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14 maio, 2020

Resenha :: Office-Boy em Apuros (Coleção Vaga-Lume)

maio 14, 2020 0 Comentários

Coleção Vaga-Lume marcou a adolescência de vários leitores. Aproveitando que consegui alguns títulos bem legais dessa coleção infanto-juvenil no Sebo Ponto de Cultura, que tal a gente falar sobre Office-Boy em Apuros, de Bosco Brasil?!

O livro conta a história de Edmundo, um garoto esperto que trabalha como office-boy na empresa do Dr. Ignácio. Ele precisa aguentar a constante perseguição de Plínio, supervisor dos office-boys e sobrinho do Dr. Ignácio. Além disso, Ed Onda (seu apelido devido ao penteado de seu cabelo) se torna orientador de Eugênio, filho do patrão que começa a trabalhar no escritório obrigado pelo pai.

O office-boy se coloca em apuros quando conhece Maria Paula no aniversário de Eugênio e se apaixona por ela. Ele pensa que ela é Maria Isabel, namorada do Plínio e paixão secreta do tímido Eugênio.


Ed Onda vem de uma família humilde. Por ter sido abandonado pela mãe e ter que cuidar do pai desempregado, Ed acabou amadurecendo rápido. É ele quem traz dinheiro para casa. Em contrapartida, Eugênio é de uma família da classe alta e sempre foi mimado pela mãe. O legal é ver como esses dois personagens de classes sociais bem diferentes se ajudam. Enquanto Ed ajuda Eugênio a ser mais confiante no trabalho e na vida, Eugênio ajuda Ed a se abrir para o amor.

Maria Isabel e Maria Paula são as gêmeas que fomentam a transformação dos dois rapazes. Gostaria que o autor tivesse desenvolvido mais a questão de como as duas jovens lidam com a pressão de terem sido estrelas mirins de um comercial de mingau na televisão quando mais novas.

Bosco Brasil é um dos mais prestigiados autores de teatro, cinema e televisão brasileiro. Ele já escreveu diversos roteiros de séries e novelas para a TV que foram produzidas pelas redes Record, SBT e GloboOffice-Boy em Apuros é o seu primeiro livro para jovens.

Achei o texto um pouco datado, apesar da história não ser tão velha assim. A escrita de Brasil é bem fluida e visual. Se tivesse se aprofundado um pouco mais em algumas questões levantadas seria melhor.

Vale a pena acompanhar Ed Onda e sua turma que estão se adaptando ao mundo adulto enquanto vivem suas aventuras e descobrem o amor. Uma jornada de crescimento e amadurecimento pessoal contada de forma leve e recheada de situações divertidas.

Com amor, André


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Office-Boy em Apuros
Coleção Vaga-Lume
Bosco Brasil 
Ano: 1993
Páginas: 108
Editora: Ática
Sinopse:
Aguentar a constante perseguição de Plínio, supervisor dos boys do escritório, não é fácil! Mas isso é o de menos para quem, como o office-boy Ed Onda, se vê apaixonado por Maria Paula, que ele pensa ser sua irmã gêmea Maria Isabel - namorada de Plínio e paixão secreta de Eugênio, simplesmente o filho do patrão. Sem falar que o pai de Ed Onda foi abandonado pela mulher e está desempregado! Confusão e muita aventura é o que não falta a este incrível livro de Bosco Brasil.

12 outubro, 2019

Resenha :: A Aldeia Sagrada (Especial Dia das Crianças)

outubro 12, 2019 1 Comentários

Dia das Crianças é comemorado anualmente no dia 12 de outubro e, para celebrar esse dia, vamos postar a resenha de A Aldeia Sagrada, de Francisco Marins.

O livro faz parte da série Vaga-Lume, lançada pela Editora Ática, em 1973. A coleção é composta por livros nacionais voltados para o público infantojuvenil. Aposto que muitos leitores foram introduzidos ao universo da literatura através dessa série.

Em A Aldeia Sagrada, o autor Francisco Marins claramente homenageia Os Sertões, de Euclides da Cunha, ao mostrar a dura vida no sertão baiano através dos olhos de uma criança.


