26 julho, 2019

Resenha :: Paixão em um Verão

julho 26, 2019 0 Comentários

Olá, Faroleiros!

Este mês participei de uma leitura coletiva e quero compartilhar com vocês a resenha desta obra deliciosa.

A vida é feita de coincidências. Às vezes elas podem ser tão maravilhosas a ponto de mudar as nossas vidas para sempre. Paixão em um Verão, da Tatiana Mareto, nos traz uma história envolvente de quatro amigas e como a vida delas muda completamente depois das férias de verão.


Não dava para adivinhar o que aconteceria naquele verão. Eu não fazia a menor ideia do que encontraria quando chegasse ao México, nem do que se seguiria durante minha estada do outro lado do planeta. 

Elis, Ana, Thais e Paula se hospedam no JW Marriott em Cancun, México, a fim de passar as férias e recarregar as baterias. Elas estão super empolgadas com as infinitas possibilidades de passeios, festas e azaração que podem ocorrer por lá. Afinal, onde há a mistura de músicas dançantes, bebidas exóticas e homens bonitos, muita coisa pode acontecer.

Assim, sem qualquer tipo de aviso prévio, como se eu não pudesse ter uma convulsão com a sua simples presença, Samuel Whitlock, em carne e osso, materializa-se em nossa frente. Não consigo ver se Paula ainda está viva, espero que sim. Meu coração dispara e posso apostar que minha pressão subiu. Ele não está vestindo quase nada, apenas uma sunga listrada de azul e branco. Peito nu, pés descalços, cabelos molhados - essa é uma visão do que o Paraíso seria se ele existisse.

Só que as quatro amigas não estavam preparadas para encontrar hospedados no mesmo hotel que elas os integrantes da sua banda preferida no mundo todo: O Blue Age. Fãs de carteirinha, que inclusive participavam de um Fórum Internacional da banda na internet, as garotas quase tiveram um ataque de euforia ao vê-los ali, ao vivo. Quase, porque as meninas conheciam mais do que ninguém aqueles caras ali. Sabiam que tudo que eles não curtiam nos momentos fora do palco eram as fãs em seu estado histérico. Por isso elas tinham um plano: iriam se aproximar, se enturmar e aproveitar a companhia dos homens dos seus sonhos.

Paula dá uma risada, mas percebo que Ana está preocupada. Ela ainda não tomou coragem de procurar Samuel e revelar a ele a verdade, ou seja, confessar que é fã e que não contou aquilo no primeiro encontro porque não achou que o rótulo fosse mais importante do que a percepção a seu respeito. Ela tem razão, o problema é adiar demais aquela conversa.

Charlie, Sam, Paul e Daniel só queriam descansar naquele verão. A banda vinha tentando reconectar-se com a inspiração, por isso escolheram um lugar paradisíaco para tal. Eles tentavam a todo custo fugir de fãs perseguidoras. Então, quando conheceram as quatro garotas hospedadas no mesmo hotel que eles e que não os reconheceram, decidiram curtir o lugar junto com elas.

Índice de chances de umas férias de verão totalmente inesquecíveis? Altamente prováveis!

Nossa interação já ultrapassou a maioria das barreiras que as fãs têm com os ídolos.
Quis que meus olhos tivessem visto todos os rapazes. Quis, sinceramente, poder apreciar suas figuras distintas, enquanto tinha a oportunidade de conhecê-los além da música, além da fandom. Mas falho miseravelmente porque, enquanto eles caminham em nossa direção, tudo que preenche minha visão é Paul Allen sorrindo, com uma expressão tímida que não combina com ele, vestindo regata amarela e bermuda florida. Tudo está florido demais em Cancún, já estou ficando farta de flores. Mas não dá para ficar farta de Paul.


Uma das coisas que eu mais gosto nessa história é a forma despretensiosa e divertida como a Tatiana Mareto a inicia. Quem nunca na vida não teve um ídolo famoso e sonhou em conhecê-los pessoalmente? Se nunca teve, provavelmente conhece alguém que já fez ou pensou em fazer uma loucura pelo ser venerado.

Paul sorri mais uma vez e eu me derreto com esses lábios perfeitos. Nosso combinado, no entanto, não me permite agir como aquela que usualmente ouve todas as músicas do Blue Age duas vezes por dia, pelo menos. Eu tenho que ser eu mesma e mostrar para ele que sou capaz de vê-lo além do ídolo, além da pessoa que idealizo na minha cabeça — porque eu duvido que ele seja parecido com meus delírios. Não. Ele é muito melhor.

Começamos Paixão em um Verão conhecendo o lado tiete das garotas, principalmente da Elisângela, que é quem narra a maior parte da história. Uma mulher como qualquer uma de nós, com anseios, desejos e defeitos que conseguem conquistar o coração de Paul. Porque a vida é isso, ela não é só beleza e encanto. Há também poesia na imperfeição, e o guitarrista do Blue Age consegue vislumbrá-la, por isso se apaixona pelo conjunto a obra que é a Elis.

É mais um desses beijos perfeitos que só ele sabe dar, quentes e molhados, carregados de sentimento e paixão. Parece até que estou no cenário de uma música qualquer do Blue Age e que Paul é capaz de transferir a emoção de suas canções para os lábios. Talvez ele seja. Os dedos, acostumados à guitarra, amoldam-se com perfeição às minhas formas.

Ela, por sua vez, reluta em acreditar nos sentimentos de Paul que, por ser famoso, pode ter quem quiser. Isso demonstra, claramente, o quanto a Elis é insegura consigo mesma. Mesmo ele dando todas as indicações da sua intenção, demora até ela perceber e se permitir uma chance. Também não é para menos. Estamos falando de Paul Allen, o integrante da banda que ela é apaixonada desde que os conheceu. Lá no fundo do coração a garota já nutria sentimentos intensos por ele. Quando Elis se permite viver dias e noites intensas com Paul, Cancun se transforma no lugar dos sonhos e a paixão entre eles só aumenta.

— Preciso fazer uma pergunta. Você sabe que eu compus várias músicas durante as férias… eu queria saber se você permite que eu as use no programa.
— Ahm? Eu permitir? Por que eu deveria permitir ou não permitir alguma coisa?
— Porque eu compus as músicas para você. Sobre você. Sobre nós.

Ao mesmo tempo, as amigas interagem com os outros ídolos e aproveitam juntos o que a viagem tem a oferecer. É uma delícia tentar adivinhar quais casais darão certo ou não naquele grupo inusitado.

“Elis, tá viva?” 
“Não sei, provavelmente não estou. O que foi isso?”
“Paul Allen sendo Paul Allen. Ele está apaixonadinho, hem? Você o fisgou de jeito, me conta o que fez.”
“Ah, fala a mulher que seduziu Samuel Whitlock.”

Difícil foi imaginar as férias de verão acabando, cada um voltando para sua vida. Aqueles momentos deixariam marcas intensas em todos. Principalmente no nosso casal protagonista. Por isso, o que acontece depois é uma sucessão de mergulhos à desconhecida profundeza do amor de Paul e Elis. Ninguém seria capaz de prever a sequência de fatos que culminariam em um final realmente emocionante.

Afinal, desde a primeira página da obra tudo se resume a sentimentos, a chave que gira as engrenagens do nosso corpo e nos permite viver. Não seria diferente no livro, senão não teria tanto verossimilhança e a leitura não nos prenderia de tal maneira.

— Quer me convencer que ela te drogou, Paul?
— Eu não sei.
Ele baixa a cabeça. Alguém traz café, não sei quem. Estou com dor de cabeça e morrendo de fome, mas não peço nada porque posso segurar nenhum objeto pontiagudo.
— Você fez sexo com ela. Lembra disso?
— Não.
— Não fez sexo ou não lembra?
— Não lembro.

Mergulhei de cabeça na obra e me permiti viajar pela intensidade dos acontecimentos. Ri, chorei, esbravejei, torci e comemorei cada virada na história dos personagens. Paixão em um Verão é daqueles livros que podemos esperar de tudo. A Tatiana, como uma excelente escritora que é, não nos poupa de nenhum fato. Ela, literalmente, escancara a situação de forma que só nos resta, como leitores, aceitar e rezar para que tudo se resolva nas próximas páginas. E é assim, de forma intensa e vibrante, que devoramos os capítulos.

A pergunta me atingiu no meio da face, porque ela é óbvia e, ao mesmo tempo, eu não imaginei perguntá-la. O que estou fazendo em Los Angeles? Por que saí correndo da cama de Mark para pegar um voo às pressas? A resposta é ainda mais óbvia, porque eu amo Paul Allen. E porque a dor dele é minha dor, porque não suporto a agonia dele. Porque ele me ligou e disse que precisa de mim, mesmo que ele não tenha dito isso hoje.

Não preciso dizer o quanto amei a Paixão em um Verão, amei o Paul e a Elis e o Blue Age. Mas eu realmente fiquei curiosa para conhecer mais dos outros personagens. Sabemos que rola sentimentos entre alguns deles, mas suas histórias pessoais são contadas de forma superficial e ficamos curiosas por mais. Fica o apelo à escritora que sacie nossos anseios.

Paul me abraça e afundo o nariz em seu peito nu. Esse talvez seja o meu lugar favorito no mundo — em seus braços, respirando o seu cheiro, em contato com sua pele.

Fica também a dica de leitura para quem quer suspirar e relembrar da  sua época de tiete. Paixão em  Verão é a oportunidade de resgatar o sonho da possibilidade de um romance com seu ídolo querido. Ele é real, é muito real. Pelo menos foi para a nossa querida Elis.

We’ll be walking through leaves
When summer’s gone
We’ll carry on


Nota :: 



Informações Técnicas do livro

Paixão em um Verão
Tatiana Mareto
Ano: 2018
Páginas: 405
Editora: Independente
Sinopse:
Paixão em um Verão narra a aventura de Elisângela, uma jovem mulher descontente com sua vida que deposita a esperança em mudanças internas quando vai passar as férias em um paraíso tropical com as melhores amigas. 
Tudo muda de perspectiva quando ela descobre que estão hospedadas no mesmo hotel do Blue Age, sua banda favorita, de quem é fã incondicional. Com a oportunidade de conhecer os ídolos e interagir com ele, o tédio desaparece e suas aspirações ficam em segundo plano. 
Contudo, o que Elisângela acredita ser apenas um momento de interação entre fã e ídolo começa de forma inusitada e a coloca frente a frente com Paul Allen, o guitarrista, objeto de seus devaneios menos secretos. 
Paul é o homem de sua vida, ela sabe disso, e está com a chance de fazer parte dela, definitivamente. Porém existem muitos desafios e percalços para que uma mulher comum e desinteressante como ela possa conquistar definitivamente o amor.


 _____Sobre a Autora_____

Tatiana Mareto


Tatiana Mareto é sagitariana, gosta de se comunicar, adora transformar sentimentos em palavras. Mora em Cachoeiro de Itapemirim, é professora e advogada e começou a escrever aos doze anos, sendo autora de diversos textos não acabados, muitas poesias não publicadas e alguns originais empoeirados. Inspira-se com música e tem uma trilha sonora para todos os capítulos - das suas histórias e da sua vida. Se apaixona com facilidade pelos próprios personagens e coleciona crushes literários. 

24 julho, 2019

Resenha :: Neve na Primavera

julho 24, 2019 0 Comentários

Para os amantes os livros de mistérios e de suspense, temos uma ótima obra de Sarah Jio, que já era conhecida por Violetas de Março. Podemos marcar alguns pontos do enredo, sem comprometer sua leitura posterior.

