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09 junho, 2020

Resenha :: Sarah

junho 09, 2020 0 Comentários
*recebido em parceria com o Grupo Editorial The Books

Olá, pessoa!! Hoje vou falar do livro de uma autora que já foi resenhada aqui no Clube pelo Lucas. Então não deixe de aproveitar para conferir a resenha dele de Tudo Por um Sonho em Paris, clicando aqui. Agora, quero compartilhar sobre minha leitura com você.

No prólogo, a autora nos diz que várias histórias do livro foram baseadas em fatos reais, claro que os nomes e locais foram mudados para preservar essas pessoas, mas acho que isso deixa a leitura ainda mais tocante, porque a trama reúne vários temas sensíveis, mas todos tratados de uma maneira muito delicada, de forma a não ter qualquer gatilho para leitura. Outro fator importante para a trama é ser uma história cristã, não digo que seja religiosa, mas sim tem um fator importante na vida dos personagens.


Afinal, Sarah é uma estudante de medicina focada em se tornar psiquiatra e trabalhar com portadores do transtorno do espectro autista. Com uma bagagem emocional pesada, de situações complicadas que a levam a decidir assumir o controle de sua vida: ser livre de toda a opressão de vir de uma família com o pai sendo um conservador religioso ultrarradical, vários fantasmas do passado e precisando se redescobrir em meio aos conflitos internos, para ser quem deseja ser e não quem esperam que ela seja.

Assim, ela decide que seu aniversário de 21 anos será o ponto de partida de sua mudança, mas, em momento algum, ela poderia imaginar que, em apenas uma noite, tantos sonhos e destinos seriam mudados. Afinal, ao aceitar o convite de sua amiga Marcela, ela não só sai de sua zona de conforto, como também irá conhecer o homem que despertaria seu coração para novas e desconhecidas emoções. Afinal ela não tem nenhuma experiência em relacionamentos românticos e, ainda sim, sente dentro de seu coração que não poderia deixar de viver aquele momento em que conhece Benjamin.

Mas ela não é só feita de inexperiência, a vida a deixara com garra e determinação suficientes para lutar por seus objetivos mais concretos e agora, diante a tantos acontecimentos, como o que aconteceu com sua amiga, ela passa a lutar para colocar essa mesma força em seus sentimentos e emoções, para conseguir lidar com o presente e também o passado, que cobra o preço de tantos assuntos sem resolução.

Vemos então o crescimento dela enquanto pessoa, tendo que lidar com seus medos e inseguranças, com a paixão que aumenta a cada momento por Bem, e por perceber que ele é determinante para que ela tenha coragem de agir, mesmo que seja para dizer a ele que não aceita um relacionamento que não seja o que ela sonha e acredita merecer. Ele ganha pontos provando que não é como o pai dela e que, mesmo com seu defeito de ser extremamente controlador e cabeça dura, pode sim lutar contra isso, com todas as suas forças, porque entende que isso não é algo que seja positivo.


Confesso que as tramas paralelas me fizeram gostar muito mais da história, do que o casal principal. As inseguranças da Sarah e todas as brigas, muitas vezes infantis de ambas as partes, me deixaram cansada, diversas vezes. Sem falar em todo momento que ela mesma se contradizia, dizendo que era de uma maneira e agindo de forma totalmente em contrário do que disse. O que facilitou muito foi ser uma trama que em nenhum momento fica parada e os capítulos são curtos, facilitando a leitura e dando fluidez ao texto.  Logo no prólogo, alguns personagens ganharam voz para explicar fatos que acontecem e convergem para a noite em que Sarah decide começar uma nova vida. 

Outra coisa que muda durante a narrativa é  o tempo em que as situações acontecem, porque algumas voltas ao passado acontecem para explicar situações de conflito ou traumas, que retornam devido a algum acontecimento, e vão nos explicando as atitudes de Sarah durante as situações que acontecem. O fato de ela agir sempre de forma impulsiva mostra o quanto é importante ter controle emocional e não julgar sem antes se dar a oportunidade de conhecer todos os fatos. Ouvir o outro lado da história, porque, sempre que ela se permite isso, acaba percebendo como a precipitação causa mais problemas que soluções.

