31 maio, 2018

Resenha :: O Príncipe dos Canalhas (Lord of Scoundrels)

maio 31, 2018 7 Comentários

Queridos faroleiros, resolvi voltar no tempo para indicar (se você ainda não leu!) um livro que li em setembro de 2016 e me fez mudar de opinião sobre os Romances de Época.

Nunca fui muito fã do gênero. Eles seguem uma cartilha, onde o tabu e a honra são sempre um problema. Certo, todos os gêneros tem suas cartilhas, mas a cartilha dos Romances de Época me incomodam. Normalmente a mocinha é ingênua e recatada e se apaixona por alguém que a família aristocrática dela não aprova.

Uma amiga me emprestou O Príncipe dos Canalhas e, para minha surpresa, o romance escrito por Loretta Chase se tornou um dos meus livros favoritos.

Quando escrevi a Tag Literária - O Farol em fevereiro de 2017, a convite da Bete, escolhi O Príncipe dos Canalhas como o livro que tem os personagens mais shippaveis.

Paris, 1828.

Sebastian Ballister é o grande e perigoso Marquês de Dain, conhecido como Lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso. Adora sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense.

Quando nasceu, foi rejeitado pelo próprio pai devido a sua aparência física desagradável. Tinha grandes olhos e cabelos negros, braços e pernas desproporcionais e um nariz grosseiro e exagerado. Um verdadeiro monstrinho. Quando sua mãe fugiu com outro homem, seu pai se afastou ainda mais e o mandou para o internato Elton, onde foi constantemente humilhado pelos colegas. Também não fazia muito sucesso com as mulheres na época.

Jéssica Trent chega à Paris para ajudar seu irmão, Bartie. Ele idolatra Sebastian e procura seguir o mesmo estilo de vida dele. Só que Bartie não é como o Marquês de Dain. Já perdeu muito dinheiro em apostas, jogatina e mulheres, deixando sua irmã e avó preocupadas. Liberal para sua época, Jessica não se deixa abater por escândalos e tabus impostos pela sociedade (ponto para Loretta Chase).

Quando Sebastian e Jéssica se encontram, conseguimos sentir as faíscas entre eles saltar das páginas do livro, afinal, são duas pessoas de personalidade forte e acostumadas a conseguir tudo o que desejam. Cada um quer subjugar o outro e provar que seus ideais estão corretos.

O que ninguém poderia imaginar é que esse jogo de gato e rato seria capaz de despertar sentimentos que foram há muito tempo bem enterrados pelo Marquês de Dain. Tampouco que a inteligência e a virilidade do Lorde Belzebu pudessem desviar Jessica de seu objetivo.

Agora, os dois passaram a ser o alvos das fofocas de toda a sociedade parisiense e os jogadores apostam se Sebastian e Jessica estão realmente apaixonados ou se tudo não passa de uma jogada de mestre desses dois estrategistas.

Não tem como não se apaixonar por esses dois personagens e torcer para que ambos consigam vencer os obstáculos para ficarem juntos. Pode ser visto como uma releitura de A Bela e a Fera, como diversos outros romances são, mas a excelente escrita de Loretta Chase deixa tudo com um ar de novidade e frescor.

Eu só não teria contado a história do passado de Sebastian durante o prólogo. Acho que se soubéssemos sobre o seu passado só mais pra frente, iriamos ficar com raiva do Lorde Belzebu só para depois entendermos o porquê de suas atitudes. Seria uma bela de uma reviravolta.

O Príncipe dos Canalhas venceu o Prêmio RITA de Melhor Romance Histórico em 1996. O Prêmio RITA é o maior prêmio de destaque em romances de ficção e reconhece a excelência em romances publicados e novelas.

Uma curiosidade é que O Príncipe dos Canalhas (Lord of Scoundrels) foi o primeiro livro da série Scoundrels lançado no Brasil, mas, na realidade, ele é o terceiro livro da série no exterior. Isso não altera em nada o prazer em ler a série, porque cada livro conta uma história independente. Pena que a Editora Arqueiro só lançou o terceiro e o quarto (O Último dos Canalhas) livros da série.

O livro é narrado na terceira pessoa e tem suas pitadas de erotismo. Acabei esquecendo que a história se passava em Paris de 1828, afinal seria difícil encontrar uma mulher como Jessica nessa época. É uma história atemporal, cheia de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos.



