazer um livro físico, #ficaadica. Falando nas noveletas, irei ler as demais e trazer a resenha para vocês. 

E a edição? Mais linda impossível! Capa bem feita, colorida e caprichada. Parabéns equipe Charme! 

Bem, certamente, Encontro de Sentidos entrou para lista de favoritos do ano. Super indico a leitura!!!

Beijos com explosão de cores, sabores e sensações! 


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Encontro de Sentidos
Ano: 2018
Páginas: 110
Editora: Charme
Sinopse (Skoob):
Eu tenho uma particularidade. Sou feito de todos os sentidos. Eles se misturam e, quando menos espero, se tornam um só. Por isso, passei um tempo me privando de viver o amor e toda essa baboseira que, na real, nem sei se existe.
Mas eu era bem capaz de queimar a língua...
Quando ela entrou no meu restaurante, tudo o que me privei ao longo dos anos veio à tona. Como uma tempestade que não pode ser contida, como uma nuvem de cores e sabores que nunca experimentei.
Atração física.
Daquelas fodas, que você quer ter a pessoa custe o que custar.
O problema é que Pauline McCoy fez todas as minhas certezas virarem dúvidas. E, apesar de eu querê-la, não sei se serei capaz de tê-la um dia.
A vida é meio sacana, né? Nem tudo que a gente quer, somos capazes de conquistar.
*Um romance sobre sinestesia, mistura de sentidos e um chef gostoso.

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18 junho, 2018

Filme :: Cargo

junho 18, 2018 0 Comentários

Faroleiro por um dia por Sabrina Rhiller

Olá leitores do Clube, hoje estou aqui para dar apenas uma opinião rápida sobre o filme que assisti essa semana, e esse filme é Cargo, um filme original da Netflix.

Cargo é um filme que teve como fonte um viral que fez muito sucesso nas redes sociais a algum tempo atrás, que conta a história de um homem que ao ser mordido por um infectado, ele faz de tudo para salvar sua filha ainda bebê. 

A Netflix lançou essa semana o filme Cargo, por mais que seja um filme legal para se emocionar e essas coisas, ele não é necessariamente um filme de zumbis, ele é um filme com zumbis, por conta do simples fato de não mostrar muito sobre eles.

Por mais que o público que se agrade com o mundo pós apocalíptico de mortos vivos, nós (exatamente porque também gosto desse mundo) sabemos que, por mais que cada filme, série ou até mesmo livros, mostre um zumbi diferente, sempre temos um exemplo de zumbi que pode ser o do filme A Noites dos Mortos Vivos (1968) do grande mestre George Romero ou mesmo os zumbis da série The Walking Dead (2010) do Robert Kirkman, sempre seguindo um padrão. Já os do filme, tem um aspecto um pouco diferente, com umas camadas de alguma gosma na boca e nos olhos, com o hábito de cavar um buraco para poder enterrar a cabeça.

Não espere muita ação (nem muitos zumbis) nesse filme, porque ele mostra exatamente a  dificuldade de um pai que está infectado e tendo poucas horas para salvar sua filha. No filme ele tem a ajuda de uma menina de mais ou menos 10 anos, onde ela vem de uma tribo africana, que mostra um pouco da tribo e como eles agem também.

Na minha opinião o filme tem um tudo com nada que você quer assistir, mas nem por isso acho que seja um bom filme.


Confira o Trailer:



Informações Técnicas do Filme

Cargo
Original NETFLIX
Ano: 2018
Duração: 1h 44min
Gêneros: Filmes de terror, Terror sobre zumbis
Direção: Yolanda Ramke, Ben Howling
Estrelando: Martin Freeman, Anthony Hayes, Susie Porter
Sinopse (NETFLIX):
Em meio a um apocalipse zumbi na Austrália, um pai desesperado busca alguém disposto a proteger sua filha pequena.


 _____Sobre a Faroleira_____

Sabrina Rhiller

ig @sahrhiller
Blogueira amadora, viciada em série e apaixonada por livros. Responsável pelo blog da Sabrina Rhiller.

*Sabrina Rhiller: Leonina, apaixonada por livros, amante de filmes e viciada em séries (e Cheetos).

14 junho, 2018

Resenha :: Graham: O Continente Lemúria

junho 14, 2018 2 Comentários

Queridos faroleiros,

Clube do Farol é parceiro da Editora Selo Jovem e a fantasia Graham: O Continente Lemúria, escrito por A. Wood, pseudônimo do paulista Vinícius Fernandes, foi meu primeiro contato com a editora.

