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16 dezembro, 2020

Resenha :: Um Estudo em Vermelho

dezembro 16, 2020 0 Comentários

Durante muito tempo, eu tive medo de ler os livros de Sherlock Holmes por ser apaixonada pelos seriados, sejam do próprio Sherlock ou baseado nesse personagem que ganhou vida própria tamanho fascínio que exerceu sobre os leitores de todos os tempos, seja pela genialidade de seu criador. Mas fui instigada a ler e minha paixão passou a ser estendida aos livros. 

17 setembro, 2020

14 julho, 2018

Resenha :: A Boa Filha (The good daughter)

julho 14, 2018 0 Comentários


“28 anos atrás, a feliz vida familiar de Charlotte e Samantha Quinn foi dilacerada por um terrível ataque à casa de sua família. Deixou a mãe deles morta. Deixou o pai deles - o notório advogado de defesa de Pikeville — devastado. E deixou a família fraturada além do reparo, consumida por segredos daquela noite terrível.
Depois de todos esses anos Charlie (Charlotte) seguiu os passos de seu pai para se tornar uma advogada - a boa filha ideal. Mas quando a violência chega a Pikeville novamente - e uma tragédia chocante deixa toda a cidade traumatizada — Charlie está mergulhado em um pesadelo. Não só ela é a primeira testemunha em cena, mas é um caso que desencadeia as terríveis memórias que ela passou tanto tempo tentando suprimir. Porque a verdade chocante sobre o crime que destruiu sua família há quase trinta anos não será enterrada para sempre.” (Sinopse Americana)



Falar ou escrever sobre esse livro é ainda mais difícil que o normal, porque qualquer coisa pode ser um spoiler e realmente estragaria as surpresas e as reviravoltas que ele possui, e a pessoa que vai ler pode esperar por elas de TODAS as formas, do início ao final do livro.  A máxima do House “everybody lies” se aplica com perfeição nesse livro. Quando Charlie se vê como testemunha de um crime, não apenas a tragédia, mas a investigação do mesmo começa a desencadear fatos que remontam ao que aconteceu com ela quando tinha 13 anos.

Pikeville é uma cidade criada pela autora, mas de certo modo nessa cidade ninguém é completamente inocente ou culpado. Do pai de Charlie ao promotor de justiça. Outra coisa que esse livro aborda é a violência, seja doméstica, bullying ou urbana. A pergunta que permeia toda trama é: Quando é demais para alguém conseguir superar? Quanto de dor e sofrimento é necessário para que seja demais?

A escrita da autora me prendeu do começo ao fim da trama, eu realmente precisava de respostas, porque a cada página mais perguntas surgem, porque as respostas que você já tinha não são mais verdadeiras, válidas. As surpresas e reviravoltas acontecem de forma quase enlouquecedora (no melhor sentido de um suspense), então o porquê da nota?

Porque para mim a autora passou a linha do necessário, ela trouxe elementos a esse sofrimento que achei que serviam mais para chocar o leitor do que necessárias à trama. E ela fez isso de forma repetitiva para alguns personagens, o que mais me chateou foi que isso não criou em mim qualquer forma de empatia ou simpatia para com a trama.

Enfim, é um ótimo livro, mas não a ponto de eu querer ler mais nada da autora, porque não sei se meu coração suporta outro rolo compressor passando por cima dele.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Boa Filha
Ano: 2018
Páginas: 480
Editora: TAG - Experiências Literárias; HarperCollins Brasil
Sinopse (Skoob):
Um crime brutal devasta a família Quinn. Os suspeitos são os irmãos Culpepper, conhecidos na cidade como reincidentes na delinquência. Desintegrado, o clã dos Quinn tenta superar o trauma à sua maneira, até que, 28 anos depois, outro incidente violento trará à tona tudo aquilo que ficou guardado.

25 maio, 2018

Série :: 13 Reasons Why (Review - 2º Temporada)

maio 25, 2018 0 Comentários


 Atenção: esse post está relacionado apenas à segunda temporada da série e contém spoiler. Se você ainda não terminou, tenha cuidado. Caso tenha interesse em ver sobre a primeira temporada, deixo aqui o link para lê-lo e aviso que é basicamente a resenha do livro: Resenha :: Os 13 Porquês.


