17 janeiro, 2019

Resenha :: Todo o Tempo do Mundo

janeiro 17, 2019 4 Comentários

Oi faroleiros, não costumo fazer muitas leituras coletivas, mas aceitei ler Todo o Tempo do Mundo a convite do autor Mauricio Gomyde. Cinquenta e três pessoas leram juntas, interagiram entre si e ficaram sabendo de detalhes da história pelo próprio autor no grupo criado por ele no Whatsapp. Foi uma experiência incrível!! 

Depois que li o maravilhoso Surpreendente (resenha aqui), lançado pela Editora Intrínseca, aguardei ansioso pela próxima obra do autor. Foram 3 anos de espera para o lançamento de Todo o Tempo do Mundo, agora, pela editora Astral Cultural


O novo romance do autor brasiliense é sobre viagem no tempo. Sei que esse tema já foi tratado em diversos livros e filmes, mas Maurício Gomyde trabalhou o tema de forma diferente. Vitor, nosso personagem principal, viaja no tempo de acordo com o nível de felicidade ou tristeza dele. Ele não controla as viagens. Quando está muito feliz, Vitor viaja para o passado e, quando está muito triste, para o futuro.

Sou uma pessoa sem rumo definido, um ser do mundo. Hoje, aqui. Amanhã onde o destino quiser.

Com medo de que as pessoas pirem com seus sumiços e aparições repentinas, Vitor se isola de todos, evitando momentos de felicidade e de tristeza genuínas. Por isso, sente como se sua vida tivesse passado em branco. Tudo muda quando Vitor encontra uma pessoa que achava estar morta. Amanda é capaz de fazer ele sentir todos os sentimentos possíveis.


Quando Vitor se isolou, ele comprou terras em Bento Gonçalves e passou a produzir espumantes. Achei que Gomyde poderia ter retratado melhor o plantio das uvas e a produção dos espumantes, assim como Nora Roberts fez em A Villa sobre a produção de vinhos. Não foi por falta de conhecimento. O autor ficou hospedado na Casa Valduga e aprendeu muito com os enólogos de lá. Ele também foi à Cave Geisse, que é uma das vinícolas mais premiadas no mundo e que serviu de inspiração para as terras de Ferazza. 

Gostei dos personagens. Amanda é forte apesar da vida sofrida que leva, mas dois personagens secundários se destacam: Rico, dono do hamBUSgueria, e o cachorro chamado simplesmente de Cão. Rico é louco e também o mais sábio de todos. Um verdadeiro maluco beleza! 

A diagramação da Astral Cultural é bem tranquila para a leitura, com espaço grande entre as linhas e nas bordas. Uma bela edição de 350 páginas recheadas de frases sobre felicidade. A história é contada em primeira pessoa e o ponto de vista é alternado entre Vitor e Amanda. Adorei a foto da capa. Ela representa bem o casal.


Publishers Weekly disse que Maurício Gomyde é um autor que você não pode deixar de conhecer” e eu assino embaixo. Como todo livro do Gomyde, o sentimento é o centro da narrativa e sua escrita singela encanta já na primeira página.

Não deseje que o que acontece aconteça como você quer, mas queira que o que acontece aconteça como tem que acontecer, e então você vai ser feliz.

O que é felicidade genuína pra você? 


Com amor, André.


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Todo o Tempo do Mundo
Ano: 2018
Páginas: 352
Editora: Astral Cultural
Sinopse:
E se você um dia descobrisse que viaja ao passado toda vez em que fica muito feliz? E que vai ao futuro toda vez em que fica muito triste? Pois isso é o que acontece com Vitor Pickett.
Tudo começou na noite em que ele beijou Amanda, e Vitor nunca teve chance de descobrir se aquilo é dádiva ou maldição, porque, ao fim daquela festa, Amanda foi embora para outro canto do mundo, para nunca mais voltar.
Vinte anos depois, ele é um recluso dono de vinícola numa cidadezinha do Sul do Brasil, e acha que ela morreu num atentado; Ela, entretanto, é casada e gerente da livraria mais bonita do mundo, em Buenos Aires.
Mas um reencontro inesperado poderá mudar tudo. Vitor entenderá por que viaja no tempo? Amanda revelará que não é quem ele sempre imaginou? Aquele amor renascido será mais poderoso do que tudo que os separa?
As respostas dependerão de Vitor subverter a lógica insana de seu corpo e conseguir alterar um fato do passado. Porque, se é verdade que quando a primeira lágrima desce do olho esquerdo, o choro é de tristeza, e quando desce do direito o choro é de felicidade, aquele poderá ser o sinal mais poderoso de suas vidas...
"O olhar sensível e a deliciosa escrita do Maurício Gomyde tornam suas histórias tão cativantes, que achei impossível fechar o livro antes de chegar à última página" (Carina Rissi)

 _____Sobre o Autor_____



Maurício Gomyde



Maurício Gomyde nasceu em São Paulo e desde os três anos de idade vive em Brasília. Possui 7 livros publicados, em 6 países. Foi finalista do Jabuti 2016. Além de escritor, também é roteirista e músico.

15 janeiro, 2019

Resenha :: Não Conte a Ninguém

janeiro 15, 2019 1 Comentários

Em Não Conte a Ninguém conhecemos David Beck, um pediatra que trabalha no serviço público e ainda está lutando para reconstruir sua vida após o assassinato de sua esposa, Elisabeth Parker.

Logo no início do livro, David está se recordando do fatídico dia, oito anos atrás, em que ele e Elisabeth estavam no lago Charmaine fazendo seu ritual romântico em comemoração a mais um aniversário da data de seu primeiro beijo, e são atacados. David é deixado inconsciente no lado para se afogar e ela é sequestrada. Elisabete posteriormente é encontrada morta e com o rosto marcado com a letra “K” em ferro em brasa, logo ligam o crime à obra do Serial Killer Killroy.

O caso volta à tona quando, após uma intensa chuva, dois corpos são encontrados nas proximidades do crime que ocorreu anos atrás, além disso, há o taco de beisebol que havia nocauteado David, com isso, ele acaba por se tornar um possível suspeito de ter sido o algoz de Elisabeth. Como se não bastasse, David recebeu um misterioso e-mail que reacende a centelha de esperança que ele ainda alimentava: a possibilidade de sua esposa estar viva.

A mente não deveria visitar certos lugares, mas a minha sempre acaba sendo levada até lá.

Após o recebimento do e-mail, Beck segue todas as instruções contidas nele, tenta relembrar da noite em que tudo ocorreu, visita os pais de Elisabeth e amigos, tudo na busca de encontrar novas pistas e ainda por cima se provar sua inocência... Como é de se esperar em um livro de mistério/suspense a tensão vai aumentando conforme o virar de páginas, entretanto, alguns ‘absurdos’ me incomodaram durante a leitura — achei que o autor quis forçar a barra em alguns momentos, achei desnecessário. 

Eis a verdade sobre as tragédias: elas fazem bem à alma. O fato é que sou uma pessoa melhor por causa das mortes. Se tudo tem seu lado positivo, este, sem dúvida, é bem frágil. Mas existe. Isso não significa que valha a pena, que a troca seja justa ou algo semelhante, mas sei que sou um homem melhor do que era antes. Tenho uma noção mais apurada do que é importante. Compreendo melhor a dor das pessoas.

Este foi meu primeiro contato com uma obra de Harlan Coben, a leitura foi bem fácil e tranquila, creio que para quem não está habituado ao gênero seja uma opção, caso você já tenha o hábito, encare apenas como uma leitura de passatempo e se divirta!

Não Conte a Ninguém foi o livro mais aclamado de 2001, indicado para diversos prêmios, entre eles Edgar, Anthony, Macavity, Nero e Barry. O livro também foi adaptado cinematograficamente na França em 2006 e recebeu o título “Ne le dis à personne”, concorreu em nove categorias do prêmio César e levou quatro, entre elas: melhor ator e melhor diretor.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro


Não Conte a Ninguém
Ano: 2014
Páginas: 240
Editora: Arqueiro
Sinopse:
Há oito anos, enquanto comemoravam o aniversário de seu primeiro beijo, o Dr. David Beck e sua esposa, Elizabeth, sofreram um terrível ataque. Ele foi golpeado e caiu no lago, inconsciente. Ela foi raptada e brutalmente assassinada por um serial killer.
O caso volta à tona quando a polícia encontra dois corpos enterrados perto do local do crime, junto com o taco de beisebol usado para nocautear David. Ao mesmo tempo, o médico recebe um misterioso e-mail, que, aparentemente, só pode ter sido enviado por sua esposa.
Esses novos fatos fazem ressurgir inúmeras perguntas sem resposta:Como David conseguiu sair do lago? Elizabeth está viva? E, se estiver, de quem era o corpo enterrado oito anos antes? Por que ela demorou tanto para entrar em contato com o marido?
Na mira do FBI como principal suspeito da morte da esposa e caçado por um perigosíssimo assassino de aluguel, David Beck contará apenas com o apoio de sua melhor amiga, a modelo Shauna, da célebre advogada Hester Crimstein e de um traficante de drogas para descobrir toda a verdade e provar sua inocência.