A parte de Claire é no presente. Uma nevasca acontece na região, sendo que a última delas teria acontecido exatamente no mesmo dia, porém quase oitenta anos atrás. Essa coincidência faz um editor de um jornal pedir à nossa protagonista, a jornalista Claire Aldrige, para escrever algo sobre a nevasca.

Todos nós nos comportamos de forma distinta diante do trauma e da agonia, costuma dizer minha terapeuta, Margaret. Algumas pessoas agem impulsivamente, outras se reprimem – contendo a dor e guardando-a bem no fundo, deixando-a se formar e inflamar, e era assim que eu agia desde o terror que eu vivera no último mês de maio.

A princípio desinteressada, ela descobriu um caso curioso e sem solução, ocorrido na última nevasca: o desaparecimento do menino Daniel Ray. Começa então uma investigação com um ótimo clima de suspense. Somado a isso temos também as relações pessoais da protagonista que podem ajudar ou atrapalhar em sua pesquisa.

A parte de Vera, situada em 1933, é contada a partir da perda de seu filho Daniel, durante uma nevasca rara na região, e os esforços para encontra-lo. Essa parte é como um flashback da história da Claire, uma vez que o filho de Vera é o menino cujo sumiço é investigado por Claire, e nos leva para personagens e situações vividas no passado que nos ajudam a compreender os personagens e acontecimentos do presente.

A autora intercala cada capítulo, ora com a parte da Vera e ora com a da Claire, de forma que os personagens envolvidos na parte da primeira aparecem de alguma forma na parte da segunda. Apesar de falarmos aqui de cada uma de forma separada, o livro entrelaça de modo genial as relações das duas histórias. É fácil se envolver com as duas protagonistas e a cada vez mais nos vemos intrigados em descobrir o desfecho de ambas as histórias.

Outro ponto forte do livro é que ele não deixa mistérios sem soluções. Irá emocionar quem ler. Vale (muito) a leitura!!


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Neve na Primavera
Ano: 2015
Páginas: 336
Editora: Novo Conceito
Sinopse:
Seattle, 1933. Vera Ray dá um beijo em seu filho, de três anos de idade, e, mesmo contrariada, sai para trabalhar. Ela odeia o turno da noite, mas o emprego de camareira no hotel é a única fonte de sustento para sua pequena família. Na manhã seguinte, o dia 2 de maio – em plena primavera, portanto –, uma tempestade de neve desaba sobre a cidade. Vera se apressa para chegar em casa antes de Daniel acordar, mas encontra a cama do menino vazia. Seu amado ursinho de pelúcia está jogado na rua, esquecido sobre a neve. Na Seattle do nosso tempo, a repórter Claire Aldridge é despertada por uma tempestade de neve fora de época. Ainda se recuperando do terrível acidente que enfrentou há um ano, Claire tornou-se apenas uma sombra do que era. Seu casamento está desmoronando, a culpa a consome e a dor da perda parece não ter fim. O trabalho no jornal tem sido sua única fonte de motivação. O dia é 2 de maio e ela é designada para escrever sobre a nevasca deste ano e também sobre aquela que aconteceu há mais de setenta anos, Claire se interessa pelo caso do sumiço do pequeno Daniel, que permanece sem solução, e promete a si mesma chegar à verdade. Um recorte de jornal, muitas coincidências e um instinto inexplicável levam Claire a assumir a missão de desvendar o mistério e devolver àquela família a paz que foi roubada há tantos anos.


O Grupo Editorial Novo Conceito oferece sempre os best-sellers mais aguardados e comentados do meio literário. Em anos de sucesso editorial, foram vários os autores e títulos reconhecidos na principais listas do PublishNews e Veja. O selo Novo Conceito foi desenvolvido para reunir essas grandes publicações, além das novidades e lançamentos internacionais que ainda virão.

22 julho, 2019

Resenha :: A Jornada das Bruxas

julho 22, 2019 0 Comentários

Olá, venho comentar sobre A Jornada das Bruxas. Para entender o livro como um todo, recomendo que antes leia minhas primeiras impressões, clicando aqui.

A vida de Nina ia relativamente bem, encontrando normalidade dentro de suas particularidades, afinal ela foi criada entendendo ser uma bruxa e descendendo delas, porém tudo começa a mudar quando uma carta perdida há trinta anos chega à casa da floresta, e Nina entende que está encrencada. E assim, Nina nos narra a sua história de uma maneira muito verdadeira e, algumas vezes, irreverente.


Minha vó sempre dizia que quem andava sozinha, andava cansada. Que sem confidentes, amigas, mães ou irmãs não chegaríamos onde podíamos chegar. Eu acreditei nela.

Como aceitar que está sendo convocada para reviver a tradição há muito esquecida de peregrinar pelo mundo? Afinal de contas se a tradição foi esquecida, deve ter sido por um bom motivo, e agora ela tem motivos para não querer partir, afinal agora que conheceu Alex, o misterioso vizinho que demonstra por ela um interesse ostensivo e inexplicável, e que faz ela sentir e viver aquelas deliciosas emoções do primeiro amor.

— Quem ama o mundo precisa aceitar também o que não é bom. Todo corpo sob a luz produz sombra, e a sombra faz parte de nós. É justamente na aceitação do imperfeito que vem a nossa força.

Mas nem tudo em seu caminho são flores, porque nesse exato momento o governo está convencido de que por trás da fachada de normalidade de sua família se esconde um rentável milagre, e que sua família tem obrigação moral de revelar as chaves para controlar e usar esse “milagre”.


Porém, a força da carta ainda está sobre ela, que decide obedecer ao invés de sacrificar, e embarca para a Romênia, onde uma bruxa com o carisma de uma unha encravada a espera. E assim que somos recebidos por essa bruxa (Nina e eu, claro), somos brindados pela autora, com tudo que se espera de uma bruxa. O que arranca risos e também começa a mostrar que muitas vezes, a maioria delas, nossos olhos veem aquilo que queremos que eles vejam, e que o medo do desconhecido é capaz de criar monstros em sombras, em locais que não existem e que nunca existiram.

— Dentes-de-Leão! — A velha exclama mais à frente com o traseiro para o alto. Suas mãos acariciam a flor amarela no meio da horta. —Eles são indestrutíveis. Quinze mil sementes em um único pé, já pensou? O mundo é dos persistentes, se alguém ainda não notou.

A mensagem do livro, para mim, foi mais do que um aprendizado e crescimento de uma adolescente para adulta, alguém consciente de seus deveres e responsabilidades para consigo, com os outros e para com a vida em torno de si, seja animal, vegetal ou mesmo do espaço que parece sem vida, mas não é da terra que nascem os vegetais? Não é dela que tiramos o sustento dos corpos e da alma? Mas que todos, desde que nascemos, estamos em nossa própria jornada de aprendizado e que, em algum momento, atribuíram nomes para cada etapa dessa jornada, criança, adolescente, jovem, adultos e idosos, e ainda hoje acho que o que conhecemos como morte é um bilhete de uma jornada que ninguém volta para contar, é preciso estar nela para saber como é.


Que todo ciclo envolve outro e que nada se perde, mas tudo volta e recomeça a ser, como a água que evapora para voltar como chuva e voltar a evaporar. E que muitos de nós se perdem, não por lutar contra o que queremos, mas pelo que desejamos. Afinal o que é desejo, senão um capricho que pode nos enganar e se mostra melhor e mais bonito do que é?!

E que o maior aprendizado é sermos quem somos, com nossas imperfeições e perfeições, porque à medida que aprendemos nos tornamos melhores sem deixar de ser o que somos. Afinal, lutar contra o que se é, é ser como Dom Quixote, muitas vezes ignorando a companhia de Sancho Pança. E por fim, quando somos nossa própria causa, qualquer luta não será apenas guerra e sim justiça. 


Assim um livro de fantasia me tocou, me fez pensar, refletir, sorrir e também torcer muito pelo jornada de Nina e a minha própria, tudo de uma maneira apaixonante e divertida. Obrigada, Karina Heid, por mais uma história incrível!!


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Jornada das Bruxas
Ano: 2016
Páginas: 302
Editora: Independente
Sinopse:
Quando uma carta perdida há trinta anos chega à casa da floresta, Nina entende que está encrencada.
Como aceitar que está sendo convocada para reviver a tradição há muito esquecida de peregrinar pelo mundo? Como partir justamente agora que conheceu Alex, o misterioso vizinho que demonstra por ela um interesse ostensivo e inexplicável? 
Justamente agora que o governo está convencido de que por trás da fachada de normalidade de sua família se esconde um rentável milagre?
Forçada a embarcar para a Romênia onde uma bruxa com o carisma de uma unha encravada a espera, Nina aprenderá entre erros e acertos que o mundo é perfeito em sua destruição e sua beleza, que círculos guardam os maiores tesouros e que fazer as pazes com sua essência é fazer as pazes com o mundo.
A Jornada das Bruxas é um livro sobre três jornadas: a jornada individual pela aceitação, a caminhada apaixonante pelo mundo e a incrível marcha através do tempo. É sobre a excursão pelo doloroso caminho do crescimento e sobre fazer as pazes com quem nascemos para a ser.
Trata, acima de tudo, sobre nossa odisséia por um planeta dramático e generoso que espera ser trilhado por todos, e que tenta a todo tempo nos dizer, em uma miríade de vozes, que o tesouro que procuramos está enterrado em algum lugar da estrada...


 _____Sobre a Autora_____

Karina Heid



Karina Heid é escritora e psicóloga. Já trabalhou com marketing, foi professora de alemão e instrutora de lego. Em 2005 casou-se com um aventureiro de pés no chão e juntos decidiram expatriar. Enquanto moravam na Romênia escreveu A Jornada das Bruxas, seu primeiro romance, e em 2016 ganhou o prêmio literário Flic-ES pela obra A Última Peça. Para ela, escrever é fazer magia, é transformar palavras em universos. É em um desses universos que ela e sua família andam vivendo ultimamente.

20 julho, 2019

Resenha :: International Guy – Madri, Rio de Janeiro e Los Angeles

julho 20, 2019 0 Comentários

  Pode conter spoiler dos livros anteriores.

Confira as resenhas dos primeiros livros da série!


Oi, faroleiros!!! Finalmente chegou o último livro da série, International Guy – Madri, Rio de Janeiro e Los AngelesO terceiro livro terminou com um grande suspense envolvendo a Sky e o Parker, porém o relacionamento deles segue firme. Como já estamos no quarto livro, esta questão não é spoiler mais.

Suas gracinhas me fazem sorrir, o que acaba com a frustação. Na verdade, não tenho motivo algum para ficar chateado. Ela reservou um jato particular para nós. É o seu dinheiro, ela faz o que quiser com ele. Inspiro fundo e devagar, me viro para ela, pousos as mãos em seu rosto e esmago seus lábios contra os meus.


Na primeira história deste livro, o Parker e a Sky, juntamente com o Bo, viajam para Madri para trabalhar com uma jovem que possui uma voz fantástica e assinou um contrato com uma gravadora para poder ser lançada como cantora, porém ela é extremamente tímida e não sabe como se apresentar em um palco. É uma história bem bacana, que trabalha o tema abordado de uma maneira que gostei muito. Daria uma história para um livro infanto-juvenil com certeza.

— Você vai se esforçar conosco para tornar este sonho realidade? — pergunto. – Porque existem três coisas de que eu tenho certeza neste mundo: nada é de graça, nada é garantido e é preciso muito trabalho e sacrifício para transformar um sonho em realidade.

O drama cresce ao final desta história e a autora nos apresenta alguns suspeitos para o que está acontecendo, porém nada garantido. Depois das últimas tragédias, o Parker aceita levar a Sky para viajar com seu irmão, o namorado dele e o Royce para o Rio de Janeiro, onde eles pretendem ajudar o Dennis a encontrar o que está acontecendo de errado com as contas da empresa da família.

Neste livro a autora trabalhou um pouco mais na história do irmão do Parker e o fato dele estar em um relacionamento homossexual que não é aceito pelos pais do Dennis. Mas é na volta deles para Boston que o mistério do perseguidor da Sky se resolve. Confesso que fiquei surpresa com os rumos da história e a pessoa responsável pelos crimes. Não me decidi se fiquei satisfeita com os rumos que a autora deu para a solução desta parte da história.

No terceiro livro a equipe vai para Los Angeles, em um trabalho para o qual o Parker não queria ir, mas devido as exigências do contrato ele vai participar, porém não está com muita vontade já que está com medo que algo mais uma vez venha a atrapalhar seu relacionamento com a Sky, que tem sido tão atingido. Eu particularmente amei o final que a autora deu para este serviço. Deixou meu coração romântico bem feliz.


Tenho algumas considerações a fazer sobre o que me deixou feliz e triste nesta série. O primeiro é que eu realmente não sou fã da moda atual de se ter vários livros para se contar uma história de romance baseada com foco em um casal principal. Realmente prefiro as séries onde cada livro aborda a vida de um casal diferente com a participação dos outros personagens. Não gostei ainda do fato da autora ter deixado alguns fatos sem serem explicados para futuros livros. Em minha opinião teria sido mais especial que estes fatos tivessem sidos narrados no decorrer da história, mesmo de forma mais simplificada como ela fez com alguns dos personagens. Não entrarei em detalhes para não dar spoiler.

Mas eu gostei muito da narrativa da autora, dela ter intercalado os fatos entre os pontos de vista do Parker e da Skyler, não dando margem assim para uma repetição do livro só para termos o ponto de vista do outro. Também gostei muito dos temas abordados em cada serviço da International e como ela trabalhou a história dos personagens em torno deles. Sendo assim a série no todo para mim teve nota 4/5 e recomendo sua leitura.

Bjs!!!!

Carolina Finco


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

International Guy: Madri, Rio de Janeiro, Los Angeles
International Guy #4
Ano: 2019
Páginas: 420
Editora: Verus
O último volume da série da mesma autora de A garota do calendário.
International Guy é a agência de Parker Ellis, um dos maiores especialistas do mundo em vida e amor, que tem como missão ajudar as mulheres em questões tão diversas quanto se sentir sexy e poderosas, aprender a administrar um império empresarial ou conquistar o homem dos seus sonhos. 
Parker e seus dois sócios atendem mulheres ricas do mundo todo, como atrizes de Hollywood, membros da realeza e CEOs de multinacionais bilionárias. E, às vezes, eles não podem evitar que as coisas esquentem e vão parar na cama de suas clientes. Literalmente.
Parker adora sua vida de playboy e não está procurando compromisso. Afinal, há um mundo inteiro à sua frente: os negócios o levam de Paris a Milão, de Berlim ao Rio de Janeiro. Mas, conforme ele pula de cidade em cidade — e de cama em cama —, é possível que acabe encontrando mais que sexo ao longo do caminho...
A jornada de Parker e seus sócios está chegando ao fim. Acompanhado de Skyler e Bo, ele vai para a colorida Madri transformar uma jovem cantora em uma estrela. Já no Rio, com parte da família e da agência, o executivo ajuda Dennis a resolver um grave problema em sua empresa — e em sua própria família. A parada final é Los Angeles, onde uma surpresa inesquecível aguarda Parker, um respiro bem-vindo depois de toda a dor que ele, Skyler e o restante da agência enfrentaram nos últimos tempos.