Didico mora com os padrinhos, Chico e Donana, desde a morte dos pais. Quando uma seca sem precedentes assola o sertão, o garoto precisa deixar o Corumbê – a terra dos padrinhos - para se arriscar através da Caatinga.


O garoto de doze anos se junta a um grupo de retirantes e faz amizade com um homem chamado Juviara e seus dois filhos, Mada e Zico. Durante suas andanças, eles conhecem Antônio Conselheiro, líder religioso que prega esperança a seus seguidores. Ele começa a reunir sua gente em Belo Monte, uma antiga fazenda de gado, situada às margens do rio Vaza-Barris. O nome Canudos surgira porque os moradores dali fumavam em cachimbos de barro, com canudos muito compridos.

O sacrifício a dor, conduzem a criatura à salvação. O Senhor sofreu um calvário pior. A bem-aventurança pertence aos humildes e sofredores. Tudo no mundo é pequeno e passageiro. Grande só Deus e o reino do Senhor. O deserto pertence ao povo eleito. Ao fim dele fica o paraíso.

Os governantes acham que ele está iniciando um movimento separatista e começam a atacar o local, gerando uma grande revolta entre os seguidores do "santo" Conselheiro que culminou na Insurreição de Canudos.

O livro também retrata o transporte do meteorito Bendegó do interior da Bahia até a capital de Salvador, para depois seguir para o Rio de Janeiro. O Bendegó estava exposto no Museu Nacional do Rio de Janeiro que pegou fogo no dia 02 de setembro de 2018. O meteorito de 5 toneladas é o maior já encontrado no Brasil e foi o único item que ficou intacto após o incêndio.


Só fui conhecer A Aldeia Sagrada agora, apesar da primeira publicação ser de 1953. Esse livro deveria ser obrigatório para todos os estudantes por retratar momentos importantes da nossa história sem ser enfadonho como alguns livros didáticos.

Você consegue se colocar no lugar do Didico, compreender seus sentimentos e perspectivas. A primeira parte do livro é bem impactante e você consegue entender o drama do sertanejo que muitas vezes é obrigado a migrar para as grandes cidades na expectativa de uma vida melhor.

Ilustração do livro que retrata a Guerra de Canudos


Com amor, André

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Aldeia Sagrada
Série Vaga-Lume
Francisco Marins 
Ano: 1993
Páginas: 106
Editora: Ática 
Sinopse:
Fugindo da seca do sertão baiano, Didico descobre o arraial de Canudos, em 1897, no momento em que a guerra dos militares contra Antônio Conselheiro chega ao auge. 
Uma seca terrível assola o sertão. Didico anda à toa pela caatinga, tentando sobreviver. Mas ele terá de enfrentar o fogo de uma guerra terrível. Estamos em 1897: os homens de Antônio Conselheiro estão dispostos a tudo, defendendo-se dos ataques dos militares. Em A aldeia sagrada, Francisco Marins conta o episódio da Guerra dos Canudos pela visão de um menino de doze anos que participa dos acontecimentos.


_____Sobre o Autor_____

Francisco Marins

Francisco Marins nasceu em São Manuel, interior de São Paulo, no dia 23 de novembro de 1922 e faleceu em 10 de abril de 2016. Seus livros foram traduzidos para 15 línguas diferentes e levam as histórias típicas do Brasil para diversos países do mundo. 
Ele é o único escritor brasileiro a figurar na famosa coleção Européia Delphin, que reúne os clássicos de literatura juvenil de todo o mundo. É membro da Academia Paulista de Letras
A Aldeia SagradaO Mistério dos Morros DouradosA Montanha de Duas Cabeças e Em Busca do Diamante são títulos do autor que já foram publicados pela série Vaga-Lume.

25 maio, 2018

Série :: 13 Reasons Why (Review - 2º Temporada)

maio 25, 2018 0 Comentários


 Atenção: esse post está relacionado apenas à segunda temporada da série e contém spoiler. Se você ainda não terminou, tenha cuidado. Caso tenha interesse em ver sobre a primeira temporada, deixo aqui o link para lê-lo e aviso que é basicamente a resenha do livro: Resenha :: Os 13 Porquês.