Um ponto forte da história é a questão do perdão. Muitas vezes ficamos tão presos ao que aconteceu, que esquecemos de lidar com o que isso causa em nossas vidas, e adorei o fato de Sarah encontrar apoio não só em Ben, como também em outras pessoas e até mesmo em seu diário, para lidar com os danos e não apenas com o trauma. Sei que perdoar não é esquecer, mas deixar de sofrer e, muitas vezes, isso faz mais bem para quem perdoa do que para quem recebe esse perdão.

A linguagem do livro é bem coloquial e algumas gírias ou formas mais locais de falar me fizeram buscar no Google o significado, porque no local onde eu moro não fariam sentido aplicado a mesma pessoa (vide palavra tinhoso). Uma coisa que senti falta foi uma nota de rodapé para explicar algumas siglas, enquanto algumas citações ganharam apenas uma referência a um site, sem maiores explicações. Digo isso porque nem todos os leitores podem entender o que significa HU (que supus ser hospital universitário) e só vários capítulos depois vamos entender o que Ben quis dizer com ser aprovado para o BWH.

Ah! Na página 286, diz que: “A cada um em 100 milhões de pessoas nascem com a síndrome” se referindo ao autismo. O dado correto: Segundo dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas (fonte: Site da USP). Como os dados não são precisos e novos estudos saem a cada dia, creio que a palavra milhões foi inserida de modo errado no texto.


Por fim, gostei muito de a autora não deixar nenhuma ponta solta e dar um fim para todos os personagens, mesmo os secundários. O epílogo é um presente a parte para quem acompanhou toda a história e arranca suspiros. Por fim, espero que você curta muito essa leitura e consiga aproveitar as lições valiosas que os personagens tanto ensinam quanto aprendem durante a história.

Sobre a edição, tirando os fatos que citei, ficou lindo o trabalho da editora, tanto nas páginas escritas no diário, como no começo de cada capítulo. Boa leitura.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Sarah
Ano: 2019
Páginas: 414
Editora: The Books
Sinopse:
Sarah Furtado é uma estudante de medicina focada em se tornar psiquiatra e trabalhar com portadores do transtorno do espectro autista. Ela traz em sua história relacionamentos pessoais traumáticos e uma infância marcada pela rejeição que recebeu de seu pai.
Ao completar 21 anos, ela decide assumir o controle de sua vida: ser livre de toda a opressão e dos fantasmas do passado, precisando se redescobrir em meio aos conflitos de sua alma para ser quem deseja. Um romance intenso com muito drama e uma pitada de suspense se inicia quando conhece Benjamim Hakin. Será que Sarah se permitirá viver esse amor?
Em sua busca pessoal, Sarah estará diante de revelações que jamais poderia imaginar e situações à sua volta que dependerá de grandes atitudes para que consiga alcançar seus objetivos.


Para comprar:

 Livro Físico
 E-book


The Books Editora é uma casa editorial recentemente lançada no mercado para autores de várias nacionalidades. Viemos de forma humilde, mas com garra prestar todo o suporte para edição e venda de seu livro.
Com seriedade, comprometida e com vontade de crescer junto com o autor. 
Somos uma editora onde o autor será respeitado e terá sua obra recebendo a atenção que merece.
A literatura nacional contemporânea merece mais respeito.
Caso haja dúvidas estamos à disposição.
Juntos, somos mais! 


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23 maio, 2020

Resenha :: Perto do Fim

maio 23, 2020 1 Comentários

Olá, pessoas, tudo bem? Nesse mês escolhi uma lista bem eclética de minhas leituras e esse livro entrou na categoria Mistério e Suspense. Por ser livro único foi uma ótima pedida, porque tem horas que tudo que não queremos é começar uma série, não é mesmo?

Narrado em primeira pessoa, no ponto de vista de Jeff Weber, somos apresentados a suas dores, seu luto e imensa vontade de não viver, não sofrer mais e a culpa pelo que houve à sua esposa e filha e a dor de ter sobrevivido quando tentou acabar de vez com o sofrimento, jogando o seu carro contra um poste de concreto.


O livro começa assim, com essa atmosfera carregada, afinal a única pessoa a quem ele pode chamar de família é seu pai. Um homem frio, distante e controlador que, mesmo trabalhando no dia a dia com o filho, usa de outras pessoas e meios para saber os passos de seu filho. Quando a lógica seria apenas perguntar a ele.

No primeiro momento a narrativa mostra bem a vida rotineira e mecânica que Jeff leva, como, em busca de uma normalidade, ele criou rotinas rígidas a quais se obriga metodicamente a cumprir. Porém o que ele nunca imaginava é que o prenúncio de uma tempestade trouxesse, além de chuva e raios, uma mudança em tudo a qual se acostumou. Da sacada de sua casa, ele ouve uma jovem pedindo socorro e corre até lá para ajudá-la, sem saber que esse seu gesto daria início a um grande pesadelo.


Apesar das longas conversas mantidas em frente ao seu túmulo, em voz alta, ou só para mim, ainda há muito a ser dito.

Ele liberta a jovem Valentina das mãos do agressor e recebe ameaças dele, por ter surgido na hora errada. O sujeito foge, mas no mesmo dia coloca em prática suas ameaças. Após isso, Jeff vê sua rotina pacata e metódica sofrer uma guinada vertiginosa. Uma série de acontecimentos o faz pensar que sua vida corre perigo e o homem falava sério. Ele só não entende qual o motivo para tanta fúria e desejo de vingança. E, nesse momento, a história te deixa intrigado com as ameaças e ainda mais com a maneira enigmática que pai de Jeff, o sr. Milton Weber, lida com esse assunto, ao mesmo tempo que deixa no ar frases que trazem ainda mais incertezas que esclarecimentos.

Ao mesmo tempo em que se vê perseguido e na mira de um maníaco, Valentina surge como um sopro de esperança em sua vida, trazendo um pouco de paz ao seu coração acostumado a estar mergulhado em sombras. Afinal, estando tão mergulhados em nossa dor, esquecemos que as pessoas a nossa volta também têm suas dores e seus próprios sofrimentos com que lidar. E assim, vamos vendo os sentimentos que ela desperta em Jeff darem esperança de que talvez ele consiga voltar a viver e não apenas existir. Mesmo que nada seja tão simples. Afinal, quando ele passa a acreditar que finalmente tudo se resolveu, o inesperado acontece, o deixando preso em um dilema desanimador.


Se a sua história é triste e você não vê nenhum motivo para se alegrar com ela, volte sua atenção para outras histórias e tire delas a alegria que falta na sua.

A partir desse momento, ele terá que ser realmente forte para superar o novo obstáculo que o destino colocou em seu caminho e mostrar além de uma força para lidar com dores físicas quanto com as emocionais, se quiser viver. E o fato de poder perder a vida o mostra como sua jornada foi longa até esse momento, e que realmente ele agora tem motivos para lutar pela vida.

Confesso que não imaginava a resolução do mistério, achei meio ok. Mas, em compensação, os outros desfechos me deixaram bem satisfeita, porque eu concordei com os rumos tomados. Tenho que dizer que realmente achei que alguns pontos poderiam ter sido melhores explicados e algumas perguntas que me fiz ficaram sem uma resposta. Mas nada que tenha estragado a história como um todo.


O livro tem uma capa que remete a história, com uma edição muito bonita, com revisão e diagramação bem-feitas, sem erros de digitação ou ortografia, fonte e papel amarelo que deixaram a leitura ainda mais confortável e um trabalho de impressão excelente. Boa leitura.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Perto do Fim
Ano: 2017
Páginas: 246
Editora: Selo Jovem
Sinopse:
Jeff Weber é um homem solitário e inconformado com o seu destino. Tentou acabar de vez com o sofrimento, jogando o seu carro contra um poste de concreto, mas sobreviveu.
Um dia, Jeff escuta da sacada de sua casa, uma jovem pedindo socorro e corre até lá para ajudá-la, sem saber que esse seu gesto daria início a um grande pesadelo.
Jeff liberta a jovem Valentina das mãos do agressor e recebe ameaças dele, por ter surgido na hora errada. O sujeito foge, mas no mesmo dia coloca em prática as ameaças.
Após isso, Jeff vê sua rotina pacata e metódica, sofrer uma guinada vertiginosa. Uma série de acontecimentos o faz pensar que sua vida corre perigo e o homem falava sério. Ele só não entende qual o motivo para tanta fúria e desejo de vingança.
Ao mesmo tempo em que se vê perseguido e na mira de um maníaco, Valentina surge como um sopro de esperança em sua vida, trazendo um pouco de paz ao seu coração acostumado a estar mergulhado em sombras.
E quando ele passa a acreditar que finalmente tudo se resolveu, algo inesperado acontece, jogando Jeff num dilema desanimador. Agora ele terá que ser realmente forte para superar o novo obstáculo que o destino colocou em seu caminho, se quiser viver.


Para comprar:

 Livro Físico
 E-book


A editora Selo Jovem é uma empresa independente, que atua no mercado do livro desde 2013. É uma editora com base sólida e confiável, pois o objetivo da Selo Jovem é publicar obras com 100% de qualidade literária, sem pressa e trabalhando duro na revisão dos textos; sem jamais desistir, para ganhar experiência e amadurecer a cada dia.


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16 maio, 2020

Resenha :: A Última Música

maio 16, 2020 0 Comentários

Oi, faroleiros. Sei que algumas pessoas não curtem uma releitura, principalmente tendo tantas coisas novas para se ler, mas eu sou de opinião que ler novamente um livro é como voltar a conversar com um velho amigo. Há momentos em que tudo o que eu quero é ler algo que eu sei que me fará bem, que é gostoso, ao invés de me aventurar em uma leitura nova. E quando a Arqueiro relançou este livro do Nicolas Sparks, que vale ressaltar ser o único de três lidos dele que eu realmente gosto, provavelmente porque tem um final feliz, não perdi a oportunidade de adquiri-lo.


Verônica, mais conhecida como Ronni, é uma garota de dezessete anos vivendo sua fase rebelde, deixando sua mãe sem saber como lidar com ela, mas ao longo da história percebemos que há vários fatores a serem observados a este respeito, um deles é que apesar de tudo de errado que ela comete, na maioria das vezes é pura fachada. Isso, desde o início, a gente percebe que é sua válvula de escape para jogar na mãe sua revolta pelos pais terem se separado e seu pai ter ido embora de Nova York de volta para sua cidade natal. Há mais de três anos que ela bloqueou qualquer tipo de contato do pai com ela e vem se mantendo firme nisto até que sua mãe toma a decisão de levá-la junto com seu irmão para passarem todo o verão com o pai na pequena cidade de Wrightsville Beach, Carolina do Norte.

Outra coisa que logo de início a gente fica sabendo é que a Ronni é um verdadeiro prodígio no piano, sua maior ligação com o pai desde pequena, onde os dois compuseram e tocaram várias músicas juntos, porém desde a separação dos pais, ela se nega terminantemente a sequer ouvir piano, quanto mais tocá-lo.

Mas, à medida que os dias na casa de seu pai vão se passando, ela percebe que o homem a quem ela conhecia não é mais o mesmo, assim como ela, e que ela deveria pelo menos deixar de trazer transtornos para o pai e quem sabe ele a deixa voltar para casa.

– Papai, posso te perguntar uma coisa?
– Qualquer coisa.
– Por que você disse que acreditava em mim?

De perfil, ele via em Ronnie tanto a jovem que ela estava se tornando quanto a garotinha de quem ele tanto se lembrava.
– Porque confio em você.
– Foi por isso que você construiu a parede para esconder o piano? – Ela olhou para ele de soslaio. – Quando entrei, não foi muito difícil perceber.
Steve balançou a cabeça.
– Não. Fiz isso porque te amo.

Há vários pontos no enredo desta história que nos trazem uma reflexão maravilhosa. A Ronnie, durante o verão, tem todos os tipos de experiências, mas a melhor de todas, sem sombra de dúvidas, é a reconstrução do relacionamento dela com seu pai e também acompanhar o seu relacionamento como seu irmão caçula. É uma história que nos mostra que nunca devemos ser precipitados em nossos julgamentos e decisões, que o diálogo na família e em qualquer outro relacionamento é fundamental, que a verdade deve reger nossa vida, mas a nossa verdade, que nunca é tarde para pedir perdão e, principalmente, para perdoar.

Apesar de não ter acabado do jeito que você ou eu queríamos, olho para você e Jonah e penso na sorte de ter vocês como filhos. Em uma vida de tantos erros, vocês dois são as melhores coisas que aconteceram comigo.

