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28 junho, 2018

Resenha :: Todo Dia (Every day)

junho 28, 2018 0 Comentários

Oi Faroleiros,

Hoje é o Dia do Orgulho Gay. Vocês sabem o porquê desta data? No dia 28 de junho de 1969, por volta de 1h20min da madrugada, um grupo de policiais disfarçados invadiu o bar gay Stonewall Inn em Nova York e prenderam diversos clientes alegando conduta imoral. Batidas em lugares da comunidade LGBT eram comuns na época.


Neste dia, porém, as coisas foram bem diferentes. Uma multidão de gays e simpatizantes foi se formando e os policiais tiveram que se isolar dentro do bar. Os protestos contra a homofobia dos policiais foi piorando e a Força Tática da Polícia de Nova York precisou intervir para dispersar a multidão.

Outras manifestações tomaram conta de diversos pontos da cidade americana no dia seguinte. Os eventos ocorridos em Stonewall Inn levaram às primeiras Paradas de Orgulho LGBTQ+ que logo se espalharam pelo mundo.


David Levithan deve ser o autor de livros LGBTQ+ mais conhecido dos leitores. Ele já escreveu inúmeros trabalhos, como Garoto Encontra GarotoDois Garotos de Beijando e Will e Will. Neste dia de comemoração e luta, vou falar um pouco sobre Todo Dia, livro que o autor lançou em 2013 e que chega aos cinemas brasileiros no dia 12 de julho de 2018.
Desde criança, “A” acorda todos os dias em um corpo diferente, independente de gênero, cor, ou estado de saúde. Era muito difícil para ele entender o conceito de “amanhã”, porque quando acordava no dia seguinte ninguém que ele conhecia estava lá. Um novo corpo. Um novo lugar. Uma nova vida. 

O passado não me ofusca, nem o futuro me motiva. Concentro-me no presente, porque é nele que estou destinado a viver.

Por isso ele aprendeu a viver um dia de cada vez, sem interferir na vida daqueles que está sendo por apenas um dia. Ele aprendeu a acessar o corpo e a mente para verificar as informações básicas que identificam aquela pessoa, porque, se você pensar bem, qualquer passo em falso pode destruir uma vida inteira.

Tudo ia bem até ele acordar no corpo de Justin e conhecer sua namorada, Rhiannon. “A” sente como se o universo e o próprio tempo tivessem construído esse encontro há muito tempo atrás. Mas como ele pode vivenciar algo tão grandioso se não vai estar ali no dia seguinte?

O momento em que você se apaixona parece carregar séculos, gerações atrás de si.

Para complicar, Nathan Daldry, que teve um dia de sua vida roubado por “A”, começa a ter flashes de memória desse dia e diz que foi possuído pelo demônio, atraindo uma legião de fanáticos religiosos.

David Levithan criou uma história fantástica onde consegue discutir a questão do Gênero Fluido através da fantasia. Enquanto o homossexual se sente atraído por pessoas do mesmo sexo e o transexual experimenta um desconforto com o próprio corpo, o Gênero Fluido tem outro tipo de problema com sua identidade de gênero.

Havia dias em que me sentia como uma garota e dias em que me sentia como um garoto, e esses dias nem sempre correspondiam ao corpo no qual eu estava.

“A” se considera um andarilho, estando cada dia em um lugar diferente. Nessa jornada, “A” aprende muito com cada corpo e a gente aprende junto. Já passou um dia como drogado, suicida, gay, empregada ilegal, alcoólatra, trans... É muito intrigante estar na cabeça dessas pessoas, mesmo que o autor não aprofunde muito esses temas.

David Levithan entrega uma obra cheia de sensibilidade. Todo Dia é uma história de amor genuíno. Vale muito a leitura!
                       
Nunca me apaixonei por um gênero. Apaixonei-me por indivíduos.

Com amor, André


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

     
Todo Dia
David Levithan
Ano: 2013
Páginas: 280
Editora: Galera Record
Sinopse (Skoob):
Neste novo romance, David Levithan leva a criatividade a outro patamar. Seu protagonista, A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrarem a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.


07 maio, 2018

Resenha :: A Inquisição (Summoner)

maio 07, 2018 0 Comentários

  Pode conter spoiler do livro anterior.