Informações: WikipediaAmazon Brasil

12 janeiro, 2019

Resenha :: Big Rock

janeiro 12, 2019 8 Comentários

Olá, Clube do Farol!!

Em Big Rock, conhecemos Spencer Holiday — suspiros! Ele é o típico cara dos romances mesmo. Lindo, rico e cheio de “contatinhos femininos”. Spencer ainda é conhecido na mídia como um dos caras mais cobiçados de New York. Entretanto, ele se vê em uma situação que deverá ser o mais discreto possível, ou colocará o futuro da joalheria de seu pai em risco.

Tentando ser discreto, Spencer tem a magnífica — ou não — ideia de propor a sua melhor amiga e sócia, Charlotte, um noivado falso. Charlotte tem um ex “pé no saco”, então ela enxerga na ideia de seu amigo uma forma de afastar o ex, assim aceita e embarca com tudo no noivado falso.


Para que o tal noivado fosse o mais “real” possível, o casal de amigos se coloca em várias situações para convencer a família de Spencer de que tudo é de verdade. Neste ponto ambos chegam à conclusão que poderiam ser amigos com benefícios.

O que Spencer não esperava era que após momentos quentes e cheios de paixão, ele se apaixonaria pela primeira vez, e ainda pela sua melhor amiga… E cheio de medo de que Charlotte não sinta o mesmo por ele.


MINHAS CONSIDERAÇÕES:

Adorei o fato de o livro ser narrado pelo ponto de vista masculino. A autora deixa claro em sua narrativa que Spencer é um cara que “se acha”, ele é até um pouco prepotente. Mas não é nada que me incomodou na história, muito pelo contrário, até achei que esse fato fez toda a diferença no enredo. Spencer é um personagem bem desenvolvido e carismático.

Senti falta de Charlotte! Gostaria que a personagem fosse um pouquinho mais presente (motivo que não dei cinco estrelas).

A escrita de Lauren é extremamente envolvente, além de conseguir narrar muito bem a história do ponto de vista masculino — como falei aí em cima.

Outra coisa que gostei muito foi que a relação dos dois não brotou da terra do nada. A relação dos dois é sólida e antiga. Pois já eram amigos — melhores amigos — desde a faculdade e ainda são sócios no Bar The Lucky Sport. Portanto, para o casal mudar de amigos para apaixonados no meu ver teve uma base.

Adorei o fato de o relacionamento entre Spencer e Charlotte ir se desenvolvendo aos poucos e, junto como o casal, o leitor pode perceber a paixão nascendo.


Faro Editorial está de parabéns! O livro é muito bonito e bem diagramado. A editora já lançou outros títulos da autora, inclusive em Big Rock já podemos ter uma ideia do que esperar em MISTER O.

Bem, isso é tudo por hoje. Até a próxima com sabe-se lá o que.


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

Big Rock
Ele tem todos os talentos. Algumas vezes, tamanho é documento.
Big Rock #1
Ano: 2017
Páginas: 224
Editora: Faro Editorial
Sinopse:
“A maioria dos homens não entende as mulheres.”
Spencer Holiday sabe disso. E ele também sabe do que as mulheres gostam.
E não pense você que se trata só mais um playboy conquistador. Tá, ok, ele é um playboy conquistador, mas ele não sacaneia as mulheres, apenas dá aquilo que elas querem, sem mentiras, sem criar falsas expectativas. “A vida é assim, sempre como uma troca, certo?”
Quer dizer, a vida ERA assim.
Agora que seu pai está envolvido na venda multimilionária dos negócios da família, ele tem de mudar. Spencer precisa largar sua vida de playboy e mulherengo e parecer um empresário de sucesso, recatado, de boa família, sem um passado – ou um presente – comprometedor… pelo menos durante esse processo.
Tentando agradar o futuro comprador da rede de joalherias da família, o antiquado sr. Offerman, ele fala demais e acaba se envolvendo numa confusão. E agora a sua sócia terá que fingir ser sua noiva, até que esse contrato seja assinado. O problema é que ele nunca olhou para Charlotte dessa maneira – e talvez por isso eles sejam os melhores amigos e sócios. Nunca tinha olhado… até agora.
******
Este é o primeiro romance da autora Lauren Blakely no Brasil, uma das autoras mais vendidas da atualidade. A marca de Lauren são as histórias contadas sob a ótica masculina, construindo personagens fortes, inteligentes, contemporâneos. Ambos inovam ao contar uma história romântica do ponto de vista masculino.

