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23 março, 2020

Resenha :: Doze Garotas e Eu

março 23, 2020 1 Comentários

A vida é uma caixa de surpresas. Quando menos esperamos surge uma novidade.

Olá, faroleiros! 

Que saudade estava de escrever para vocês! Estive dodói e precisei me afastar. Mas, agora estou de volta trazendo mais uma resenha por aqui. O livro de hoje é Doze Garotas e Eu, da querida escritora Wall de Oliveira.


Florianópolis, tempos atuais. Heitor Damasceno, único herdeiro da multimilionária empresa de marketing Damasceno, aos olhos da sua mãe, Elizabeth, já passou há muito tempo de se casar. Mas não passava pela cabeça do rapaz tal feito. Ele era focado no seu trabalho e não tinha tempo para isso.

Está ficando velho, meu filho. Nenhuma moça irá querer um velho rabugento como marido.
Na sua idade eu e sua mãe já estávamos pensando no nosso segundo filho. Cuidado, ao ser pai muito velho perderá muito tempo que poderia ter com seus filhos.

Emanuella Everdeen trabalhava duro na empresa de seu tio, a Belle’s. Centrada e sem tempo para outra coisa que não fosse o trabalho, ela recebe um convite inusitado da sua prima Rose: um baile na casa da família Damascena. Surreal demais até mesmo para nossa protagonista aceitar, já que o evento se tratava de um empurrão dos pais de Heitor para que ele pudesse arranjar uma esposa, nem mesmo se eles próprios tivessem que escolher.

– É isso mesmo, fui convidada para o baile dos Damasceno. E pelo que ouvi dizer, eles estão a procura de uma noiva para o filho mais velho – Explicou achando graça, rindo ao telefone.
– Rose, isso não existe mais. Escolher a esposa do filho? – Manu também riu.

Diferentes das outras meninas, as duas chamam atenção do anfitrião da festa, em especial Manu. Os dois fazem uma bela amizade e Heitor confidencia para ela parte da sua aflição por se casar.

Só que uma notícia inesperada leva a garota a fazer uma proposta inusitada para Heitor, mas que irá satisfazer as necessidades de ambos:  casarem-se e manter o relacionamento de fachada por um ano.

– Vejo que não vou fugir de um casamento arranjado. – Disse Heitor.
– O cerco está fechado para você. – Ela soltou uma gargalhada.
– É, não terá jeito. – Heitor sorriu desconcertado, mas concordou: – Se sua proposta estiver de pé, eu aceito casar contigo.

O que eles não esperavam era o sentimento forte e crescente a cada dia. Por mais que o casal tentasse resistir, se tornava cada vez mais difícil resistir à atração.

Só que, por mais que eles fiquem mais e mais próximos, e o amor se fortaleça, um segredo relacionado ao motivo de Manu se casar com Heitor pode acabar com esse conto de fadas moderno.

Apesar de existir um baile, a história é atual. No início, tive a mesma reação da protagonista indagando quem hoje dava bailes. Mas, conforme vamos lendo, a ambientação e os acontecimentos durante o evento nos envolvem e deixamos esse detalhe de lado. Mesmo sendo luxuoso e com direito a belos vestidos longos, o foco da narrativa é a interação dos personagens, principalmente a de Emanuelle e Heitor.

A narração é em terceira pessoa e o narrador onisciente, o que torna o desenrolar da trama fluida.  Entendemos muito mais a ação dos personagens dessa forma. A troca de foco também é fluida.

A maioria dos personagens é cativante e bem estruturada, com exceção de algumas convidadas do baile. Acredito que a intenção da autora, Wall de Oliveira, é de nos provocar antipatia por elas mesmo, para que haja o conflito na trama. Contudo, as atitudes são adolescentes comparadas a suposta idade delas. Nada que atrapalhe a leitura, mas é um fato que não deixamos de notar.

Por ser uma história curta, alguns detalhes não são devidamente explorados, como o passado de Emanuelle, sua relação com a sua mãe e o que de fato aconteceu no acidente que matou seu pai. Fiquei curiosa com o que acontece depois com a megera da Elizabeth. Também queria saber mais da relação de Rose com o irmão de Heitor, Roger.

Recomendo Doze Garotas e Eu para quem gosta de um romance fofo, de leitura fácil e rápida. Um super abraço virtual (#ficaemcasa), e até a próxima!

A vida nunca mais é a mesma a partir do momento que outra pessoa passa a fazer parte dela.