É uma história realmente fantástica em todos os sentidos, e, como eu disse, apesar de toda a carga dramática que ela possui, o final é lindo e acontece algo que, para mim, foi o que transformou o final em feliz. Sem mais comentários para não ter spoiler... rsrsrsrsrs, mas quem já leu sabe.


Vale comentar que este livro é um dos tantos escritos pelo autor que se tornou filme, e um de grande sucesso. Eu gosto do filme em si. Creio que ele ficou bom e gosto dos atores do filme também, porém se você gostou do filme e ainda não leu o livro, você está perdendo. A história do filme é fraca se comparada a toda emoção que o livro traz, sem falar das alterações que são feitas, e tem uma em particular no final que eles mudaram no filme que eu detestei. Se quiserem saber qual foi, podem me perguntar que eu respondo, mas somente se já tiverem terem lido o livro, pois é um baita spoiler do final da história.

Eu li como se fosse a primeira vez, me chateei, me emocionei ao ponto de chorar, me alegrei, ou seja, curti ao máximo este livro que tem uma história linda, que toca o meu coração sempre. Nota 5/5 sem dúvida, pois além da história ser fantástica, o trabalho de edição da Arqueiro ficou lindo também.

Boa leitura e até a próxima.

Carolina Finco


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Última Música
O amor tem diversas formas de curar nosso coração
Ano: 2019
Páginas: 368
Editora: Arqueiro
Sinopse:
Uma das lembranças mais felizes de Ronnie era se sentar ao lado do pai ao piano e tocar por horas. Porém, desde que ele se separou da mãe dela e se mudou de Nova York, a menina só consegue olhar para o instrumento com raiva e mágoa.
Três anos após o divórcio, Ronnie mal tem contato com ele e a mãe acha que já está na hora de os dois reconstruírem os laços, passando juntos as férias de verão.
Antes um pianista que sempre estava viajando, o pai agora leva uma vida tranquila numa pequena cidade litorânea, imerso no trabalho de reconstrução do vitral de uma igreja, destruído em um incêndio misterioso.
A última coisa que a rebelde Ronnie quer é passar meses num local entediante como aquele, mas aos poucos a brisa da praia e de novas paixões começa a acalentar seu coração ressentido.
Um dos maiores sucessos de Nicholas Sparks, A última música é uma verdadeira celebração de todos os tipos de amor, desde a paixão do primeiro romance e a afeição entre pais e filhos até a devoção à música. 

06 maio, 2020

Resenha :: Horizonte Azul

maio 06, 2020 0 Comentários
*recebido em parceria com o Grupo Editorial Coerência

Olá, tudo bem? Eu me encantei com esse livro, porque além de uma sinopse linda, ao se passar em uma fazenda prometia remeter a grandes emoções e lindos sentimentos e não poderia estar mais certa.

Com algumas passagens no tempo, somos levados a entender os fatos que vão explicar o presente da família Collins e a vida de Antonella, que se torna uma jovem que aproveita a vida com todo o conforto que a cidade grande e o dinheiro podem proporcionar. Mas, ao mesmo tempo, vamos vendo que aquela perfeição é apenas uma fachada.


Assim, ela vai nos contar a sua história, sobre quando abriu mão do sonho de se tornar artista e concordou com um casamento arranjado, que beneficiaria os negócios da família. E uma notícia colocou tudo isso em segundo plano fazendo com que ela, os pais e o noivo partissem rumo à fazenda onde seu avô mora e que, no momento, se recupera de um acidente.

A fazenda era linda, a visão era magnífica. Os pássaros cantavam nas árvores ali perto, algumas galinhas andavam calmamente pelo gramado, um homem de chapéu guiava os cavalos para fora do estábulo.. .Aquela rotina era hipnotizante.

E lá ela sofre um choque de realidade, do luxo à simplicidade, ela é confrontada com algo que nunca viveu, um lugar simples e o amor de um avô que percebe não conhecer. Vou ser sincera que amo esse tipo de personagem como o sr. Álvaro, que enxerga bem à frente, e aproveita, de todas as formas, aquela oportunidade em ter a neta por perto. O que era para ser uma visita ao avô doente, passa a ser o seu maior pesadelo: a jovem percebe que terá de abandonar sua rotina para viver em um lugar cheio de bichos e pessoas simples.