Não entendi muito o título do livro no início, mas só vou adiantar que Graham é o sobrenome de nosso personagem principal: Peter Graham. Ele é um caçador de vampiros!

Essas criaturas malditas existem. São tão reais quanto qualquer pessoa. Elas existem, estão entre nós, e eu odeio todas elas. Quero vê-las mortas, torturadas, dizimadas, Estou aqui apenas para isso. Aniquilá-las uma por uma.

O livro começa com Peter matando um vampiro logo depois de seduzi-lo em uma boate gay no Canadá, onde se passa a nossa história. O autor alterna presente e passado de forma inteligente para contar como um rapaz gay que só queria ser feliz se transformou em um caçador de vampiros frio e determinado.

Lilian é a melhor amiga de Peter. Eles e Alex estão sempre juntos, mas, desde que Lilian levou Jordan para assistir uma aula na faculdade de Desenho Industrial, Peter não pensa em mais ninguém.

Além de ser bonito, com olhos castanho claros, cabelos num tom quase loiro, pele clara e em forma, ele se mostrara inteligente, sabia conversar e – ah, aquilo foi o que deixou Peter encantado – tinha um sorriso que prendia sua atenção, ainda mais quando aquele olhar o fitava timidamente ao mesmo tempo.

Peter está muito feliz, mas um trágico acontecimento acaba com tudo. Ele se afasta de todos e, ao descobrir o que realmente aconteceu, passa a ter um único objetivo na vida: aniquilar o maior número de sanguessugas possível. Porém, ele é chantageado por um poderoso vampiro para caçar e matar John, o líder dos lobisomens.

A. Wood foi corajoso ao criar um caçador de vampiros gay. Ele conseguiu dosar muito bem os dois temas. Os flashbacks são narrados em terceira pessoa e contam como Peter descobriu a sua homossexualidade e o medo que tinha de sair do armário para seus pais e irmãos. O presente é narrado sob o ponto de vista do caçador de vampiros e o autor não economiza no sangue, nem na violência. Montamos esse quebra-cabeça aos poucos e algumas peças são capazes de surpreender.

Graham: O Continente Lemúria é uma história cheia de ação, mas o autor Vinícius Fernandes também consegue emocionar. Foi um prazer ler este livro que foi indicado ao Prêmio PapoMix da Diversidade de 2014.

Misturar vampiros e lobisomens com os conflitos de um protagonista gay poderia resultar em uma bagunça total, mas a narrativa de Vinicius Fernandes nos deixa totalmente imerso na trajetória do nosso protagonista.

Com amor, André.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

     
Graham: O Continente Lemúria
A. Wood 
Ano: 2014
Páginas: 210
Editora: Selo Jovem
Sinopse (Skoob):
Peter Graham é um caçador de vampiros, mas não foi sempre assim. Antes era um rapaz homossexual que enfrentava as dificuldades de uma sociedade dividida entre a aceitação, o respeito e a repugnância à sua condição. Tinha amigos, amores, preocupações e medos como qualquer jovem, mas tudo isso ficou no passado. O novo Peter é frio e destemido a conseguir seu objetivo: aniquilar o maior número de vampiros possível. No entanto, tudo sofre uma reviravolta quando se vê obrigado a realizar uma missão à Família de vampiros que procura há muito tempo: caçar e matar um lobisomem. O que Peter não esperava era se apaixonar por ele e acabar por descobrir um segredo muito antigo que pode ajudá-lo em sua busca...

Compre o Livro Físico no site da editora, clicando aqui!



 _____Sobre o Autor_____



Vinícius Fernandes (A. Wodd)


Nasceu em São Paulo no dia 25 de fevereiro de 1992. Conheceu o mundo literário com 7 anos, depois de aprender a ler. Então, aos 12, criou sua primeira história, que se estendeu por uma trilogia não publicada. Também escreve contos que publica em seu blog pessoal (brenooficial.wordpress.com). Escrever desde os 12 anos de idade permitiu-lhe aprimorar suas habilidades até chegar a seu primeiro romance sólido, Graham – O Continente Lemúria, que assina sob o pseudônimo de A. Wood.
Formado pela Universidade São Judas Tadeu em Tradução e Interpretação, o autor atualmente mora em São Paulo, onde atua como professor de inglês, tradutor e intérprete.

12 junho, 2018

Resenha :: Melodia Mortal

junho 12, 2018 5 Comentários

Pedro Bandeira é um escritor que minha irmã, Jordana , admira e sempre me indicou a leitura de suas obras, mas por a maioria delas ser voltada ao público infanto-juvenil acabei sempre postergando...

Entretanto, para minha surpresa e felicidade, esse ano Pedro Bandeira na companhia de seu amigo Guido Carlos Levi, faz sua estreia na ficção adulta e escolheu uma famosa dupla inglesa como protagonista.

“Tornei-me conhecido em todo o mundo escrevendo histórias dos outros. Na realidade, de um outro, o meu amigo Sherlock Holmes.  Como testemunha, sempre estive presente em suas aventuras, mas é provável que minha figura não tenha sido marcante para os leitores, ofuscado que sempre fui pela imagem do meu biografado. No entanto, se alguém encontrar estes manuscritos, talvez não se importe de conhecer um pouco da vida de quem popularizou o morador que fez famosa a então desconhecida Baker Street, 221B.”

Em “Melodia Mortal” acompanhamos a famosa dupla inglesa, o detetive Sherlock Holmes e seu amigo o Doutor John H. Watson, na solução de crimes que consequentemente os instigam na elaboração de teorias e hipóteses para elucidar as mortes dos grandes gênios da música, como, por exemplo, Chopin, Mozard e Tchaikovsky.

Em seguida, nos tempos atuais, a “Confraria dos Médicos Sherlockianos” se reune para discutir sobre os manuscritos de Watson, que foram encontrados no porão da Universidade de Londres cem anos depois,  a respeito das mortes dos gênios da música a luz dos modernos desenvolvimentos da ciência, e assim, corroborar (ou não) com as hipóteses de nosso amado Holmes. Esse time de doze especialistas das mais diversas áreas da medicina se reune a cada vez em um restaurante diferente, com um menu de dar água na boca e que rende uma ótima discussão, um complementando o ponto de vista do outro.

“- Meu processo ao investigar um caso, parte da suposição de que, quando eliminamos tudo que é impossível, aquilo que permanece, ainda que improvável, deve ser a verdade.”

Sherlock Holmes é um dos detetives mais famosos da literatura policial, ao lado de Hercule Poirot, Miss Marple, Comissário Júlio Magron, August Dupin e tantos outros. Este livro, escrito a quatro mãos por Pedro Bandeira e Guido Levi, preserva toda a sagacidade, inteligência e brilhantismo de Holmes assim como o metodismo, o caráter e a dedicação de Watson, o que é sublime!

Sou grande fã de Sherlock Holmes e ao saber do lançamento deste livro, fiquei em estado de extâse e assim que a primeira oportunidade surgiu, não pensei duas vezes, o adquiri e D-E-V-O-R-E-I! 
O livro tem uma narrativa leve e fluida no maior estilo de Arthur Conan Doyle (criador de Sherlock Holmes), além disso conta com algumas notas dos autores durante a narrativa e um pequeno glossário ao final, diversas referências a literatura (incluindo uma a Oscar Wilde) e à música, e ao final de cada capítulo um breve resumo da vida e obra de cada gênio da música abordado (além de algumas sugestões de músicas a serem ouvidas, o que foi uma ideia sensacional). A edição é linda, em brochura, com orelhas, folhas amareladas e uma bela diagramação!

Se você não conhece Sherlock e Watson, ou se já conhece e quer matar a saudade, recomendo (e muito) este livro!

Nota ::  


Que tal ler um conto desse autor? Clique para ler Os Cachos da Situação


Informações Técnicas do livrofic

Melodia Mortal
Sherlock Holmes investiga as mortes de gênios da música
Ano: 2017
Páginas: 240
Editora: Fábrica 231
Sinopse (Skoob):
Será que Mozart foi assassinado por Salieri? Tchaikovsky morreu de cólera ou envenenamento? Chopin morreu mesmo tuberculoso? E Beethoven, foi vítima do alcoolismo? A resposta, ou, pelo menos, algumas hipóteses plausíveis para essas perguntas estão em Melodia mortal, estreia na ficção adulta de um dos maiores autores para o público juvenil do país. Escrito a quatro mãos por Pedro Bandeira com o médico Guido Carlos Levi, o livro examina, à luz dos conhecimentos da medicina contemporânea, os indícios possíveis sobre as mortes polêmicas de alguns grandes compositores da música clássica. E quem conduz a investigação é ninguém menos que Sherlock Holmes, auxiliado pelo seu fiel escudeiro, o doutor John H. Watson, que narra as aventuras do detetive na empreitada. Talvez não seja possível, tanto tempo depois, elucidar a causa dessas mortes que a medicina da época não foi capaz de precisar, mas a diversão é garantida neste romance cheio de teorias científicas e enigmas que formam um intricado quebra-cabeça, na tradição da melhor literatura policial.