Se você mora em Atlantis talvez não saiba, mas na última sexta-feira, dia 18, a Netflix disponibilizou a segunda temporada completa de 13 Reasons Why. Como era esperado, os espectadores do serviço de streaming foram a loucura e logo a hashtag da série foi parar em primeiro lugar no Twitter. Senti um misto de euforia e hesitação já que fui veementemente contra essa segunda temporada por achar que a história já era completa. E, no meu caso, a segunda temporada foi um pouco decepcionante.

13 Reasons Why é uma série adaptada do livro de mesmo nome, escrito por Jay Asher e conta os motivos que levaram Hannah Baker a cometer suicídio. A série foi nessa mesma pegada e foi simplesmente perfeita durante toda a temporada de estreia. Causando um grande debate e realmente ajudando as pessoas, já que o número de ligações para centros especializados subiram astronomicamente.

Com todo sucesso, vem o dinheiro. Tenho minhas dúvidas se produzir uma segunda temporada foi só lance de grana. Mas que o assunto pesou ninguém pode negar. Vou tentar explicar porque eu fiquei decepcionado com a volta da série.

Primeiro vou falar como se fosse um crítico. Mas que fique bem claro que estou longe de ser um. Embora a trama se passe, praticamente toda, focada no julgamento da Hannah, os detalhes técnicos e as atuações continuaram ótimos. A bola fora foi que personagens como Clay, Zach, Courtney, Ryan e até o grande vilão, Bryce, quase não foram desenvolvidos. Esperava um pouco mais nesse quesito. Fora que o julgamento foi demasiado lento já que muita gente foi ouvida. Faltou desenvolvimento e agilidade. E foco no estupro que Hannah, Jéssica, Chlöe (personagem nova) sofreram pela mesma pessoa, Bryce, e Nina (também personagem nova). Um grande erro os produtores só terem comentado e ainda “terem colocado a culpa na vítima”. Vou explicar melhor.

Essa série é uma das minhas favoritas de todos os tempos. Por isso esse “ódio” todo. Como eles tiveram a audácia de colocar toda culpa na Hannah, o estupro e bullying, e, no caso das outros vítimas, o estupro. Como? Uma série tão importante como essa não poderia ter feito essa lambança. Que mensagem isso passa? Beleza que na vida real é isso que acontece. É fato. Todavia, precisamos achar um fio de esperança em algum lugar. E não vai ser nessa segunda temporada. E olha que a Netflix junto com os produtores fizeram um grande apelo, campanhas, para fazer isso. Um erro imperdoável para mim. Foi horrível ver que durante todo o julgamento eles colocaram a culpa na Hannah e nas outras vítimas. Sequer os estupradores foram vistos com outros olhos. E todos os outros do bullying. O personagem do Tyler foi a grande vítima da vez. Chegando ao ponto extremo até de ele virar um atirador. Gente, apesar de terem passado outra grande mensagem, eu não gostei. Não chega a ser contraditório o que eu falei, pois não precisava. Acho que a história da Hannah Baker é a do livro e eles tinham que passar esperança. Essa é a palavra. E eles não passaram. 

Agora eu torço para que voltem com uma terceira temporada para consertarem o que, para mim, foi um erro e falem: “Tenham esperança. A culpa nunca, jamais será de vocês”. Não adianta estar só no roteiro. E quero reiterar que essa é minha opinião. É óbvio que não sou dono da verdade. Espero que entenda e deixe seu ponto de vista.

Confira o trailer:



Informações Técnicas da Série

13 Reasons Why (Segunda Temporada)
Original NETFLIX
Ano de lançamento: 2018
N.º de episódios: 13
Duração: 60 minutos por episódio (aproximadamente)
Criador: Brian Yorkey
País de origem: EUA
Gêneros: Séries teen, Séries dramáticas, Dramas sobre julgamentos para TV, Séries dramáticas sobre crimes, Dramas adolescentes para TV, Séries de mistério
Estrelando: Dylan Minnette, Katherine Langford, Kate Walsh…


Sinopse (Netflix):
Lembranças de Hannah assombram Clay. No julgamento, os testemunhos dos alunos revelam segredos surpreendentes.

Não recomendado para menores de 16 anos.

10 novembro, 2017

Resenha :: O Chamado do Monstro (A monster calls)

novembro 10, 2017 2 Comentários

Depois de descobrir que sua ficara doente, Conor passa a ter pesadelos todas as noites. Com apenas 13 anos de idade, ele tem uma rotina pra lá de diferente de algumas crianças: ele lava, cozinha e arruma a casa sozinho. Conor se mostra uma criança muito forte cuidando de sua mãe, seus pais são divorciados, e aguentando todo o bullying sofrido em sua escola.

Nada se mostra capaz de abalar Conor. Nem quando uma árvore que fica próxima a sua casa se transforma em monstro e vai parar em seu quintal. Mas essa árvore, esse monstro sabe que Conor guarda um segredo relacionado aos pesadelos a que vem tendo. E Conor passa a se perguntar se deve ou não confiar em um monstro árvore, já que ele é o único que parece estar a seu lado.

“Histórias são criaturas selvagens. Quando são soltas, quem sabe o estrago que podem fazer?”

Confesso que desde muito tempo eu tenho vontade de ler essa história, mas sempre adiei por medo. Eu criei uma áurea de que esse livro seria maravilhoso. E depois de lê-lo eu me pergunto: Por que demorei tanto?
“Porque humanos são criaturas complicadas. Acreditam em mentiras agradáveis, reconhecendo a verdade dolorosa que as tornam necessárias.”

A história, como todos nós podemos perceber, é tocante desde sua sinopse. Só que se mostra mais no decorrer do livro. Tem uma leitura rápida, embora tenha mais de 200 páginas. E uma leitura mais que agradável, embora seja um livro dramático.
“Você apenas desejou que a dor acabasse, sua própria dor. Este é o pedido mais humano de todos.”

Como uma árvore pode saber o segredo de um garotinho de 13 anos e ajuda-lo nesse momento mais que difícil e horrível? Eu me fiz essa mesma pergunta e só depois que terminei algumas coisas ficaram claras. Cheio de metáforas grandiosas e histórias dentro da história principal, esse é um livro muito fora da curva.
“Você não escreve sua vida com pensamentos, você escreve com ações. Não importa o que você pensa. Só importa o que você faz.”

E não falo só porque passei por uma situação parecida a de Conor. Falo porque esse livro é realmente grandioso e nos passa ensinamentos que podemos, com certeza, levar para a nossa vida. O monstro, a árvore, que “assombra” o Conor eu passei a chamar de vida. Embora ela seja um monstro horrível e muitas vezes injusto, ela de alguma forma está do nosso lado e por mais que o fardo seja grande, ela não manda nada que não nos torna grandes. 
“Sua mente vai acreditar em mentiras agradáveis e ao mesmo tempo vai reconhecer as verdades  dolorosas que tornam essas mentiras necessárias. E sua mente vai puni-la por acreditar nas duas coisas.”


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

O Chamado do Monstro
Ano: 2011
Idioma: português 
Editora: Ática
 
Sinopse (Skoob):
A escuridão, o vento, os gritos. Os olhos estatelados, a respiração entrecortada. É o pesadelo de novo, como em quase todas as noites depois que a mãe de Conor ficou doente. A escuridão, o vento, os gritos - e o despertar no mesmo ponto, antes de chegar ao fim. Tudo é tão aterrorizante que Conor não se mostra nem um pouco assombrado quando uma árvore próxima à sua casa - um imponente teixo - transforma-se em um monstro. Além disso, ele precisa lidar com coisas mais urgentes e graves - o reinício dos tratamentos contra o câncer aos quais sua mãe terá que se submeter, a vinda da avó para ajudá-los, a permanente ausência do pai desde que ele foi morar com a nova família e a pesada perseguição na escola, da qual é vítima quase todos os dias. Tudo muito mais perturbador do que uma criatura feita de folhas e galhos. Só que o monstro sabe que Conor esconde um segredo. E isso o torna realmente assustador. Mas por que Conor deveria dar ouvidos a algo que parece imaginado? Por que o monstro parece ser a única criatura a estar ao seu lado diante de seus maiores medos - o de perder a mãe e o de contar a verdade.

13 novembro, 2016

Resenha :: Os 13 porquês (Thirteen Reasons Why)

novembro 13, 2016 17 Comentários


 
Precisamos mudar urgentemente.
A história começa quando Hannah se muda pra uma cidade vizinha de onde ela morava e se torna caloura na escola da cidade onde está morando. Algum tempo depois de entrar para a escola, Hannah começa a fazer parte de uma lista bosta, dessas que só babacas conseguem pensar. Uma lista de "Quem é gostosa/Quem não é". Como eu disse só babacas conseguem pensar. O fato de estar nessa lista, faz com que Hannah comece a ficar visada no meio de seu grupo de colegas de classe.
“Era exatamente isso que eu queria para mim. Queria que as pessoas confiassem em mim, apesar de qualquer coisa que tivessem ouvido. E, mais do que isso, queria que me conhecessem. Não aquilo que pensavam saber a meu respeito. Mas eu de verdade.”
Tudo começa em meio à criação dessa lista. Quando eu digo tudo, é tudo mesmo. Estereotipada como "Gostosa", ela começa a ser procurada pelos meninos da escola, os meninos babacas. Se não bastasse a fama de "Gostosa" cair sobre ela, alguns desses meninos que começaram a procurar por ela, começam a inventar certas situações, que ao ver de todos faz com que ela se transforme em uma safada. Fama essa que afasta o único menino que realmente estava interessado nela.
"Você não pode interromper o futuro, nem modificar o passado. O único jeito de descobrir este segredo é apertando play."
Graças à fama de safada, a vida de Hannah começa a desandar de forma devastadora o que acarreta diretamente ao seu suicídio. Logo começa a parte mais desoladora do livro. Embora a trama principal seja o suicídio de Hannah, podemos afirmar que o Clay divide o papel de protagonista com ela. Isso vocês vão entender melhor no decorrer do livro.
"- Preciso que a coisa pare.- O que precisa parar?- Preciso que tudo pare. As pessoas. A vida."
Logo de cara podemos ver uma escrita totalmente diferente neste livro. Podemos perceber isso quando o fator principal do livro, o suicídio de Hannah, já tenha passado e o livro começa na aparição das fitas na casa do Clay. Isso é genial. Também no fato de que o livro tem dois pontos de vista e são colocados no mesmo capítulo, não é necessário esperar o capítulo acabar para sabermos quais são as reações do Clay. Como eu disse isso é genial.
"- Como você está se sentindo hoje?- Neste exato momento?- Neste exato momento.- Neste exato momento, me sinto perdida, eu acho. Meio vazia.- Vazia como?- Simplesmente vazia. Simplesmente nada. Não me importo mais."
 O livro já está no meu top cinco favoritos do ano, mesmo que tenha lido no meio do mês de Maio. A forma como o autor nos introduziu a uma história pesada de suicídio na vida de jovens, como também em assuntos como estupro me deixou satisfeito por reconhecer que assuntos como esses são de suma importância e precisam ser levados muito a sério. 
Será que sabemos mesmo o que se passa na cabeça das pessoas que sofrem de alguma forma nas escolas? Será que sabemos mesmo a importância de uma "brincadeira" que fazemos a outra pessoa? São valores que precisamos ter muito cuidado na hora de julgarmos nossos atos. Aqui nós vemos como uma "brincadeira" pode ser tornar algo a mais na vida do seu "colega de classe".
"Fiquei pensando em suicídio. Na maioria das vezes, era apenas um pensamento passageiro. Eu queria morrer. Pensei nessas palavras muitas vezes. É algo difícil de dizer em voz alta. É ainda mais assustador quando você sente que pode estar falando sério."
Eu esperava demais desse livro. Esperava que ele mudasse meus conceitos e que me fizesse sofrer por não ser uma pessoa melhor. Isso aconteceu. Isso me deixou feliz. Um livro dessa magnitude precisa deixar de ser ignorado por ser apenas um "Romance Juvenil" por algumas pessoas. 
Estereótipos são uma das piores coisas que podemos deixar nos consumir.

Ficha Técnica do Livro

Os 13 Porquês 
Ano: 2009
Páginas: 256
Editora: Ática

Sinopse (Skoob
Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra um misterioso pacote com várias fitas cassetes. 
Ele ouve as gravações e se dá conta de que foram feitas por uma colega de classe que cometeu suicídio duas semanas antes. 
 Nas fitas, ela explica que 13 motivos a levaram à decisão de se matar. Clay é um deles. 
Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento.