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05 novembro, 2019

Resenha :: Agir e Pensar Como Um Gato

novembro 05, 2019 0 Comentários

Esse livro é um convite, e não pense que é um convite qualquer. É um convite maravilhoso observar e aprender com um animal que passa a impressão de indiferença por ser altamente independe, porém, ao aceitar esse convite, assim como eu, você terá certeza que existe muito, muito mais no comportamento felino. Aprendendo a recuperar o bem-estar e a sorrir mais. Assim, gostaria de te contar porque me apaixonei por essa história, e ainda mais por minha linda gata, Black.


No íntimo, somos todos motivados pelas mesmas urgências. Os gatos têm coragem de viver sem se preocupar com elas. - Jim Davis

O autor expõe, de forma divertida e bem sucinta, 40 qualidades do felino doméstico, o gato, de maneira filosófica e reflexiva sobre como viveríamos e seríamos pessoas melhores se trouxéssemos essas qualidades para nossa vida enquanto atitude de comportamento e postura. Algo que levaria tempo, porque, como ele mesmo observa, nós somos "humanos demais" e, diferente dos gatinhos, temos a necessidade de viver em sociedade, o que nos acarreta algumas atitudes e comportamentos formados em grupos, os quais, os gatos não possuem.

O importante é fazer o melhor com o que se tem e continuar a progredir, porque, mesmo sabendo que nunca será um leão, o gato não se impede de saltar, de correr, de caçar e de ser, se não o rei da selva, o rei do seu sofá!

O pensamento é claro, usar de inspiração os hábitos felinos pode garantir uma vida melhor com a redução do estresse, o exercício do desapego, uma vida mais produtiva, trocando a pressão por mais, por uma pausa e talvez um cochilo criativo. Ser mais autoconfiante e aprender a não apenas existir, mas a viver de forma qualitativa e sábia. O aprendizado do ouvir e momentos de empatia sincera e, claro, quem sabe com o tempo a invejável independência que só os gatos têm. A questão da adaptação e o enfrentamento das mudanças para uma espécie tão agarrada a rotina e ao ambiente onde vive foi pra mim uma observação bem surpreendente. 

A amizade é uma relação tão ou mais forte que o amor, no sentido em que, em geral, dura mais tempo.


Outro ponto que quero ressaltar é que amei as partes em que se fala da manhã, almoço, tarde, jantar e ceia do gato e dos humanos. As citações de grandes nomes, falando sobre seus gatos ou sobre eles ficaram realmente deliciosas, incluindo a do criador do personagem Garfield, e os momentos para meditar, ficaram realmente incríveis na diagramação e letras agradabilíssimas para leitura. As imagens ao longo do livro fazem dessa edição perfeita e lindíssima. Já deu para notar que amei? Ah, tem algumas surpresas que amei, mas não vou contar... rs.

Numa briga sempre há dois perdedores, e isso o gato já sabe há muito tempo.

Mega recomendo para quem tem e ama esses seres de quatro patas, e para quem não os tem, e até mesmo diz não gostar, é uma chance de entender porque eles conquistam tantas pessoas e dominam a internet. Eu adianto que terminei a leitura já sabendo que irei voltar a ele em uma segunda e talvez terceira leitura ao longo dos anos, porque é algo que realmente acrescenta muito a quem ler.

Ao convivermos com os gatos, corremos o risco de nos tornarmos melhores. - Sidone-Gabrielle Colette


Ok, eu sei que algumas pessoas tem a imensa dificuldade com livros que são classificados como autoajuda, mas aqui entre nós: Se você não se ajudar, quem vai? E nesse caso não acho que seja autoajuda e sim um livro de aprendizado, onde o comportamento felino vai te mostrar que é possível sim, com pequenas grandes atitudes, ter uma vida melhor e mais completa, mesmo em um mundo onde a informação muda a cada minuto e você em questão de um ano, sem ser dar conta, pode estar completamente desatualizado no trabalho. Então, deixe qualquer preconceito de lado e aproveite a leitura desse livro.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Agir E Pensar Como Um Gato
Seu gato é o seu melhor coach!
Ano: 2019
Páginas: 208
Editora: Valentina
Sinopse:
Ao observar Ziggy, seu gato, Stéphane Garnier começou a perceber que muitas coisas que fazia sem ter vontade, muita gente com quem convivia e nada tinha a lhe acrescentar, muito estresse e energias negativas que trazia para casa depois de um dia de trabalho só serviam para uma coisa: fazer com que se sentisse mal, pra baixo, infeliz...
Foi num desses dias em que Ziggy caminhava pela sua mesa de trabalho, deitava-se sobre o teclado do computador e não parava de mordiscar a tampa da caneta, que Stéphane entendeu que ele estava querendo lhe transmitir uma mensagem: “Ei! Que tal desligar um pouco?”
Desligar... Talvez fosse esse o segredo que ele desejava contar já havia algum tempo: largar de mão, entregar-se ao essencial, pensar no próprio bem-estar, ou seja... Viver como um gato!
Stéphane descobriu que os gatos vivem muito melhor do que nós! São livres, honestos, carismáticos, nobres, independentes... e temos MUITO a aprender com eles.


Para a Editora Valentina, leitura é, acima de tudo, entretenimento.
Olho vivo e faro fino.
Esse é, na verdade, o lema de todo grande editor. E a pinscher dessa editora encarna esse lema como ninguém.

24 outubro, 2019

Resenha :: Bicha, Para!

outubro 24, 2019 2 Comentários

Amigos leitores, o Clube do Farol recebeu o livro Bicha, Para! de parceria com a editora Meus Ritmos. Não sabia muito bem o que esperar do livro escrito pelo youtuber Guigo Kieras quando comecei a ler.

Bicha, Para! pode ser considerado tanto um livro de autoajuda, quanto uma biografia. Não sei se já comentei, mas não sou muito fã de nenhum desses gêneros. Mesmo assim, amei a leitura!

O livro traz 10 histórias reais relacionadas à sexualidade de Guilherme Kieras. Se assumir perante os pais e amigos, se apaixonar pelo amigo hétero, a sua primeira vez, sofrer homofobia, religião... Guigo passeia por todos esses assuntos de forma leve. Sem rancor, nem drama.

Às vezes ser gay é complicado, mas calma... dá pra descomplicar.

Fiquei arrasado logo no prefácio (A Grande Arrancada), escrito pela mãe de Guilherme, onde ela conta que não conseguiu aceitar seu próprio filho quando ele se assumiu para ela.

Ao negar ao meu filho a chance de viver sua adolescência de forma natural, ao trata-lo como doente, arranquei de Guigo cinco anos de sua vida. Tempo esse que, mesmo ele me perdoando mil vezes, não há como recuperar.

Hoje, Josiane Kieras ama o filho em toda a sua essência e é uma das grandes militantes das causas LGBTQ+.

Entrei no Instagram do Guigo, a convite do próprio autor, e fiquei assustado com a filmagem de um gay sendo arrastado pela Polícia Militar de São Paulo até um beco afastado. Guigo escreveu que estava tudo bem com ele e que não podia falar muito sobre o processo judicial porque ele corre sob segredo de justiça. Disse apenas que o processo caminha bem. Foi quando percebi que o gay que estava sendo arrastado por 3 policiais era ele próprio. Em Sofri Homofobia... E Agora?, Guigo conta esse caso de homofobia que ocorreu no dia 9 de março de 2019, logo após um bloco de pós-carnaval da Claudinha Leitte, em São Paulo. O caso ganhou notoriedade nacional e saiu até no Fantástico.

Apesar de ter citado dois casos mais dramáticos, o livro traz diversos outros causos contados de forma irreverente, mas que trazem questionamentos bem importantes para o mundo atual, onde alguns seres humanos não conseguem mais respeitar quem é diferente. Seja raça, credo ou orientação sexual.

Guilherme Kieras é formado em Publicidade e especialista em Gestão de Marketing Digital. Trabalha como Social Media e é criador do canal Fora da Casinha, do Youtube.

Os seguidores do canal se chamam carinhosamente de “tatuzinhos”, por isso cada capítulo tem o desenho de um tatu no início, além de um espaço para anotações no final. A edição feita pela editora Meus Ritmos está bem bacana (páginas amarelas e boa diagramação) e combina com a vibe do autor. Agora, também sou um tatuzinho!


O trunfo de Bicha, Para! está na sinceridade e no jeito irreverente de Guigo. Um livro curto, de apenas 139 páginas, que pode ajudar muita gente que enfrenta questões parecidas. Um livro necessário não só para os gays, mas também para os héteros que precisam conhecer mais as lutas que todo LGBTQ enfrenta no seu dia a dia. Obrigado, Guigo!
                          
Com amor, André


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Bicha, Para! 
As vezes ser gay é complicado, mas calma... Dá pra descomplicar
Guigo Kieras 
Ano: 2019
Páginas: 139
Editora: Meus Ritmos
Sinopse:
FALA MEU POVO, EU SOU O GUIGO, TUDO BEM? EU ESTOU BEM...
Se você leu essa frase com a minha entonação de voz, é sinal que conhece o meu canal no Youtube, o Fora da Casinha. Mas caso não conheça. Caaaalma, coleguinha. Sem problemas, depois dá um google que tá resolvido. =D Canal babadeiro, super indico!
Se assumir, se apaixonar pelo amigo hétero, sofrer bullying e homofobia, sentir medo de não ser amado pela família religiosa... Todo gay já passou, passa ou ainda irá passar por algumas dessas questões na vida. É tipo um bacharelado em Ciências do Vale do Arco-íris, sabe? Parece que somos predestinados a superar determinadas barreiras sociais para que sejamos plenamente felizes.

Está difícil? Tudo é muito mais complicado do que você gostaria? Alguém não te aceita e isso te deixa triste? Você não se compreende direito e não sente que se encaixa no mundo? Relaaaaaaxa!
Aqui estão 10 histórias que vivi por ser gay .
Acredite: Dá pra resolver tudo, dá tempo de tudo, dá pra ser plenamente feliz sendo gay, hétero, bi, ou qualquer denominação em que se sinta mais representado.
Vem comigo e BICHA, PARA!


Meus Ritmos é nova no mercado editorial, mas é séria e preocupada não em publicar best sellers, mas sim em lançar livros com qualidade, dando oportunidade para novos autores publicarem suas obras.

02 julho, 2019

Resenha :: Compaixão

julho 02, 2019 7 Comentários

Olá, leitor e leitora do Clube. Hoje venho falar de um livro que nos remete a uma frase muito usada no meio literário; que é a leitura que nos faz “sair da zona de conforto” dos livros que habitualmente lemos, porém asseguro que esse convite se faz ainda maior nessa obra.


Compaixão, apesar do que alguns podem erroneamente pensar, não é um livro de autoajuda, e sim um texto que nos faz pensar, refletir e literalmente “sair da zona de conforto”, tanto literária, quando de nossa rotina de vida, tanto emocional quanto diária. Um texto instigante e, de certa forma, duro para com nossos paradigmas, e que de forma hábil me levou a repensar, perguntar, criticar até que novos conceitos fossem formados, e um novo modo de ver e viver em sociedade enquanto indivíduo ou integrante de um grupo fosse criado, substituindo o anterior.

Vamos nos acostumando aos clichês da ilusão do mundo perfeito, e nos tornando prisioneiros da imperfeição, aprisionados pela falsa sensação da zona de conforto.


Eu fiquei impressionada com a fluidez do texto, que fez com que eu me sentisse em um auditório intimista, durante uma palestra interativa e, mesmo com a seriedade dos temas propostos e abordados, leve e divertida. Ora, quem nunca se viu em uma situação como a do autor, ao ser visto dirigindo um carro velho, não tem como não deixar de sorrir diante o absurdo dela.

Só um coração livre é capaz de sentir alegria e deflagrar um processo natural de coisas boas, daquelas que silenciam a alma e fazem da consciência um deleite existencial.


De forma simples, conceitos antropológicos são levantados a partir do ponto de partida da compaixão, com ilustrações de vivências que mostram de maneira clara e pedagógica os conceitos anteriormente colocados pelo autor. Outra coisa que muito me impressionou, e de forma positiva devo salientar, foi o fato de que questões como atitudes que em um primeiro momento são “cheias de compaixão” e, quando colocadas à luz da realidade, se mostram tão “fakes” quanto as correntes que circulam em aplicativos de conversas. E outras tão simples, como servir, são na realidade o cerne da compaixão.

“Servir é a compaixão em ato, em plena ação. É o que nos dá a sensação de plenitude humana.” “E Servir não tem status, cargo, poder ou qualquer outra condição de mérito”.

Alguns pontos me tocaram de maneira profunda, como o fato da compaixão não carecer de uma situação de vulnerabilidade para que a mesma seja praticada. Apesar de que eu penso que, mesmo não estando vulnerável socialmente, o conceito colocado possa ser aplicado quando a falta da compaixão acarreta a falta de empatia e doenças sociais, como preconceito para com o diferente, a minoria, “o outro”. De que, a compaixão enquanto assistencialismo não basta, mesmo sendo necessária. Que o principal é “não dar apenas o peixe, e sim ensinar a pescar”.


E sobre esse prisma, somos convidados a observar o tempo presente enquanto esse está acontecendo e se tornando passado, e moldando o que virá ser nosso futuro. Porém esse exercício mostra com uma clareza dura o que é o tempo das redes sociais, das conversas cada vez mais via tecnologia e o afastamento das pessoas na vida real. Que para mim, nesse ponto temos o maior incômodo desse exercício. Que nos obriga a olhar mais de perto o que tendemos a não nos dar conta, ou “esquecemos” enquanto sociedade, porque simplesmente não queremos ver. Por serem visões distintas quanto ao tempo e ao social.

Compadecer-se não significa ser piedoso, mas reconhecer que o ajudado é alguém que merece justiça. (...) acabamos tratando os de fora com certa invisibilidade, até para atenuar o nosso despreparo em aceitar o que nos é diferente.

A abordagem do discurso vazio de verdade, onde a retórica não condiz com as atitudes, e até total falta delas, é direto e cercado de fatos que sustentam a abordagem de forma precisa e concisa. Que mostra que ao fazermos escolhas, além de uma renúncia, gera no ato uma responsabilidade. E com isso um convite desafiador a tornar a compaixão um ato de cidadania, de respeito à existência do outro enquanto pessoa dotada de direitos e deveres iguais ao do que pratica a compaixão, assim nos levando a outros conceitos que devemos não somente entender, mas colocar em prática no nosso modo de agir e viver. E assim, somos levados de volta ao primeiro capítulo, onde somos confrontados com o fato de que a morte é que coloca a vida em perspectiva, a inevitabilidade do fim que refresca nossa memória para ausência da imortalidade. Seja essa morte física ou social enquanto moral e costumes.


Esse livro não é em momento nenhum um "guia em alguns passos" para ser alguém que viva a compaixão em plenitude. Mas sim, um convite aberto a olhar, indagar e sim discordar da abordagem do autor de como o conceito está distorcido e a vivência fora do contexto. Um desconforto altamente recomendável a todos que sabem que "pensar é existir". E que viver é mais que existir, é agir!

Fica a super dica, inclusive como presente para o dia dos pais. Uma edição impecável,  uma capa lindíssima, diagramação fantástica em papel pólen, um texto maravilhoso e sem erros de digitação ou ortografia. 


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

Compaixão
Fernando Moraes
Ano: 2019
Páginas: 120
Editora: Novo Conceito
Sinopse:
Nesta obra, Fernando Moraes nos faz pensar a compaixão dentro de um conceito totalizante, que navega pelo nosso cotidiano e não somente dentro dos contextos que a exigem. Com uma abordagem simples dentro de uma perspectiva social, ele trata com cuidado a compaixão, transitando pela cidadania, pela convivência social e pela vivência das pessoas, e, fundamentalmente, mostrando como ela nos absorve, sem muitas vezes termos consciência disso. Muito se fala nas rodas das ciências humanas sobre resiliência, alteridade, empatia, altruísmo, sentimento de compaixão, pertença, solidariedade e tantos outros conceitos, e em como buscamos reconhecer o outro, aquele diferente de nós, aquele que muitas vezes é o nosso inferno, mas que também nos faz inferno de alguém.
Para Fernando Moraes a compaixão é a consciência permanente de que existe o outro. E solidariedade é o efeito natural de identificar o outro por essa consciência e dar vida a essa relação. Sendo assim, uma não existe sem a outra. Entretanto, mesmo tendo essa condição indissociável, costumeiramente tentamos estabelecer interlúdios.
Segundo o autor, quando adotamos a compaixão como exercício cotidiano, estamos na verdade dizendo aos outros: “Eu vejo vocês”.
Compaixão como convite à existência é o grande desafio aqui proposto.


O Grupo Editorial Novo Conceito oferece sempre os best-sellers mais aguardados e comentados do meio literário. Em anos de sucesso editorial, foram vários os autores e títulos reconhecidos na principais listas do PublishNews e Veja. O selo Novo Conceito foi desenvolvido para reunir essas grandes publicações, além das novidades e lançamentos internacionais que ainda virão.