Além dos funcionários da fazenda, Cissa e Bento, nós vamos acompanhar não apenas uma mudança de vida e rotina, mas também o crescimento dela como personagem. E já posso adiantar que ela conquista muito, por não ser o tipo que bate o pé e faz escândalo por se ver em uma situação desfavorável a ela, pelo contrário, ela começa um processo de buscar a própria história, aceitar de peito aberto o amor oferecido pelo avô, mesmo que descubra no processo que sempre recebeu de tudo, menos afeto dos pais e o quanto ela precisa desse afeto.

Vá, minha passarinha, alce voo e só pouse quando sentir que fez seu trabalho.


Confesso que me apeguei à pobre menina rica, dei boas risadas com o Bento, à medida que ele deixou de ser tão ogro e voltou a parecer com o menino que deu ao cão o nome de Chico. Mas a autora construiu a Cissa tão bem, que o ranço foi forte por ela, viu. Ah! Isso é algo que posso dizer, me envolvi tanto na história que ficava imaginando se fosse eu, quais atitudes eu teria no lugar de Antonella.

O texto tem uma narrativa cativante, mostrando o luxo e a simplicidade de uma maneira absolutamente perfeita e não apelativa, citando várias marcas ou dando nome de produtos extra famosos, apenas com a descrição e o ambiente, o efeito desejado era alcançado. Preciso confessar que os diálogos e, em alguns momentos, o destaque pela falta deles deram um tom especial à história. Porque mostra que ações são mais verdadeiras que palavras que, muitas vezes, são apenas vazias.

Algumas vezes, se você demorar a se decidir, o destino dá um jeito de dar um ponto final. Talvez o seu seja o ponto para começar um novo parágrafo.

A trama entra em uma crescente e mostra que as atitudes podem repercutir por muito tempo em nossas vidas e na vida de outras pessoas. Que mesmo o sentimento de ter perdido tempo pode ensinar a valiosa lição de que continuar se lamentando é apenas mais perda de tempo. Que viver os próprios sonhos é a única maneira de ser verdadeiramente feliz. Com a pintura, Antonella encontra a si mesma e o caminho para com sua família “perdida”, se reencontra nas emoções e sentimentos que coloca no quadro, e apesar de parecer que a escolha é entre o amor e o dinheiro, na realidade é mais que isso. Espero que você dê uma chance para essa história linda, que mostra que, mesmo sem cenas hot, é sim possível escrever um lindo e envolvente romance, com uma encantadora história e muitas e belas lições de vida.


A edição está linda, com ótima encadernação. Uma linda capa e também uma diagramação e revisão que colaboram para a leitura ser ótima. Não observei nenhum erro de digitação ou ortografia.

Boa leitura.


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

Horizonte Azul
A Arte do Amor
Ano: 2020
Páginas: 200
Editora: Coerência
Sinopse:
Após uma infância cercada de luxo, Antonella Collins se torna uma jovem que sabe aproveitar a vida com todo o conforto que a cidade grande e o dinheiro podem proporcionar. Herdeira de uma rede hoteleira e sem grandes preocupações com o futuro, abre mão do sonho de se tornar artista e concorda com um casamento arranjado que beneficiará os negócios da família. No entanto, alguns planos são traçados sem seu conhecimento e o que era para ser uma visita ao avô doente passa a ser o seu maior pesadelo: a jovem percebe que terá de abandonar sua rotina para viver em um lugar cheio de bichos e pessoas simples. Diante de um cenário diferente, a vontade de pintar e o despertar de um novo amor a colocam diante do dilema: qual é o limite entre o dinheiro e o amor, a fama e a inspiração?


Para comprar:

Livro Físico


Dinâmica, inovadora, eclética e arrojada, a Editora Coerência já chega ao mercado revelando seu diferencial: a divulgação dos autores nacionais, que têm tanta dificuldade em se fazerem notar.
Criada não apenas para viabilizar a publicação de autores (ainda) não renomados, a Coerência conta com toda uma equipe de revisores, diagramadores, ilustradores, capistas e assessores, que preparam a obra para que esta chegue com qualidade à casa de milhares de leitores em todo o Brasil.
Foi pensando em fazer com que sonhos tivessem vida que a editora-chefe, Lilian Vaccaro, formulou a Coerência, para que se tornasse não mais do mesmo, e sim um lugar onde o autor pode, acima de tudo, se realizar e ganhar experiência no mercado editorial.


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