Nota ::  



Informações Técnicas do livro

O Príncipe dos Canalhas
Canalhas #1
Ano: 2015
Páginas: 288
Editora: Arqueiro
Sinopse (Skoob):
Sebastian Ballister é o grande e perigoso marquês de Dain, conhecido como lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso. Rejeitado pelo pai e humilhado pelos colegas de escola, ele nunca fez sucesso com as mulheres. E, a bem da verdade, está determinado a continuar desfrutando de sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense. Até que um dia ele conhece Jessica Trent...
Acostumado à repulsa das pessoas, Dain fica confuso ao deparar com aquela mulher tão independente e segura de si. Recém-chegada a Paris, sua única intenção é resgatar o irmão Bertie da má influência do arrogante lorde Belzebu. 
Liberal para sua época, Jessica não se deixa abater por escândalos e pelos tabus impostos pela sociedade muito menos pela ameaça do diabo em pessoa. O que nenhum dos dois poderia imaginar é que esse encontro seria capaz de despertar em Dain sentimentos há muito esquecidos. Tampouco que a inteligência e a virilidade dele pudessem desviar Jessica de seu caminho.
Agora, com ambas as reputações na boca dos fofoqueiros e nas mãos dos apostadores, os dois começam um jogo de gato e rato recheado de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos ardentes.

29 maio, 2018

Resenha :: Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice)

maio 29, 2018 0 Comentários

Olá, tudo bom?

No começo deste ano estipulei algumas metas literárias, em sua maioria eram bem simples de serem cumpridas e entre elas: estava ler mais clássicos. Quando surgiu a oportunidade de realizar a leitura coletiva de Orgulho e Preconceito com o Clube do Farol, não pensei muito e embarquei. Essa também seria mais uma oportunidade de sair da zona de conforto, afinal, não costumo ler romances.

Jane Austen conquistou sua posição entre os clássicos justamente por ter uma mente à frente de seu tempo, por retratar tão bem a sociedade da época em que viveu e construir personagens marcantes – seja por sua coragem, perspicácia, audácia ou doçura.

Em Orgulho e Preconceito, um de seus livros mais aclamados, temos o pacato condado de Hertfordshire, onde vive a família Bennet – composta dos pais e de suas cinco filhas. A narrativa é feita em terceira pessoa, e uma de nossas protagonistas é Elizabeth Bennet – a segunda filha do casal –, conhecida como Lizzy por seus familiares e amigos mais próximos, ela é dona de uma personalidade bem forte, tendo opiniões um tanto quanto diferentes em relação aos padrões impostos pela sociedade da época – o sonho da grande maioria das mulheres era conseguir um bom casamento.

Logo no início do livro, os moradores de Hertfordshire estão em polvorosa porque o jovem cavalheiro Charles Bingley estará passando uma temporada na mansão de Netherfield, na companhia de suas irmãs e de seu amigo Fitzwilliam Darcy. O acontecimento causa todo esse alvoroço na região por conta das condições financeiras de ambos os cavalheiros, que eram considerados ricos para os padrões da época, e pela existência de várias moças solteiras em busca de um casamento.

"É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de esposa."

Charles Bingley é um homem jovem e sonhador, agradável e muito educado, já Darcy é um homem orgulhoso, reservado e observador – ou seja, o oposto de Bingley. O primeiro contato entre este e Elizabeth não foi dos melhores, o que acabou gerando uma péssima primeira impressão deste para ela.

Neste livro, podemos perceber o quanto as primeiras impressões que temos de alguém podem não corresponder em nada ao que as pessoas realmente são. Ao longo da narrativa, vamos conhecendo as diversas nuances que compõem os personagens, e podemos ter várias sensações acerca de cada uma delas – encantamento, amor, afeição, ódio, raiva, pena, compaixão, entre outros. Os diálogos são inteligentes, com questões pertinentes, além de sempre nos fazerem refletir – e claro, há trechos em que é impossível não rir da situação.

"A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho se relaciona mais com a opinião que temos de nós mesmos, a vaidade com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós."

Jane Austen criou uma gama de personagens bem construída, cada qual com sua personalidade e objetivos, e as conexões entre eles foram sendo mostradas pouco a pouco ao longo do livro, os acontecimentos se dão de forma gradual e não abrupta, mantendo um bom ritmo por todo o livro.

Essa foi minha primeira experiência lendo uma obra de Austen e, particularmente, gostei muito! Foi um desafio ler em um gênero que não estou nem um pouco habituada, e me surpreendi muito com a história, a narrativa e os personagens – principalmente com o senhor Darcy, que conquistou um lugarzinho no meu coração.

"Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."

E vocês, já leram algum livro da Jane Austen? Como foi a sua experiência? Contem nos comentários!

Abraços e até a próxima!


Nota ::  4,5 



Informações Técnicas do livro

Orgulho e Preconceito
Ano: 2017
Páginas: 368
Editora: Nova Fronteira
Sinopse (Skoob):
Poucos romancistas conseguiram transmitir as sutilezas e nuances de seu próprio meio social com a inteligência e a perspicácia de Jane Austen. Em Orgulho e Preconceito, ela nos presenteia com personagens memoráveis, como a jovem Elizabeth Bennet, que se julga desprezada pelo rico e orgulhoso, Mr. Darcy, e começa a se interessar pelo militar Wickham. Nesta comédia de costumes, a escritora inglesa mostra os perigos do julgamento à primeira vista e evoca as amizades, fofocas e vaidades da classe média provinciana. Com mais de 20 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, Orgulho e Preconceito tornou-se um dos romances mais populares da literatura.


EXTRA:
11 lições que personagens das obras de Jane Austen nos ensinaram – PODE CONTER SPOILERS: https://www.altoastral.com.br/11-licoes-personagens-jane-austen-ensinaram/

26 maio, 2018

Resenha :: Os Livros de Esteros — As Crônicas de Fedors

maio 26, 2018 0 Comentários

Olá! Começo dizendo que ficou uma resenha em duas etapas, então leia minhas primeiras impressões, e depois essa resenha. Porque aqui me atenho às crônicas desse primeiro tomo da série.

Você pode começar simplesmente pela narrativa de Fedors, e ainda sim ser envolvido pela história de uma forma única. Como toda a criação do universo foi recontada e recriada, o autor contou com toda liberdade para criar a trama e os personagens como pretendeu, sem precisar se preocupar com realismos desnecessários, deixando tudo único e irretocável. Preciso deixar claro que Esteros não é a reinvenção da fantasia, mas no meu modo de ver foi feito algo inédito a partir do universo comum ao gênero fantástico. Toda a trama é bem amarrada e deixa aquela curiosidade no ponto certo para as respostas que virão neste nos próximos livros da série e também para as próximas perguntas. Dito isso, vamos às Crônicas de Fedors.

As Crônicas de Fedors  — como o título já revela — é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica, o que preciso dizer foi perfeito para essa história. Porque simplifica para o leitor menos experiente e deixa uma leitura prazerosa para os acostumados com fantasia medieval.

Com a história contada por Fedors em seu encontro com Salazar, os fatos são propositalmente narrados a alguém que nada sabe da história, o que deixa tudo de tal forma que não existe a preocupação em conhecer os personagens, a medida que são apresentados o leitor vai identificando cada um. Tudo feito de forma tranquila e detalhada o suficiente para colocar o leitor na história sem deixa-la em nenhum momento superficial ou cansativa. Muito pelo contrário, deixa aquela sensação de só mais uma página... risos (sim essa mesma, não tem como largar...), afinal esse é "só" o primeiro livro, então prepara-se para já querer o próximo.

Devo dizer, que você esquece de que a história está sendo contada e isso é mágico, logo é você que está visitando os castelos, a academia e acompanhando o crescimento e treinamento dos filhos do rei. Achei interessante o fato de a história conter elfos, orcs e outros seres conhecidos, porque facilitou a imaginação dos personagens, porém de uma maneira diferente daquela encontrada em outros livros. Explico: mesmo imaginando um elfo como "Legolas" eu não poderia em momento nenhum dizer que a Rainha Elfa aqui seria Arwen, ela assim como todos os personagens tem características muito distintas e únicas.

Com a história contando a partir da infância dos filhos do rei, podemos ver como cada um já eram diferentes entre si, como cada personalidade já demonstrava muito sobre o caráter de cada criança. O treinamento dos jovens príncipes na academia de Petrus e a vida no castelo é uma introdução ao mundo medieval das conquistas e das guerras. Já que em um temos o ambiente do Poder e do acolhimento na família e em outro o treinamento das habilidades que formam o guerreiro e o líder, deixando claro como as escolhas moldam o futuro e revela quem cada um realmente é.

Fiquei impressionada com a capacidade de demonstrar como o mal se alastra na mente e no coração de qualquer ser que deixe uma pequena semente desse mal brotar dentro de si. Toda a sutileza dos mais simples erros até às verdadeiras intenções por trás de falsos elogios são bem apresentados. O papel de "Aurélio Destrus" ou Destructor, o eracicto que viu no aviso do Mago Panderios ao Rei Mustafar a chance pela qual vinha ansiando e no erro do “errei em não ouvir tal aviso sua grande oportunidade”.

O garoto que me segue demonstra interesse pela batalha, sonha com o poder e admira sua espécie.

E assim, momentos depois, em um batismo de luta e sangue, nascia Vamcast, o impiedoso. E morria a inocência do menino. Abrindo as portas para a guerra e a morte, o destino de todo o Reino começava a ser selado e o mistério por trás da figura apodrecida de Fedors fica cada vez maior.

— O maior inimigo da  verdade não é a mentira deliberada, planejada, desonesta, mas sim o mito persistente, intolerante e irreal. O mal sempre existiu, sempre esteve ali.

À medida que o mal cresce o ritmo da história fica intenso e não dá vontade nenhuma de largar até descobrir tudo que ainda tem para acontecer, afinal Andor, príncipe de Naires não era mais nenhum menino e contava com a companhia de Angel, Bardor e Mandorados já não via o mundo da mesma maneira. Porém esse conhecimento do mundo não seria suficiente para parar os fatos que iriam acontecer a seguir, e devo avisar que nem de longe o final desse livro pode ser imaginado, até porque ele é o primeiro e não realmente termina quando acaba.

— Morte a morte! Guerra à guerra! Vida à vida! Ódio ao ódio. Esse será apenas o começo de uma era obscura. Que a sua morte se torne o início.

Toda a narrativa do texto flui muito bem, deixando a leitura instigante e num ritmo perfeito, quase cinematográfico mesmo, porque é fácil imaginar os cenários e os personagens vivendo neles. Todo o texto é bem estruturado com as pontas bem amarradas, seja para aumentarem a curiosidade ou encerrar alguma parte da trama. Eu gostei bastante dos diálogos, porque não são do tipo que me deixaram confusa durante a leitura, mesmo seguindo a linha medieval e as formalidades da realeza ou da hierarquia militar.

Sobre livro em si, preciso dizer que a encadernação é maravilhosa, a impressão e o papel são perfeitos e a diagramação ficou linda, sério gente. O livro está todo com um acabamento perfeito, com ilustrações lindíssimas entre os capítulos.


Nota ::  4,5 


Informações Técnicas do livro

Os livros de Esteros
As crônicas de Fedors #1
Ano: 2016
Páginas: 305
Editora: Selo Jovem
Sinopse (Skoob):
“A minha consciência é atormentada por milhares de vozes e cada uma traz-me milhares de histórias, e em todas elas eu sou o vilão condenado. Voltarei no tempo para consertar meus erros. Eu quero me redimir, ofertarei o meu reino, todo o meu ouro, e se necessário, a minha própria alma.” 

Esteros nos leva para um mundo medieval, onde reis se tornam homens individualistas, crianças são incentivadas a fazer o bem acima de qualquer coisa, e até mesmo o mal deixa de ser temido. Entretanto, a inocência é algo inevitável para um povo que só preza a paz. 

Vamcast, o menino que desejou dominar o mundo aos 13 anos não tinha amigos e buscava constantemente o afeto do pai que era um homem frio e descuidado. Por ser assim errou na criação do seu filho. O governante descuidado traz o caos ao seu povo, mas um homem sensato precisa corrigir seus próprios erros. 

Compre o Livro Físico no site da editora, clicando aqui!


_____Sobre o Autor_____

Aldemir Alves

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Aldemir Alves nasceu em 1981 em Uberlândia /MG – Brasil. Atualmente trabalha como Design gráfico e co-editor na Editora Selo Jovem. É um autor brasileiro contemporâneo, logo com o seu primeiro livro publicado  em 2011 começou a se destacar no cenário de fantasia, tendo novas oportunidades para publicar seus livros em algumas editoras. Escreveu histórias de fantasia épica, sobrenatural, e contos baseados no mundo de Esteros. Um de seus livros de mais sucesso é "As crônicas de Fedors". Aldemir é fã das criações de Stan – Lee, do mestre Tolkien  e do brasileiro Maurício de Souza. Os seus livros prediletos sempre foram ficção científica e Fantasia.