Nota ::  3,5


Informações Técnicas do livro

Doze Garotas e Eu
Wall Oliveira
Ano: 2019
Páginas: 154
Editora: The Books
Sinopse:
Em pleno século vinte e um, Heitor Damasceno se vê envolvido nos planos dos seus pais para um casamento arranjado e tenta de todas as formas se livrar de qualquer compromisso. Mas o tradicional baile anual de primavera da família Damasceno se aproxima, e faz com que sua mãe elabore um plano: convidar doze garotas solteiras para que ele possa escolher uma para ser sua futura esposa. Contudo, o que ele não cogitava era que cairia na proposta mais excêntrica de sua vida. Emanuelle é uma jovem decidida, porém uma notícia repentina a deixa sem rumo. Ao aceitar ir ao baile de primavera, eis que surge uma ideia! Se o plano era bom ou não? Ainda não sabia, mas parecia ser a única solução para os seus problemas. Duas personalidades distintas, dois corações indomáveis. O que será que o destino reserva para a vida de Heitor e Emanuelle?


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Livro Físico
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24 fevereiro, 2020

Resenha :: Estarei Aqui

fevereiro 24, 2020 0 Comentários
*recebido em parceria com o Grupo Editorial The Books

Oi, leitor ou leitora do Clube! Hoje trago para vocês a resenha do primeiro livro da duologia da linda autora Daya Alves, a qual tive a alegria de conhecer na Bienal do RJ, no ano passado. Daí veio a vontade de conhecer os livros dela e já esperava que fossem assim como ela, uma linda história.


Por ser o primeiro livro, não precisei me preocupar e cai de cabeça na história de Paloma, uma moça que, apesar da idade, ainda era muito ingênua sobre o amor e já calejada pela vida com perdas. Afinal, ela já havia perdido a mãe para a doença e o pai para a dor e o segundo casamento. Com esse abandono emocional, ela viu no seu relacionamento com Cadu uma chance de construir a família que sempre sonhou fazer parte. E, enquanto ela não realizava seu sonho, ajudava outras mulheres a terem os seus dias perfeitos.

Gente, eu sei que vocês devem estar me achando uma covarde, mas era meu pobre coração machucado que estava em jogo e percebia que estava correndo o sério risco de perder mais essa.


Em uma narrativa em primeira pessoa, chegando a dialogar com o (a) leitor(a), e alguns capítulos narrados por Enrico, vamos conhecendo a história de Paloma e como, por obra do destino, acabou envolvida em uma confusão e descobriu algo que iria abalar seu relacionamento. E o que era uma enorme dor, acabou se mostrando um grande livramento. Afinal, ela havia esperado por quatorze anos para realizar o sonho de se casar com o homem que acreditava ser o amor de sua vida, para, no meio da dor e da traição, encontrar com o olhar de um médico socorrista do SAMU — moreno, latino, dono de olhos verdes e um sotaque que a deixava tonta —, que trouxe ao turbilhão de emoções ruins que estava sentindo, um sentimento diferente que não conseguia assimilar nesse momento.

— Senhorita, às vezes não reconhecemos quando a vida nos dá uma nova oportunidade para recomeçar; o motivo pelo qual você chora hoje pode ser sua salvação amanhã.

Com uma narrativa leve e todas as confusões que a mocinha se envolve por ser levemente desastrada e contar com dois pés esquerdos sem ser canhota, ela dá muito trabalho ao seu anjo da guarda e a um certo médico socorrista. Porque sim ela é dessas de acabar indo parar várias vezes no pronto atendimento. A história de perdão e recomeços vai acontecendo em meio a muitas gargalhadas e algumas lágrimas. Afinal, só precisamos de uma segunda chance quando não conseguimos acertar na primeira.

Vagarosa e suavemente ele beijou meus lábios, meu rosto, minhas pálpebras fechadas, meu pescoço e, quando percebeu que estava entregue, tomou minha boca em um beijo sedutor, aumentando o ritmo, tomando posse, me fazendo amolecer em seus braços e com o coração saltando dentro do peito.

Gostei da fluidez do texto que, nos momentos certos, ganhou a visão de Ricky para enriquecer a história com detalhes que a Paloma não teria como saber. Os amigos e parentes deixaram o texto rico e divertido. As noivas histéricas ou com sonhos mirabolantes foram dando a visão necessária a "Loma" que, muitas vezes, o mais importante não é a cerimônia e sim com quem se está prestando os votos nela. E gostei muito desse crescimento dela ao longo da trama, dela ter pessoas que a amavam e apoiariam incondicionalmente, mas que também estavam ali para dizer as verdades que ela precisava ouvir e não só as que ela gostaria. Assim como também estariam para dar um bom empurrão (mas com cuidado, porque se tratando dela quem sabe o que poderia acontecer) e para dar colo e carinho nos momentos de tristeza ou dificuldade.

— Bonito nome, Paloma! Então, se aceita o Conselho de um velho homem, as fases ruins são necessárias para darmos valor quando as boas acontecem! Aprender a valorizar as pequenas coisas boas da vida!

A questão das várias formas de perdão e de recomeço também foi muito bem tratada, deixando claro que toda história sempre tem dois lados, e é preciso uma dose de coragem e de coração aberto para ouvir o outro lado e, assim, conseguir tomar a melhor decisão sobre o que fazer ou não. E que, às vezes, apenas deixar os acontecimentos seguirem o caminho natural pode não ser o bastante para a felicidade. É preciso ir à luta de peito aberto e coração entregue, para conquistar o tão sonhando “felizes para sempre (ou até a próxima confusão)”.


A edição que li foi a física, com uma ótima encadernação e impressão. Papel amarelo confortável para leitura e uma linda diagramação. Gostei da revisão e não encontrei erros de ortografia ou digitação.


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

Estarei Aqui
Ano: 2016
Páginas: 251
Editora: The Books
Sinopse:
Seu maior sonho era casar.
Paloma esperou por quatorze anos para realizar seu sonho. Enquanto aguardava ansiosa que seu noivo marcasse a tão esperada data, satisfazia-se em trabalhar como wedding planner, assessorando muitas noivas histéricas. Até que um dia, por obra do destino, acaba envolvida em mais uma confusão e descobre algo que abalará seu relacionamento. Desiludida com o amor, blinda seu coração para não sofrer novamente, porém, mais uma vez, não consegue ficar longe de uma grande confusão e seu caminho cruza com o de um médico socorrista do SAMU, moreno, latino, dono de olhos verdes e um sotaque que a deixava tonta. Seria Rico capaz de abalar sua determinação?
Paloma, nossa protagonista, é uma moça dona de um coração gigante, fiel à família e aos amigos, trabalhadora, mas um tanto atrapalhada. Acredita até ter nascido com dois pés esquerdo.
Rico, um médico vindo da Venezuela, consegue por meio de seu fiel amigo, Sr. Ângelo, uma colocação no SAMU e com isso se torna eternamente grato àquele que o ajudou quando mais precisava.
Comédia romântica estilo chick-lit, com uma leitura leve, que faz com que seja difícil segurar o sorriso ao virar as páginas dessa história divertida.


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13 novembro, 2019

Resenha :: As Cavernas que Compartilhamos

novembro 13, 2019 3 Comentários

Sim, ela era o caos, e sempre fui atraído por ele.

Olá, Faroleiros!

A resenha de hoje é de um livro de época que eu amei conhecer. O lançamento da obra foi a introdução da Juliana Barbosa no mundo literário. Já trouxe outra resenha  da escritora por aqui, Oráculo (resenha aqui), que é uma fantasia, e favoritei como uma das melhores do gênero que já li no Brasil. Ao contrário dessa, As Cavernas que Compartilhamos é um romance ambientado, de início, no Brasil do século XIX e tem seu cenário transferido para a glamorosa Londres.


Isabela Gonçalves é uma jovem de espírito livre. Caçula de uma família de boas condições na Ilha de Santa Catarina de 1884, a jovem é detentora de pensamentos modernos demais para o seu tempo. Tachada de bruxa pelos moradores do local por ser ruiva, uma característica física raríssimo no Brasil daquela época, ela sabe que está longe de conseguir um bom casamento. Os homens temem que sua suposta maldição passe para os seus futuros filhos. Melhor assim, já que casamento não está em seus planos de maneira alguma.

Coragem não tem a ver com o fato de não sentir medo e, sim, com o que faz diante do medo. E apesar do que aconteceu, a senhorita veio aqui sozinha e comandou o Veloz em meio à tormenta. Conheço muitos homens que se trancariam em suas cabines para rezar.

O único problema é que seu pai não pensa assim. Ele quer casá-la com quem quer que aceite por um belo dote. Para garantir que possa fugir e ser independente, Isabela caça animais de pequeno e médio porte para depois vender aos homens da cidade. Ela também pinta. Suas obras são de uma beleza única e encantam a todos.

Seu pai não aprova seu comportamento. Ele não sabe exatamente o que a filha faz, nem que ela pretende fugir, mas, no fundo ele desconfia que suas saídas matinais não sejam tão inocentes assim.

— Também quero seu livro: "A tormenta" — falei ainda com a voz firme, encarando-o nos olhos.
— Mas esse livro não é para uma dama ler.
— Caçar javali também não é coisa de dama, Sr. Silveira.
Ele me olhou por um instante e pegou o animal com dificuldade, me encarando incrédulo, como se perguntasse quem o carregara até ali.

O destino de Isabela tem uma reviravolta quando Fabrício, o irmão da jovem, vai se casar. Ele deseja muito que seu amigo de infância James Kosvoski, que mora em Londres, seja seu padrinho.  O rapaz prontamente atende o seu pedido, pois o estima muito e também tem muita vontade de retornar ao Brasil. Como foi embora há muito tempo, ele não conhecia a caçula da família Gonçalves.

— Preciso admitir que as vezes ser uma bruxa é engraçado.
— Bruxa terrível.
— Disse o monstro que sonha com o amor. 
— Ao menos não comerei meus próprios filhos.
— Ah não sabe o que está perdendo senhor James. Crianças possuem um sabor incrível.

Só que o que ele não esperava era se encantar tanto com a garota. O que começa como uma amizade sincera, aos poucos, se torna mais. Um incidente infeliz faz com que Isabela parta para Londres com James para passar uma temporada. Tudo o que ela queria. A oportunidade perfeita de conhecer o mundo e se livrar de um casamento forçado.   Nas terras inglesas ela conhece amigos sinceros que farão toda diferença na sua vida e a ajudarão a se esquecer do incidente infeliz que continua a perturbá-la, mesmo com um mar de distância a separando do ocorrido.

Eu era livre, ainda assim não conseguia olhar para as estrelas. Eu era feliz, mas minhas noites eram repletas de sonhos aterrorizantes.

Nada é fácil na vida do casal. James carrega consigo segredos que o atormentam. Ele acha que a moça jamais aceitará os seus gostos peculiares e ainda o abominará quando souber deles.  Ele não se importa nenhum pouco se ela é ruiva, amaldiçoada ou a frente do seu tempo, mas sim com seus sentimentos e sua integridade.  James enxerga Isabela como ela é de verdade, forte, destemida e independente.

Comecei a rir dos meus pensamentos. No fundo, gostaria que ela fosse mesmo uma bruxa, somente assim poderíamos ter uma história. Mas ela era apenas um anjo. Um anjo o qual eu jamais deveria tocar.

Duas pessoas que carregam desejos e traumas, que compartilham cavernas tão secretas que só o apoio um do outro para que a percorram e encontrem a luz do amor sublime. Mesmo que o caminho seja tortuoso, no final tudo vale a pena quando o prêmio do outro lado é o seu tão inesperado final feliz.

Dizem que só se ama uma única vez na vida, eu havia desperdiçado tão precioso sentimento, ofertando a alguém que não merecera.

A leitura de As Cavernas que Compartilhamos foi um mergulho no passado, tanto do Brasil quanto da Inglaterra, mais especificamente, em Londres. Como sou uma apaixonada por fatos históricos, amei a proposta da Juliana Barbosa. Sua narrativa em primeira pessoa me ganhou desde o início, pois, apesar de ser um livro de época, tem um vocabulário fácil e isso proporciona uma melhor compreensão, além de gerar fluidez na leitura.

Os protagonistas Isabela e James são de uma sensibilidade impar, com sentimentos e desejos reais a ponto de proporcionar a empatia do leitor. A cada página, criamos uma expectativa nova acerca do destino do nosso casal. Mesmo com o desenrolar da trama, após a passagem de tempo ansiamos pela união deles.

A introdução de uma trama de suspense me pegou de surpresa. E, como uma grande fã de ação em tramas românticas que sou, deliciei-me com a investigação dos crimes acontecidos em Londres. O seu desenrolar e a perspicácia da baronesa me deixaram presos à leitura, ávida pela elucidação do caso.

Terminei o livro com gostinho de quero mais. Como um bom livro de época que foi proposto, a escritora atendeu as expectativas, e até superou-as. Amei a experiência e super indico a leitura para os fãs do gênero. Espero que Isa e James consigam fazer morada na sua caverna também e aqueça seu coração com lindos sonhos!

Esse tipo de amor me fascina, um amor que pode vencer até mesmo a morte e superar todas as coisas.

Até mais!


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

As Cavernas Que Compartilhamos
Juliana Barbosa
Ano: 2019
Páginas: 313
Editora: The Books
Sinopse:
Rejeitada pelo pai, considerada uma maldição pelo povo de sua ilha, Isabela Gonçalves se prepara para um futuro solitário. Quando, um evento inesperado, muda seus planos e a leva a terras distantes, em uma jornada cheia de aventuras. Isabela encontrará o amor, a dor e principalmente a sua força. Personagens cheios de mistérios, uma alucinante investigação criminal e uma história inspirada em fatos reais vão mostrar todas as barreiras que um amor pode transpor.

30 setembro, 2019

Resenha :: Oráculo — A Última Esperança de Thórun

setembro 30, 2019 1 Comentários

“Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você”.
 (William Shakespeare)


Olá, faroleiros!

Fiz uma leitura incrível e estou ansiosa para compartilhar com vocês! Sabe aquela história que te leva para um mundo fantástico, o qual você nunca imaginou existir? Mergulhei em Oráculo da Juliana Barbosa e me vi em Thórun, literalmente, vivenciando uma aventura de descobertas, intrigas e romance da melhor qualidade.


Alison mora em New Orleans e é uma mulher independente com um sonho de ser escritora. Depois de vários livros sem visualizações no Wattpad, ela finalmente tem seu primeiro grande sucesso. Para comemorar, ela e seu melhor amigo Edward vão para um bar. A noite se torna uma loucura quando um guerreiro Anúbis da sua história aparece do nada na frente de Alison e tenta capturá-la. O mais louco ainda acontece quando ela consegue capturar um pouco da magia daquele ser enorme e perigosamente lindo em sua mente.

— Alguém contou a você sobre o meu povo, sobre o meu mundo. Você escreveu em um livro e espalhou livremente pelo seu planeta, despertando o interesse de forças que não pode compreender. Muito antes que eu pusesse meus pés em seu mundo, sua vida já havia sido reivindicada. Agora lhe dou uma escolha, pode me contar a verdade e morrer com honra ou tomarei a verdade de você à força. Não prolongue seu sofrimento.

Anpu é um guerreiro anúbio que vive em Thórun, o mundo governado por Hasani. Ao saber que as histórias daquele lugar foram reveladas aos humanos através do livro de Alison, Hasani envia Anpu em pessoa para matar a tal jovem. Mas ele não imaginava que Alison escondia segredos que nem ela mesma sabia. Quando parte de sua magia fica presa na mente de Alison e sua testa brilha um símbolo antigo entre seu povo, Anpu não tem outra escolha senão levá-la para Thórun e descobrir tanto uma forma de reaver seu poder como desvendar do que se trata tal símbolo.

— Você não pode ficar completamente nu sem me avisar. — Anpu deu de ombro.
— E quem vai me impedir? — Ele retirou a calça, jogando-a em cima da pedra e caminhou completamente nu até que a água marcasse a cintura. Alison tentou desviar o olhar, tentou não reparar nas coxas musculosas e na bunda perfeitamente redonda enquanto o guerreiro caminhava. A verdade é que ele tinha um corpo lindo, sua pele branca contrastando com os cabelos negros e toda aquela energia e poder que emanava do guerreiro dentro de sua mente. Ela mordeu os lábios e Amut bufou ao seu lado.

Em Thórun, o rei Hasani descobre que Anpu não só não cumpriu a sua ordem, como também trouxe a humana com ele. A vida dela é entregue nas mãos do neteru Amut, um animal poderoso e temido, parceiro de Ampu. Amut tem uma estranha ligação com Alison e a protege com unhas e dentes de qualquer perigo, inclusive do próprio rei. Condenada a viver naquele mundo, Alison é ensinada a lutar para se defender. Há muitos perigos naquele lugar para uma humana, ainda mais para alguém que carrega uma marca antiga, desconhecida.