Se você mora em Atlantis talvez não saiba, mas na última sexta-feira, dia 18, a Netflix disponibilizou a segunda temporada completa de 13 Reasons Why. Como era esperado, os espectadores do serviço de streaming foram a loucura e logo a hashtag da série foi parar em primeiro lugar no Twitter. Senti um misto de euforia e hesitação já que fui veementemente contra essa segunda temporada por achar que a história já era completa. E, no meu caso, a segunda temporada foi um pouco decepcionante.

13 Reasons Why é uma série adaptada do livro de mesmo nome, escrito por Jay Asher e conta os motivos que levaram Hannah Baker a cometer suicídio. A série foi nessa mesma pegada e foi simplesmente perfeita durante toda a temporada de estreia. Causando um grande debate e realmente ajudando as pessoas, já que o número de ligações para centros especializados subiram astronomicamente.

Com todo sucesso, vem o dinheiro. Tenho minhas dúvidas se produzir uma segunda temporada foi só lance de grana. Mas que o assunto pesou ninguém pode negar. Vou tentar explicar porque eu fiquei decepcionado com a volta da série.

Primeiro vou falar como se fosse um crítico. Mas que fique bem claro que estou longe de ser um. Embora a trama se passe, praticamente toda, focada no julgamento da Hannah, os detalhes técnicos e as atuações continuaram ótimos. A bola fora foi que personagens como Clay, Zach, Courtney, Ryan e até o grande vilão, Bryce, quase não foram desenvolvidos. Esperava um pouco mais nesse quesito. Fora que o julgamento foi demasiado lento já que muita gente foi ouvida. Faltou desenvolvimento e agilidade. E foco no estupro que Hannah, Jéssica, Chlöe (personagem nova) sofreram pela mesma pessoa, Bryce, e Nina (também personagem nova). Um grande erro os produtores só terem comentado e ainda “terem colocado a culpa na vítima”. Vou explicar melhor.

Essa série é uma das minhas favoritas de todos os tempos. Por isso esse “ódio” todo. Como eles tiveram a audácia de colocar toda culpa na Hannah, o estupro e bullying, e, no caso das outros vítimas, o estupro. Como? Uma série tão importante como essa não poderia ter feito essa lambança. Que mensagem isso passa? Beleza que na vida real é isso que acontece. É fato. Todavia, precisamos achar um fio de esperança em algum lugar. E não vai ser nessa segunda temporada. E olha que a Netflix junto com os produtores fizeram um grande apelo, campanhas, para fazer isso. Um erro imperdoável para mim. Foi horrível ver que durante todo o julgamento eles colocaram a culpa na Hannah e nas outras vítimas. Sequer os estupradores foram vistos com outros olhos. E todos os outros do bullying. O personagem do Tyler foi a grande vítima da vez. Chegando ao ponto extremo até de ele virar um atirador. Gente, apesar de terem passado outra grande mensagem, eu não gostei. Não chega a ser contraditório o que eu falei, pois não precisava. Acho que a história da Hannah Baker é a do livro e eles tinham que passar esperança. Essa é a palavra. E eles não passaram. 

Agora eu torço para que voltem com uma terceira temporada para consertarem o que, para mim, foi um erro e falem: “Tenham esperança. A culpa nunca, jamais será de vocês”. Não adianta estar só no roteiro. E quero reiterar que essa é minha opinião. É óbvio que não sou dono da verdade. Espero que entenda e deixe seu ponto de vista.

Confira o trailer:



Informações Técnicas da Série

13 Reasons Why (Segunda Temporada)
Original NETFLIX
Ano de lançamento: 2018
N.º de episódios: 13
Duração: 60 minutos por episódio (aproximadamente)
Criador: Brian Yorkey
País de origem: EUA
Gêneros: Séries teen, Séries dramáticas, Dramas sobre julgamentos para TV, Séries dramáticas sobre crimes, Dramas adolescentes para TV, Séries de mistério
Estrelando: Dylan Minnette, Katherine Langford, Kate Walsh…


Sinopse (Netflix):
Lembranças de Hannah assombram Clay. No julgamento, os testemunhos dos alunos revelam segredos surpreendentes.

Não recomendado para menores de 16 anos.

27 abril, 2018

Série :: La Casa de Papel

abril 27, 2018 19 Comentários

La Casa de Papel é uma série espanhola que trata do maior roubo da história do país. Oito ladrões, sem nada a perderem, invadem a casa da moeda da Espanha com o ambicioso plano de roubar 2 bilhões de euros. Mas um assalto desse tamanho não pode ser fácil. Eles terão que cuidar das dezenas de reféns, fora todo esquadrão montado fora da sede, para que cada pedacinho do grande plano dê certo. Será que tem a mínima chance de conseguirem?

“As pessoas passam anos na escola… para ter um salário, que, no melhor dos casos, não passa de um salário de merda.”

Eu fico até hoje me perguntando se a série é boa mesmo. Fui atrás de opiniões, vídeos, resenhas e algumas me fizeram perceber pontos que não tinha notado, mas continuo achando a série uma das melhores já feitas. Por quê? Pelo simples fato de ela ser concisa do início ao fim.

“Em todo filme de assalto, as máscaras dão medo.”

Tanto os protagonistas quanto os coadjuvantes dão aula de atuação, mesmo que seja para te fazer passar raiva. Que foi o caso do nosso Arturito. Mas não vamos entrar no mérito. Assista e passe raiva com ele também. E nós temos como ponto alto o embate do nosso querido Professor com a nossa queridíssima investigadora Raquel. Os dois cérebros no comando do assalto e da polícia, respectivamente.

“O amor é uma boa razão para que tudo fracasse.”

Com tudo pensado, nosso Professor não dá chance de a polícia sequer chegar perto de descobrir qual o verdadeiro lance. Nós estamos de cara com um verdadeiro grande pensador da ficção. Porque quem merece o prêmio de gênio é o criador da série que pensou em tudo e dirigiu a série de forma maestral.

"Então, se minha foto iria voltar aos jornais, ao menos que fosse pelo maior roubo da História."

Uma série um tanto original, os nomes dos assaltantes são nomes em referências à cidades famosas. Mas falo assim, porque em alguns momentos parece que estamos assistindo a alguma novela mexicana. Não que isso seja ruim. Quem nunca parou tudo que estava fazendo para assistir “A Usurpadora”? Mas todo o resto vai seguindo de forma esplêndida.

"O erro todo do plano é achar que tudo vai dar certo."

A trama, originalmente, têm 15 episódios, porém a Netflix adaptou alguns episódios, fazendo uma segunda parte e agora a série foi renovada para uma terceira temporada. E o pior é que não atrapalhou nada no resultado final. A série continuou espetacular. Passando pela trilha sonora, pela fotografia, as paletas de cores, os cenários e assim vai.

"A vida nem sempre dá o caminho fácil."

Se a referência de “A Usurpadora” não te empolgou, hoje eu descobri que a série é a mais vista de língua não inglesa na Netflix. Acho que agora eu te peguei. Espero mesmo que assistam e gostem e venham me agradecer, porque é realmente diferenciada.


Confira o trailer:




Informações Técnicas da Série

La Casa de Papel
Original NETFLIX
Ano de lançamento: 2017
N.º de temporadas: 2 temporadas (terceira confirmada)
N.º de episódios: 22
Duração: 45 minutos por episódio (aproximadamente)
Criador: Álex Pina
País de origem: Espanha
Gêneros: Séries, Séries policiais

Estrelando: Úrsula Corberó, Itziar Ituño, Álvaro Morte
Sinopse (Netflix):
Oito assaltantes se trancam com reféns na Casa da Moeda da Espanha enquanto seu líder manipula a polícia. Será o maior roubo da história ou uma missão em vão?

Não recomendado para menores de 16 anos.

03 abril, 2018

Resenha :: 3096 Dias (Natascha Kampusch)

abril 03, 2018 14 Comentários

Natascha Kampusch era apenas uma criança de dez anos de idade, e assim como qualquer outra desejava um pouco de liberdade, um dia enquanto estava a caminho da escola sua vida mudou da água para o vinho, ela foi sequestrada.

Wolfgang Priklopil, um engenheiro de telecomunicações, manteve Natascha como prisioneira em um pequeno cativeiro construído no porão de sua casa. O quartinho, com cerca de 5m², foi o lar dela por cerca de oito anos até que – finalmente – alcançou sua tão sonhada liberdade.

“Ele me olhava como um dono observa orgulhosamente seu novo gato, ou pior: como uma criança olha para um brinquedo novo, antecipando e, ao mesmo tempo, incerta sobre tudo o que pode fazer com ele.”
                            
O caso foi amplamente divulgado pela mídia, além disso, também ficou marcado como um dos mais dramáticos da história criminal da Áustria. Natascha Kampusch tornou-se uma celebridade nacional e internacional, sua história rendeu documentários, um filme, diversas entrevistas e um posterior talk-show, além de sua autobiografia (3096 Dias) que foi publicada no Brasil em 2011 pela Editora Verus.

Em 3096 Dias, Natascha relata, desde sua tenra infância, seu relacionamento com os pais, familiares e colegas de escola, sua vida no bairro em que morava, seu relacionamento com a avó, seus desejos e inseguranças, neste início o tom da narrativa é um tanto quanto nostálgico e a autora exprime todo seu carinho por cada uma dessas lembranças e o quanto elas a marcaram.

Após o sequestro, o tom da narrativa torna-se mais profundo e melancólico, Natascha passa a relatar todos os horrores e privações que vivenciou durante seu período de cativeiro, analisando cada uma de suas atitudes e também de seu algoz, além de contar o que a ajudou a manter a sanidade mesmo quando estava a ponto de enlouquecer.

“Eu era tão dependente dele quanto os bebês são de seus pais – cada gesto de afeição, cada porção de alimento, a luz, o ar, minha sobrevivência física e mental, tudo dependida do homem que me trancara em um cativeiro no porão.”

Esta é uma leitura intensa e impactante, em diversos pontos chega a dar um nó na garganta, entretanto, a força de Natascha e o seu desejo pela liberdade (mesmo ela, por vezes, parecer um sonho inalcançável) nos motivam a ir até o fim. Confesso que ao finalizar a leitura fiquei alguns dias sem conseguir tocar em outro livro, mas creio que os bons livros tenham justamente esse efeito sobre nós!

“O rádio foi meu companheiro mais importante nesses anos. Ele me dava a certeza de que, além do martírio do porão, havia um mundo que continuava a girar – um mundo ao qual valia a pena voltar um dia.”

Natascha KampuschFoto retirada do site oficial da autora
(http://natascha-kampusch.at/presse/)


Espero que gostem da indicação e até a próxima!


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

3096 Dias
Natascha Kampusch
Ano: 2011
Páginas: 225
Editora: Verus
Sinopse (Skoob):
Natascha Kampusch sofreu o destino mais terrível que poderia ocorrer a uma criança: em 2 de março de 1998, aos 10 anos, foi sequestrada a caminho da escola. O sequestrador - o engenheiro de telecomunicações Wolfgang Priklopil, a manteve prisioneira em um cativeiro no porão durante 3.096 dias. Nesse período, ela foi submetida a todo tipo de abuso físico e psicológico e precisou encontrar forças dentro de si para não se entregar ao desespero.

23 janeiro, 2018

Resenha :: O Chamado do Cuco (The Cuckoo's Calling)

janeiro 23, 2018 3 Comentários

Robert Galbraith é o pseudônimo de ninguém menos que J.K. Rowling, a célebre autora de uma das séries mais vendidas do mundo: Harry Potter. Porém, está é uma empreitada inteiramente nova, que nada tem a ver com o universo fantasioso de outrora, neste livro seremos envolvidos em um crime, e não um crime qualquer, é a morte de uma supermodelo.

Em uma noite inverno, uma notícia deixa todos atônitos, a famosa supermodelo Lula Landry foi encontrada morta em frente ao seu prédio, a suposição era de que ela havia cometido suicídio.

Lula Landry era uma supermodelo lindíssima, era bem sucedida, tinha uma carreira sólida, amigos que se importavam com ela, um relacionamento bem conturbado com seu namorado Duffield, e um histórico de doença mental e bipolaridade. Não bastava tudo isso, Lula era negra e havia sido adotada em sua infância por uma família branca e abastada, que a amava MUITO, mas não deixa de haver um conflito interno na modelo, ela queria conhecer suas origens e seus pais biológicos. Portanto, com esse extenso pano de fundo sobre a vida de Lula, a polícia acatou a hipótese de suícidio.

“A extrema beleza de Lula beirava o absurdo, e o charme pelo qual era celebrada (nos obituários dos jornais e nos blogs histéricos) andava lado a lado com sua reputação de explosões repentinas de mau humor e pavio perigosamente curto. Imprensa e público pareciam ao mesmo tempo amá-la e adora odiá-la. Uma jornalista a achava ‘estranhamente doce, dona de uma ingenuidade inesperada’, outro, ‘no fundo, uma diva um tanto calculista, astuta e espinhosa’.”

 Três meses após o fato, seu irmão John Bristow resolve procurar um detetive particular para reabrir o caso, uma vez que este acredita que a morte de Lula não se tratava de um suicídio e sim, de um crime.

Cormoran Strike é um detetive particular, veterano de guerra e que teve sua perna mutilada durante a mesma, além disto, está com sua vida amorosa de pernas para o ar (e por isso, passou a morar em seu escritório) e na pindaíba, mesmo não querendo investigar o caso, uma vez que a polícia já havia fechado de forma satisfatória, ele resolve aceitar, até porque não poderia se dar ao luxo de recusá-lo não é verdade?

Por um acaso do destino, a Temporary Solutions, envia uma nova secretária temporária para Cormoran Strike, Robin (que, coincidência ou não, tinha um desejo de se tornar detetive). Ela se prova extremamente eficaz em seu trabalho, e apesar dos dois personagens serem bem diferentes, a amizade entre eles surge com o passar do tempo, o que rende algumas situações inusitadas e divertidas.

 “O Chamado do Cuco” é um ótimo romance policial, muito bem escrito e descritivo, apesar de ter um início lento a trama possui bom ritmo, é bem construída e não deixa pontas soltas em relação a esse mistério. Alguns temas são abordados no livro de maneira sutil, como, por exemplo: racismo, adoção, pressão da fama, distúrbios mentais, problemas familiares, etc. Gostei muito do detetive Cormoran Strike por ser um personagem bem próximo a realidade, ele não é um super galã, sua profissão não é nada fácil e sua vida está bem conturbada.

"Como era fácil tirar proveito da tendência de uma pessoa à autodestruição; como era simples empurrá-las para a inexistência, depois recuar, dar de ombros e concordar que este fora o resultado inevitável de uma vida caótica e catastrófica."

Li a edição da editora Rocco, em brochura. A capa é linda e reflete bem o ar de mistério do livro, gostei da escolha das cores, as páginas são amareladas, a diagramação está ótima. O livro foi dividido em cinco partes, e possuí capítulos em um bom tamanho. Recomendo aos amantes de romances policiais.

Nota :: 

Informações Técnicas do livro

O Chamado do Cuco
Cormoran Strike # 1
Ano: 2013
Páginas: 448
Editora: Rocco
 
Sinopse (Skoob):
Quando uma modelo problemática cai para a morte de uma varanda coberta de neve, presume-se que ela tenha cometido suicídio. No entanto, seu irmão tem suas dúvidas e decide chamar o detetive particular Cormoran Strike para investigar o caso.
Strike é um veterano de guerra, ferido física e psicologicamente, e sua vida está em desordem. O caso lhe garante uma sobrevida financeira, mas tem um custo pessoal: quanto mais ele mergulha no mundo complexo da jovem modelo, mais sombrias ficam as coisas e mais perto do perigo ele chega.
Um emocionante mistério mergulhado na atmosfera de Londres, das abafadas ruas de Mayfair e bares clandestinos do East End para a agitação do Soho. O Chamado do Cuco é um livro maravilhoso. Apresentando Cormoran Strike, este é um romance policial clássico na tradição de P. D. James e Ruth Rendell, e marca o início de uma série única de mistérios.

26 dezembro, 2017

Resenha :: Morte na Mesopotâmia (Murder in Mesopotamia)

dezembro 26, 2017 2 Comentários

Agatha Christie ganhou o título de Rainha do Crime e não foi a toa, ela mereceu! Com cerca de oitenta livros publicados e traduzidos para mais de cem idiomas em todo o mundo, ela é uma das romancistas mais bem sucedidas da história da literatura popular mundial, além disso, suas obras já foram adaptadas para cinema e televisão.

“Morte na Mesopotâmia” é narrado por Amy Letheran a pedido do Dr. Reilly, embora ela mesma acredite não ter talento para escrever e declarar que só está fazendo por ter sido um pedido do doutor, portanto apresenta características um pouco diferentes do estilo da autora, o que foi uma sacada sensacional!

Amy Letheran é contratada para tomar conta da esposa do líder de um grupo de escavação, o famoso arqueólogo Eric Leidner. Louise Leidner é uma senhora dona de uma beleza arrebatadora e que guarda um segredo do seu passado, segredo esse que passa a atormentá-la nos últimos tempos e começa a fazer com que ela tenha crises de pavor. Seu comportamento paranóico começa a afetar os membros da escavação, provocando um clima de tensão entre eles, portanto, a vinda de Amy Letheran serviria para apaziguar as coisas.

Entretanto, em um determinado momento da trama, o assassinato de Louise Leidner ocorre e dá-se início a uma investigação minuciosa para desvendar o autor do crime. Por sorte, o detetive belga Hercule Poirot estava de passagem pela região e foi convidado a elucidar esse mistério. Bem conveniente, não?

“Ao vê-lo, dava vontade de rir! Dir-se-ia que tivesse saído de um palco ou de um filme. Para começar, não tinha mais de um metro e meio de altura na minha opinião – um homenzinho gordo, esquisito, bastante velho, com um bigode enorme e cabeça oval. O protótipo do cabeleireiro das peças cômicas!”

Como é de se esperar em um livro de romance policial, todos os empregados e integrantes da equipe de escavação (incluindo a enfermeira Amy Letheran) são suspeitos de terem cometido o crime. A forma como os personagens foram apresentados é magnífica, tem uma riqueza de detalhes impressionante, os motivos pelos quais cada um deles poderia ter sido o autor do crime também são mostrados, assim como a mudança de comportamento de cada um, o que nos faz ficar pensando constantemente em quem de fato cometeu o assassinato, não irei me alongar demais neste ponto, a intenção é que cada leitor tire suas próprias conclusões e se divirta a cada página, não é mesmo?

“Na Inglaterra, antes das corridas, há um desfile de cavalos, não é? Eles passam em frente ao palanque oficial para que todos tenham a oportunidade de vê-los e avaliá-los. Foi esse o propósito da minha pequena assembléia. Para usar uma frase esportiva, passei os olhos pelos possíveis competidores.”

Em suma, a obra tem um cenário interessante, personagens bem construídos e um método de elucidação do crime para lá de engenhoso, além de tudo, uma personagem imparcial ter sido a narradora do caso foi uma sacada genial em minha opinião. Gostei muito da leitura deste livro e pretendo ler outros da autora em breve.

A edição que li é a da Nova Fronteira, publicada em 2014, possui capa dura, as páginas são amareladas e finas (mas não são transparentes), a fonte possuí um tamanho confortável para a leitura prolongada (o que tem grandes chances de acontecer).

“Eu brinco, Madeimoselle, e acho graça. Certas coisas, porém, não tem nada de engraçado. Já aprendi muitas coisas em minha profissão. E uma delas, a mais terrível, é esta: o crime é um hábito...”


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Morte na Mesopotâmia
Um Caso de Hercule Poirot
Ano: 2014
Páginas: 240
Editora: Nova Fronteira
 
Sinopse (Skoob):
A enfermeira Amy Leatheran é contratada para se juntar a uma expedição arqueológica no Iraque. Mas sua função ali tem bem pouco a ver com ruínas e artefatos: ela deve vigiar de perto a bela Louise Leidner, que está cada vez mais apavorada com a ideia de que talvez seu ex-marido não esteja tão morto quanto acreditava.
Louise pode estar imaginando coisas. Mas o fato é que, uma semana após a chegada da enfermeira, a mulher é encontrada morta no próprio quarto, e agora cabe a Hercule Poirot identificar o assassino. Quem terá sido? Tudo indica que o culpado está entre os membros da equipe de cientistas...

03 outubro, 2017

Resenha :: Os Crimes ABC (The A. B. C. Murders)

outubro 03, 2017 2 Comentários

Em “Os Crimes ABC” somos envolvidos no mistério a partir do momento em que o aclamado detetive belga Hercule Poirot (que estava aposentado, porém, vez por outra pega um caso que julga interessante), recebe uma carta inquietante de um criminoso que apenas assinou como ABC. Desconcertado e temeroso, o detetive informa sobre a existência da carta a seu amigo Capitão Hastings e também à Scottland Yard, embora acreditem tratar-se de um trote, todos resolvem ficar atentos.

“Sr. Hercule Poirot,
O senhor aprecia resolver mistérios que são difíceis demais para os nossos pobres policiais britânicos tapados, não é? Vamos ver, Sr. Brilhante Poirot, o quanto o senhor consegue ser brilhante. Talvez considere este osso duro demais de roer. Atenção a Andover, no dia 21 deste mês.
Sinceramente etc.,
ABC”

De fato, um crime ocorreu na mesma localização informada na carta, e como prova de que não se tratava de um crime qualquer, havia um guia ferroviário ABC próximo ao corpo. Como era de se esperar, de início a polícia achou tratar-se apenas de uma mera coincidência, mas Poirot não. Dias depois, Poirot recebe mais uma carta do misterioso ABC, avisando onde iria ocorrer o próximo crime. Será que as células cinzentas de nosso querido detetive serão páreo para esse intrigante assassino? 

“Um assassino é sempre um jogador. E, como muitos jogadores, um assassino normalmente não sabe quando parar. A cada crime, sua opinião a respeito de sua própria capacidade se fortalece. Seu senso de proporção fica deturpado. Ele não diz ‘fui inteligente e sortudo! ’ Não, ele diz apenas ‘Fui inteligente! ’ E a opinião que tem sobre a própria inteligência só melhora, e então, mes amis, a bola gira, e a vez da cor passou... a bola cai num outro número e o crupiê grita ‘Rouge!’.”

A narrativa deste livro fica, majoritariamente, por conta do capitão Hastings, enquanto alguns capítulos são narrados por outra figura, que os leitores irão descobrir ao longo do livro.  Alguns pontos interessantes no livro são: o serial killer e suas cartas desafiadoras, além de sua fixação em matar pessoas que possuíam o nome e/ou sobrenome que se iniciava com a mesma letra da cidade em que o crime seria cometido. Ao longo da obra, diversos questionamentos vão surgindo e a cada página você fica mais intrigado com os crimes e suas motivações.

Na contra-capa da edição que li, a versão de bolso da L&PM, há uma frase do The Times, que sintetiza bem minha opinião sobre o livro: “Christie merece ser parabenizada pela perfeição de sua invenção.”

Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Os Crimes ABC
Ano: 2009
Páginas: 256
Editora: L&PM
 
Sinopse (Skoob):
Há um serial killer à solta, matando suas vítimas em ordem alfabética. A única pista que a polícia tem é um macabro cartão de visitas que o assassino deixa em cada cena do crime: um guia ferroviário aberto na cidade onde a morte acontece.
A Inglaterra inteira está em pânico com a sucessão de crimes – A: Alice Ascher, em Andover; B: Betty Barnard, em Bexhill; C: Sir Carmichael Clarke, em Churston – e o assassino vai ficando mais confiante a cada morte. Seu único erro é pôr à prova o orgulho de Hercule Poirot, um erro que pode ser mortal.