“Este livro é o mais divertido que li nos últimos anos. Spencer é um herói perfeito: macho alfa com dez tons de charme, muitos centímetros de prazer e o oposto de um cretino. Cada página me fazia sorrir e, no momento em que fechava o livro, era o meu marido quem estava a ponto de sorrir também.” (CD Reiss, Autora da Submission Series)

11 janeiro, 2019

Resenha :: A Ama Inglesa e Quando os Céus Conspiram

janeiro 11, 2019 4 Comentários

 Primeira História: A Ama Inglesa (O Quarteto do Norte #2)

Eu me apaixonei por essa capa e comecei a ler sem me dar conta que se tratava de uma série. Mas como já havia avisado na resenha de A Estrangeira (que você pode clicar aqui para ler), é muito melhor lendo na ordem.  Essa história a autora avisa que se trata de um conto de fadas do século 19 e que vai nos contar a história de Leonora e o duque Prodhoe.


Pior que um sonho impossível é o vislumbre da possibilidade recheado de ambiguidades.

Já no início me apaixonei por Leonora, uma das mais engraçadas e divertidas personagens da Chirlei Wandekoken, talvez por ela ser tão jovem. Mas não tem como não rir e se emocionar com ela dormindo em um celeiro, aninhada a uma vaca, na propriedade do duque e, ao ser flagrada, resolve fugir e tentar na fuga manter alguma dignidade. Porém isso não é possível e logo nos vemos surpresas por ela ser amparada pelo poderoso Duque de Pudhoe, conhecido como Lorde Perverso.

Somos apresentadas ao passado de Leonora e a seu breve e marcante encontro com o duque quando ainda menina. Ela filha de uma mulher francesa que sabia ler e escrever e seu pai um cocheiro do ducado onde vivem. É tocante ir conhecendo a história de Leonora e ver todo o carinho do duque por ela.


A fragrância que trouxera as lembranças de quando o conhecera sob o carvalho, o bálsamo do lenço que secara as suas lágrimas, a essência que o tempo levara do casaco que ela jamais devolvera para ele.

O duque... Prepare-se para conhecer um homem que não mede esforços em ajudar seus amigos e age de mesma forma contra seus inimigos. Criado para ser duque, se impõem com o direito que o título lhe dá, mas sabe, como poucos, manter em igualdade para com aqueles que sente carinho, respeito e gratidão. Diz que sabe-se tudo a respeito de alguém vendo como esse trata a quem os serve, e com esse pensamento fiquei encantada com esse duque.

Porém nada parece vir fácil ou de graça para Leonora e em sua inocência existe uma coragem que a fará ser forte quando várias verdades forem sendo reveladas e muitos dos porquês de várias coisas que ocorreram a ela serão esclarecidos.

A dor da perda era o seu combustível; a raiva de si própria, a sua coragem; fora uma tola ao acreditar em um conto de fadas.


Nesse ponto da narrativa eu já estava completamente apaixonada pela escrita e narrativa da autora, os detalhes da época em que os fatos ocorriam já tinham me levado para dentro da história. E creio que fiquei também deslumbrada pelas figuras imponentes dos quatro que eram conhecidos como o quarteto do Norte.

Outra coisa que me agradou bastante foi o fato de durante toda a história Leonora não perder a fé e nem a integridade. E que as cenas se desenvolveram com uma beleza que me deixou ansiosa por ler a próxima história e conhecer um pouco mais de outro membro do quarteto. E também se eu tivesse sorte um pouco mais sobre como ficou a vida de Leonora após o fim dessa história.


 Segunda história: Quando os céus conspiram

Na edição impressa temos essa segunda história, que está ligada a anterior pelo fato de o conde Filippo Raspail ser o pai da querida Leonora de A Ama Inglesa. Porém essa, diferente da anterior, é inspirada na história real de Charlotte Hayes (século XVII), uma linda cortesã de um bordel londrino.


Assim, temos a história dela reescrita, agora com o nome de Amy Hayes, e como sua vida mudou ao tentar se matar no rio Sena e é salva por um cavalheiro, frustrando sua tentativa. Esse seria apenas um desfecho desesperado para Amy de um passado não tão distante quando era camponesa e escapara de ser estuprada por lorde Patchetts, e como se esse fosse seu terrível destino, dois anos depois foi violentada pelo filho bêbado de um fazendeiro.

Desonrada, ela se muda para Londres em busca de trabalho. Com a infelicidade de ser bonita demais para ser empregada de uma dama, restara a ela, portanto, A Casa das Damas, um conhecido bordel londrino que mantinha carruagem e criados de libré para suas damas da noite que eram ensinadas a se portarem como educadas ladies.

