19 abril, 2018

Resenha :: Selvagens: Unidos ao Acaso

abril 19, 2018 0 Comentários

Queridos Faroleiros,

Conheci Sue Hecker, autora da série Mosaico, e Danilo Barbosa durante a Bienal do Rio de 2017. Não li nada deles até o momento, então, quando vi o e-book Selvagens, aproveitei a oportunidade para conhecer a escrita desses dois autores nacionais de romances eróticos.


Selvagens: Unidos ao Acaso conta a história de Janice Parker, filha de um biólogo marinho de origem americana e de uma oceanógrafa brasileira. Ela trabalha em um projeto para salvar a vida de leões-marinhos na Universidade Internacional da Flórida, na cidade de Miami. O projeto coordenado por ela corre o risco de ser encerrado por falta de patrocínio e sai sozinha de barco no meio de uma tempestade na tentativa de salvá-lo.

O barco é pego por um tsunami e ela fica à deriva em mar aberto até acordar em uma ilha exuberante e desconhecida do mundo. Janice é salva por Tarso, um homem misterioso e atraente que ora se comporta como um animal selvagem, ora como um cavalheiro.

Seu jeito rústico e, ao mesmo tempo, requintado, transformava-o no bruto ideal.

O passado de Tarso explica o seu comportamento arredio e traz uma nova perspectiva para o romance que me lembrou um pouco o clássico de Edgar Rice Burroughs: Tarzan. Além do romance se passar em uma ilha deserta, Tarso está sempre acompanhado da gorila Kika. Ela é hilária, mas faz com que a gente não leve a história muito a sério.

Precisei desligar o senso crítico em alguns momentos e esperava que as cenas eróticas fossem mais quentes, mas a história tem bons momentos. O legal é que não consegui identificar o momento em que a escrita era de um dos autores ou de outro. O livro não é ruim, só esperava mais por causa dos nomes envolvidos.

A discussão sobre o que é ser selvagem é interessante. Para Tarso, essa palavra é sinônimo de liberdade, quebra de sociabilidade e condutas. É dispensar afabilidades desnecessárias e cumprir apenas aquilo que seu instinto exigia.

O que é ser selvagem para você?

Com amor, André.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Selvagens: Unidos ao Acaso
Ano: 2018
Páginas: 300
Editora: Amazon
Sinopse (Skoob):
Como se controla o coração, se a única coisa que ele deseja é ser livre?
Janice sempre foi apaixonada pela beleza e mistérios proporcionados pela natureza. Filha de biólogos mundialmente reconhecidos, tomou para si o desafio de continuar o legado dos pais, não deixando, pois, espaço para o amor ou outras distrações.
Agora, na Flórida, a brasileira vê seu principal projeto correr o risco de ser encerrado por falta de patrocínio. E, na tentativa de salvá-lo, acaba por colocar a própria vida em risco.
Pega por uma enorme tempestade enquanto estava em alto-mar, Janice vai parar em um lugar inesperado, uma ilha verde e exuberante, desconhecida pela maioria das pessoas.
Lá, ela conhece Tarso, um homem misterioso e atraente, cujo comportamento se divide entre a brutalidade de um animal selvagem e o cavalheirismo de um homem da metrópole. Alguém que possui tudo que atrai e, ao mesmo tempo, repudia a bióloga, fazendo com que ambos entrem em choque.
Será que Janice irá se render àquele que se autodenomina o rei do lugar? Um homem desconhecido e sensual, que mal se mantém vestido e que constantemente a leva à loucura? Ou será ela capaz de domesticar a fera que habita dentro de Tarso?
Qual os limites que ambos serão capazes de ultrapassar pelo desejo?
Explodindo em tensão e sensualidade, Sue Hecker e Danilo Barbosa proporcionam às leitoras uma história apaixonante, que será difícil esquecer. Duas forças da natureza. Um homem e uma mulher dispostos a fazer valer suas vontades, tendo como cenário as paradisíacas ilhas das Bahamas. Viaje por essa trama explosiva, criada por dois nomes que são referência no romance nacional contemporâneo. Descubram o que pode acontecer quando nos entregamos aos nossos desejos mais primitivos. Sejam Selvagens.

