24 dezembro, 2018

Resenha :: De Repente Esclerosei

dezembro 24, 2018 5 Comentários

Antes de falar sobre o livro, preciso escrever uma carta (é rapidinho, seja paciente! ):

Querido Papai Noel,

Sei que já estamos quase no Natal, mas preciso te pedir um presente. Eu quero um Dimitri da vida real, igualzinho ao do livro De Repente Esclerosei
Eu sei que é um pedido inusitado e que deve ser difícil dar uma pessoa de presente para alguém, principalmente tão em cima da hora, mas você é o Papai Noel! Faça sua magia! Estou sendo uma pessoa boa esse ano (mesmo esse ano não sendo bom para mim). 
Eu sei que não li todos os livros que comprei desde janeiro, e que tentei explodir a cabeça de algumas pessoas com a força da minha mente, mas eu não me droguei, não roubei, não matei, não me prostitui, não coloquei fogo em uma agência dos Correios... E até emprestei um livro! E o senhor sabe que isso é algo muito difícil de acontecer....
Eu até tentei fazer mil tsurus para conseguir esse “presente”, mas você sabe que não passei do primeiro, já que não tenho talento e paciência para essas coisas.
Então, como mísero pedido de uma garota apaixonada por alguém que não existe na realidade, quero apenas um Dimi só para mim. Custa nada me fazer feliz, custa? Cadê o seu coração cheio de bondade e amor? Não despedace meu coração destruindo minhas esperanças. Por favoooooooor, por favorzinho! Me dê um Dimi de presente! 

Obrigada, Papai Noel, você é o cara!

P. S. Caso seja difícil de conseguir, você pode entregar em janeiro, eu não me importo de esperar, já esperei 23 anos, posso esperar mais alguns dias.


Pronto, me perdoe por te fazer esperar, mas era importante . Enfim, hoje cá estou para falar de um livro que me surpreendeu muito e está entre os melhores livros que li em 2018, o livro da Marina Mafra (do blog Resenhando por Marina ), De Repente Esclerosei.

Só que essa não é uma história de superação. Como se supera algo crônico e degenerativo? É a história de como, de repente, eu esclerosei.


Ele é narrado em primeira pessoa pela protagonista Mitali Montez, que durante o decorrer da história descobre que tem Esclerose Múltipla (que não é a mesma esclerose que a Stephen Hawking tinha, a dele era Esclerose Lateral Amiotrófica — ELA — que não é a mesma coisa), que pela definição mais básica e resumida possível “é uma doença neurológica, crônica e autoimune – ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares” (fonte), obviamente engloba sintomas e características próprias, mas não vou me aventurar a falar disso porque não sou médica e nem tenho esclerose, mas agora que estamos mais situados, vamos em frente.

Como viver sem saber quando será a última vez que fecharemos os nossos olhos?

A Mit tem uma vida bem normal, é jovem, tem sua independência, trabalha na cafeteria de uma livraria (algo que gosta), tem e protege a sua amiga melhor amiga, Aurora, e apesar de algumas mágoas antigas, tudo está aparentemente bem com ela, até os primeiros sintomas de alguma doença aparecerem. Mas como uma humana como nós, que sempre achamos que sempre podemos empurrar as coisas com a barriga e temos certo receio de procurar ajuda médica, após os sintomas “sumirem”, ela acha que não é nada e segue a vida.

O tempo passa depressa quando tememos o futuro e nos guia diretamente para o alvo dos nossos pesadelos.

Tempos depois, ainda com a mesma vida de antes, na linda livraria do fofo do Sr. Braga, onde trabalha na cafeteria, ela conhece o novo gerente, o Dimitri (amor meu ) Mifti, e, em termos do Hotel Transilvânia, rola o tchan, praticamente um amor a primeira vista (super entendo a paixão “te vi e já te quis” da Mit), coisa que acontece com almas gêmeas. E esse romance traz a maior parte das cenas amorzinhos e fofas do livro.


Mas nem tudo na vida são flores, nela tem os espinhos, folhas secas e as ervas daninhas também. Os sintomas antigos voltam, ainda piores, e já não dá mais para fugir. E não apenas os sintomas dão as caras, mas o pai da Mit, com quem ela não tem uma relação muito invejável, aparece também, de forma meio misteriosa, trazendo o passado dela junto, e cabe a ela decidir como lidar com ele e com tudo o que acontece em sua vida, inclusive com a descoberta do motivo de seus sintomas, a Esclerose Múltipla.

Somos resistentes à dor, mas precisamos admitir que a danada ensina como ninguém.

Qual vai ser a reação da Mit em relação a presença do pai? Como ela lidará com os sintomas, o tratamento e tudo o que envolve a EM? O seu romance com o Dimi vai sobreviver apesar de tudo? Ou ele vai descobrir que o amor da vida dele se chama Daniela (sonho )? Só lendo para você descobrir.

— Todos temos uma história triste pra contar, Mit. (...) Cada um tem a sua porção de lutas, só que isso não define quem somos. Há uma vida além dos problemas e ela depende de você para acontecer.

Preciso dizer que De Repente Esclerosei foi uma grata surpresa, eu vi sobre o lançamento dele no instagram do blog literário da Marina, @resenhandopormarina, e fiquei bem curiosa depois de ler a sinopse e ver a capa (linda) do livro e resolvi o ler quando a autora fez uma leitura conjunta dele, mas o que era para ser lido aos poucos, foi lido em algumas horas, porque quando a leitura flui devia ser considerado um crime dar uma pausa. E, sério, serzinho, pense em um livro que flui! E quando você percebe já está nos últimos capítulos.

A Marina, apesar de ser uma autora de primeira viagem, te prende e te faz mergulhar na história, é quase como uma areia movediça, mas que em vez de quase te matar, te inspira a viver a cada capítulo.


O livro nos envolve, nos fazendo rir, chorar e aprender sem ter exageros (sem milhares de dramas que, em vez de nos emocionar, nos irritam), nos fisga pela história, pela narração, pelos personagens, pelos diálogos, pelo que ensina... Nos conquista com as referências, tanto as sutis quanto as não tão sutis assim.  E nos conecta com a protagonista. Queremos ser amigos dela. Queremos fazer tsurus. Queremos tomar cappuccino. Queremos ganhar um dálmata (mas isso eu sempre quis mesmo). Queremos roubar/sequestrar o namorado dela. E no final queremos abraçar os personagens e a autora.

O quanto de vergonha alguém pode passar e ainda continuar vivendo?

E em se tratando de personagens, é quase impossível não querer entrar no livro e sair abraçando eles.

A Mit é tão gente como a gente, ela tem medos, dúvidas, defeitos, mágoas... mas aprende, perdoa, luta, cai e levanta, segue em frente, vive! É uma personagem real, não utópica. A gente sente que poderia encontrar uma Mit em algum lugar perto da nossa casa, sabe?

E o que dizer do Dimi? Serzinho mais apaixonante, amorzinho, companheiro, amável, adorável, sequestrável... Dá vontade de entrar no livro para roubar ele, amarrar e nunca mais soltar. Pena que ele não se pode encontrar perto de casa, ele é muito bom para ser de verdade. É muito amor para poucos potinhos.

Havia algo a mais nele. Como a lembrança de um sonho, que eu esqueci e recordei no instante em que o vi. Como um presente que recebi após desejar por muito tempo. Se me perguntassem como seria um homem perfeito, eu o descreveria.

Sobre os outros personagens vou deixar para você tirar as suas próprias conclusões, mas posso dizer que eles também são bem humanos, erram, precisam de perdão, evoluem, ensinam...

Deveríamos viver todos os dias como únicos, sem preguiça para não gerar arrependimentos.

Uma das coisas que mais gostei em DRE foi como a autora conseguiu nos passar as sensações, reações, medos, receios, emoções e sentimentos que ter EM pode causar, até porque a Marina tem Esclerose Múltipla, então com as experiências dela, que ela passou para o livro, toda a questão da doença ficou bem abordada e crível, sem fazer tudo isso parecer um relatório médico, pois ela trouxe a parte humana que lida com a doença e conseguiu escrever um livro não apenas sobre alguém com esclerose, mas sobre a vida. É uma visão de alguém que vive na realidade e não só na teoria.

Dizer que eu te amo poderia ofender o meu sentimento, já que parece tão pouco para a dimensão do que sinto.

E algo meio inacreditável para mim, é que nesse livro eu gostei do amor à primeira vista, o que é raro, porque normalmente fico meio com um pé atrás com aqueles amores que parecem leite em pó e miojo, instantâneos, sabe? Mas até eu me apaixonei à primeira “leitura” pelo Dimi, então ponto para a Marina.

— Então, para o meu próprio bem, aprendi a me desligar do que me faz mal.
— Parece um pouco de egoísmo?
— Não permitir que as pessoas nos machuquem? (...)
— Tem mais a ver com amor próprio, Mit.

Sobre a edição, preciso dizer que amei mais que coxinha a capa desse livro de tão linda que é; a diagramação do e-book está perfeita, e não lembro de ver nem um erro de português. E sobre a edição física, ela é a coisa mais linda! Em capa dura, com fitinha e tudo, com fonte ótima para quem for meio ceguinha como eu ler e páginas amareladas. E nem preciso falar da diagramação da versão física também, né? Perfeita! Os tsurus, a aquarela... Tudo tão, mas tão lindo. Com certeza um dos livros mais lindos da minha estante. E eu já falei que ele é em capa dura? 

— Nunca parou para pensar no quanto possa existir além do que vemos ao olhar para o céu?

O que mais dizer sobre De Repente Esclerosei? Difícil resumir tudo em uma resenha (e olha que eu já escrevi muito ). Ele me fez emocionou e me conquistou na medida certa. Tem doença? Sim. Tem drama? Sim. Chorei lendo ele? Sim. Mas eu terminei ele sorrindo e grata por ter o lido.

Ele passa bem e lindamente a mensagem de que a sua vida continua mesmo se você descobrir que tem uma doença. Que a doença não é você, é só algo que faz parte do seu crescimento. Que você é mais que um diagnóstico. Que temos que viver cada dia como se fosse único. E isso não vale apenas para quem tem esclerose, mas para todo e qualquer ser humano ou extraterrestre.


Para simplificar, se eu fosse resumir o que senti lendo o livro em uma palavra, ela seria "gratidão" (Obrigada, Marina! ).

Algumas pessoas têm o dom de tornar o mundo melhor, não por conseguir mudar o que está ruim, mas apenas por existirem.

E você, serzinho, quer saber mais sobre Esclerose Múltipla de um jeito “leve”? Leia DRE. Já sabe o que é EM? Leia DRE também. Quer um livro que te ensine lições que você levará para a vida inteira? Leia DRE. Quer ler um livro que envolva família, amigos, perdão, recomeço, aprendizado e tudo mais? Leia DRE. Está em dúvida sobre qual vai ser a sua próxima leitura? Não tem mais dúvida nenhuma, leia DRE. Na verdade, o que você está fazendo aqui ainda? Faça um favor a si mesmo e vá comprar o e-book ou o livro físico, leia DRE, e se torne um esclerosado você também .

Hoje eu consigo entender que não existe situação que não possa ser contornada quando temos o presente de viver. Viva, se não por você, por quem não possa mais escolher.



Nota :: 


Informações Técnicas do livro

De Repente Esclerosei
Um faz de conta de verdade
Ano: 2018
Páginas: 269
Editora: Independente
Mitali Montez possui um arquivo pessoal de mágoas. Protege e ama incondicionalmente Aurora, sua melhor amiga e única família. É surpreendida pelo destino ao conhecer Dimitri Mifti, um moço com habilidades para derreter o seu coração gelado. O retorno misterioso do pai muda a perspectiva do seu passado, mas é através da adaptação com o diagnóstico de Esclerose Múltipla que ela percebe a necessidade do perdão para encontrar a paz que não sabia que precisava.

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22 dezembro, 2018

Resenha :: Nosso Momento

dezembro 22, 2018 1 Comentários

Esse é o casal da história Por um momento assim da autora R.M. Cordeiro, (clique para ler a resenha) e por ser uma série, se apegar ao casal principal é quase necessário para ansiar pela próxima história, e esse casal com seus amigos, conquista e reconquista os leitores sempre que "decidem" compartilhar um pouco de sua história conosco.

Susana me dá aquele sorriso lindo de quem sabe um segredo que mais ninguém conhece, antes de ficar na ponta dos pés e encostar seus lábios nos meus.

Leia essa resenha ouvindo esse presente que é: A playlist desse conto lindo!!



Nesse lindo conto vemos o que houve depois do primeiro livro e o desfecho de tudo, que esperei tanto, aconteceu. Mas o que me deixou muito, muito feliz foi que apesar do crescimento dos personagens, eles ainda são eles mesmos, e as conversas "internas" da Susana ainda ocorrem no melhor estilo grilo falante.


Outra coisa muito linda é que, além da narrativa alternada entre Marcelo e Susana, somos colocados dentro da mente deles durante a narrativa e sentimos e vemos a história com seus olhos, o que deixa tudo mais intenso, mais especial e, de certo modo, mais bonito. Porque além de entender a motivação e os pensamentos temos a clara visão do que os move.

Acho que é o que acontece quando a gente encontra alguém que nos aceita completamente como somos, todo um mundo de possibilidades não imaginadas antes, se abre.


Marcelo e Susana passaram por difíceis decisões até finalmente admitirem para eles mesmos o que sentem um pelo outro, mas ainda que tenham certeza de que devem permanecer juntos, como fazer esse relacionamento dar certo se ainda possuem uma vida, família, trabalho e rotinas em estados diferentes? Nesse momento o que os move é ser feliz, fazendo a quem tanto amam felizes também, apesar das dificuldades do dia-a-dia dos vieses que a vida nos coloca sem aviso prévio e, principalmente, das concessões que temos que fazer para ajustar nossa vida a de outra pessoa.


Os preparativos para mais um passo marcante entre esse casal tão querido envolve a todos que fazem parte da vida e da história deles, dando aquela sensação de pertencimento que os amigos e familiares tem e sempre terão, mesmo aqueles que não estão entre nós. E o conto mostra de um jeito lindo e verdadeiro, que só saber que seu lugar é ao lado da pessoa amada, não facilita a vida de um casal e que, às vezes, é necessário ousar e dar um passo adiante, mesmo quando não se quer ter pressa de definir o caminho para o futuro.


Nesse momento, com a mulher que amo nos braços e olhando para tudo que vivemos até aqui, sinto que a vida é boa, que o mundo é um lugar bom de se estar e que eu tenho sorte por viver esse instante, o nosso momento.

E com um agradecimento, que me deixou comovida, terminei a leitura com o coração repleto de alegria, por mais essa linda parte da história dos meninos de Floripa ter sido tão lindamente contada. Só fez aumentar a vontade de ter mais de Su e Marcelo. De querer saber mais sobre esses amigos, Cesar, Jerry e Caio, e começar a gostar de alguns personagens que até então, não tinham ganhado minha simpatia. 


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Nosso Momento
Um conto da série: Amores de Floripa
Ano: 2018
Páginas: 80
Editora: Cappia
Sinopse:
Quantas chances de ser feliz com a pessoa que você ama a vida é capaz de dar?

Marcelo e Susana passaram por difíceis decisões até finalmente admitirem para si próprios o que sentem um pelo outro, mas ainda que tenham certeza de que devem permanecer juntos, como fazer esse relacionamento dar certo se ainda possuem uma vida, família, trabalho e rotinas em estados diferentes? 
Nosso Momento mostra que só saber que seu lugar é ao lado da pessoa amada, não facilita a vida de um casal e que às vezes é necessário ousar e dar um passo adiante, mesmo quando não se quer ter pressa de definir o caminho para o futuro.

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20 dezembro, 2018

Resenha :: Pablo Rangel, sem subtítulo

dezembro 20, 2018 1 Comentários

Oi, queridos faroleiros. Hoje, vou resenhar um livro bem diferente dos que costumo trazer aqui para o Clube. Pablo Rangel, Sem Subtítulo é um infanto-juvenil nacional.

Lia muito quando criança. Adorava a série Vaga-Lume, mas, à medida que fui me tornando um adolescente, eram poucos títulos que chamavam a minha atenção. Foi quando os filmes em VHS que meus pais alugavam foram me conquistando. Minha adolescência foi de poucos livros, mas de muito cinema e filmes alugados. Spielberg e John Hughes foram meus heróis. Sim, estou falando dos anos 80!

Estou contando isso porque o autor Gustavo Majory fez uma pesquisa on-line em 2011 para descobrir porque o público masculino, durante a adolescência, tem dificuldade de desenvolver o hábito de leitura. Ele descobriu que há pouca oferta de literatura nacional voltada para o público adolescente masculino. A maioria dos livros são voltados para o público feminino e os meninos não têm como se identificar com personagens melodramáticos que buscam sempre o “felizes para sempre”. Foi exatamente o que aconteceu comigo. Me identifiquei mais com os nerds das histórias de John Hughes e com as aventuras fantásticas de Spielberg do que os romances.