Nos seus dias de profunda angústia, chegara à conclusão de que só conhece a dor da perda quem um dia a sentiu.

E me lembrei do ditado que desgraça nunca vem sem companhia, porque se não bastasse sua vida de venda do corpo, para garantir um teto e um prato de comida, o visconde de Beauchamp, um dos lordes mais terríveis de Londres, tornara-se seu protetor, trazendo a Amy sua queda em total desgraça. Obrigada a ir com ele para Paris, num esquema de traição à Coroa Britânica, e vítima de toda sorte de abuso e violência, vê naquela tentativa de suicídio a única escapatória para a vida, como ela era.


Mas a conspiração celeste colocou o nobre Filippo Raspail em seu caminho, e assim vamos saber como foi sua história com a mãe de Eleonora, seu passado tremendamente infeliz. E a penitência que o levou a querer cumprir seus dias na terra para finalmente encontrar sua amada Juillet no outro lado do desconhecido.  A história se passa após a morte de Juillet, há mais de 20 anos, e o conde havia se enterrado com ela, pois a amargura o consumia dia após dia. E quando salvou Amy de seu fim no rio, pode ter encontrado o caminho para voltar à própria vida.

Aqueles foram os inapagáveis instantes de sua existência, aqueles perenes, que o tempo não desbota. Seriam lembrados para sempre como os mais doces momentos de sua vida.

Ambas histórias são lindas, maravilhosamente contadas e nessa segunda história vemos vários personagens da série desenvolvendo presenças decisórias no seu decorrer, que fala sobre esperança, segunda oportunidade e perdão. Porque o perdão mais difícil de ser dado é o que damos a nós mesmos, por nossas falhas, onde um cura o outro de suas feridas.


Sobre a edição física: ficou impecável com uma fonte e diagramação maravilhosas para leitura, a capa da edição em e-book da Ama e dentro entre as histórias a capa da edição em e-book de Quando os céus conspiram, fazendo vez de divisória para a segunda história. Foi um toque lindo para quem, como eu, gostaria de guardar a imagem no coração e no papel. Este por sinal amarelo, com espessura que não permite transparência e sem erros de digitação ou ortografia. Impecável o trabalho da editora Pedrazul.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Ama Inglesa
Um Livro, dois Romances: A ama inglesa e Quando os Céus conspiram
O Quarteto do Norte #2
Ano: 2018
Páginas: 244
Editora: Pedrazul
UM LIVRO, DOIS ROMANCES, POIS "QUANDO OS CÉUS CONSPIRAM" ESTÁ COMO ANEXO!

O segundo livro da série O Quarteto do Norte

Um conto de fadas do século XIX. A história de Leonora e do duque de Prudhoe.

Numa noite gelada em Newcastle, sem ter para onde ir, Leonora acaba se abrigando no celeiro de Pudhoe Castle, aconchegada à vaca da duquesa-viúva, quando foi brutalmente acordada pelo capataz da propriedade. Mas logo atrás dele vinha aquele cuja imagem permeara seus pensamentos durante cinco longos anos, o poderoso duque de Prudhoe, conhecido em toda a Europa por lorde Perverso. Mas Leonora não o achou perverso, muito pelo contrário, achou-o caridoso. Afinal, se não fosse por ele, certamente não sobreviveria àquela noite.


Editora Pedrazul atualmente é a editora que mais se dedica à tradução e à publicação de obras mundialmente consagradas, algumas ainda desconhecidas no mercado editorial brasileiro, como os autores que influenciaram o estilo da mais famosa escritora inglesa de todos os tempos, Jane Austen. Também atua no segmento romance histórico e de época escritos por autores contemporâneos.


 _____Sobre a Autora_____

Chirlei Wandekoken


Jornalista e pedagoga capixaba, filha de cafeicultores, mudou-se para Vitória aos 15 anos de idade, e desde então começou a construir sua vida. Casada, tem dois filhos (21 e de 18 anos de idade). Isto é o que se percebe em seu primeiro livro, "O Vento de Piedade", publicado pela Editora Saraiva, que conta a história de uma família de um vilarejo no interior de São Paulo. Uma história que começa em 1956 e se estende até 2000, citando vários fatos reais, especialmente os relacionados ao período da ditadura militar brasileira.
O talento profissional nas três áreas (jornalismo, pedagogia e literatura) e sua clara demonstração de que sabe aproveitá-lo muito bem comprovam que Chirley Wandekoken é uma mulher que, mais do que "a diferença", faz a soma.

Estudou na Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente mora em Vitória, Espirito Santo.