16 fevereiro, 2024

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Resenhas :: Quatro Casamentos e Uma Moeda da Sorte (Four Weddings and a Sixpence)



Olá, pessoa! Entre uma e outra correria, nada como um romance de época para te ajudar a respirar e, porque não, suspirar e continuar as lutas diárias. O que amo em uma antologia é a chance de conhecer novas escritoras e, claro, poder aumentar a lista de leituras futuras. Aqui um time liderado pela Quinn, nossa amada Julia, se reúne para contar cada uma a história de uma amiga, que a partir de um momento, criam um laço que as unirá por toda a vida.


Quatro Casamentos e Uma Moeda da Sorte gira em torno de: algo antigo, algo novo, algo emprestado, algo azul e seis pences no sapato... que tem sua mística ligado a boa sorte no casamento. 


Na introdução "Algo Antigo", escrita por Julia Quinn, conhecemos o momento em que elas fazem seu voto ao encontrarem uma moeda antiga, e resolvem ser a moeda da sorte, a partir daí cada uma fica um período com a moeda para encontrar um bom casamento.



● Algo Novo, por Stefane Sloane

Ele estendeu a mão para prender a mecha atrás da orelha dela. Seus dedos roçaram o rosto de Anne e se demoraram um pouco mais do que o necessário.


O relógio está contra Anne Brabourne, afinal, segundo seu guardião, ela tem que se casar antes de ser considerada velha demais para o casamento e legada à condição de solteirona. 


Curti muito a autora ter começado o conto da maneira que a gente gosta, um clichê gostosinho e que faz a gente se divertir enquanto lê, além claro de aproveitar o mocinho que cada vez fica com ciúmes de não ser ele o homem a quem ela dirá sim e duas personagens secundárias maravilhosas para nos representar na trama.



● Algo Emprestado, por Elisabeth Boyle

— Para ser seu noivo, sua tolinha. Você poderia pegá-lo emprestado para fazer esse papel por uma semana. Ele seria o homem perfeito para abandoná-la logo depois e partir seu coração.


A história de Cordelia Padley é ainda mais deliciosa pra quem ama noivado de mentirinha, e, claro, com muita química entre eles para nos fazer rir e pensar, “só eles não estão sentindo o calor que surge quando eles estão juntos”. Mas é daquele tipo de história que a gente lê sentindo que queria mais, saber mais do casal e sua amizade quando crianças, saber mais sobre o irmão e acaba deixando o final com a sensação de que foi repentino. Mas não é errado eu querer mais, risos.



● Algo Azul, por Laura Lee Guhrke

Ela se interrompeu no meio da frase, mas a empolgação em sua voz era inegável, o que deixou Lawrence estranhamente abalado, como se o mundo tivesse acabado de sair um pouco do eixo.


Assuntos não resolvidos podem ser um problema, ainda mais quando lady Elinor Daventry é roubada quase às vésperas de seu casamento e ela tem que convencer seu querido inimigo a devolvê-la a tempo. Claro que você já notou que das quatro ela é a única Lady e por isso se vê ainda mais restrita, pois além de mulher, ela é uma Lady. Infelizmente a história não conseguiu se encaixar como conto, porque as diversas camadas que a trama tem ficam corridas e beiram ao superficial, mas ainda sim não tira o brilho, só deixa aquela sensação de que poderia ter sido mais.



● Seis Pences no sapato, por Julia Quinn

Bea ergueu a cabeça e fitou aquele olho da cor perfeita de um céu nublado e lá estava: uma afinidade estranha e pouco familiar, como se ela por fim houvesse encontrado a única pessoa no mundo capaz de compreendê-la.


Pra mim, uma das histórias mais originais da Julia, prometeu e entregou ainda mais.  Ela encerra a antologia com a história de Beatrice Heywood, que nunca acreditou que a moeda desse sorte — até ver todas as suas amigas encontrarem o amor de suas vidas. Só que a fé recém-adquirida é colocada à prova quando a moeda não para de lhe mandar o homem errado. E aqui a surpresa é tão grande quanto linda.

Com um mocinho atípico e uma mocinha com mais cérebro do que a média das pessoas, nos vemos presos na história só esperando que esse conto não acabe e ainda sim nos vendo ainda mais encantados pelos personagens, porque Beatrice em momento nenhum cai no clichê da nerd e nem nosso mocinho no do ogro de bom coração. Para mim, um final muito digno para não apenas a antologia, como para a história das 4 amigas e a moeda da sorte.



Foi exatamente o que eu esperava de uma antologia de época e com mais altos que baixos entregou tudo o que eu esperava, histórias de amor e amizade com uma pitada de sorte e quatro finais felizes. Boa leitura e divirta-se!




Informações Técnicas do livro

Quatro Casamentos e Uma Moeda da Sorte

Julia Quinn

Título Original: Four Weddings and a Sixpence

Tradução: Ana Rodrigues

Ano: 2022

Páginas: 352

Editora: Arqueiro

Sinopse:

Quatro autoras consagradas se reúnem para contar a história de quatro amigas que, ao encontrar uma moeda antiga em seu quarto na escola, decidem que ela será a moeda da sorte no casamento de cada uma delas.

A premissa inteligente, as situações criativas e as tiradas espirituosas fazem desta coletânea a leitura perfeita para os corações mais românticos.


No inesquecível conto de Stefanie Sloane, um guardião bem-intencionado e sempre vigilante decreta que Anne Brabourne tem que se casar antes de completar 25 anos. Quando o tempo está quase se esgotando, o amor a encontra da forma mais inesperada.


Elizabeth Boyle nos apresenta Cordelia Padley, que inventou um noivo para que a família parasse de pressioná-la a se casar. Agora ela precisa arranjar alguém para ocupar esse papel e convencer a todos de que encontrou o verdadeiro amor. 


No conto de Laura Lee Guhrke, a moeda de lady Elinor Daventry é roubada quase às vésperas de seu casamento, e ela tem que fazer de tudo para convencer o libertino que a afanou a devolvê-la a tempo.


Julia Quinn encerra a antologia com a história de Beatrice Heywood, que nunca acreditou que a moeda desse sorte – até o objeto levar todas as amigas dela ao amor de suas vidas. Só que a fé recém-adquirida é colocada à prova quando a moeda não para de lhe mandar o homem errado.


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