Confira a resenha de O Aprendiz, clicando aqui.


Depois de tanta espera, A Inquisição chegou! E chegou mudando tudo que eu imaginava que seria essa continuação. Da próxima vez eu vou refletir melhor e parar de tentar adivinhar o que pode acontecer em um livro que tem como referências Harry Potter, Senhor do Anéis e Pokémon, pois certamente é um caminho que só o Taran Matharu conhece, e ele sabe maltratar os leitores como poucos. Quando eu achava que era uma coisa, acabava sendo outra (se é que dá para entender). Ok, algumas possibilidades que pensei aconteceram, não do jeito que eu pensava, mas aconteceram. E quero deixar claro que isso só beneficiou para que eu gostasse do livro.

Às vezes, não fazer nada era a atitude mais arriscada.

Depois daquele final de O Aprendiz, de deixar qualquer leitor ansioso para o desenrolar dos acontecimentos, finalmente conseguimos desvendar o que rolou nesse universo de referências que amo.

Começando ao revelar que as coisas não estão indo muito bem entre as raças (humanos, anões e elfos), o livro todo se constrói “basicamente” entre a tensão desses grupos, ainda mais depois dos acontecimentos do torneio no final do livro passado. E não posso deixar de apontar da diferença que o novo cenário deu para o livro, enquanto em O Aprendiz se passava na escola de conjuradores, lembrando um clima mais voltado para Harry Potter, o segundo se afasta bem desse clima, puxando para o Senhor do Anéis e Pokémon, ao mesmo tempo que se passa isso de uma forma nova.

Outro ponto que achei interessante foi o destaque que foi dado para o julgamento de Fletcher, foi bem emocionante, e nesse livro dá para perceber toda a questão política complexa que permeia esse universo. Muitas maquinações, pessoas! E bastante revelações. Adorei a nova fase de Otelo e Sylva, além de saber mais sobre outras raças e sobre o éter e novos demônios. Consegui perceber uma construção completamente mais rica e única nesse universo do que já havia sido mostrado no primeiro livro.

Esta família é o que nós éramos. Esses saqueadores são o que nos tornamos.

Temos, mais ou menos, dois momentos importantes: o julgamento como já falei anteriormente, que foi bem destacado, onde nos é mostrado mais o lado político do universo; e a segunda parte que é bem mais movimentada e te deixa muito mais grudado a cada página (não vou dar detalhes demais, para que possam ser surpreender pelo caminho que o livro nos leva). Em meio a tudo isso, nos são apresentados personagens novos e alguns antigos, que não tiveram destaque em O Aprendiz, aqui ganham bem mais protagonismo (fiquei bem feliz com isso).

Uma coisa que tenho que destacar é a sensação de nostalgia muito louca. Mesmo lendo pela primeira vez, é como se eu tivesse oportunidade de ter em uma série tudo que eu amava na infância, mas não de uma forma completamente infantil, e é isto que eu mais amo na escrita do autor: a chance de reviver esse fascínio por algo novo e ao mesmo tempo tão conhecido.

No geral preciso concluir dizendo que eu não sei lidar com o Taran Matharu. Amo demais esse universo de Conjurador que ele construiu, e esse segundo livro veio para consolidar essa minha paixão. Eu achei que ele não poderia fazer um final mais impactante de que o final do primeiro livro O Aprendiz, mas essa continuação veio e mudou isso! Que final! Que ansiedade para ler o terceiro livro! Não sei o que vem por aí e nem tenho mais a pretensão de adivinhar, mas se sobrevivi a Inquisição, que venha O Mago de Batalha.

Às vezes, as ideias mais simples por acaso são as melhores.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Inquisição
Conjurador #2
Ano: 2017
Páginas: 350
Editora: Galera Record
Sinopse (Skoob):
Um ano se passou desde o torneio. Fletcher e Ignácio foram trancafiados numa prisão. Agora, terão que enfrentar um julgamento realizado pela Inquisição, uma poderosa instituição controlada por pessoas que ficariam maravilhadas em assistir de camarote à ruína de Fletcher. Após um julgamento cheio de revelações sobre o passado do jovem conjurador, os estudantes da Academia Vocans são enviados para as selvas órquicas com uma perigosa missão. Com os amigos, Otelo e Sylva, sempre ao seu lado, Fletcher vai enfrentar impensáveis desafios numa batalha para salvar Hominum da destruição. Mesmo que precise morrer para isso.

