Último livro da série Os Sete Reinos e meu emocional está abalado por conta da despedida (chororô), vou sentir falta de Algema, mas fazer o que? Apenas agradecer por acompanhar essa história.
Vamos lá, caros leitores, apesar de eu ser só elogios para cada livro dessa série, como vocês podem notar nas resenhas anteriores, eu devo ser sincera e dizer que nem tudo foi absolutamente perfeito, óbvio que teve seus clichês, mas óbvio que eu não sou muito de ligar para o que é clichê quando é bem escrito, afinal sou viciada em literatura fantástica infanto juvenil, e tenho um certo tempo de leitura desse tipo de livro para reconhecer quando algo é muito bem escrito e bem feito, apesar de alguns clichês, e digo com a autoridade que não tenho, mas que estou atribuindo a mim mesma, que essa série foi uma das melhores de período medieval dentro do contexto de Fantasia Romântica. (Sim, eu tenho muitas bolhas divisórias para encaixar livros que amo, assim fazer tops adequados, sem deixar muitos de fora — risos)
Em A Coroa Escarlate temos os protagonistas cada vez mais envolvidos um com o outro, ao mesmo tempo que temos um mistério na cidade de Fells, por conta do assassinato misterioso de alguns Magos, que tem seus corpos abandonados em Feira dos Trapilhos, antiga área de Han, e ainda deixando os corpos marcados com o brasão dele. Ou seja, voltamos aos primórdios de toda essa série, que uma hora ou outra a culpa sempre recai sobre o meu menino Alister Algema. Se alguém falar que ele não é o que mais sofre nessa série, eu mandarei reler pois, com certeza, leu errado.
Nosso Caçador Solitário (Han) se vê cada vez mais encurralado mesmo dentro das tramas que ele mesmo começou a armar, e começa a perceber que tentar resolver tudo sozinho, sem dividir com os poucos amigos em quem confia, vai deixar a vida dele mais e mais complicada. Mas, independentemente dos riscos que ele corre nesse livro, vemos ele como um estrategista genial, apesar de alguns sofrimentos e machucados que seus planos causam a ele. Agora ele precisa, mais do que nunca, do apoio de Corvo, que ele descobriu ser o Rei Demônio aprisionado em seu amuleto por mil anos, que na verdade de demônio não tem nada, mas foi infelizmente injustiçado pela História contada pelos vencedores.
Em falar das amizades de Alister, Dançarino de Fogo é digno de nota nesse livro, na verdade na série toda, apesar de eu não ter falado tanto dele, mas a importância dele e de sua história fica mais visível nesse último livro, sendo um mago e do clã, ele aparece cada vez mais poderoso e responsável por grandes momentos aqui, assim como Cat, que é uma personalidade notável junto com suas facas e jeito de garota de rua, ao mesmo tempo uma ótima musicista.
O problema de ter amigos, é que eles tendem a se juntar contra você. Normalmente com a desculpa de que é para o seu próprio bem.
Raisa, com certeza, é marcante e bem decidida como Rainha, eu achei que a relação de amizade com Amon e os outros da guarda que fez amizade em Vau de Oden algo mais para preencher lacunas, sua proximidade com Cat nesse último livro foi bem mais interessante. Gosto da personagem da Raisa, eu não a achei uma protagonista chata e as decisões dela são mais que acertadas, mas é difícil dividir o protagonismo com uma personalidade mais atrativa como a de Han, apesar de ela ser a Rainha e tecnicamente as ações girarem em torno dela, quem movimenta as engrenagens da história é ele. O fato de os personagens mais antipáticos ficarem mais na cola de Raisa — sua irmã e Andarilho da Noite, por exemplo — não ajudava a conquistar tanto em suas partes narrativas (a culpa não é dela nisso), mas gostava bastante de Raisa e Han juntos, e não me importava de quem era o ponto de vista aqui.
A esperança é uma coisa perigosa. Quando acende, é difícil de ser apagada. Transforma pessoas sábias em tolas.
Entre aventuras e desventuras, personagens bons e outros colocados para encher linguiça, eu amei muito a série Os Sete Reinos, acho que o final não foi tão fechadinho e dá um ótimo gancho para um quinto livro, ao mesmo tempo que o final não é insatisfatório e série pode terminar aqui mesmo, mas sou sempre esperançosa por mais coisas dos meus mundinhos literários favoritos, então continuarei acreditando (risos). Apesar de algumas conclusões não tão perfeitas, eu dei nota máxima para todos os 4 livros da série, e o conjunto da obra de Chima me agradou bastante. Digo para vocês que vale muito a pena a leitura e releitura da série e espero que gostem tanto como eu. Boa Leitura.
Informações Técnicas do livro
Os Sete Reinos #4
Cinda Williams Chima
Tradução: Regiane Winarski
Ano: 2016
Páginas: 456
Editora: Suma
Sinopse:
Há mil anos, dois jovens amantes foram traídos - Alger Waterlow foi condenado à morte, e Hanalea, rainha de Fells, a uma vida sem amor. Agora, mais uma vez, o reino de Fells está à beira de se desintegrar. Para a jovem rainha Raisa ana'Marianna, manter a paz é quase impossível. A tensão entre os magos e os clãs atingiu o limite. Os reinos vizinhos veem Fells como uma presa fácil, e a maior esperança de Raisa é unir seu povo contra um inimigo em comum - mas esse inimigo talvez seja o homem por quem está apaixonada. Emaranhado em uma complexa rede de mentiras e tênues alianças, o antigo dono da rua Han Alister agora faz parte do Conselho dos Magos. Navegar pela mortal política dos sangues azuis nunca foi tão perigoso - e Han parece fazer inimigos em todos os lugares. Sua única aliada é a rainha, e, apesar dos riscos, é impossível ignorar o que sente por ela. Então Han descobre um segredo guardado há séculos, algo poderoso o bastante para unir o povo de Fells. Mas será que ele sobreviverá por tempo suficiente para salvar o reino? Uma verdade mascarada há mil anos por uma terrível mentira vem à tona nesta emocionante conclusão da épica série de fantasia Os Sete Reinos.
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