Cinco anos depois, o autor publicou a história de Pablo Rangel, um garoto de 15 anos que está no primeiro ano do ensino médio de uma escola pública. A narrativa de Majory é em primeira pessoa como se o próprio autor fosse o Pablo Rangel mais velho. Acredito que algumas passagens tenham acontecido com Gustavo ou com algum de seus amigos. Pablo é um adolescente comum que comete erros como qualquer adolescente da vida real. Ele critica os professores, cola nas provas e tem seus preconceitos. Quem nunca? Por isso a identificação é imediata, mesmo para aqueles que já passaram pela adolescência há algum tempo.

Boa parte de nossas lembranças, que temos quando adultos, são as pequenas aventuras em casa, os passeios que realizamos, mas sempre o que marca é o longo tempo que passamos dentro da escola.

O livro descreve a vida de Pablo durante o último bimestre do primeiro ano. É praticamente um diário, sem ter uma história central. Ele vai contando à medida que as coisas vão acontecendo ou ele vai lembrando. Isso faz com que a história perca o foco. Acabam sendo acontecimentos ao acaso. Quando a história ganha mais força por causa de uma descoberta, tudo soa falso e superficial.

Os pontos altos do livro foram a narrativa apropriada para o público alvo e a forte identificação com o personagem principal. Os capítulos são curtos e rápidos de se ler.

Gustavo Majory é mineiro, natural de Divinópolis e já tem 7 livros publicados pela editora Meus Ritmos. Já escreveu poesia, infantil, jovem adulto, mas gosta mesmo desse universo infanto-juvenil.  Seu livro mais famoso é O Musical. Você pode saber mais sobre ele por meio da sua conta no Instagram, @gusttavomajoryoficial.

A história me fez lembrar da época de escola. Que nostalgia!

Beijos, André.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Pablo Rangel, 
sem subtítulo
Ano: 2016
Páginas: 130
Editora: Meus Ritmos
Sinopse:
Este livro é terminantemente proibido para:
Meninas
CDF's
Professores
Pessoas Caretas
Escolas
Bibliotecas
Depois não diga que não avisei!

Uma desventura que é narrada pelo próprio personagem, a história passe-se  quando o personagem tinha 15 anos, um período importantíssimo no que se diz respeito aos hormônios e a descoberta do próprio corpo. Um livro destinado para os garotos já que raramente aparece uma literatura que dialogue com esse público.

Saiba mais sobre o livro conferindo a sua página no Facebook, clicando aqui!

A editora Meus Ritmos é uma nova editora séria, preocupada não em publicar best sellers, mas sim em lançar livros com qualidade, dando oportunidade para novos autores publicarem. Saiba mais sobre ela acessando as suas redes sociais:


18 dezembro, 2018

Resenha :: A História do Universo para Quem Tem Pressa

dezembro 18, 2018 0 Comentários

Olá faroleiros, tudo bom?

Recebi em parceria com a Editora Valentina o livro A História do Universo para quem tem pressa. Em meu último post fiz uma breve apresentação dos títulos que a série possui até o momento, caso tenha interesse em conhecê-los, basta acessar o link, clicando aqui.

Colin Stuart, o autor do livro, é um escritor e jornalista especializado em astronomia, essa paixão resultou neste livro! A intenção do autor foi despertar o interesse pelo vasto espaço sideral e nos permitir ter um conhecimento didático e de uma maneira bem leve sobre as diversas teorias que existiram ao longo da história da humanidade, assim como seus principais pensadores e os fenômenos que ocorrem a todo tempo ao nosso redor.

Nas palavras do autor:

Passei os últimos dez anos escrevendo e palestrando a respeito de astronomia, e, ainda assim, ela faz com que me sinta pequeno e insignificante. Muitas pessoas não se interessam pelo assunto porque acham que deve ser difícil de aprender. Mas não tem que ser difícil. O objetivo deste livro é decompor a vastidão do universo em porções conceituais de suave digestão intelectual ou de fácil assimilação mental. Nele, não existem complicações matemáticas ou jargões tecnocientíficos, mas apenas explicações simples das características mais fascinantes do universo.

