18 dezembro, 2017

Especial :: Música e livro

dezembro 18, 2017 0 Comentários

Olá, pessoal! Tudo bem?

Ouvir música faz bem e nos deixa mais felizes e isso não é novidade. Independente de qual seja seu estilo musical favorito. Nisso temos que concordar. Música é um bom companheiro em viagens, na academia, em sua corrida matinal, até melhora seu nível de concentração, mas e durante a leitura daquele que pode ser seu livro favorito? Vi em algumas matérias que ouvir suas canções favoritas pode te proporcionar uma memória melhor. Isso seria maravilhoso, já que você não quer esquecer os melhores momentos do seu livro favorito.




Eu particularmente gosto de ouvir música durante uma leitura. Não por questões de memória, mas porque me sinto relaxado e é prazeroso fazer as duas coisas que mais gosto ao mesmo tempo. Melhor ainda é quando o livro tem sua própria playlist. Isso nos proporciona melhor interação com a história e acaba nos mostrando melhor a personalidade de cada personagem.
Hoje trago três livros que possuem uma playlist própria e que acabou me fazendo gostar mais do livro. E me apresentando canções muito boas.

Dueto ♥ Entre o agora e o nunca

Camryn Bennett é uma jovem de 20 anos que não enxerga mais sentido em sua vida depois que seu namorado Ian morre em um acidente de carro. Perdida, Camryn vai para a rodoviária e pega o primeiro ônibus interestadual, sem se importar com o destino. Só que ela não esperava que dentro desse ônibus estivesse seu próximo amor.
A trilha sonora desse livro é perfeita. Faz um pouco mais de um ano que terminei esses livros, mas mesmo assim ainda tenho as músicas dele no meu celular. Alguma das músicas:

                       ♪♫♪ Bad Company - Feel Like Making Love e Ready for Love
                                          (Essa que é a música do casal pra mim) 
                       ♪♫♪ Kansas - Carry On Wayward Son 
                       ♪♫♪ The Civil Wars - Barton Hollow e Poison & Wine.
    Dueto ♥ O amor não tem leis

    Recém-chegada de uma temporada fora do país, quando acompanhou seu então namorado e cantor Dereck Mayer em turnê pelo mundo, a linda jovem Maria Clara está determinada em cumprir as horas de estágio que falta para então pegar seu diploma de advogada. 

    Só que ela não imaginou que trabalharia com o bonitão Dr. Ferraz. Para conseguir concluir seu estágio, ela terá que resistir aos encantos do seu chefe. Esse livro é nacional, da autora Camila Moreira. E a playlist que tem nesse livro... Vou deixar algumas músicas aqui:
                             ♪♫♪ Cássia Eller - O Segundo Sol 
                             ♪♫♪ Seize the day - Avenged Sevenfold 
                             ♪♫♪ Jason Mraz - I Won’t Give Up 
                             ♪♫♪ Justin Timberlake – Mirrors

        Trilogia ♥ Slammed

        Após a morte do pai, Lake vive em uma bolha de luto e dor. A responsabilidade de cuidar da mãe e seu irmão mais novo acabam pesando na vida dela. 

        E se mudar para outra cidade não pareceu ser a melhor decisão a ser tomada. Agora em uma nova casa, uma nova cidade, Lake precisa achar seu novo caminho e seu vizinho pode ser uma boa companhia. 

        Ela sente que seu novo amigo pode fazer bem a ela e ele parece ser o único que consegue tirar o martírio de sua vida. Só que a felicidade não vem fácil e logo descobrem que o dia a dia vai ser um tormento nas suas vidas. Aqui nossa trilha sonora é composta de uma única banda: The Avett Brothers. Algumas das músicas apresentadas no livro:

                               ♪♫♪ The Avett Brothers - Salina 
                               ♪♫♪ The Avett Brothers - I Would Be Sad 
                               ♪♫♪ The Avett Brothers - Swept Away 
                               ♪♫♪ The Avett Brothers - Die Die Die 

        Se você já leu algum livro citado deixe seu comentário falando o que achou do livro e da sua trilha sonora. Se você ainda não leu nenhum livro desse, mas conhece alguma música, espero que isso faça você conhecer as histórias.
        Boa leitura.

