Resenha :: Supernova (Renegados #3)
Milly
maio 07, 2024
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Esse livro sofreu um bom tempo na espera duas vezes, primeiro porque ficou na minha lista do “quero ler” uns bons anos, segundo porque demorei muito para enfim conseguir resenhar ele, não sei exatamente o motivo, alguns só são mais difíceis de escrever sobre, mas vamos aproveitar que meu lado resenhista está no pique certo para ele! (risos)
Logo no primeiro mês descobri que grávida não tem dono, é do povo. É praticamente uma revista de sala de espera, todo mundo (todo mundo mesmo, inclusive gente com quem não tenho a menor intimidade) se sente tentado a passar a mão. (Trecho sobre a barriga na gravidez)
Por essas e outras que uma amiga minha diz que aquela rede de proteção que botamos nas janelas não é para as crianças não caírem. É para as mães não se jogarem lá embaixo.
Naquele momento, me emocionei e tive a gostosa surpresa de que ela não vai mudar nunca, por mais que eu cresça.
Como disse o sábio Vinicius de Moraes. Um belo dia, você acorda e se vê obrigada a cuidar um pouco de quem sempre cuidou de você.
Dizem que o tempo cura todas as feridas, mas conhecer essas pessoas naquela tarde (…) me curou mais do que todo esse tempo sem ele.
Não sei o que Trent pensaria se soubesse. O que ele diria se de algum modo pudesse ver. Mas já se passaram quatrocentos dias. Eu queria que ele entendesse. Por muito tempo, eu era a única que tinha seu coração. Só precisava ver onde estava agora.
Passei os primeiros meses sob todo o peso desses arrependimentos, pensando em mil coisas que eu teria feito de outra forma, se soubesse as últimas.
Sulwe nasceu com a pele da cor da meia-noite.
– Bem, você é linda aos meus olhos. Mas não pode depender da sua aparência, para que se sinta bonita, meu amor. A real beleza vem da sua mente e do seu coração. Começa pela forma como você vê a si mesma, não como os outros veem você.
Está na hora de ir com tudo, para um lado ou para outro. Está na hora de decidir no que quero acreditar.
Ela foi a paixão épica da minha infância. Foi a tragédia que me fez olhar dentro de mim mesmo e ver meu coração corrupto. Ela foi meu pecado e minha salvação.
Sinto que não sobrou nada. Não há vontade de lutar em mim.
Só um monstro faria isso, mas eu já sei que sou um monstro.
— Você sempre foi bom, Cassel — comenta ele ao fechar a porta. — Não faço ideia de como ficou assim. Você simplesmente ficou. Como o garoto Cooper maluco. Não consegue controlar.
— Não sou bom — falo. — Eu manipulo todo mundo. Todo mundo. O tempo todo.
Ele solta uma risada.
— A bondade não vem de graça.
— A magia nos dá muitas escolhas — diz vovô. — A maioria delas é ruim.
[…] Eu me pergunto se esse é meu futuro. Escolhas ruins. Porque sem dúvida se parece muito com o meu presente.
Achei que jamais conseguiria trair minha família, jamais enfeitiçaria quem amo, jamais mataria alguém, jamais seria como Philip, mas me torno a cada dia mais parecido com ele. A vida é cheia de oportunidades para tomar decisões ruins que parecem boas. E, depois da primeira, o resto fica bem mais fácil.
Dói pensar nela, mas não consigo parar. Tem que doer. Afinal, o inferno é para ser quente.
A verdade é confusa. É crua e desconfortável. Não se pode culpar as pessoas por preferirem mentiras.