Durante a leitura, embarquei em uma viagem aos primórdios da humanidade e o início desta fascinação pelo céu noturno, os planetas, as estrelas e toda a vastidão que nos permeia; além disso, o autor vai nos apresentando pouco a pouco cada teoria criada para explicar estes mistérios, seus principais pensadores e instrumentos utilizados para cada uma destas descobertas, traçando um panorama geral – o que foi extremamente enriquecedor – permitindo ao leitor ficar imerso e despertando a curiosidade do leitor para começar suas próprias pesquisas sobre a temática.

Existem ainda diversas curiosidades que, particularmente, me encantaram muito durante a leitura. Para vocês terem uma pequena amostra, e ficarem com um gostinho:

Um fato pouco conhecido sobre a espaçonave Juno é que ela levou três bonecos de alumínio feitos com peças de Lego em seu passeio pelo cosmos. Eles representam o Deus romano Júpiter, sua esposa Juno e Galileu, o primeiro astrônomo que observou o planeta com um telescópio. (p.99)

Supernova tipo Ia conhecida como SN 1994D explodindo na galáxia  NGC 4526. (Fonte da imagem)

Em suma, A História do Universo para quem tem pressa é uma leitura bem rica e didática, porém feita de uma maneira leve e divertida, de forma a nos despertar o interesse pela temática de astronomia. Uma ótima forma de sanar algumas curiosidades que temos a respeito do espaço e, quem sabe, nos fazer questionar todas as teorias apresentadas e começar a formular as próprias!

Sobre a edição: Gostei bastante da capa e da diagramação feita pela editora, a tradução de Milton Chaves também ficou excelente, não recordo de ter encontrado erros na revisão do livro, existem diversas fotos e esquemas para auxiliar a imaginação do leitor e exemplificar algumas teorias apresentadas. Para ser sincera, a única coisa que não me agradou muito foi o fato do livro possuir páginas brancas, mas isto é um gosto pessoal e não foi nada que me impedisse de lê-lo.

Até a próxima!


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

A História do Universo para Quem Tem Pressa
Do Big Bang às mais recentes descobertas da astronomia!
Colin Stuart
Ano: 2018
Páginas: 216
Editora: Valentina
Sinopse:
Os grandes mistérios e maravilhas do céu noturno sempre nos fascinaram, intrigaram e divertiram, desde os primeiros passos na Terra. Hoje, continuamos nos esforçando para entender o nosso lugar no cosmos.
O século 20 foi palco de importantes e assombrosas descobertas sobre o nosso próprio planeta, o sistema solar, as estrelas e as galáxias. Contudo, ainda buscamos respostas para inúmeras questões – O que é matéria escura? Estamos sozinhos no universo? É possível viajar no tempo? –, e essa busca nos proporciona uma valiosa compreensão da vastidão e das infinitas possibilidades do espaço universal que ainda estamos por descobrir.
O universo, considerando-se a sua imensidão, pode ser assustador, mas neste livro de fácil compreensão embarcamos numa viagem incrível através de todas as descobertas astronômicas fundamentais, desde as resultantes de crenças de civilizações antigas até as oriundas de pioneiras e recentes observações das ondas gravitacionais, previstas por Einstein mais de 100 anos atrás. Nunca houve ocasião melhor para começar a entender os mistérios do universo, e este guia essencial do cosmos é o melhor ponto de partida!



Para a Editora Valentina, leitura é, acima de tudo, entretenimento.
Olho vivo e faro fino.
Esse é, na verdade, o lema de todo grande editor. E a pinscher dessa editora encarna esse lema como ninguém.


*Exemplar cedido pela editora

14 dezembro, 2018

Resenha :: Por Um Momento Assim

dezembro 14, 2018 1 Comentários

Olá faroleiros, vou compartilhar sobre a leitura do livro Por Um Momento Assim.

Suzana não consegue ser mais a mesma depois que perdeu seu pai de forma inesperada, ela trabalha como fisioterapeuta e seu amor pela profissão e por sua mãe é o que dão força para continuar vivendo um dia de cada vez. Não é namoradeira, mas também não é avessa a relacionamentos, apenas espera as coisas acontecerem naturalmente. Ama viajar e é por isso que se vê rumo à Bahia, aceitando o convite de uma grande amiga, sem saber que essa viagem mudará sua vida!

Já no segundo capítulo outra surpresa, nem pensei em mais nada só continuei lendo e me apegando aos personagens. Com uma playlist incrível essa história, só ficou ainda mais maravilhosa e marcante.



Marcelo é um cara que vive para trabalhar e trabalha para viver, mora em Curitiba e trabalha como arquiteto no escritório do padrasto de César, seu amigo inseparável desde a época da escola ou desde sempre. Bem humorado, encantador, educado, aquele sonho que a gente acha que não existe, mas que anda por aí esperando ser encontrado. É do tipo que gosta de namorar sério, mas não se apaixona facilmente. Convencido pelos amigos, viaja à Bahia em busca de praia, diversão e distração, sem saber que essa viagem vai mudar tudo o que sabe sobre si mesmo.

Após uma difícil perda, Marcelo, viaja para Salvador a fim de tentar absorver melhor sua própria situação. Lá ele conhece Susana que está comemorando seu aniversário em grande estilo, e não deu outra gente, eu me apaixonei pela Suzana e pelo Marcelo. Me vi amiga deles também, torcendo, sofrendo junto,  porque mais do que atração física, uma forte conexão se forma entre eles ao descobrirem a dor que carregam em comum. O romance é do melhor estilo "com gosto de fruta mordida" e, apesar de nem tudo ser fácil, é incrível ver as descobertas deles, sobre si mesmos e um com o outro. 

Marcelo é pura calma, nada nele está fora do lugar, enquanto eu me sinto em total desordem.

A paixão bate a porta desses corações machucados e, apesar de incertos sobre o futuro, ambos anseiam permanecerem juntos já que eles moram em estados diferentes do país. As cenas de romance são na medida certa, para você se apaixonar ainda mais pela história. Eu me envolvi muito por ser uma história da vida real, com pessoas comuns absurdamente especiais.

Comecei a comparar com tudo que já vivi, e ri porque o amor é assim mesmo, o tempo passa depressa porque quando é bom a gente não sente o tempo passar. É leve, chega junto com amizade, respeito, admiração e torna a pessoa uma parte de nós mesmos.  O amor não traz felicidade, ele aumenta a felicidade que sentimos, torna tudo mais intenso, mais forte. Não colore o mundo, mas tira a neblina da tristeza, nos permitindo ver todas as cores do mundo.

O problema é que o amor nos deixa a flor da pele e qualquer peso parecer ser incrivelmente maior, nessa hora o amor é testado, para provar que é verdadeiro, que vem para ficar. Afinal a paixão que também acompanha o amor pode fazer tudo reluzir, mesmo aquilo que não é ouro. Em especial quando existem assuntos inacabados que envolvem os sentimentos de outra pessoa.

E quando finalmente ele me beija na boca sou apenas sensações, mais nada.

Mesmo imaginando o que viria, eu não teria como me preparar para as surpresas que a autora reservou e de forma linda, por ver com que delicadeza a autora retratou o coração exposto dos personagens e mostrou que o amor é a cola que liga os pedaços da nossa vida, que ajuda a ficar inteiro nos momentos em que parece que não vamos conseguir. E ver os personagens aprendendo a dura lição que após o luto a dor não diminui, só se aprende a viver sabendo que a dor sempre vai estar presente, alguns dias mais forte, outras igual, mas sempre lá. E que os amigos são a família que escolhemos, aquela que não tem laços de sangue e sim de algo mais forte, forjado no dia-a-dia e que por isso é ainda mais preciosa.

Agora, o que foi aquele prólogo? Sério, amei, amei, amei! A cada nova história do quarteto acho que esse livro vai ganhar uma releitura.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Por Um Momento Assim
Amores de Floripa #1
R. M. Cordeiro
Ano: 2017
Páginas: 255
Editora: Cappia
Sinopse:
Como seguir em frente depois de uma perda devastadora? Quando seu coração está fragmentado e você revive a dor dia após dia?
Após uma difícil perda, Marcelo, viaja para Salvador a fim de tentar absorver melhor sua própria situação. Lá ele conhece Susana que está comemorando seu aniversário em grande estilo. Mais do que atração física, uma forte conexão se forma entre eles ao descobrirem a dor que carregam em comum. A paixão bate a porta desses corações machucados e apesar de incertos sobre o futuro ambos anseiam permanecerem juntos. Porém histórias mal resolvidas assombram a relação delicada e intensa do casal.
Será que um sentimento que chegou inesperadamente é capaz de superar o que está por vir?
Uma história sobre perdas e recomeços, sobre feridas que não se fecham e cicatrizes com as quais precisamos aprender a conviver.

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