          16 dezembro, 2017

          Resenha :: A Viagem

          dezembro 16, 2017 3 Comentários

          Olá faroleiros, hoje vim escrever sobre minha leitura do Conto A Viagem, da autora Diana Rocco. Não é necessário conhecer o mito Grego de Tirésias, para entender A Viagem, porém, torna a leitura ainda mais preciosa.  (caso não conheça tem um resumo ótimo no final do livro desse mito).
          "O que questiono são os padrões. A vida é unissex. Não aceito as divisões."
          A história é narrada em primeira pessoa por Alexis, que entra num trem pra fugir de seus agressores e acaba indo parar em um lugar fantástico onde pode descobrir quem  ela realmente é. 

          O tema do conto é criativo e moderno, além de a Diana Rocco, encontrar um meio quase sólido de te fazer pensar enquanto lê, o conto realmente te deixa com aquela vontade de mais história, mais tempo para pensar a respeito, entender o universo para o qual a história te leva.
           "- Aqui é um lugar seguro - quebrou o silêncio Darlan. - Um lugar onde pessoas como você e eu podem viver em paz."
          Não tem como não fazer perguntas sobre tudo e ainda encontrar mais perguntas a serem feitas. Somos instigados a pensar sobre a androgenia, sobre a personagem e também sobre nós mesmos. 
          "Do outro lado do vidro um ser andrógino, de cabelos castanhos em corte militar, observava-a com ar de severidade. Tinha feições delicadas e, nesse momento, bastante assustadas. Os olhos eram estreitos e cansados. O nariz pequeno realçava bochechas rosadas. Sua boca era pequena e de lábios generosos. A leveza dos traços era quebrada por um queixo quadrado, largo."
          Uma explicação básica sobre o termo Andrógino é: "-  uma qualificação dada ao indivíduo que possui aparência e comportamentos entre o masculino e o feminino, é um indivíduo que não se enquadra nem no papel de homem nem de mulher. Somente pela aparência é difícil determinar se a pessoa é do sexo masculino ou feminino, pois possuem traços marcantes dos dois gêneros."

          Espero que durante a sua leitura dessa resenha, você já tenha percebido que o texto é intenso, mas escrito de uma maneira deliciosa e envolvente. A leitura é super instigante, porque mesmo que o leitor ache que o conteúdo do texto seja "errado", ainda sim irá pensar a respeito, tentar entender o outro lado da história. E nesse momento vai acabar por deixar suas "certezas" de lado, encontrar algumas perguntas que nunca se fez e durante a leitura de posse dessas perguntas começar a indagar as próprias respostas. 
          E no final poderá ser como eu e ser surpreendido. Em meu caso meu primeiro pensamento dentre todos que poderiam ter sido, foi:
          "Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas. - Mario Quintana"
          Perdoem-me se acabei sendo vago no texto, mas não quero estragar o prazer dessa fantasia inquietante e enriquecedora. Uma fantasia sobre corpos, desejos, gêneros e autoaceitação. O e-book está com uma foto de capa maravilhosa, o conteúdo extra extremamente bem feito e o convite da autora ao diálogo e a troca de pensamentos, uma tentação irresistível.
          Venha viajar!

          Nota: 

          GOSTOU DA RESENHA? A autora fez uma promoção LINDA pra você faroleiro leitor/leitora do clube!! O download do ebook hoje está GRATUITO! Aproveite!

          Ficha Técnica do Livro

          A Viagem
          Diana Rocco
          Ano: 2017
          Páginas: 33
          Editora: Independente
          Capa: Fotografia e Projeto Gráfico - Fabi Mendonça
          Para comprar seu e-book de A viagem, clique aqui!

          Sinopse (Skoob
          Pensei o quanto desconfortável é ser trancado do lado de fora; e pensei o quanto é pior, talvez, ser trancado no lado de dentro. (Virginia Woolf)
          Alexis quer apenas um drink e uma paquera, mas encontrará violência. Fugindo de seus agressores, embarca em uma viagem que mudará para sempre sua relação consigo mesma. Uma fantasia sobre corpos, desejos, gêneros e autoaceitação. Releitura livre do mito do Andrógino.

          Sobre a Autora

          Diana Rocco

          Ðiana Řocco nasceu em São Paulo em 1965, pouco após o golpe militar de 1964. Cresceu durante a ditadura e aprendeu que o silêncio e a prudência podem salvar vidas. 

          Em seu processo de desenvolvimento identificou-se progressivamente como bissexual, lésbica, andrógina até compreender-se como uma pessoa sem gênero definido. Sua vivência despertou o interesse em estudos de gênero e sexualidade humana, campos nos quais possui formação sólida. 
          É autora de contos que abordam o amor entre mulheres e a transgressão de gêneros. Seus textos poéticos, de fácil leitura, flertam com o Realismo Mágico introduzindo o leitor em viagens por universos simbólicos, cativantes e emotivos.

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          Fonte de pesquisa : www.significados.com.br

          12 dezembro, 2017

          Resenha :: Belas Maldições (Good Omens)

          dezembro 12, 2017 4 Comentários

          “Belas Maldições” já me chamou a atenção de cara apenas por ter Neil Gaiman como um dos autores, já havia ouvido falar sobre Terry Pratchett em outros grupos literários da vida – mas infelizmente nunca tive o prazer de ler suas obras, espero resolver isso! Quando a querida Elisabete Finco me perguntou se eu gostaria de ler o livro, aceitei prontamente, portanto, mais uma vez fica aqui meu agradecimento por ter me emprestado seu exemplar para a leitura .

          “Se você quer imaginar o futuro, imagine um garoto, seu cachorro e seus amigos. E um verão que jamais termina.”

          O enredo do livro é bem simples: o fim do mundo está prestes a ocorrer e temos criaturas que de tão habituadas a viver entre os humanos querem impedir isto, estamos falando do demônio Crowley – que é apaixonado por seu Bentley – e do anjo Aziraphale – que possui uma coleção de exemplares raros de livros, que eu adoraria conhecer. Apesar de ambos acreditarem que impedir algo já previsto a tantos e tantos anos seja uma tarefa quase impossível, eles resolvem tentar.

          Tudo começou onze anos atrás em um hospital, com freiras satanistas, alguns bebês e uma grande confusão. Para dar mais tempero a essa trama, para lá de louca, somos apresentados a alguns personagens bem excêntricos como: a descendente da bruxa Agnes Nutter que lançou um livro com suas profecias muitos séculos atrás, caçadores de bruxas, os cavaleiros do apocalipse (que pilotam motos iradas) e, claro, o próprio Anticristo. 

          "Deus não joga dados com o universo. Ele joga um jogo inefável de sua própria criação, que poderia ser comparado, da perspectiva de qualquer um dos outros jogadores, (todos os dois) a estar envolvido numa obscura e complexa versão de pôquer numa sala completamente escura, com cartas em branco, por apostas infinitas, com um crupiê que não lhe diz quais são as regras, e que sorri o tempo todo."

          Em “Belas Maldições” temos o humor presente em cada uma das páginas, os autores capricharam nas notas de rodapé que são geniais (e é simplesmente impossível não rir da grande maioria delas), os personagens são divertidos e, por vezes, aparvalhados. Algo bem interessante de se notar, é que logo no início do livro os personagens são listados como se fizessem parte de uma peça de teatro, um toque bem bacana ao meu ver. O livro é dividido de acordo com os dias da semana, porém, a diagramação do “Sábado” deixou um pouco a desejar a meu ver - como este é um capítulo muito extenso, por vezes, a leitura ficou mais cansativa, portanto, creio que uma alteração na diagramação pudesse contribuir de forma positiva na experiência de leitura do livro.

          Na contracapa do livro, há uma frase de Clive Barker (autor de Hellraiser): “O fim do mundo nunca foi tão engraçado”. Então, caso resolva ler em público, se prepare para ser julgado por rir! :P

          Este ano, foi anunciado que “Belas Maldições” irá se tornar uma série e temos Neil Gaiman como roteirista e showrunner, além disso já foram divulgadas imagens dos atores David Tennant, que interpretará Crowley, e Michael Sheen, que interpretará Aziraphale. No elenco teremos nomes como Jack Whitehall, Michael McKean e Miranda Richardson.

          A série será uma parceria entre a BBC e a Amazon e será transmitida no canal de streaming desta, que também possui Deuses Americanos (outra adaptação de uma das obras de Gaiman) no catálogo, infelizmente ainda não há uma data de estreia!

          "- Está vendo - disse Crowley. - É como eu sempre disse. Humanos são uns traidores desgraçados. Não se pode confiar nem um pouco neles."

          E vocês, já leram a obra? Pretendem ler? Conhecem o trabalho dos autores?

          Até a próxima!

          Nota :: 

          Informações Técnicas do livro

          Belas Maldições
          As justas e precisas profecias de Agner Nutter, Bruxa
          Terry Pratchett
          Neil Gaiman
          Ano: 2017
          Páginas: 350
          Editora: Bertrand Brasil 
           
          Sinopse (Skoob):
          Um descendente direto de O Guia do Mochileiro das Galáxias escrito por dois dos maiores autores britânicos de fantasia O mundo vai acabar em um sábado. No próximo sábado, e ainda por cima antes do jantar. O que é um grande problema para Crowley, o demônio mais acessível do Inferno, residente na Terra, e sua contraparte e velho amigo Aziraphale, anjo genuíno e dono de livraria em Londres. Depois de quatro mil anos vivendo entre os humanos, eles pegaram um gosto pelo mundo, e o Armagedom lhes parece um evento bastante inconveniente. Então, para evitar o fim do mundo, precisam encontrar a chave de tudo: o jovem Anticristo, agora um menino de 11 anos vivendo tranquilamente em uma cidadezinha inglesa. Em seu caminho, acabarão trombando com uma jovem ocultista, dona do único livro que prevê precisamente os acontecimentos do fim do mundo, caçadores de bruxas ainda na ativa e, quem sabe, até os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Mas eles precisam ser rápidos. Não é só o tempo que está acabando.

           Créditos:

          09 dezembro, 2017

          Resenha :: Miguel

          dezembro 09, 2017 2 Comentários

          Olá faroleiros, eu vi escrever sobre uma das leituras mais fofas ao mesmo tempo emocionante do ano. Eu vim de leituras densas de fantasia e quem acompanhou minhas ultimas resenhas entende bem do que estou falando aqui. Mas, vamos voltemos ao livro, eu queria uma história pra quebrar esse ritmo e evitar uma ressaca literária que andava me rondando e ler Miguel me deu isso e muito mais.

          A história é narrada pelo ponto de vista do Miguel Schimith, um professor de filosofia em escola pública, dedicado e com uma rotina de rapaz solteiro pouco convencional para os dias de hoje, ele é um ex-seminarista que optou por não se consagrar padre, mas em seu coração fez um voto, o de casar-se casto.  Tudo corrida de forma tranquila na vida de Miguel, até uma nova vizinha  vir morar em seu prédio, não incomodaria tanto a Miguel caso as paredes do prédio não fossem finas o bastante pra ele ouvir sua vida usar o nome de Deus em vão e nos momentos mais errados possíveis. Ele guardou suas opiniões pra si até uma emergência de encanamento o levar a conhecer sua vizinha.

          Aurora Letícia Alves, é uma mulher independente e totalmente consciente de sua sexualidade, acredita piamente em encontros de uma noite do melhor tipo, pega e não se apega e está numa nova fase de sua vida, começando um empreendimento com sua irmã.  Em meio a muita água e uma raiva imensa da torneira, seus gritos de socorro a levam a conhecer seu vizinho Miguel e naquele momento a antipatia foi mutua. Vou parar nesse momento e dizer VOCÊ, sim você querida leitora e querido leitor acabou de entender todo o livro de forma errada!!

          Miguel é aquele cara "comum" no melhor sentido da palavra e Aurora é um furacão desbocado e cheio de humor. Todo mundo conhece um cara alto meio sem jeito e uma baixinha esquentada. Risos, sério não tem como não se sentir próximo aos dois logo de cara.

          Eu sei que nessa onda "hot" que a literatura nacional hoje vive (nada contra, entendam bem), mas você poderia se enganar e achar que esse livro é alguma fantasia absurda, mas não é nada disso. Esse é um romance  divertido sobre aceitação e respeito as diferenças de vida e de crença; É sobre não se impor e sim sobre entender o outro e tentar superar os obstáculos que a diferença de pensamentos e crenças podem trazer para qualquer relacionamento seja de amor ou amizade. A narrativa é feita de um jeito envolvente, leve e divertido. Os diálogos são perfeitos para dar o tom da história te deixando com aquela vontade de não parar de ler.

          Depois de algumas situações absurdas que nossa Maria "Aurora" Madelena faz Miguel passar, ele começa a perceber que mesmo sem contato físico, Miguel percebe que  a proximidade com a Aurora muda sua vida e sua rotina de uma maneira boa apesar de tudo, o que o leva a conclusão que ambos querem ser felizes, mas que cada um escolheu um caminho oposto ao do outro na busca por essa felicidade.

          Quando o coração de uma pessoa religiosa, seja qualquer que seja essa religião, o templo ou local de seu culto é sempre o refugiu de um coração aflito, e na busca por respostas e por refugio conhecemos o padre Emanuel (risos, não as referências não passaram desapercebidas), voltando ao padre, gente que personagem encantador, sábio e com uma vida triste e linda história de vida.

          Nesse ponto eu fiquei um pouco deslocada, porque não sou e nunca fui católica, mas amei a maneira com que a fé e dogmas da igreja foram tratados. Não, de uma maneira a catequizar o leitor mas informativa e bem vinda a trama, devido as origens de Miguel. Voltando a história, com o coração um pouco mais em paz seu retorno pra casa leva Miguel a uma situação que marcaria sua vida e a de Aurora. Tentarem ter uma relacionamento que não fosse contra as convicções de nenhum dos dois.

          Vamos junto deles, durante esse relacionamento sem contato físico, dialogando com os personagens sobre preceitos e conceitos como pecados e virtudes, certo e errado e o quanto disso é importante quando o amor está em pauta? O quanto é possível cada um abrir  mão de seu jeito de viver para se adequar ao outro e fazer dar certo. Aqui poderia ter ficado chato, mas entrada em cena das famílias de ambos trazem respostas e novas perspectivas para cada um ser exatamente como é.

          Claro que não poderia ser fácil, afinal a maior concessão ficou por parte de Aurora, que abriu mão de sexo e contato físico, enquanto Miguel praticamente não fez grandes concessões apesar de lidar com a tentação todos os dias, quando um acidente faz com que Aurora vá para o Canadá e a distância física faça com que perguntas não feitas viessem a mente de ambos os lados.

          Não posso contar muito a partir daqui, mas aviso que gente eu sinceramente quase enlouqueci aqui, ai que aflição! Sofri tanto com Aurora que quase me esqueço que Miguel é o personagem central do livro, até ri quando lembrei do título. Divaguei um pouco sobre a história ter levado para o lado que "Deus escreve certo por linhas tortas" me dei conta do quanto eu comecei a torcer pra eles darem certo sem um magoar o outro ou fazerem algo pra quem a culpa pesasse no relacionamento. 

          E me vi encantada com um livro que me surpreendeu por uma proposta inteiramente nova para algo que poderia ser clichê, uma linda história ao melhor estilo "eu escolhi esperar".Com certeza uma das mais doces e bem escritas histórias de amor que li nos últimos anos que envolvem fé, amor e principalmente esperança e aquela lembrança gostosa de que:
          "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." 1 Coríntios 13:4-7


          Sobre a edição, eu li a versão digital, disponível da Amazon, achei lindo a marcação em destaque dos capítulos e as citações que abrem os capítulos são perfeitas! A úncia melhoria fica por conta da edição que tem um espaçamentos errados e alguns erros de digitação, que não chegam estragar a leitura mas como são pontuais chamaram a atenção. Enfim, leiam e venham conversar comigo!!

          Nota: 

          Ficha Técnica do Livro

          Miguel
          Carol Paim
          Ano: 2016
          Páginas: 243
          Editora: Independente
          Para comprar seu e-book - Miguel, clique aqui!

          Sinopse (Skoob
          Pecados e virtudes. Certo e errado. Isso importa quando o amor está em pauta? 
          Uma mulher provocadora. Um homem respeitador e religioso. 
          Ele acredita no sexo após o casamento. Ela acredita em encontros de uma noite. Paixão é o que ela sente. Ele sente o amor. Ela quer ser feliz e nesse ponto os dois concordam, mas como fazer dar certo para que os dois tenham seu final feliz? Quem abrirá mão de seu jeito de viver para se adequar ao outro? 
          Quando as certezas e crenças de um homem são postas à prova pela determinação e desejo de uma mulher, tudo pode acontecer. 
          Miguel é um romance divertido sobre aceitação e respeito. Onde o maior desejo é que o amor prevaleça sobre o preconceito e os obstáculos que a diferença de pensamentos e crenças podem trazer. 


          ______Sobre a Autora______

          Carol Paim 

          Caroline Paim Müller, natural de Rondônia e atualmente morando em São José/SC.
          Trabalhando como Analista de Sistemas, Carol atualmente faz parte da Oficina Literária Boca de Leão da Biblioteca Pública de Santa Catarina, além de fazer parte da agência Wolfpack do renomado autor André Vianco, onde fez seus cursos e aprende constantemente a aperfeiçoar Apaixonada por letras desde pequena, só começou a se empenhar verdadeiramente em 2013, quando junto com a Sheila Bomfim, escreveu o primeiro livro da trilogia As Fases do Amor. 
          Enquanto escrevia em parceria, lançou o primeiro livro da trilogia Fases do Amor, todos os exemplares disponíveis foram vendidos já na primeira semana. Hoje Carol possui um total de doze títulos lançados, tendo a maioria eles publicados no site da Amazon.

          06 dezembro, 2017

          Resenha :: Alice Carter e o Theatro de Vampiros

          dezembro 06, 2017 2 Comentários

          Olá faroleiros queridos, hoje eu venho falar de um livro de aventura e fantasia. Esse é o primeiro da série e que já aviso ter me surpreendido por ter conseguido usar vários elementos do universo da fantasia em uma história bem escrita, veja bem eu ia ler 50 páginas e terminei de ler o livro inteiro. 

          Essa é uma história de fantasia com uma adolescente que vai iniciar uma nova fase em sua vida. Primeiro quero alertar para ficar atento aos detalhes porque durante a leitura eles vão se mostrando cada vez mais importante para a trama no futuro. Apesar de estar aprisionada por um longo período e todas as tentativas de fuga terem falhado, Alice consegue criar uma "vida" para si mesma, nomeando seus carcereiros sem rosto e aproveitando cada pequena regalia para criar uma rotina e uma falsa normalidade em seus dias. Porém 10 anos cobram seu preço e o de Alice foi o das memórias anteriores a sua condição de prisioneira.

          Parece clichê? Pois não é. Não temos nenhuma mocinha num triangulo amoroso, nem a autora copiou a base de nenhuma saga famosa. Como estamos no primeiro livro é um pouco mais explicativo, Alice apesar de estar presa não está indefesa, ela só espera a oportunidade para fugir, ela conserva aquela fé de que irá conquistar sua liberdade de alguma maneira.

          Eu gostei bastante, dos "vampiros" serem um título e não os seres chupadores de sangue e da maneira como a autora foi colocando os elementos que fazem parte da trama. A história vai sendo contada pela visão de Alice, mas várias vezes temos o ponto de vista do "ranzinza".
          Benjamin, foi acolhido pelo Clã dos vampiros ainda pequeno com seu irmão Sebastian após a tragédia que os tornaram os únicos sobreviventes da família Scott. Ben é um feiticeiro vindo da dimensão da Terra com seu poder ligado a Égide* do fogo. Que desde a fuga de Alice de sua prisão mostra que está ligado a ela de várias formas e isso vai fazendo você "shipar" o casal.

          Curiosidade: O que é Égide? Égide significa proteção, amparo, defesa. Se um ato foi praticado sob a égide de alguém, quer dizer que ele foi realizado sob a proteção e com total apoio. (Fonte: www.significados.com.br)
          Não foi inventar a roda, mas ter os elementos como fonte de poder é sempre um tiro certo, a parte inovadora vem dos clãs terem seu poder ligados as derivações dos elementos, como o clã que vive na neve.  Durante essas descobertas dentre tantas outras Alice como o leitor tem aquele estranhamento das informações e ela faz as perguntas que gostaríamos de fazer e também tem aquela aceitação que algumas perguntas serão respondidas no tempo certo. Preciso deixar claro a narrativa tem uma velocidade legal e a autora não fica inventando assunto para arrastar a história. Descreve tudo de modo deixar a história bem situada, a imaginação te "colocar" dentro da história e principalmente pontos que são importantes para o decorrer da trama.

          Os personagens têm suas personalidades ligados a seu elemento, mas também tem características próprias fazendo com que você logo simpatize com alguns e antagonize com outros o que é fundamental numa boa aventura. Gostei do jeito que autora narra não deixando nada muito raso nem tão complexo a ponto de dificultar a leitura. Outra coisa que amei foi que a ação acontece minha gente! Não fica enrolando tudo para o próximo livro. De tudo que posso dizer a favor da leitura desse livro nada é mais contundente do que amei o fato de não ser mais do mesmo.

          Essa história, não foi feita usando uma "receita de bolo". É uma ótima leitura por tudo que é e também pelo que não é. O Teatro dos vampiros é quase um centro de treinamento do poder, mas não é a escola do professor Charles Xavier, também tem uma sala comunal é não é Hogwarts, entendem meu ponto?? Ela usa a magia sem remeter a uma referência direta. A autora pegou na fonte e criou sua própria história. Não posso falar muito sem dar spoilers, mas também não posso deixar que o medo do "mais do mesmo" te impeça de aproveitar uma leitura leve, bem escrita e divertida que te prende do início ao fim. 

          Alice, termina esse primeiro livro ciente que ainda a muito a ser descoberto e com minha simpatia por não ficar se restringindo a usar todo poder que possui, seja o elemento mágico ou sua intuição do que deve ser feito. Ela não espera ser salva quando sabe que cabe a ela salvar e nem se nega a receber ajuda e apoio quando preciso. Cada personagem paralelo ganha uma importância maior no momento certo da trama não deixando tudo centrado em uma única personagem. 

          Sobre a publicação, outro elogio que precisa ficar registrado é a Editora Selo Jovem, este é nosso segundo ano como amigos da editora e acompanhar a evolução da editora é algo fantástico!! Eles mantiveram a parte que era maravilhosa, como as folhas amarelas de uma qualidade imensa, letras num tamanho confortável para a leitura, mas as capas... Gente, como não elogiar as capas que só ficam cada vez mais lindas. A capa dessa história já é um convite a leitura! A única crítica seria a sinopse, sério... elas ainda são um ponto a melhorar, mas conhecendo a Selo Jovem eu sei que vão.

          Tem uma tarde livre? Encante-se com esse universo criado pela Lisa Lopes e depois venha conversar comigo... gente que tristeza não poder comentar um monte de coisas... Boa leitura!!
          Nota: 


          Informações Técnicas do Livro

          Alice Carter e o Teatro de Vampiros
          Série: Alice Carter # 1
          Autora: Lisa Lopes
          Ano: 2017
          Páginas: 212
          Gênero: Aventura / Fantasia / Jovem adulto
          Editora: Selo Jovem SLJ

          Alice, uma jovem aprisionada em um castelo sombrio. Sem conhecer as verdadeiras razões do seu confinamento, já havia aceito o duro destino, pois todas as suas tentativas de fuga foram em vão. Quando aconteceu ou como aconteceu, foram perguntas que ela fez a si mesma diariamente, durante muito tempo. Nunca conseguiu lembrar da sua vida anterior ao castelo.
          Apesar de tudo, ainda acreditava em sua liberdade, que seus sonhos se realizariam e seus dias de solidão chegariam ao fim. Carregava consigo, a pequena, mas ainda acesa, chama de esperança.
          Seus únicos contatos ‘humanos’, eram os encapuzados, que a vigiavam dia e noite, cuidando de sua prisão.
          Nos dias atuais, passou a sonhar seguidamente com o mesmo rapaz misterioso. Ele estava disposto a ajudá-la fugir, enfrentaria perigos e obstáculos, sem pensar nas consequências, só para vê-la livre.  Mas, Alice estaria disposta a se arriscar? Confiaria em um desconhecido?
          Além das muralhas, um novo mundo será revelado, ela desafiará o inexplorado e sua odisseia terá início. Na busca por uma lenda, embarcaremos com ela nessa aventura. Uma jornada repleta de magias e mistérios. Alice descobrirá o valor da amizade, do amor e da confiança e enfrentará, talvez, o seu maior desafio: acreditar em si mesma!

          04 dezembro, 2017

          Resenha :: O Aprendiz (Summoner)

          dezembro 04, 2017 17 Comentários

          Você já imaginou como seria uma história com uma mistura de Harry Potter, Senhor dos Anéis e Pokémon? Se sim, você está atrasado, porque o Taran Matharu pensou, escreveu e fez sucesso no Wattpad com mais de 6 milhões de leitores acompanhando o desenrolar dessa história do Fletcher e do Ignácio, antes de finalmente ser contratado por uma editora e alcançar muito mais leitores. Mas também com essas referências misturadas ao talento de escrita, não dá para esperar menos. Ele “simplesmente” pegou elementos que isolados se tornariam apenas mais uma história clichê, e criou um universo novo sem esconder suas referências.

          (Palmas para ele, agora nenhum leitor inquisitor de referências alheias, poderá queima-lo na fogueira. Ele não as nega, e brinca com elas na sua cara, Rá.)

          O maior inimigo de um guerreiro pode ser também seu maior professor.

          Mas vamos o que interessa, o universo que foi criado a partir disso, é um livro de fantasia medieval, que grande parte gira em torno de maquinações políticas e uma guerra que está ocorrendo contra os orcs há centenas de anos. O elemento principal desse livro é a existência dos Conjuradores (que existem tanto do lado aliado como no inimigo), eles são aqueles que têm o potencial de conjurar e controlar um demônio do éter (uma espécie de digimundo para os diabretes), mas voltando para Pokémon, eles capturam o seus demônios e eles que são usados na guerra. Para isso existe uma escola que os novos conjuradores são levados para o treinamento, para se tornarem magos de batalha.
                                                                  
          Essa é a diferença entre um bom guerreiro e um grande guerreiro. Rook se esforçou muito, mas perdeu aquela batalha. Não se esforce apenas. Seja inteligente.

          A maioria dos que são capazes de usar esse tipo de poder são os nobres, por ter uma linhagem forte e tal (vocês vão entender melhor lendo), mas existe alguns plebeus que nasceram com esse privilégio. É muito mais complexo que isso, mas pulando para o centro dessa história, temos Fletcher um órfão que foi abandonado em um vilarejo chamado Pelejo e foi criado pelo ferreiro do lugar (então já se tem toda um mistério sobre sua origem), e ao ganhar um livro com um pergaminho conjurador de um mercador, acaba conseguindo conjurar um demônio raro (uma espécie chamada Salamandra, que me parece muito bonitinho em comparação com a da descrição de outras espécies, Ignácio é um amor, gente). Acontecem muitas coisas antes de ele se torna um aprendiz, mas vamos evitar spoilers aqui.

          Se não formos capazes de enfrentar as adversidades unidos, então já estamos derrotados.

          Uma das coisas muito legais é toda a questão política em relação às diferentes raças como os anões e os elfos, o preconceito de humanos para com eles e vice-versa, e a tentativa de fortalecer essas alianças para lutar a guerra contra os orcs (para quem não estava achando referência a Senhor dos Anéis, olha aí!).

          Bom, mas deixando de enrolação, minha opinião é que é um livro muito bom, 5 de 5 estrelas no Skoob e favoritado, e não... não é daqueles livros que não vi problema nenhum. alguns diálogos eu achei muito empurrado, tipo “vamos conversar sobre isso só para conseguir explicar mais o que está acontecendo para quem está lendo, não que faça sentido conversarmos sobre isso”. Mas apesar desses momentos, meu emocional me mandou dar nota máxima e cravar esse livro no meu coração, porque eu adorei esse livro e pronto.

          Ah! Não deixando de destacar a capa linda. Eu comprei esse livro pela capa e não me arrependi! Amei demais, ainda vem no final como um extra com assunto de demonologia, uma lista dos demônios apresentados nesse livro, hábitos e pontos fortes de cada uma das espécies, o nível que cada uma tem e etc. (muito Yu-Gi-Oh *-* adoraria ter um jogo de cartas desse livro). Já sei que o segundo livro da série promete focar não mais na escola e no aprendizado, mas acho que chegou a hora de irmos para a guerra, então é melhor começarem a jogar suas Pokébolas e conjurar os seus demônios, porque a resenha de "A Inquisição" está chegando. Leiam!!!

          De alguma forma, as palavras que ele tinha deixado não ditas ao longo dos anos eram do que mais se arrependia.


          Nota :: 


          Informações Técnicas do livro

          O Aprendiz
          Conjurador #1
          Ano: 2015
          Páginas: 350
          Editora: Galera Record
           
          Sinopse (Skoob):
          Em O aprendiz, primeiro volume da série Conjurador, Fletcher é um órfão de 15 anos e, para sua surpresa, conseguiu invocar um demônio do quinto nível. O problema é que apenas os nobres deveriam ser capazes de conjurar criaturas e usá-las na guerra contra os orcs. 
          Mas plebeus como Fletcher também podem ser conjuradores, e o garoto consegue uma vaga na Academia Vocans, uma escola de magos que prepara seus alunos para os campos de batalha. Lá, ele irá enfrentar o bullying dos nobres, mas também aprenderá feitiços e fará amigos incomuns, como anões e elfos. Além de se provar digno de uma boa patente na guerra, Fletcher e seu grupo de segregados precisam se unir e vencer o preconceito que sofrem na desigual sociedade de Hominum.