— Isto é o que eu estou pensando que é?
— Sim, Majestade, esta é a mulher que me ordenou matar.
— E por que ela está viva bem diante de mim?
— Descobri que um feitiço de proteção foi feito sobre ela e, quando entrei em sua mente, ela prendeu parte de minha magia dentro de si. Consegui sondar sua mente por meio de tortura e descobri que a mulher nem mesmo sabia sobre o que estava escrevendo, mas senti a presença de algo antigo lhe sussurrando ao ouvido, algo que veio do nosso mundo. — O Rei olhou pasmo para a jovem que ainda olhava para o chão.
— E por que não a matou e lhe tomou a magia?
— Porque acredito que possa rastrear aquele eco até o responsável.


Bem, é isso que posso contar de início sem dar muitos spoilers. Dá par ver o quão deliciosa é a história. E ainda tem muito mais. Em Oráculo, em cada desenrolar dos capítulos, as revelações se tornam instigantes. Devorei o livro entusiasmada! A Juliana Barbosa foi muito perspicaz e me seduziu com uma trama envolvente. A mitologia egípcia presente em cada pedaço do livro é rica e muito interessante e trouxe um quê diferencial a essa fantasia. E é claro que existe muito mais mistérios do que imaginamos, principalmente por trás da marca que Alison carrega. Já adianto que muitas surpresas os aguardam!

— Mica me disse que também fomos criados pela pedra de Thuran, assim como vocês. Então não somos tão diferentes, apenas mais amados pelos Deuses, já que nos deram um sol e oceanos. — Anpu revirou os olhos.
— A criação da humanidade não foi planejada.
— Ainda assim temos estrelas no céu. — ela falou em tom de ironia.
— Nós possuímos magia. — Anpu falou triunfante.
— Nós somos livres. — Alison deu de ombros, fazendo o general se calar.

A narrativa e descrições de Thórun também nos ajudam a imaginar aquele lugar tão diferente e exótico. Anpu e Alison viajam em partes do reino que ficaram marcados em minha memória de tão peculiares. Mais um ponto positivo para Oráculo!

Ela deitou ao lado do guerreiro, colocando a cabeça em seu ombro, a lua vermelha já nascia no horizonte e a visão era linda ali de cima. A magia quente repousou sobre ela quando a luz do planeta se apagou. Ambos estavam desconfortáveis, mas não tinha a ver com o lugar onde dormiam.

Os personagens também são um show a parte. Tanto os protagonistas, como os antagonistas são complexos e muito bem criados pela escritora. Eles conseguem arrancar de nós muitos sentimentos quando vivenciamos as mais intensas e estranhas situações por quais eles passam.  Uma ideia maravilhosa que a Juliana trouxe para Oráculo, e que super fez e fará diferença no envolvimento dos leitores adultos a história, foi a pegada hot. Para quem gosta de um bom romance, vocês irão enlouquecer com a química de Anpu e Alison. Também vão suspirar com as cenas quentes do casal.

— Sim.
— Sim o quê? — perguntou sorrindo.
— Sim, eu quero você. — Anpu a colocou sentada sobre a mesa e usou o quadril para afastar suas coxas.
— Você está tão quente, seu cheiro me deixa louco. — Alison ofereceu o pescoço para ele e Anpu sorriu. — Se eu te pedisse o sol do teu mundo, você me daria?
— Sim. — Ela entrelaçou os dedos nos cabelos dele, o puxando para perto. — Eu quero você, Anpu. — A respiração dela ficou pesada, enquanto Anpu percorria seu pescoço com a boca.

Desde já afirmo que Oráculo foi uma das minhas melhores leituras de fantasia nacional. Super indico para os amantes do gênero, já garantindo que vocês irão amar a experiência e se encantar pela história.


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Oráculo
A Última Esperança de Thórun
Ano: 2019
Páginas: 300
Editora: The Books
Sinopse:
Alison trabalha na editora do tio de seu melhor amigo Edward, como revisora textual. Mas seu verdadeiro sonho é ser escritora. Depois de várias tentativas frustradas, seu último livro ganha grande repercussão no Wattpad em questão de dias. Edward a leva para comemorar o repentino sucesso em um bar. Após algumas doses de tequila, Alison se depara com um guerreiro Anúbio, o mais perigoso de sua história literária, em plena Nova Orleans. Agora terá que fugir de uma caçada pouco favorável para ela, enquanto tenta compreender a verdade diante de seus olhos.
Alison descobrirá que sua pacata vida, esconde muito mais segredos do que ela imaginava. Logo se vê presa em um mundo, rodeado por intrigas políticas.
Enquanto luta por sua vida, Alison usará sua inteligência para desvendar os segredos de Thórun.