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20 fevereiro, 2021

Resenha :: O Timbre

fevereiro 20, 2021 0 Comentários

  Pode conter spoiler dos livros anteriores.

Confira a resenha dos primeiros livros da trilogia!

Chegamos ao último livro da Trilogia Scythe de Neal Shusterman. Depois daquele final espetacular de A Nuvem, iniciei a leitura da conclusão da saga com altas expectativas, nem todas foram atendidas aqui, mas não posso dizer que foi uma experiência de leitura ruim.

24 novembro, 2020

Resenha :: A Nuvem

novembro 24, 2020 0 Comentários

  Pode conter spoiler do livro anterior.
Confira a resenha de O Ceifadorclicando aqui.


O treinamento chegou ao fim. Nessa sequência da Trilogia Scythe, Rowan e Citra não são mais aprendizes. Enquanto ela venceu a disputa entre os dois e se tornou uma Ceifadora plena com o nome de Anastácia, Rowan teve que fugir para não ser coletado. Querendo justiça contra todos os Ceifadores corruptos, ele se torna o Ceifador Lúcifer com manto preto — tabu entre a ceifa — ele julga e mata os corruptos com fogo (uma das únicas formas de morte natural nesse mundo, por não restar nada para ser revivido).

27 outubro, 2020

01 janeiro, 2018

Resenha :: Fragmentados (Unwind)

janeiro 01, 2018 2 Comentários

Imaginem uma sociedade onde o aborto é proibido, mas apenas até aos 13 anos, depois disso, dos 13 aos 17 anos, os pais podem decidir se o filho deu certo, eles podem mandar os fragmentar, que além de se livrar dos adolescentes indesejados tem como principal objetivo o transplante de seus órgãos, o que segundo o Estado, não é matar, mas viver de forma dividida, em outras pessoas, outra chance de uma vida melhor, essa é a “Lei da Vida”.

- Eu nunca seria grande coisa mesmo – continua Samson -, mas agora, falando estatisticamente, há uma chance maior que alguma parte minha alcance a grandeza em algum lugar do mundo. Eu prefiro ser parcialmente grande a ser completamente imprestável.

Um livro simples e completamente genial! Uma distopia que faz você pensar em questões como o aborto, a doação de órgãos e a adoção. Os três personagens principais são adolescentes com ordens para ser fragmentados. Connor por ser um jovem problemático, Risa  por ser uma tutelada pelo Estado, uma órfã que não adquiriu potencial suficiente para se manter inteira,  e o mais interessante para mim, Lev, o mais novo, que cresceu sabendo que aos 13 anos seria levado para o Campo de Colheita (onde acontece a fragmentação), ele é um dízimo, um tributo, uma obrigação religiosa que os pais oferecem a Deus, ele cresceu achando que tudo isso era uma honra, acredito que ele tem a melhor evolução entre os personagens, comete bastante erros, mas é difícil desconstruir uma vida inteira de lavagem cerebral.

Sobre a existência da alma, quer fragmentada ou nascitura, as pessoas podem debater por horas a fio, mas ninguém questiona se uma instituição de fragmentação possui alma.

Esse livro acaba nos chamando atenção, nos cutucando para assuntos da atualidade, e não se trata só de mais uma distopia em que o mundo que conhecemos acabou, por falta de algo, briga por recursos, se trata de uma guerra que começou com ideias do que é certo ou errado, onde cada um não aceitava a opinião do outro. A Lei da vida só é criada para dar um fim a essa guerra civil que tinha de um lado Pró-Vida (contra o aborto) e do outro é o Pró-Escolha (a favor do aborto). Então esse “meio termo”, que é a fragmentação, é aceito.

Houve dias sombrios que levaram à guerra. Tudo que achamos que define o certo e o errado estava sendo virado de cabeça para baixo. De um lado, as pessoas estavam assassinando médicos abortistas para proteger o direito à vida, enquanto do outro as pessoas estavam engravidando apenas para vender o tecido fetal. E todos estavam escolhendo seus líderes não pela capacidade de liderança, mas pela opinião que tinham sobre essa questão. A loucura era descomunal! Então o exército entrou em colapso, ambos os lados tomaram armas para a guerra e duas opiniões se tornaram dois exércitos determinados destruir um ao outro. E então veio a Lei da Vida.

A narrativa é muito boa, é em terceira pessoa e acompanhamos os pontos de vistas desses três personagens.  Gostei muito de alguns personagens secundários, algumas coisas talvez tenham se passado rápido demais, mas o autor consegue passar todos os detalhes dessa nova sociedade de uma forma satisfatória. Se tem algo que não se entende no começo, ele é apresentado no decorrer do livro a explicado sem deixar a narrativa cansativa.

Esse livro é o primeiro de uma série composta por quatro livros, o final é bem amarrado, eu inicialmente não sabia que teria uma continuação, mas fiquei feliz em saber!

Então é isso... Leiam!!!

(...) É claro que, se mais pessoas tivessem doado seus órgãos, a fragmentação nunca teria acontecido... mas as pessoas gostam de guarda o que é delas, mesmo depois de morrer. Não levou muito tempo para que a ética fosse esmagada pela ganância. A fragmentação tornou-se um grande negócio, e as pessoas deixaram que acontecesse.

Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Fragmentados 
Só porque a lei diz, não significa que é verdade
Fragmentados #1
Ano: 2015
Páginas: 320
Editora: Novo Conceito
 
Sinopse (Skoob):
Em uma sociedade em que os jovens rejeitados são destinados a terem seus corpos reduzidos a pedaços, três fugitivos lutam contra o sistema que os fragmentaria. Unidos pelo acaso e pelo desespero, esses improváveis companheiros fazem uma alucinante viagem pelo país, conscientes de que suas vidas estão em jogo. Se conseguirem sobreviver até completarem 18 anos, estarão salvos. No entanto, quando cada parte de seus corpos desde as mãos até o coração é caçada por um mundo ensandecido,18 anos parece muito, muito longe. 
O vencedor do Boston Globe-Horn Book Award, Neal Shusterman, desafia as ideias dos leitores sobre a vida: não apenas sobre onde ela começa e termina, mas sobre o que realmente significa estar vivo. 

- Não sei o que acontece com nossa consciência quando somos fragmentados. Nem sei quando é que começa a consciência. Mas de uma coisa eu sei. Nós temos direito à vida!

08 agosto, 2017

Resenha :: O Ceifador (Scythe)

agosto 08, 2017 1 Comentários

“O Ceifador” foi um livro que me chamou a atenção pela sinopse desde quando o vi pela primeira vez, achei bem interessante a ideia e fiquei curiosa em ver como seria trabalhada, quando o Samuel propôs a leitura coletiva, me joguei hahaha.

A história do livro se passa em um mundo “utópico” onde não há velhice, corrupção, desemprego, fome, doenças e outras mazelas, e também não há a morte, na verdade esta existe mas não dá forma que conhecemos! A primeira pergunta que nos vem a cabeça ao ler isto é: “Mas se não há morte e a população cresce exponencialmente, como eles irão fazer para manter a qualidade de vida de todos com recursos escassos?”, e é por este motivo que existem os Ceifadores, eles funcionam como uma espécie de órgão regulador, recebem a quantidade de coletas que devem fazer e devem seguir alguns parâmetros para isso ou podem sofrer punições (as coletas são um eufemismo para matar, elas são a morte como conhecemos).

Os Ceifadores fazem parte da “Ceifa” que é comandada pelo Alto Punhal, o cargo mais alto entre eles. Como é de se esperar, onde não há a jurisdição da Nimbo-Cúmulo (Sim, a nuvem que temos hoje em nossos computadores evoluiu e regula a humanidade no futuro, pegaram a referência aqui?) teremos intrigas, corrupção, conspirações, jogos de poder e etc.

“Não há outro lugar para ir, os desastres nas colônias da Lua e de Marte são prova disso. Temos um mundo muito limitado e, embora a morte tenha sido derrotada tão completamente quanto a poliomielite, as pessoas ainda precisam morrer. Antes, o fim da vida humana ficava nas mãos da natureza. Mas nós a roubamos. Agora temos o monopólio da morte. Somos seu único fornecedor.” – Diário de coleta da Ceifadora Curie

Um dos ceifadores, o honorável Ceifador Faraday, em um determinado momento de sua vida decidiu ter dois aprendizes e, para tal cargo, escolheu os jovens Citra Terranova e Rowan Damisch. Entretanto, essa ação não passará despercebida pela Ceifa (o costume era de que cada Ceifador tivesse um aprendiz por vez) e terá algumas consequências...

O livro é narrado em terceira pessoa, mesclando capítulos com a visão de Rowan e Citra, aos poucos o vínculo entre os personagens vai sendo criado e é bem explorado, outros personagens são integrados a trama e isso aumenta sua densidade e complexidade, algo que me agradou (e muito). Ao final de cada capítulo há o trecho do diário de um dos Ceifadores, o que nos permite conhecer ainda mais os personagens, suas indagações, medos, reflexões e crenças.

“Longe de mim querer o retorno da criminalidade, mas me aborrece o fato de nós, Ceifadores, sermos os únicos provedores do medo. Seria bom ter concorrentes.” – Diário de coleta da Ceifadora Curie

“O Ceifador” não me cativou logo de cara, confesso que achei a primeira parte do livro um tanto chata, algumas pessoas compartilharam deste sentimento durante a leitura coletiva, mas seguimos em frente... E a partir da segunda parte, o ritmo do livro muda e a leitura se torna mais leve e fluida. Fiquei cativada pelos personagens, sobretudo Rowan e o Ceifador Faraday, gostei da forma que a história foi sendo conduzida ao longo do livro, suas reviravoltas, os questionamentos levantados e, claro, as críticas que o autor fez à sociedade atual. Como li o livro em e-Book, desta vez não terei como orientar em relação a diagramação, folha utilizada, tamanho de letra, entre outros aspectos.

Esta foi a primeira leitura coletiva que participei este ano, e gostei MUITO da experiência, quero deixar aqui meu agradecimento ao Samuel pelo convite e a Elisabete Finco pelo incentivo e apoio de sempre! ♥ 

E vocês, já participaram de alguma leitura coletiva? O que acharam? Contem um pouquinho das suas experiências!

Nota :: 

Informações Técnicas do livro

O Ceifador
Scythe # 1
Ano: 2017
Páginas: 448
Editora: Seguinte
 
Sinopse (Skoob):
Primeiro mandamento: matarás.
A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria... Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade. Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador - papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a arte da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais, podem colocar a própria vida em risco.