30 março, 2018

Resenha :: Um Caso Perdido (Too Late)

março 30, 2018 1 Comentários

 Pode conter spoiler.

Sky é uma adolescente que vive sem interação com nenhum tipo de tecnologia. Nem mesmo ia à escola. Em seu primeiro ano na escola, último ano escolar, Sky conhece Dean Holder. Um jovem com uma reputação um tanto controvérsia, capaz de em seu primeiro encontro, meio que uma perseguição em um supermercado, amedrontá-la e cativa-la.

Com a vivência na escola e corridas aleatoriamente juntos, eles vão se apaixonando aos poucos e essa paixão será capaz de libertar fantasmas tão antigos que Sky não é capaz de se quer lembrar. Sky não sabe o quanto Holder está ligado à sua vida e quando esses segredos são revelados, a vida de Sky muda para sempre.

“Por alguma razão, durante sessenta segundos, este garoto conseguiu me deixar encantada e, depois, completamente apavorada.”

Durante metade dessa leitura eu estava ficando um pouco decepcionado com a Colleen Hoover por achar o livro demasiado repetitivo. Sabendo da capacidade da autora de surpreender, graças a outros livros, continuei a leitura e acabei tombado no melhor sentido possível. Ela não decepciona!

“Minha falta de acesso ao mundo real foi totalmente substituída por livros, e não deve ser muito saudável viver na terra dos finais felizes.”

Conforme a leitura vai fluindo e os acontecimentos revelados, você é só ansiedade e caco. Uma porrada atrás da outra sem pausa de um capítulo. E isso é o que faz a Colleen ser uma bela de uma autora competente, ela tem o controle da história do início ao fim. Não fica enchendo linguiça para ser um livro de 500 páginas. Ela vai te preparando para as revelações com todo cuidado.
                      
As coisas que nos derrubam na vida são testes, e esses testes nos forçam a escolher entre desistir, ficar caída no chão ou sacudir a poeira e se levantar com ainda mais firmeza que antes. Estou escolhendo me levantar com firmeza. Provavelmente vou ser derrubada mais algumas vezes antes da vida se cansar de mim, mas garanto que nunca vou ficar caída no chão.”

Em um momento tão importante que estamos vivendo com todos esses debates e acusações e condenações por assédio e pedofilia, esse livro serve de alerta para todos. Como não podemos acreditar em alguém por ela ser criança ou adolescente? Ou só pelo motivo do adulto ter um cargo importante ou ser da família como um avô, um tio, um pai, um primo ou um irmão? Não podemos fechar os olhos para um assunto como esse. E deixo aqui a dica para que quem ainda não leu Um Caso Perdido, leia e reflita um pouco em como uma pessoa pode mudar a vida de muitas outras.

“Você não pode ficar com raiva de um final realista. Alguns são horrorosos mesmo. São os finais felizes supérfluos que deveriam irritar você.”


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Um Caso Perdido
Hopeless #1
Ano: 2014
Páginas: 384
Editora: Galera Record
Sinopse (Skoob):
Às vezes, descobrir a verdade pode te deixar com menos esperança do que acreditar em mentiras...
Em seu último ano de escola, Sky conhece Dean Holder, um rapaz com uma reputação capaz de rivalizar com a dela. Em um único encontro, ele conseguiu amedrontá-la e cativá-la. E algo nele faz com que memórias de seu passado conturbado comecem a voltar, mesmo depois de todo o trabalho que teve para enterrá-las. Mas o misterioso Holder também tem sua parcela de segredos e quando eles são revelados, a vida de Sky muda drasticamente.

10 fevereiro, 2018

Resenha :: O Príncipe Serpente (The Serpent Price)

fevereiro 10, 2018 0 Comentários

O terceiro livro da Trilogia dos Príncipes, O Príncipe Serpente encerra contando a história do último personagem da amizade entre Edward de Raaf, Harry Pye e Simon Iddesleigh. Vale destacar que no segundo e terceiro livro a participação desta amizade é basicamente no final da história, mas neste terceiro temos spoiler do final do primeiro e segundo, então se você tiver interesse de ler os livros anteriores a este, leia na sequência.