25 maio, 2018

Série :: 13 Reasons Why (Review - 2º Temporada)

maio 25, 2018 0 Comentários


 Atenção: esse post está relacionado apenas à segunda temporada da série e contém spoiler. Se você ainda não terminou, tenha cuidado. Caso tenha interesse em ver sobre a primeira temporada, deixo aqui o link para lê-lo e aviso que é basicamente a resenha do livro: Resenha :: Os 13 Porquês.


Se você mora em Atlantis talvez não saiba, mas na última sexta-feira, dia 18, a Netflix disponibilizou a segunda temporada completa de 13 Reasons Why. Como era esperado, os espectadores do serviço de streaming foram a loucura e logo a hashtag da série foi parar em primeiro lugar no Twitter. Senti um misto de euforia e hesitação já que fui veementemente contra essa segunda temporada por achar que a história já era completa. E, no meu caso, a segunda temporada foi um pouco decepcionante.

13 Reasons Why é uma série adaptada do livro de mesmo nome, escrito por Jay Asher e conta os motivos que levaram Hannah Baker a cometer suicídio. A série foi nessa mesma pegada e foi simplesmente perfeita durante toda a temporada de estreia. Causando um grande debate e realmente ajudando as pessoas, já que o número de ligações para centros especializados subiram astronomicamente.

Com todo sucesso, vem o dinheiro. Tenho minhas dúvidas se produzir uma segunda temporada foi só lance de grana. Mas que o assunto pesou ninguém pode negar. Vou tentar explicar porque eu fiquei decepcionado com a volta da série.

Primeiro vou falar como se fosse um crítico. Mas que fique bem claro que estou longe de ser um. Embora a trama se passe, praticamente toda, focada no julgamento da Hannah, os detalhes técnicos e as atuações continuaram ótimos. A bola fora foi que personagens como Clay, Zach, Courtney, Ryan e até o grande vilão, Bryce, quase não foram desenvolvidos. Esperava um pouco mais nesse quesito. Fora que o julgamento foi demasiado lento já que muita gente foi ouvida. Faltou desenvolvimento e agilidade. E foco no estupro que Hannah, Jéssica, Chlöe (personagem nova) sofreram pela mesma pessoa, Bryce, e Nina (também personagem nova). Um grande erro os produtores só terem comentado e ainda “terem colocado a culpa na vítima”. Vou explicar melhor.

Essa série é uma das minhas favoritas de todos os tempos. Por isso esse “ódio” todo. Como eles tiveram a audácia de colocar toda culpa na Hannah, o estupro e bullying, e, no caso das outros vítimas, o estupro. Como? Uma série tão importante como essa não poderia ter feito essa lambança. Que mensagem isso passa? Beleza que na vida real é isso que acontece. É fato. Todavia, precisamos achar um fio de esperança em algum lugar. E não vai ser nessa segunda temporada. E olha que a Netflix junto com os produtores fizeram um grande apelo, campanhas, para fazer isso. Um erro imperdoável para mim. Foi horrível ver que durante todo o julgamento eles colocaram a culpa na Hannah e nas outras vítimas. Sequer os estupradores foram vistos com outros olhos. E todos os outros do bullying. O personagem do Tyler foi a grande vítima da vez. Chegando ao ponto extremo até de ele virar um atirador. Gente, apesar de terem passado outra grande mensagem, eu não gostei. Não chega a ser contraditório o que eu falei, pois não precisava. Acho que a história da Hannah Baker é a do livro e eles tinham que passar esperança. Essa é a palavra. E eles não passaram. 

Agora eu torço para que voltem com uma terceira temporada para consertarem o que, para mim, foi um erro e falem: “Tenham esperança. A culpa nunca, jamais será de vocês”. Não adianta estar só no roteiro. E quero reiterar que essa é minha opinião. É óbvio que não sou dono da verdade. Espero que entenda e deixe seu ponto de vista.

Confira o trailer:



Informações Técnicas da Série

13 Reasons Why (Segunda Temporada)
Original NETFLIX
Ano de lançamento: 2018
N.º de episódios: 13
Duração: 60 minutos por episódio (aproximadamente)
Criador: Brian Yorkey
País de origem: EUA
Gêneros: Séries teen, Séries dramáticas, Dramas sobre julgamentos para TV, Séries dramáticas sobre crimes, Dramas adolescentes para TV, Séries de mistério
Estrelando: Dylan Minnette, Katherine Langford, Kate Walsh…


Sinopse (Netflix):
Lembranças de Hannah assombram Clay. No julgamento, os testemunhos dos alunos revelam segredos surpreendentes.

Não recomendado para menores de 16 anos.

23 maio, 2018

Resenha :: Um Ano Sabático

maio 23, 2018 8 Comentários

Olá pessoal! Prometi que voltava e voltei!

Hoje iremos conversar sobre um livro muito forte e profundo: Um Ano Sabático da querida autora Renata R. Corrêa. Acompanho a Rê desde o início e posso afirmar que seu crescimento como autora é mais que incrível na obra aqui apresentada!

Quem nunca viveu com mil coisas para fazer em um dia de apenas 24h? Muitas vezes (quase sempre) estou assim... E a leitura de hoje está me fazendo refletir – muito, sobre toda essa agitação da vida. Bora lá?


Em Um Ano Sabático, conhecemos Rafaela, uma jovem que saiu de uma cidade do interior e veio para a cidade grande, pois iria cursar a faculdade de fisioterapia. O tempo passou e Rafaela – Rafa, já está formada e trabalhando em uma clínica voltada para sua área. Mas, o que ela não esperava era que todo o acúmulo de trabalho somado ao seu defeito de não saber negar as coisas fossem lhe causar tanto mal.

Já falei do Bruno? Então, ele é o namorado da Rafa... Só que o Bruno anda meio querendo coisas (casar e filhos) que a Rafa não está muito afim no momento... Tá bom ou quer mais? Isso tudo já é mais que suficiente para uma pessoa ficar meio saturada, né?

Meu ano sabático estava começando... um fim para o começo.

Rafa anda muito nervosa e agitada, pois seu trabalho está “sugando suas forças” e o pouquinho que resta seu namorado faz questão de desperdiçar com brigas sem futuro. Certo dia, Rafa está no trabalho quando é pega por uma crise de nervos. Assim, Rafa é obrigada a viver seu ano sabático... É isso aí! Ela foi obrigada a “pisar no freio” da vida.


Mas não foi simplesmente uma pausa, o que a Rafa tem é ainda mais sério. Ela descobre que esta sofrendo com a Síndrome de Burnout. Ela dá então início ao seu ano sabático - de uma forma meio forçada, né?

— O Burnout, Rafaela, além de ser caracterizado por um estresse intenso, tem algumas outras características muito parecidas com a depressão e ansiedade — falava calmamente. — Geralmente se desenvolve depois de um esforço excessivo no trabalho, quando o desejo de realização profissional se transforma em obstinação e compulsão.

Cansada de viver da maneira que estava, Rafaela está determinada a mudar de vida e dar um basta em tudo que não lhe faz bem. Justamente nesse ponto da história, Rafa sai em busca de uma vida melhor, tranquila e principalmente feliz.

Em meio às mudanças, Rafaela encontra um novo amor. Um amor que não cobra, pelo contrário, um amor que soma e ajuda.

Pontos finais, muitas vezes, significam justamente novas oportunidades.

Narrado em primeira pessoa, podemos viver e sentir as coisas pela óptica de Rafaela. No meu ponto de vista esse é o melhor livro da autora até o momento.

Um Ano Sabático é de fato uma leitura para se refletir a vida. Pensar e analisar como estamos levando nossa vida.

É CONCLUINDO UM CICLO QUE SE INICIA OUTRO.

Vocês podem conferir o book trailer da obra aqui:


E conhecer mais da autora em: www.autorarenatarcorrea.com

Um Ano Sabático pode ser adquirido em formato digital na plataforma Amazon, clicando aqui!

Beijos e até mais!


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Um Ano Sabático
Renata R. Corrêa
Ano: 2017
Páginas: 264
Editora: Independente
Sinopse (Skoob):
Quando os sonhos de Rafaela, uma jovem fisioterapeuta, se transformam em pesadelos, ela é diagnosticada com Síndrome de Burnout. De repente, nada mais em sua vida parece fazer sentido, e na busca de si mesma e da felicidade perdida ela precisará ter coragem para recomeçar do zero.
No seu ano sabático, um tempo de descanso, aprendizado e recomeços, ela se redescobrirá, encontrando coisas que se perderam com o tempo e tentará resgatar a simplicidade dos valores importantes da vida. No meio dessa encruzilhada, que definirá o rumo do seu destino, ela conhecerá o amor verdadeiro. Tudo isso serão pilares fundamentais para sua recuperação e, quem sabe, para encontrar a verdadeira felicidade.