Quando a editora Valentina
anunciou esse lançamento, confesso que foi impossível não querer ler, após ter
conhecido a história anterior: Antes que o café esfrie. E sinceramente, que
delícia!! Tão gostoso quanto um café coado na hora, com os melhores grãos, essa
continuação me fez ter certeza que melhor que um cafezinho só dois cafezinhos!!
Voltamos a cafeteria de nome incomum, da já querida “Funiculì Funiculà”, a despeito de sua reputação de poder proporcionar viagens no tempo, permanece quase igual a sua forma original, com poucas mudanças e modernizações ao longo dos anos em uma ruazinha estreita e silenciosa de Tóquio, em um subsolo, há mais de 100 anos, servindo um café cuidadosamente preparado.
Quem leu o livro anterior já está
familiarizado sobre as viagens no tempo e como suas regras de desdobramento na
história acontecem. E regras é o que bem tem nesse café. Aqueles que retornam
ao passado devem estar cientes dos riscos e das regras, já que a jornada exige
que o cliente se sente em uma cadeira específica e reencontre somente pessoas
que já tenham visitado o estabelecimento. Além de, claro, nessa leitura já saber
o que esperar da brilhante escrita do autor Toshikazu Kawaguchi.
"As estações se sucedem. A vida, também ela, passa por invernos rigorosos. Porém, sempre depois de um inverno, vem a primavera."
E como no anterior temos quatro
histórias e acompanhamos a cada novo deslocamento do tempo a certeza de que
apenas o motivo não é o mais importante e sim, o quanto a decisão de ir muda a
história não de quem foi o motivador da viagem, mas sim de quem a fez. Dito
isso, vê-se que o sentido da mudança é ainda mais profundo do que a de um
momento na vida, onde algo relativamente rápido que é o tempo em que uma xícara
de café leva para esfriar seja capaz de mudar completamente a história de quem
tomou o café quase frio dessa xícara.
"O coração das pessoas é algo realmente bem difícil de compreender. Enquanto estamos aflitos com os nossos próprios problemas, podemos até mesmo não prestar atenção aos sentimentos daqueles que nos são caros."
Tanto o texto quanto a escrita
garantem novamente uma leitura rápida, leve e extremamente fluída. Nesse
volume, ficamos conhecendo melhor as histórias de Kazu, a da mulher de branco
(a guardiã da cadeira) e a de Key e Nagare e descobrimos que eles não são
imunes ao poder das viagens e mesmo para eles tem seu ônus e bônus. Falando
em ganhar, Miki, a filha de Kei e Nagare que conhecemos bem de leve no livro
anterior, agora encanta e dá uma contribuição importante a história, além de dar
leveza a trama com sua sinceridade e alegria.
“O tempo passa rápido quando se escolhe algo com a intenção de alegrar a outra pessoa, imaginando sua reação ao recebê-lo.”
Amei demais! E aguardando o terceiro volume, já anunciado (na data de escrita dessa resenha) para dezembro desse ano. A edição da Valentina mantém o padrão da série e vem com papel e fonte confortáveis para leitura, uma diagramação espetacular para leitura e a história, uma tradução muito confortável e notas que agregam ao entendimento da história. A capa fica ainda mais impactante depois da leitura, porque possui elementos importantes da história e deixam aquele gostinho de reconhecimento para quem leu. Boa leitura e divirta-se!
Informações Técnicas do livro
Antes que o café esfrie
Toshikazu Kawaguchi
Tradução: Priscila Catão
Ano: 2023
Páginas: 184
Editora: Valentina
Sinopse:
SE FOSSE POSSÍVEL VIAJAR NO TEMPO, QUEM VOCÊ GOSTARIA DE ENCONTRAR? Em uma ruazinha estreita e silenciosa de Tóquio, num subsolo, existe um estabelecimento que, há mais de 100 anos, serve um café cuidadosamente preparado. Além disso, uma estranha lenda urbana conta que os clientes podem viver ali uma experiência única: fazer uma viagem no tempo. Em Antes que o Café Esfrie 2: Novas e emocionantes viagens no tempo, conheceremos quatro pessoas que precisam viver essa experiência. Nesta bela e reveladora continuação, conheceremos homens e mulheres que buscam não só a felicidade que outrora já haviam experimentado, mas um sentido para a vida. São histórias que nos aquecem o coração e exploram a maneira como carregamos no colo nosso passado como um pesado fardo, e o quão longe devemos ir para reencontrar – quem sabe pela última vez – aqueles que amamos.
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