Se eu achava que em A Rainha Exilada acontecia muita coisa, não se compara com que nos é apresentado em O Trono Lobo Gris. Logo no início já temos uma movimentação intensa depois do sequestro de Raisa em Vau de Oden pelos irmãos Baya, mesmo ela conseguindo escapar no meio de uma batalha entre os exércitos do Sul, ela sabe que não é seguro voltar para Vau de Oden agora, sozinha, o único caminho possível para ela é voltar para a casa.
Han Alister, sem entender qual o grau verdadeiro de envolvimento de Rebecca Morley e Micah Baya, parte rumo a Fells atrás dela e a chamado dos clãs, sem saber ainda que na verdade ela é a princesa herdeira. Amon e seu grupo de cadetes leais também estão de partida de Vau de Oden atrás de Raisa.
Assim como no livro anterior, se tem dois grandes momentos no livro: a viagem perigosa dos protagonistas de volta a Fells e os acontecimentos posteriores na cidade, a revelação de mais segredos e os perigos até a grande coroação. Irei poupar vocês de detalhes para não comprometer a leitura, já que esse terceiro livro é formado por plots atrás de plots, uma verdadeira loucura de novas informações empolgantes, mas vamos para a minha opinião.
Lembrou-se do que Edon Byrne dissera, com a autoridade de alguém que sabia o que era sacrificar o amor em prol do dever. Tem que cumprir seu dever, dissera ele. Encontrar felicidade onde puder. Com amor ou não, deve encontrar um jeito de dar continuidade à linhagem.
Raisa está envolta em mais e mais obrigações para com o trono do Lobo Gris, e sente que por ele tem que abrir mão de mais coisas do que ela esperava e isso também vai ser mais difícil do que supôs, com inimigos por todo lado, além da guerra que ocorre no Sul, que está cada vez mais ameaçando suas fronteiras, ela se torna uma personagem mais forte e mais esperta do que nos livros anteriores, cautelosa e menos impulsiva, mas não ao ponto de se deixar paralisar no que tange fazer o que é certo. Conseguirmos enxergar nela agora a firmeza de uma verdadeira rainha guerreira.
Quando se tratava de política, incorporar o papel costumava ser metade da batalha.
Han Alister continua com a melhor personalidade, são suas as grandes reviravoltas do livro. Mesmo se sentindo magoado e traído por descobrir a verdade sobre Rebecca, sendo pressionado por seguir seu acordo com os clãs e com a diretora Aberlad, Han consegue manter o foco e traçar seus próprios planos para que não acabe como fantoche de todos.
Cada vez que tento guardar alguma coisa para o futuro, ela é tirada de mim.
Com sua experiência como líder da gangue dos Trapilhos das ruas de Fells, seu conhecimento dos clãs, as aulas que teve para agir como “sangue azul” com Rebecca/Raisa e suas aulas com corvo e na academia, Han se mostra extremamente genial, manipulador (positivamente) e apaixonante — característica muito importante para mim —, agindo como se tivesse a dois passos à frente de todos (amigos e inimigos), ele se torna aqui um personagem poderoso e que vale toda a leitura.
Saiba que às vezes é preciso escolher o dever em vez do amor. Não se esqueça do dever. Mas escolha o amor quando puder.
Pelo final desse terceiro livro de Os Sete Reinos, fica claro que, apesar de toda a esperteza de Han e a força de Raisa, eles vão passar por uma verdadeira prova, principalmente de confiança, então aposto que tem muita coisa para acontecer ainda no quarto e último livro, A Coroa Escarlate, e conhecendo a autora como conheço agora, pode ter um mundo todo em um livro (risos) e óbvio que vou ler. Boa Leitura.
Informações Técnicas do livro
O Trono Lobo Gris
Os Sete Reinos #3
Cinda Williams Chima
Tradução: Regiane Winarski
Ano: 2015
Páginas: 392
Editora: Suma
Sinopse:
Han Alister pensou que já havia perdido todas as pessoas que amava, mas, ao encontrar Rebecca Morley à beira da morte nas Montanhas Espirituais, percebe que nada é mais importante do que salvá-la. O preço que paga por isso é alto, e nada poderia preparar Han para o que descobre em seguida: a garota que ele conhece pelo nome de Rebecca é, na verdade, Raisa ana'Marianna, a princesa-herdeira de Fells. Magoado e se sentindo traído, Han tem certeza de que não há futuro para ele ao lado da herdeira do trono. Além do mais, ainda nutre ódio pela família real, que permitiu que sua mãe e irmã fossem assassinadas. Enquanto isso, forças parecem se unir para impedir que Raisa suba ao trono. A cada atentado contra sua vida, ela se pergunta quanto tempo terá até que seus inimigos vençam. Com ameaças surgindo de todos os lados, Raisa só pode contar com sua inteligência e força de vontade para sobreviver - e mesmo isso pode não ser o bastante quando a força do destino é cruel e inevitável.
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