Por mais incrível que possa parecer, neste terceiro livro temos o personagem mais “sombrio”, escondido numa fachada de irreverência e irresponsabilidade, mas é a história mais romântica e sensível da trilogia, acaba por ser a menos hot também. Mas assim como as outras é uma história que nos traz grandes lições. Preciso destacar também que o figurino do século XIII não é o melhor. Por favor, os homens usando perucas coloridas e com cachos, fora a maquiagem, é simplesmente ridículo. Ri muito imaginando os figurinos masculinos nesta trilogia.

Lucinda Craddock-Hayes é uma jovem que vive na cidade de Maiden Hill, em Kent, com seu pai. Ela é uma moça com idade já avançada, que vive uma vida na mais absoluta simplicidade. É uma moça caridosa, gentil, porém sincera e muito inteligente. Sem muitas expectativas em relação ao seu futuro, principalmente ao casamento. Mas num dia sua vida muda radicalmente ao encontrar um homem nu jogado em uma vala praticamente morto e como não podia ser diferente, o socorre, levando para a sua casa. E para sua surpresa e alegria, ela além de conseguir salvá-lo, descobre que seu lindo e perturbador paciente, é um nobre.

Simon Matthew Raphael Iddesleigh se tornou visconde, para sua infelicidade, com o falecimento de seu irmão e que desde então busca vingança pela sua morte, mas vamos descobrir que o motivo é muito mais profundo e triste. É por isso que ele acaba sendo atacado, numa tentativa de também assassiná-lo. Simon só não esperava que em sua vivência no inferno um anjo apareceria em seu caminho. Ao despertar em um quarto simples, e vê uma jovem, vestida de maneira singela, com um rosto sério, porém de lábios tentadores, ele passa a considerar Lucy, um anjo em sua vida, principalmente porque ela parece enxergar o que acontece no mais profundo de sua mente.

“Era difícil dizer por que a donzela rural o fascinava tanto. Talvez fosse simplesmente a atração das trevas pela luz, o demônio querendo despojar o anjo, mas ele achava que não. Havia algo nela, alguma coisa significativa, inteligente e perturbadora para sua alma. Ela o tentava com o perfume do paraíso, com a esperança da redenção, por mais impossível que isso fosse”.

Vale destacar como os personagens infantis sempre trás algo maravilhoso para as histórias, num é mesmo? Às vezes, eles são até os melhores personagens. Neste livro temos a sobrinha de Simon, Theodora, uma criança linda e esperta, e muito divertida, que para mim fez com que esta história fosse tão especial.

“- E você pode me chamar de chaveirinho, porque é assim que meu tio Simon me chama. Eu o chamo de tio Sisi porque todas as moças fazem um barulho que parece o som de si-si quando ele passa. Acho que é um suspiro”.

Para mim a trilogia terminou de uma maneira muito boa, onde a autora conseguiu construir personagens diferentes, movidos pelo amor e amizade ao invés de convenções impostas pela sociedade.

A capa é linda e a impressão em papel amarelo como sempre só facilita a leitura. A tradução está ótima, porém neste livro tivemos mais uma tradutora, mas manteve-se a qualidade dos livros anteriores. Creio que a história conseguiu cumprir todos os requisitos para uma ótima leitura e por isso dou nota 5/5 para este livro também.

Para curiosidade, a autora escreveu um conto, baseada em uma personagem secundária desta trilogia, intitulada A Princesa de Gelo.

Boa leitura,

Carol Finco


Nota :: 



Não deixe de conferir as resenhas dos livros anteriores:



Informações Técnicas do livro

O Príncipe Serpente
Trilogia dos Príncipes #3
Ano: 2017
Páginas: 364
Editora: Record
 
Sinopse (Skoob):
O terceiro livro da aguardada série de romances de época com uma forte pitada de erotismo.
Quando o diabo encontra um anjo... Lucy Craddock-Hayes está satisfeita com a vida tranquila no interior. Até o dia em que tropeça num homem inconsciente — um homem inconsciente e nu — e perde para sempre sua inocência. Ele pode levar ao paraíso... O visconde Simon Iddesleigh apanhou de seus inimigos até quase morrer. Agora ele está determinado a se vingar. Mas quando Lucy cuida dele para restaurar sua saúde, a sinceridade da jovem surpreende sua sensibilidade calejada — e desperta um desejo que ameaça consumir os dois. Ou ao inferno. Encantada com a inteligência perspicaz de Simon, com seus modos urbanos e até com seus sapatos de solado vermelho, Lucy rapidamente se apaixona por ele. Embora sua honra o mantenha longe dela, a vingança envia os agressores de Simon à sua porta. Enquanto o visconde entra em guerra contra seus inimigos, Lucy luta pela própria alma, usando a única arma que tem — seu amor...

20 janeiro, 2018

Resenha :: O Príncipe Leopardo (The Leopard Prince)

janeiro 20, 2018 1 Comentários


Olá pessoal, chegamos ao segundo livro da Trilogia dos PríncipesO Príncipe Leopardo. O legal desta trilogia é que você não precisa necessariamente ler os livros em ordem e caso você leia apenas um dos três livros também não haverá nenhum problema. A única ligação entre os livros é o fato que os personagens principais de cada livro serem amigos, a segunda é o conto de fadas que a autora conta no livro que intercala com a história dos personagens.

Uma das coisas que já gostei de cara na história é que a autora continua com a mesma pegada do livro anterior. Temos dois personagens diferentes entre si, mas com uma coisa em comum. Quando querem algo eles vão atrás. Só que agora a dama é quem tem posses enquanto o senhor não chega a ser nem um cavalheiro, é um homem simples que conseguiu com muito esforço se tornar um administrador de terras. A linguagem em alguns momentos continua também bem “escandalosa” podemos assim dizer em alguns momentos e também manteve sua pegada hot na dose certa.

Lady Georgina Maitland já é considerada pela sociedade uma solteirona devido a sua idade e para piorar, contrariando o bom senso, devido a uma herança deixada por sua tia, é dona e também quem comanda a sua propriedade. Ela é uma jovem que perante a sociedade de faz de “sonsa”, mas ao contrário do que muitos pensam, é inteligente, teimosa e independente. Ela não deseja se casar, então resolveu ir a sua propriedade com o administrador que havia contratado, só não esperava que ela fosse acha-lo tão interessante e desafiador conversar com ele, seria um desafio, mas faria o possível para tentar entende-lo e descobrir seus mistérios.

“- Ela dizia bobagens, era verdade, mas Harry percebera de imediato que fazia isso apenas para se divertir. Ela era mais inteligente do que a maioria das damas da sociedade. Ele tinha a sensação de que havia um bom motivo para a viagem de Lady Georgina a Yorkshire”.

Harry Pye é um homem que venceu na vida por méritos próprios, mas que nunca esqueceu sua origem e tem amor pela terra e compaixão por aqueles que trabalham nela e tudo que deseja além de justiça é ver a região onde nasceu prosperar, por isso quis ser administrador de Lady Georgina. Ele só não contava ter se enganado com sua patroa e muito menos passar a deseja-la e principalmente que ela o desejasse. Há muito tempo ele aprendeu a não questionar sua posição.

“Havia muito tempo, ele lutara contra a ordem das coisas, que o considerava inferior a homens que não tinham cérebro nem moral. Não fizera diferença. Ele não lutava mais contra o destino”.

Mas o desejo e a persistência de Lady Georgina são maiores do que as crenças dos dois, porém, eles não contavam com os crimes que estavam ocorrendo no condado e muito menos que o Harry fosse o principal suspeito. Conseguirá Georgina o ajudar a provar sua inocência e livrá-lo da forca??

Vale destacar que ao contrário do livro anterior, nesta história é Lady Georgina que narra o conto de fadas, e o interessante é que você fica na dúvida se ela realmente ouviu o conto como diz e agora o estar contando ou se o está inventado a sua conveniência, ou pelo menos mudando alguns fatos.

Eu amei o livro, tem um enredo fluído e interessante, uma história bem amarrada, como aquelas boas doses de humor e cenas hot como tanto gostamos. Você começa ler e não quer parar. Teremos então várias reviravoltas e um final maravilhoso.

A capa segue o padrão da anterior e é linda e a impressão em papel amarelo como sempre só facilita a leitura. A tradução está ótima e gostei muito de ver que é a mesma tradutora do livro anterior, creio fielmente que isto contribuiu para o livro ter continuado no bom andamento do anterior. Creio que a história conseguiu cumprir todos os requisitos para uma ótima leitura e por isso dou nota 5/5 para este livro também.

Espero que gostem e leem toda a trilogia, pois ela tem se provado excelente.

Boa leitura,

Carol Finco


Nota :: 


Informações Técnicas do livro


O Príncipe Leopardo
Trilogia dos Príncipes #2
Ano: 2017
Páginas: 350
Editora: Record
 
Sinopse (Skoob):
O segundo livro da aguardada série de romances de época com uma forte pitada de erotismo!

A única coisa que uma dama jamais deve fazer...
Lady Georgina Maitland não quer um marido, embora ela pudesse ter um bom administrador para cuidar de suas propriedades. Ao pôr os olhos em Harry Pye, Georgina percebeu que não estava lidando apenas com um criado, mas com um homem.

É se apaixonar...
Harry conheceu muitos aristocratas — incluindo um nobre que é seu inimigo mortal. Mas nunca conheceu uma dama tão independente, desinibida e ansiosa para estar em seus braços.

Por um criado.
Ainda assim, é impossível ter um relacionamento discreto quando ovelhas envenenadas, aldeões assassinados e um magistrado furioso tumultuam o condado. Os habitantes culpam Harry por tudo. Enquanto tenta sobreviver em meio à desconfiança e manter o pescoço de Harry longe da forca Georgina não quer perder outra noite de amor.

22 dezembro, 2017

Resenha :: O Príncipe Corvo (The Raven Prince)

dezembro 22, 2017 0 Comentários

Olá pessoal, vocês irão ler resenhas minhas com mais frequência agora no Clube do Farol, já que me tornei uma colunista aqui e espero passar para vocês todo o amor que tenho por romances e lhes dar várias dicas legais.

Hoje venho escrever sobre o romance de época O Príncipe Corvo. Um dos lançamentos da Editora Record este ano e o primeiro livro de uma trilogia. Esta história eu já havia lido a muitos atrás e quando vi que seria lançado e com estas capas fantásticas eu não podia ficar sem adquiri-las, afinal, eu amei as três histórias e pra minha alegria pude ler em livro físico e com uma ótima tradução.

Alguns podem até dizer que esta história é uma releitura da Bela e a Fera, porém a autora fez algumas modificações que faz com que a história ficasse bem mais que uma releitura, para mim ela é original, e quem pode nos dizer que o autor da Bela e Fera não se inspirou em um conto mais antigo??

Anna Wren é uma dama filha do falecido vigário da vila, também é uma jovem viúva que só não ficou sozinha no mundo porque mora com a sogra que lhe trata com muito amor e há também uma jovem órfã que as duas acolheram quando criança e que ajuda nas tarefas domésticas. O marido da Anna por ter morrido muito jovem não conseguiu deixar uma boa condição financeira como herança e depois dos vários anos transcorridos da viuvez a Anna não está conseguindo mantê-las fora das dificuldades, com isso ele decide que precisa trabalhar, pois o que adianta ser uma dama, mas morrer de fome?

Aqui entra a primeira coisa que faz esta história poder ser diferente, ela não é nenhuma jovem inocente e tola, já é uma mulher e que enfrentou e enfrenta algumas dificuldades em sua vida, a outra é que ela não é uma mulher extremamente linda, apesar de não ser feia.

“Era uma mulher sem atrativos. Tinha um nariz comprido e fino, olhos castanhos e cabelo castanho – pelo menos os fios que ele conseguia ver. Nada nela era extraordinário. Exceto a boca”.

Então que ela decide procurar emprego na maior casa da região, a do misterioso Conde de Swartingham, que depois de muitos anos longe da propriedade resolveu retornar e morar nela novamente. Pra sua sorte ela descobre que seu administrador, o Sr. Felix Hopple está procurando um novo secretário para o Conde e de tão desesperado em cumprir esta obrigação, aceita a proposta da Anna e se aproveita do fato que poderá comprovar se ela dará conta do recado antes de apresenta-la ao Conde, já que o mesmo irá fazer uma viagem.

Tenho que dar um destaque para o Felix, este personagem secundário tem um papel bem legal na história e não ficou esquecido pela autora ao longo dela, ele também é quem nos proporciona a maior parte das cenas cômicas no livro.

“Félix Hopple fez uma pausa diante da porta da biblioteca do conde de Swartingham para avaliar sua aparência. A peruca, com dois cachos grandes bem enrolados de cada lado, fora empoada recentemente num tom vistoso de lavanda. Sua estrutura física – bastante esbelta para um homem de sua idade – era destacada por um colete cor de ameixa com um padrão de folhas de videira amarelas na barra. E suas calças, com listras alternadas em verde e laranja, era bela sem ostentação. Sua toalete era perfeita”.

Edward de Raaf, o Conde de Swartingham, foi o único sobrevivente em sua família da epidemia de varíola, ele é literalmente um ogro devido às cicatrizes da doença e também por causa de seu temperamento. Ele sofreu muito com a perda de sua família e por isso se fechou emocionalmente. Sua paixão é a terra e assim como seu pai trabalha com ela diretamente e com todos os seus arrendatários e isto lhe torna um aristocrata diferente dos outros. Ele também não tem papas na língua, mas tudo o que realmente deseja é formar uma família e ter herdeiros para perpetuar a sua herança e sua descendência. 

Mas qual foi a sua surpresa ao chegar a casa e descobrir que seu novo secretário na realidade é uma mulher e para piorar uma que não se assustava com seu modo de falar e muito menos perdia a compostura e discutia com ele. Ele iria testar até onde ela aguentaria, afinal os seus manuscritos estavam impecáveis.

“Ele para e examinou uma folha que estava sobre a mesa. Anna abriu a boca para tentar se explicar novamente, mas se distraiu ao notar que o conde acariciava a pena enquanto lia. Suas mãos eram grandes e bronzeadas, mais que as mãos de um cavaleiro deveriam ser. Pelos negros cresciam no dorso. E a ideia de que provavelmente ele tinha pelos no peito também surgiu em sua mente. Ela se esticou e pigarreou”.

O que fazer em relação à atração imediata que um estava sentindo pelo outro? Eles eram muito diferentes e tinham propósitos diferentes para suas vidas, mesmo tendo considerado um ao outro feio e sem atrativos no primeiro momento.

Esta história é diferente dos romances de época que estamos acostumados por vários motivos e é um dos fatos que me fez gostar bastante dela. A primeira é que temos um conto do Príncipe Corvo sendo narrado no início de cada capítulo, isto faz parte de um livro que a Anna está lendo e tem um significado bem especial da história, a segunda é os próprios personagens como descritos acima. A outra é que devido ao fato da Anna ser viúva, a autora pode tratar dos desejos femininos e não apenas do aspecto masculino que sempre permeiam as histórias. A Anna acaba por gostar do Conde e vai atrás dele de uma maneira secreta para realizar os seus desejos. Isto dá o tom hot da história. Outra diferença é que como o conde não se preocupa com a maneira de falar ele é bem escrachado em expressar sua opinião e sentimentos, principalmente no que diz respeito aos seus desejos, o que torna a história bem descritiva nos momentos hot.

Amei o fato dos personagens principais não serem mimizentos, pelo contrário, sabem o que querem e vão atrás, do fato da narração não ser do ponto de vista de um único personagem e da maneira com que a autora trabalhou toda a história. Gosto mais ainda do final da história. Me coração vibrou de alegria quando terminei a leitura. Gostei desta história desde a primeira vez que li e mais ainda com nesta tradução e edição da Record que realmente ficou maravilhosa. Vale destacar que os livros desta trilogia são histórias independentes, este livro só nos apresenta os personagens masculinos principais das histórias seguintes.

Realmente me apaixonei por esta capa linda e a impressão em papel amarelo só deixou a leitura melhor. Dou nota 5/5 para esta história com alegria e se você que diz gostar de romance ler este livro e não gostar, aff, digo que não podemos ser amigas... kkkkkk... Brincadeirinha, mas realmente espero que gostem.

Boa leitura,

Carol Finco

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Príncipe Corvo
Trilogia dos Príncipes #1
Ano: 2017
Páginas: 350
Editora: Record
 
Sinopse (Skoob):
Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante.

Chega uma hora na vida de uma dama...
Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil.
Em que ela deve fazer o inimaginável...
O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude.
E encontrar um emprego.
Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante.