Olá, leitor ou leitora do Clube, tudo bem? O livro
de hoje é um que eu quis ler antes de ver o filme e, porque dei altas risadas
no trailer, sabia que ler antes seria
a decisão mais acertada. Não sei você, mas eu sou do tipo que se assistir ao
filme acabo não lendo o livro depois, e se leio vejo o filme ou não. Então,
melhor garantir.
Mesmo esse livro sendo um de uma série, não é
preciso ler os outros antes para ler esse. Pode ler de forma independente.
Outra coisa legal é que a história é uma ideia criativa de algo não tão
original que é a relação entre mães e filhas... A parte da narrativa é algo
legal de comentar, porque na primeira metade do livro, os textos mostram o
ponto de vista da mãe. Mas depois do primeiro beijo, aos 12 anos, é Maria de
Lourdes (ou Malu, como ela prefere)
quem assume a narrativa.
Logo no primeiro mês descobri que grávida não tem dono, é do povo. É praticamente uma revista de sala de espera, todo mundo (todo mundo mesmo, inclusive gente com quem não tenho a menor intimidade) se sente tentado a passar a mão. (Trecho sobre a barriga na gravidez)
A história gira em torno da relação entre mãe e
filha: amor, carinho, compreensão e, claro, muitas, muitas brigas. Brigas
importantes, brigas bobas, brigas memoráveis. Só variam conforme a idade.
Boletim, namorados, arrumação do quarto, legumes, viagens, festas, hora de
chegar das festas... Tudo é motivo para essas pelejas domésticas. Que mudam à
medida que a filha cresce. A linguagem do livro também muda de acordo com a
narradora da história, deixando claro a diferença não apenas de idade, como
também de gerações, porque afinal trazemos um pouco daquilo que ouvimos as mães
e avós nos dizer, mesmo que isso seja algo que não seja usado em nenhuma conversa
nos dias atuais. E os filhos trazem as novas gírias e cacoetes de linguagem da
geração em que vivem.
Outra coisa que preciso destacar é que mesmo a
história tendo uma linha do tempo como fio condutor (da barriga aos 21 anos de vida da Malu) são textos escritos em
forma de crônicas, que é diferente do tipo de texto mais lido. As crônicas
permitem que mesmo a leitura desse livro seja feita de forma aleatória ou como
um romance em pílulas, em ordem cronológica.
Por essas e outras que uma amiga minha diz que aquela rede de proteção que botamos nas janelas não é para as crianças não caírem. É para as mães não se jogarem lá embaixo.
Não apenas a Ângela Cristina, a mãe, ou Malu, a
filha, são personagens que merecem menção, todos na história têm um papel
importante e bem marcado nas histórias. Afinal cada novo filho muda a dinâmica
familiar, a passagem dos anos e a cada vez maior independência dos filhos e o
maior destaque aos amigos são pontos que agregam muito tanto a nossas vidas,
quanto a trama desse livro. A autora consegue mostrar como, mesmo na mesma
criação ou desde os primeiros dias de vida, cada pessoa é única e distinta uma
das outras, como cada um é único, mesmo na uniformidade que temos enquanto
pessoas, queremos segurança, amor e aquele algo mais que poucas pessoas já
nascem sabendo o que é, muitas conseguirão descobrir e tantas outras
continuaram buscando por muito tempo.
Naquele momento, me emocionei e tive a gostosa surpresa de que ela não vai mudar nunca, por mais que eu cresça.
Vale voltar a mencionar que, como as narrativas são
crônicas, o texto é leve, com capítulos curtos que deixam a leitura
super-rápida e fluida. Nem percebi o tempo passar enquanto me divertia lendo. A
grande vantagem de todos vivermos algo semelhante em algum momento é que elimina
a necessidade de grandes descrições, deixando no ponto para ser algo que
facilmente visualizamos durante a leitura, dando aquele ar de intimidade,
lembrança, nostalgia mesmo a depender da idade em que você faça a leitura,
experimentando as memórias de ser filha(o) ou ser mãe ou pai.
Como disse o sábio Vinicius de Moraes. Um belo dia, você acorda e se vê obrigada a cuidar um pouco de quem sempre cuidou de você.
A edição que li foi a primeira versão do livro,
outras duas já foram lançadas e a última, com a capa do filme, ganhou extra com
as aventuras da protagonista dos 21 aos 23 anos, um acréscimo que promete ainda
mais emoções e risadas para os antigos fãs e para os leitores que estão
descobrindo o livro agora. Falando da edição que li, a encadernação é ok,
páginas brancas que não atrapalharam a leitura, graças a diagramação perfeita
para a história e para a narrativa. Gosto dessa capa também, mas se tiver a
oportunidade gostaria de ler os extras da nova edição. Afinal enquanto houver
vida a história continua.
Nota ::
Informações Técnicas do livro
Fala Sério, Mãe!
Coleção Fala sério!
Ano:
2004
Páginas:
172
Editora: Rocco Jovens Leitores
Sinopse:
Mãe e filha. Que
relação complicada essa! Amor, carinho, compreensão e, claro, muitas, muitas
brigas. Brigas importantes, brigas bobas, brigas memoráveis. Só variam conforme
a idade. Boletim, namorados, arrumação do quarto, legumes, viagens, festas,
hora de chegar das festas... tudo é motivo para essas pelejas domésticas.
Para Angela
Cristina, elas são apenas carinho e preocupação. Para Maria de Lourdes, são
chateação materna mesmo. Na primeira metade do livro, os textos mostram o ponto
de vista da mãe. Mas depois do primeiro beijo, aos 12 anos, é Maria de Lourdes
(ou Malu, como ela prefere) quem assume a narrativa.
Fala sério, mãe! é uma coletânea de crônicas bem-humoradas do
cotidiano dessas duas personagens, que pode ser lida aleatoriamente ou como um
romance em pílulas, em ordem cronológica, da barriga aos 21 anos.
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