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17 abril, 2018

Especial Senhor dos Anéis :: A Experiência de Releitura

abril 17, 2018 0 Comentários

Olá, tudo bom?

Este ano estabeleci algumas metas literárias, entre elas reler a obra Senhor dos Anéis de J. R. R. Tolkien e, graças ao projeto Regresso à Terra-Média feito pelo Clube do Farol em parceria com o Instagram Corvos de Odin, eu consegui.

Durante esta releitura, anotei diversas passagens que me marcaram de alguma forma, bem como informações que achei pertinentes em relação aos personagens e locais descritos, e também meus sentimentos ao longo dessa jornada.

Foi extremamente interessante revisitar a Terra-Média - com a companhia desta maravilhosa comitiva - mesmo depois de tantos anos em que fiz uma jornada solitária por ela. A compreensão que tive acerca da obra melhorou e agora tenho novas doces lembranças ao olhar os livros em minha estante.


É bem interessante notar como nossa percepção sobre as coisas muda ao longo da vida, e que as experiências acumuladas ao longo dela podem contribuir e muito ao reembarcar em uma aventura, dito isto saiba que eu não apenas sou fã de releituras como as estimulo sempre!

Gostaria de saber de você leitor, quais obras você já releu e/ou pretende? E, caso você nunca tenha relido algum livro querido, porque nunca teve essa experiência?

Abraços!

16 abril, 2018

Primeiras Impressões :: Os livros de Esteros - As Crônicas de Fedors

abril 16, 2018 0 Comentários

Olá amigos, vou trazer as primeiras impressões de: "As crônicas de Fedors", Livro 1 de "Os Livros de Esteros". Este livro é o primeiro best seller da editora Selo Jovem, e o meu exemplar é da 4ª edição - revista e atualizada (ponto pra o autor e editora, pelo cuidado) e que veio lindamente ilustrada.

Vale ressaltar que apesar de na sinopse constar que Vamcast é um menino que desejou dominar ao mundo aos 13 anos, ele é um deus – um ser com diversos poderes e que esses 13 anos não são em uma medida humana. E assim, começa a desconstrução da própria história que criamos ao ler a sinopse para a que vamos ler neste livro complexo, rico em mitologia, magia e histórias.

O mapa indica os principais locais do Continente Naires e o prefácio trás um belo texto de apoio para leitura desse livro, esclareço que: o prefácio não explica o livro, se propõe a falar sobre a história da publicação e suas continuações que virão. Nas notas do autor, encontramos dicas de maneiras de ler essa primeira obra introdutória, para quem, como eu, não é assídua leitora de fantasia medieval poder aproveitar ainda mais da história e da leitura.

Apesar de estar indo para um novo universo, literalmente, o estranhamento dos nomes e das informações não causa nenhum desconforto e logo a localização do leitor em cada parte fica fácil e tranquila.

Eu segui a dica de começar a ler primeiro "A mitologia esteriana" e tem sido até o momento uma aventura bastante emocionante. Pois essa, se constrói ainda na infância da humanidade, sendo baseada em fatos fictícios e científicos relacionados ao universo e seres vivos em geral. E narra os primeiros confrontos entre os deuses dominadores dos mundos habitáveis e as primeiras discórdias entre Nazebur e seus irmãos. Os deuses da mitologia esteriana são 30 e foram espalhados por todo universo, cada qual com o seu legado: cuidar das vidas que foram designadas. 

Nazebur tem como meta destruir a vida nos mundos existentes no universo, a sua missão é corromper almas mortais e dizimar a vida nos planetas, transformando a todos em espectros. Esses, por sua vez, possuem passe livre e podem caminhar sobre os mundos paralelos, se fortificar e evoluir nos corpos mortais, como larvas em um hospedeiro.

Nesse primeiro livro, o foco fica na família Destrus, da qual nosso narrador Fedors fez parte, até seus sofrimentos e acontecimentos que o levaram a ser um morto-vivo. Em sua narrativa a Salazar (que são os fatos que serão contados nesse livro), ele irá explicar como essa família, com a linhagem de reis mais antigas e conceituadas de Naires, assume o poder do local onde os fatos desse livro acontecem.

Com esse breve relato, já deixo claro que nenhum juízo do valor desse livro deve ser feito antes de sua leitura e de ter si inteirado de todo o vasto universo de histórias e personagens. Então fico por aqui por hora e logo volto para contar como foi a leitura total desse livro.

Até breve, Elis



Informações Técnicas do livro

Os livros de Esteros
As crônicas de Fedors #1
Ano: 2016
Páginas: 305
Editora: Selo Jovem
Sinopse (Skoob):
“A minha consciência é atormentada por milhares de vozes e cada uma traz-me milhares de histórias, e em todas elas eu sou o vilão condenado. Voltarei no tempo para consertar meus erros. Eu quero me redimir, ofertarei o meu reino, todo o meu ouro, e se necessário, a minha própria alma.” 

Esteros nos leva para um mundo medieval, onde reis se tornam homens individualistas, crianças são incentivadas a fazer o bem acima de qualquer coisa, e até mesmo o mal deixa de ser temido. Entretanto, a inocência é algo inevitável para um povo que só preza a paz. 

Vamcast, o menino que desejou dominar o mundo aos 13 anos não tinha amigos e buscava constantemente o afeto do pai que era um homem frio e descuidado. Por ser assim errou na criação do seu filho. O governante descuidado traz o caos ao seu povo, mas um homem sensato precisa corrigir seus próprios erros. 

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14 abril, 2018

Resenha :: A Maldição do Vencedor (The Winner's Curse)

abril 14, 2018 13 Comentários

Olá pessoal,

Hoje trago para vocês A Maldição do Vencedor, que é o primeiro livro de uma trilogia (todos os livros traduzidos e já lançados no Brasil), onde a autora Marie Rutkoski nos apresenta o mundo conflituoso, vivido pelos olhos de Kestrel, e trágico, vivido pelos olhos de Arin, os protagonistas da história. Herran é um território recentemente ocupado pelos valorianos e seu povo, os herranis foram escravizados no processo. Arin é um desses escravos e Kestrel, uma valoriana, filha do general, arremata esse escravo num leilão emocionante onde o jovem chama a sua atenção, porque foi apresentado como cantor.

“O escravo estava olhando fixamente para ela agora, o que não era nenhuma surpresa, visto que ela tinha iniciado aquela loucura. Kestrel sentiu algo dentro de si se equilibrando na linha entre o destino e a escolha.”

Então não resta nada a Kestrel, senão levar sua aquisição para casa e conviver com ele todos os dias. Mas o jovem a perturba de um modo que ela não compreende. Arin se recusa a cantar, o que a deixa frustrada, pois a garota toca piano e adoraria ouvi-lo. Conforme os dias se passam, as interações entre eles são inevitáveis. Kestrel ainda não sabe o verdadeiro nome de Arin. Desde o leilão fora apresentado como Smith e assim é chamado por todos.  Também não imagina quais são suas verdadeiras pretensões.

Por outro lado, Arin descobre que Kestrel é mais do que a filha mimada do general: é uma exímia jogadora de “morder e picar” e esvazia os bolsos dos homens num piscar de olhos. E que a garota encontra-se num dilema de vida, pois o seu pai espera que ela tome lugar ao seu lado no exército valoriano, enquanto ela só quer tocar seu piano e deixar decisões sobre o futuro para mais tarde.

“Então, ele a encarou, e ela ficou tão surpresa que deixou uma mão cair sobre as teclas com um som nada musical. Arin sorriu. Era um sorriso sincero, que mostrou a ela que todos os outros tinham sido falsos. – Obrigado – ele disse.”

Assim, quando Arin fica em apuros, a garota corajosamente entra em cena para ajuda-lo, mesmo que sua própria vida esteja em risco. O escravo se desespera ao vê-la se sujeitar ao risco, mas nada do que ele faça ou diga a faz voltar atrás. Este ato expõe a relação dos dois perante a sociedade valoriana que habita Herran e preocupam seus amigos Jess e Ronan, que é apaixonado por Kestrel.

“Ele não tinha direito, Kestrel pensou. Não tinha direito de confundi-la. Não agora, quando ela precisava de clareza. Tudo tinha parecido ser tão simples na noite anterior, na escuridão da carruagem.”

O sentimento e a confiança dos dois são colocados à prova quando uma rebelião acontece e a guerra entre herranis e valorianos é iminente. A realidade de ambos muda drasticamente e Kestrel se vê sozinha em meio ao caos que o mundo deles se transformou. Diante da nova realidade ela tem a oportunidade de conhecer o verdadeiro Arin, seu passado quando não era escravo e todos os motivos que o levaram a tomar as decisões que culminaram na situação presente deles.

“Fale, eles diziam.
Fale, o beijo respondia.
O amor estava na ponta da língua de Kestrel. Entretanto, ela não conseguia pronunciá-lo.”

E quando Kestrel toma a decisão que pode mudar tudo entre ela e Arin, deixará para trás tudo pelo que passaram? Ou sua esperteza nos jogos poderá salvá-los da punição de seus atos? A maldição do vencedor cobrará o seu preço e o destino do casal é uma caixinha de surpresas.

A minha leitura foi no formato digital. Confesso que prefiro os livros físicos, mas acho que minhas impressões não foram prejudicadas por causa disso. A Maldição do Vencedor é um livro original, onde os personagens não se apaixonam instantaneamente. Temos a oportunidade de acompanhar o crescimento de ambos e o desabrochar do sentimento entre eles gradativamente. Isso não quer dizer que eu fiquei cansada da leitura de início. Não, pelo contrário. A autora conseguiu me prender desde as primeiras páginas, pois o universo apresentado é rico e diferente de muitos já vistos. Então, mesmo que não haja imprint desde o começo da interação do casal Arin e Kestrel eu fiquei empolgada para saber o que ia acontecer com eles e torcendo por um final feliz.

Nota pessoal 4/5 pela fluidez da história e porque realmente adorei a leitura. Quando terminei já estava ansiosa para engatar a continuação. Super indico para quem curte um bom livro de fantasia e ficção com uma pitada de romance.

Boa leitura a todos.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Maldição do Vencedor
Trilogia do Vencedor #1
Ano: 2016
Páginas: 328
Editora: Plataforma21
 
Sinopse (Skoob):
Kestrel quer ser dona do próprio destino. Alistar-se no Exército ou casar-se não fazem parte dos seus planos. Contrariando as vontades do pai - o poderoso general de Valória, reconhecido por liderar batalhas e conquistar outros povos -, a jovem insiste em sua rebeldia. Ironicamente, na busca pela própria liberdade, Kestrel acaba comprando um escravo em um leilão. O valor da compra chega a ser escandaloso, e mal sabe ela que esse ato impensado lhe custará muito mais do que moedas valorianas. O mistério em torno do escravo é hipnotizante. Os olhos de Arin escondem segredos profundos que, aos poucos, começam a emergir, mas há sempre algo que impede Kestrel de tocá-los. Dois povos inimigos, a guerra iminente e uma atração proibida... As origens que separam Kestrel de Arin são as mesmas que os obrigarão a lutarem juntos, mas por razões opostas. A Maldição do Vencedor é um verdadeiro triunfo lírico no universo das narrativas fantásticas. Com sua escrita poderosa, Marie Rutkoski constrói um épico de beleza indômita. Em um mundo dividido entre o desejo e a escolha, o dominador e o dominado, a razão e a emoção, de que lado você permanecerá?

13 abril, 2018

Tag Literária :: Doenças Literárias.

abril 13, 2018 2 Comentários

Olá faroleiros, tudo bem? Hoje é dia de TAG, isso mesmo. Eu vi essa TAG no blog Balaio de Babadosque viu no Quanto mais livros melhore achei bem legal, logo irei responder, porque ninguém resiste a uma boa TAG. Deem uma olhadinha nos dois blogs, porque estão muito bons. Espero que vocês gostem e sintam-se à vontade para responder.


1 – Diabetes: Um livro muito doce.
Existe um livro mais doce que Anna e o Beijo Francês? A autora é a Stephanie Perkins, que tem outros livros doces, mas esse supera todos os outros. É o próprio mel, gente. A história da nossa Anna Oliphant é em Paris, depois que seu pai a envia para cidade luz para estudar. Lá ela conhece o nosso Étienne St. Clair e com isso ficamos diabéticos com tanto romance em Paris.


2 – Catapora: um livro que você leu e não lerá de novo.
Uma resposta fácil dessas, bicho. Com certeza é o livro Nós do David Nicholls. A história começa bem na madruga, literalmente, quando Douglas é acordado por sua esposa Connie e ela lhe diz que quer o divórcio. Ele planeja uma viagem pela Europa de um mês com a família no intuito de estimular os talentos artísticos do filho e com uma pequena esperança de que isso salve seu casamento de 25 anos. Uma viagem sem graça cheia de brigas e com o Douglas resmungando a cada três linhas. Quero distância.


3 – Ciclo Menstrual: um livro que você relê constantemente.
Acho que essa resposta é mais fácil que a anterior. Em minha opinião, esse livro deveria ser relido constantemente por todos. As Vantagens de ser Invisível é um dos meus preferidos da vida. E a cada leitura eu saio da história com uma nova perspectiva, opinião e paixão diferentes.


4 – Gripe: um livro que se espalhou como vírus.
Diz-me uma pessoa que não aproveitou uma promoção dessas da vida de R$ 10,00 para comprar Como Eu era Antes de Você. Um livro maravilhoso até no preço, não é mesmo?! Eu não li quando bateu todo o hype, mas não me vanglorio por isso. Sempre agradeci o hype, porque é uma história maravilhosa e mais gente tinha que conhecer. Jojo Moyes destruindo corações desde sempre.


5 – Asma: um livro que tirou seu fôlego.
Jogos Vorazes. Esse eu nem preciso pensar, olhar Skoob, nem nada. Preciso mesmo falar que é uma trilogia maravilhosa? Então vamos para a próxima questão. Obrigado Suzanne Collins.


6 – Insônia: um livro que tirou seu sono.
O primeiro livro que comecei e terminei na vida, Querido John. O primeiro livro nós nunca esquecemos, não é mesmo? Eu queria começar nas leituras e fui logo pegando um livro curtinho e famoso, bem esperto. O único que fiquei lendo madrugada adentro querendo saber o final. Nicholas Sparks mandou muito bem nesse livro.


7 – Amnésia: um livro que você não se lembra muito bem.
Vou roubar bem na cara dura mesmo. Eu gostaria de não me lembrar só para poder lê-lo de novo e tomar o impacto do plot twist novamente. Clube da Luta do nosso queridíssimo Chuck PalahniukSeis Anos Depois de outro querido, Harlan Coben. Maravilhosos os dois.


8 – Má Nutrição: um livro que faltou conteúdo para reflexão.
Cidade das Almas Perdidas da Cassandra Clare, o quinto livro da saga dos Instrumentos Mortais. Que livro horroroso de ruim. O Jace passa a história toda tentando transar com a Clare e ela querendo o “seu Jace” de volta. Um verdadeiro instrumento de tortura. 


9 – Doenças de viagem: um livro que leva para outra época, mundo, lugar.
Olha a Jojo Moyes, vulgo destruidora de corações, aparecendo novamente! A Garota que Você Deixou para Trás mescla presente e passado maravilhosamente bem, nos levando à primeira guerra mundial. Um ótimo livro mesmo, super indico sempre.


Se você discordar com algum livro mencionado deixe seu comentário e diga qual responderia melhor a questão.

11 abril, 2018

Resenha :: A Vez da Minha Vida

abril 11, 2018 13 Comentários

Já pensou em encontrar a sua Vida cara a cara? Já pensou se ela fosse uma pessoa? Não do tipo meloso “Amor, você é minha vida” (pausa para vomitar ), mas uma pessoa que representa como a sua vida é, como ela está? Se você não pensou, não se preocupe, a Cecelia Ahern pensou e escreveu um livro com isso!

A vida tem um jeito de conseguir o que quer quando realmente sabe o que quer.

Para ficar mais fácil de compreender, digamos que a sua vida seja uma vida maravilhosa, então ela teria a aparência de um cara lindo, de tirar o fôlego e tal; e se fosse uma vida ruim seria um cara feinho, com acne, manchas na pele, gordura localizada... Talvez sem nenhum dente sequer se a sua Vida estiver numa fase beeeem ruinzinha .

Pensando bem, isso é um pouco preocupante, estou com medo de achar que minha vida é bela e ela aparecer na minha frente parecendo que foi atropelada por um caminhão (duas vezes ). Melhor parar de pensar nisso, né? Vamos focar na vida alheia, ou melhor, na vida da Lucy. (Só na dela, ok? Não estou incentivando a fofoca aqui ).

Amo a Vida da Lucy, não o jeito de viver da protagonista, mas o personagem Vida, deu pra entender? Para ajudar, a partir de agora vou chamar a Vida dela de Cosmo (ideia da Vida, não minha), ok? E o Cosmo é um cara (sim, é um homem, tenha a mente aberta!) bem judiado pela Lucy, por causa das mentiras, das más escolhas dela; por ela ser do tipo que empurra a vida com a barriga.

Mas ela nem sempre foi assim. Tudo começou a desandar quando o relacionamento de cinco anos que ela tinha com o seu ex, Blake, terminou e ela começou a mentir. A primeira mentira foi incentivada pelo Blake (leia o livro para entender), e para sustentar essa mentira ela foi contando outras, e para sustentar essas outras ela foi mentindo cada vez mais, e desse modo, sua vida se baseava em uma bola de neve de mentiras que estava rolando ladeira abaixo levando a sua felicidade junto.

Nessa ladeira, depois de quase três anos mentindo às pencas: ela evitava a família; fugia ou não era muito verdadeira com os amigos; não ligava muito para o seu trabalho, era só algo para ter como pagar as contas; morava em um cubículo com os seus vestidos como cortina; adotou um gato “hermafrodita” (mais gato menino que gata menina fisicamente, mas mais gata menina psicologicamente, eu acho ), o Senhor Pan; tinha um carro (Sebastian) que era uma risco para a sua vida; e ainda pensava no Blake (muito!). E não fazia nada para lidar com isso, até o Cosmo aparecer.

— Suponha que você tivesse um amigo, que sempre a apoiasse e você sempre o apoiasse, mas ele não está mais tão presente na sua vida quanto costumava estar, [...] ele se afasta de você cada vez mais, não importa o quanto você tente alcançá-lo. [...] Ele anda tão ocupado com seu trabalho, com seus amigos e com seu carro! Como você se sentiria?  
— Veja, suponho que você esteja se referindo a mim nessa hipótese, mas isso é ridículo. [...] Eu nunca trataria um amigo assim. 
— Mas você faria isso com sua vida.

O Cosmo não apareceu do nada, ele é um funcionário que trabalha na “Agência Vida”, que objetiva colocar a vida das pessoas nos eixos, as ajudando a dar mais atenção às suas vidas. E para ajudar Lucy, Cosmo marca um encontro (precisou de muita insistência), depois outro (precisou de mais insistência ainda) e por fim, vai morar com a Lucy, vai com ela para o trabalho... Enfim, vira a sombra (nada muda) dela.

Engano seu se acha que o Cosmo é todo polido para lidar com a nossa protagonista, ele implica e discute com ela, pega no pé, puxa a orelha,  a desmente na frente das pessoas... Ele vira um auditor do cotidiano da Lucy, aponta os erros e a ajuda (do seu jeito) a corrigi-los. 

— O que você está aqui para corrigir?  
— Não sei, é uma cirurgia exploratória. Eu examino todas as áreas e vejo qual é o problema.  
— Então, você é o endoscópio retal.  
Ele fez uma careta.  
— Mais uma vez estamos tendo problemas de metáforas.

Mas ele total razão em ser implicante, né? É a Lucy que toma as decisões, mas é ele quem sofre as consequências! Já pensou se tudo o que você faz de bom e de ruim fosse refletido em uma pessoa? Então, no caso da Lucy é tudo refletido no Cosmo. É quase como se, por acaso, a Lucy resolvesse jogar uma pedra para o alto e em vez de a pedra cair nela, cairia bem no olho do Cosmo. Se ela chupasse limão, ele sentiria o azedo e faria careta. Se ela resolvesse encher a cara e ficar bêbada, ele que aguentaria a ressaca. Se a Lucy desse farinha para o diabo, é a Vida dela que comeria o pão que o diabo amassou. Deu para entender? É claro que não funciona exatamente assim, mas esses foram apenas exemplos para ficar mais fácil de entender que o Cosmo é um ser sofredor. Pobrezinho. A aparência, a saúde e o humor dele são consequências das atitudes da Senhorita Silchester. E mesmo assim, ele é o melhor personagem de longe; com um humor meio sarcástico, ácido e negro, sabe? Ah! O sarcasmo! Ah! O humor negro! Eu os amo tanto! Sempre fui convicta de que os personagens sarcásticos são os melhores... Na boa, a Vida da Lucy (Cosmo) é uma pessoa apaixonante. #VidaTeAmo .

Falando em pessoa apaixonante, o Don também é. Ele é o número errado que é o certo para causar suspiros. #DonTeAmoTambem  (Mas amo mais o Cosmo, óbvio).

Enfim, você deve ter percebido que A Vez da Minha Vida é um livro divertido e reflexivo ao mesmo tempo, que nos faz dar boas risadas e refletir como estamos tratando a nossa vida. Então o leia, o ame, e pense: Como anda a minha vida? Como ela pode melhorar? Será que ela precisa mais de mim?

“Enquanto você está por aí, sua vida também está. Assim como você derrama amor, carinho e atenção sobre seu marido, sua esposa, seus pais, filhos e amigos que o cercam, tem que fazê-lo igualmente com sua vida, porque ela é sua, é você, e está sempre lá dando força para você, torcendo por você, mesmo quando você se sente fraco.”


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

A Vez da Minha Vida 
E se você tivesse a chance de mudar a sua vida?
Ano: 2012
Páginas: 384
Editora: Novo Conceito
Sinopse (Skoob): 
Certo dia, quando Lucy Silchester volta do trabalho, há um envelope de ouro no tapete. E um convite dentro dele para se encontrar com a Vida. Sua vida. Pode soar peculiar, mas Lucy leu sobre isso em uma revista. De qualquer forma, ela não pode ir ao encontro: está muito ocupada desprezando seu emprego, fugindo de seus amigos e evitando sua família. Mas a vida de Lucy não é o que parece. Algumas das escolhas que fez — e histórias que contou — também não são o que parecem. Desde o momento em que ela conhece o homem que se apresenta como sua vida, suas meias-verdades são reveladas totalmente — a não ser que ela aprenda a dizer a verdade sobre o que realmente importa. Lucy Silchester tem um compromisso com sua vida — e ela terá de cumpri-lo.

09 abril, 2018

Resenha :: O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares (Miss Peregrine's Peculiar Children)

abril 09, 2018 1 Comentários



Queria começar dizendo que “quando eu li esse livro, não era essa modinha que é hoje e blá blá blá” (risos). A verdade é...

Eu li porque estava todo mundo lendo, sim! Fiquei curiosa, sim! E não sei o motivo da crise. Você não se torna melhor e nem é um leitor melhor se leu o livro antes ou depois de ficar famoso ou se quer ler ele ou não (tem pessoas que se acham boa demais para certos livros), então espero que a luzinha da humildade do farol ilumine você e não se sinta obrigado a ler, mas não fale mal de quem está lendo . Ok, parei.

Mas vamos ao que interessa... Apesar de já te ouvido falar bastante, eu li sem olhar nem a sinopse ou ter uma ideia geral do que se tratava (obviamente só esperava ter a Srta. Peregrine e as crianças peculiares em um orfanato, se não tivesse isso, ficaria chateada ), mesmo assim eu pensei uma coisa do livro e ele me mostrou outra, tipo, a capa me fez imaginar que era um livro meio de terror e tal, o que não é o caso.

A história do livro gira em torno do protagonista Jacob, um garoto de 16 anos que depois de uma tragédia que ocorre de forma misteriosa em sua família, ele decide que quer viajar para a ilha onde era o orfanato que seu avô viveu quando jovem, de onde sempre ele lhe contava várias histórias do local e das crianças que viviam junto com ele, mostrando-lhes fotografias antigas e bizarras dessas crianças. Durante a narrativa podemos acompanhar muito mistério na ilha, sobre o que aconteceu com o orfanato, e aos poucos vamos descobrindo com Jacob sobre o seu avô, sobre se as histórias que ele contava serem verdadeiras ou não, sobre criaturas que não imaginava existirem de verdade, e sobre o que seria ser peculiar... É uma grande mistura de fantasia, só que muito mais sombria e com mais bizarrice do que costumamos encontrar.

Sim, realmente achei um grande diferencial nesse livro, por esse efeito mais sombrio, as fotografias inseridas nele aumentavam e muito esse fator, confesso que fiquei com medo de ler a noite (), justamente por causa dessas imagens que dão uma sensação de um relato real ao invés de ficção, e isso é uma das melhores sacadas da trilogia, achei bem genial. Além das crianças peculiares que fiquei curiosa por cada uma, os personagens tinham jeitos diferentes do normal, ao mesmo tempo em que eram como qualquer outro, mas com suas “peculiaridades”.

Mas eu não sei se foi por minhas altas expectativas por ter ouvido tão bem dele, ou por já te lido livros de fantasia demais e acabar sendo mais exigente, mas eu não consegui sentir aquele “UAU”, ou aquele “NOSSA QUE LIVRO MARAVILHOSO”. Na minha humilde opinião foi um livro bom, um livro que indico, mas realmente não achei tudo isso que falam. Cada um tem seu gosto, apesar de vários pontos positivos, que já listei, e que fizeram valer a pena a leitura, eu faço meu papel de chata aqui e digo que eu esperava mais.

Então leiam e tirem suas próprias conclusões e quem sabe você discorde comigo e podemos fazer uma troca de ideias legal. Ainda pretendo ler os dois outros livros, quem sabe eles me conquistem. Até mais.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares 
O Orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares #1
Ano: 2015
Páginas: 336 
Editora: LeYa
Sinopse (Skoob):
"O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares", um romance que tenta misturar ficção e fotografia.
A história começa com uma tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares.
Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo - por mais impossível que possa parecer - ainda podem estar vivas.

“Mesmo sem as fotos, esta seria uma história emocionante, mas as imagens dão um irresistível toque de mistério. A narração em primeira pessoa é autêntica, engraçada e comovente. Estou ansioso para o próximo volume da série!”
RICK RIORDAN, autor da série Percy Jackson e Os Olimpianos.

“Um romance tenso, comovente e maravilhosamente estranho. As fotos e o texto funcionam brilhantemente juntos para criar uma história inesquecível.”
JOHN GREEN, autor de A culpa é das estrelas.

“Vocês têm certeza de que não fui eu quem escreveu esse livro? Parece algo que eu teria feito...”
TIM BURTON