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23 março, 2020

Resenha :: Doze Garotas e Eu

março 23, 2020 1 Comentários

A vida é uma caixa de surpresas. Quando menos esperamos surge uma novidade.

Olá, faroleiros! 

Que saudade estava de escrever para vocês! Estive dodói e precisei me afastar. Mas, agora estou de volta trazendo mais uma resenha por aqui. O livro de hoje é Doze Garotas e Eu, da querida escritora Wall de Oliveira.


Florianópolis, tempos atuais. Heitor Damasceno, único herdeiro da multimilionária empresa de marketing Damasceno, aos olhos da sua mãe, Elizabeth, já passou há muito tempo de se casar. Mas não passava pela cabeça do rapaz tal feito. Ele era focado no seu trabalho e não tinha tempo para isso.

Está ficando velho, meu filho. Nenhuma moça irá querer um velho rabugento como marido.
Na sua idade eu e sua mãe já estávamos pensando no nosso segundo filho. Cuidado, ao ser pai muito velho perderá muito tempo que poderia ter com seus filhos.

Emanuella Everdeen trabalhava duro na empresa de seu tio, a Belle’s. Centrada e sem tempo para outra coisa que não fosse o trabalho, ela recebe um convite inusitado da sua prima Rose: um baile na casa da família Damascena. Surreal demais até mesmo para nossa protagonista aceitar, já que o evento se tratava de um empurrão dos pais de Heitor para que ele pudesse arranjar uma esposa, nem mesmo se eles próprios tivessem que escolher.

– É isso mesmo, fui convidada para o baile dos Damasceno. E pelo que ouvi dizer, eles estão a procura de uma noiva para o filho mais velho – Explicou achando graça, rindo ao telefone.
– Rose, isso não existe mais. Escolher a esposa do filho? – Manu também riu.

Diferentes das outras meninas, as duas chamam atenção do anfitrião da festa, em especial Manu. Os dois fazem uma bela amizade e Heitor confidencia para ela parte da sua aflição por se casar.

Só que uma notícia inesperada leva a garota a fazer uma proposta inusitada para Heitor, mas que irá satisfazer as necessidades de ambos:  casarem-se e manter o relacionamento de fachada por um ano.

– Vejo que não vou fugir de um casamento arranjado. – Disse Heitor.
– O cerco está fechado para você. – Ela soltou uma gargalhada.
– É, não terá jeito. – Heitor sorriu desconcertado, mas concordou: – Se sua proposta estiver de pé, eu aceito casar contigo.

O que eles não esperavam era o sentimento forte e crescente a cada dia. Por mais que o casal tentasse resistir, se tornava cada vez mais difícil resistir à atração.

Só que, por mais que eles fiquem mais e mais próximos, e o amor se fortaleça, um segredo relacionado ao motivo de Manu se casar com Heitor pode acabar com esse conto de fadas moderno.

Apesar de existir um baile, a história é atual. No início, tive a mesma reação da protagonista indagando quem hoje dava bailes. Mas, conforme vamos lendo, a ambientação e os acontecimentos durante o evento nos envolvem e deixamos esse detalhe de lado. Mesmo sendo luxuoso e com direito a belos vestidos longos, o foco da narrativa é a interação dos personagens, principalmente a de Emanuelle e Heitor.

A narração é em terceira pessoa e o narrador onisciente, o que torna o desenrolar da trama fluida.  Entendemos muito mais a ação dos personagens dessa forma. A troca de foco também é fluida.

A maioria dos personagens é cativante e bem estruturada, com exceção de algumas convidadas do baile. Acredito que a intenção da autora, Wall de Oliveira, é de nos provocar antipatia por elas mesmo, para que haja o conflito na trama. Contudo, as atitudes são adolescentes comparadas a suposta idade delas. Nada que atrapalhe a leitura, mas é um fato que não deixamos de notar.

Por ser uma história curta, alguns detalhes não são devidamente explorados, como o passado de Emanuelle, sua relação com a sua mãe e o que de fato aconteceu no acidente que matou seu pai. Fiquei curiosa com o que acontece depois com a megera da Elizabeth. Também queria saber mais da relação de Rose com o irmão de Heitor, Roger.

Recomendo Doze Garotas e Eu para quem gosta de um romance fofo, de leitura fácil e rápida. Um super abraço virtual (#ficaemcasa), e até a próxima!

A vida nunca mais é a mesma a partir do momento que outra pessoa passa a fazer parte dela.


Nota ::  3,5


Informações Técnicas do livro

Doze Garotas e Eu
Wall Oliveira
Ano: 2019
Páginas: 154
Editora: The Books
Sinopse:
Em pleno século vinte e um, Heitor Damasceno se vê envolvido nos planos dos seus pais para um casamento arranjado e tenta de todas as formas se livrar de qualquer compromisso. Mas o tradicional baile anual de primavera da família Damasceno se aproxima, e faz com que sua mãe elabore um plano: convidar doze garotas solteiras para que ele possa escolher uma para ser sua futura esposa. Contudo, o que ele não cogitava era que cairia na proposta mais excêntrica de sua vida. Emanuelle é uma jovem decidida, porém uma notícia repentina a deixa sem rumo. Ao aceitar ir ao baile de primavera, eis que surge uma ideia! Se o plano era bom ou não? Ainda não sabia, mas parecia ser a única solução para os seus problemas. Duas personalidades distintas, dois corações indomáveis. O que será que o destino reserva para a vida de Heitor e Emanuelle?


Para comprar:

Livro Físico
E-book

01 janeiro, 2020

Resenha :: Serafina e a Capa Preta

janeiro 01, 2020 0 Comentários

Nunca vá para as profundezas da floresta, há muitos perigos lá, tanto escuros quanto claros, e eles tentarão seduzir a sua alma.

Imagine você ter doze anos, morar com seu pai escondida numa mansão enorme, ser proibida de se mostrar para os outros moradores e, ainda, se tornar a caçadora de ratos oficial do lugar? Essa era a vida de Serafina. A jovem franzina, diferente de qualquer outra garota da sua idade vivia clandestinamente do porão na mansão dos Vanderbilt, em Baltimore, cenário da nossa história.

14 dezembro, 2019

Resenha :: A Queda dos Anjos (Fim dos Dias #1)

dezembro 14, 2019 1 Comentários

Nunca pensei sobre isso antes, mas tenho orgulho de ser humana. Temos tantos defeitos. Somos frágeis, confusos, violentos e lutamos contra tantos problemas... Mas, no fim das contas, tenho orgulho de ser humana.

Olá, faroleiros!

Mundo pós-apocalíptico, uma guerra entre os anjos, fuga em meio ao caos. Essa história vai tirar você do prumo e te prender na frente do livro. A Queda dos Anjos, de Susan Ee, é a mais recente fantasia que li e que me deixou vidrada na leitura.


Tudo que Penryn queria era manter sua mãe esquizofrênica e sua irmã paraplégica a salvo. Esgueirando-se por entre prédios abandonados e catando restos de alimento para sobreviver, a garota sabe que os anjos do apocalipse desceram a Terra e travam uma batalha sangrenta e matam qualquer um que entrar na frente deles, até os da sua própria espécie.

E essa jornada do terror não é fácil para a garota que tem de suportar as maluquices da mãe que repete frases sem sentido, acumula objetos como ovos podres, garrafas PET e uma coleção de bíblias.

Tem alguma coisa no silêncio que deixa meus nervos à flor da pele. Era para ter barulho; talvez o ruído de um rato, de pássaros, de grilos ou algo assim. Mas até o vento parece ter medo de soprar. O som do carrinho da mamãe é especialmente alto nessa quietude. Queria ter tempo para discutir com ela. Um sentimento de urgência cresce dentro de mim como se respondesse à tensão elétrica antes de um raio. Só precisamos chegar a Page Mill.

No meio da travessia, Penryn, sua mãe e a irmã Paige batem de frente com o que parece ser uma calorosa discussão entre anjos. Elas presenciam o que é a maior humilhação para um anjo que é a perda das asas. Para desespero delas sua mãe foge, deixando Paige indefesa na cadeira de rodas que ela usa para se locomover. Penryn, que está o outro lado empurrando o carrinho com a comida e toda a tralha da mãe, nada pode fazer quando os anjos que rasgavam as asas do outro anjo percebem a menina ali sozinha e a sequestram.

Começa para Penryn uma busca desesperada pela irmã. E para que ela possa saber para onde  sua irmãzinha foi levada, ela terá que ajudar seu inimigo, o anjo Raffe, que agora não possui suas asas, mas que está obstinado a recuperá-las de qualquer jeito.

— Você não percebeu que eu não era exatamente parceiro dos outros camaradas?
— Eles não são “camaradas”. Não chegam nem perto de humanos. Não são nada além de sacos cheios de vermes mutantes, assim como você. — Em questão de aparência, ele e os outros anjos eram mais próximos de deuses gregos, com feições e posturas divinas. Mas, por dentro, eram vermes, eu estava certa disso.

Até então o leitor pode dizer que esta é mais uma história de um protagonista em sua jornada do herói e tal, mas ENGANAM-SE! A Queda dos Anjos é um livro repleto de suspense, com uma pitada de terror e com reviravoltas surpreendentes. O anjo Raffe tem sua história própria no meio da guerra angelical. Obstinado a ter suas asas pregadas de volta, Rafe e Penryn partem no encalço dos Anjos que ficam aquartelados no Vale do Silício. Nesse meio tempo também acompanhamos o conflito da garota que se apaixona pelo anjo, a criatura que ela devia odiar e a convivência com ele torna seus sentimentos mais fortes a cada dia.

— Então — pressiono. — Resumindo, os anjos não têm permissão para se envolver com os humanos? Senão vão ser castigados?
— Exato.
— Que cruel. — Estou surpresa de ter compaixão pelos anjos, mesmo os das histórias antigas.
— Se você acha que é ruim, devia ver a punição das esposas.
A afirmação é quase como se ele me convidasse a perguntar. Aqui está minha chance de descobrir mais, mas me dou conta de que, na verdade, não quero conhecer a punição de me apaixonar por um anjo. Em vez disso, observo o macarrão instantâneo seco se quebrar debaixo dos meus pés quando andamos.

E tem muito mais! Há um grupo de resistência liderado por Obi, que tenta lutar contra os anjos do apocalipse. Eles ajudarão Peenryn e Raffe. Mas não darei mais detalhes, senão seria spoiler. Eu amei narrativa da Susan EE. A historia é narrada em primeira pessoa, na voz de Penryn. Senti falta de entender mais o mundo de Raffe, mas como temos uma trilogia, creio que as perguntas sem respostas serão respondidas nos próximos livros.

Não posso deixar de falar da mãe de Penryn, a personagem mais misteriosa, e suas esquizofrenias. Passamos todo o tempo tentando entender se ela é louca ou se conversa mesmo com demônios. Há muitos fatos do passado, inclusive o acidente que deixou Paige paraplégica, que nos deixam com a pulga atrás da orelha.  Também fico me perguntando como ela, mesmo sozinha no meio da floresta repleta de pequenos seres comedores de gente, consegue sobreviver e encontrar Penryn em diversos momentos da trama.


Ainda que não pareça, reconheço o medo em minha mãe quando a vejo. Se alguém que não a conhece a visse, pensaria que seu entusiasmo vem da maldade, mas é bem provável que ela nem reconheça as vítimas como pessoas. Provavelmente ela pensa que está presa numa gaiola no inferno, cercada de monstros. Talvez como pagamento por um acordo feito com o diabo. Talvez só porque o mundo conspira contra ela.

Uma dica importante: Fiquem ligados nos seres comedores de gente, os pequenos demônios. A surpresa que teremos com eles é de tirar o fôlego.

Já sabem que é indicação certa para quem gosta de fantasia apocalíptica, história de anjos, suspense e ação, né? Super indico A Queda dos Anjos para os leitores amantes desses elementos na leitura. Já aviso que podem esperar a resenha da sequência da série aqui pelo Clube do Farol! Obrigada e até a próxima.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Queda dos Anjos
Fim dos Dias #1
Ano: 2016
Páginas: 280
Editora: Verus
Sinopse:
Quando o mundo que conhecemos está prestes a ser arrasado, é preciso apostar tudo na redenção.
Os anjos do apocalipse chegaram — e vieram para aterrorizar a humanidade e acabar com o mundo moderno. Gangues de rua tomam conta do dia, enquanto o medo e a superstição dominam a noite. Quando anjos guerreiros sequestram uma menininha indefesa, sua irmã mais velha, Penryn, fará o que for preciso para salvá-la. Até mesmo um acordo com um anjo inimigo. Raffe é um guerreiro caído, que perdeu as asas. Depois de eras lutando suas próprias batalhas, ele é resgatado de uma situação desesperadora pela jovem Penryn, que concorda em ajudá-lo — desde que ele mostre a ela como encontrar sua irmã. Viajando por um mundo sombrio e perigoso, eles podem contar apenas um com o outro para sobreviver. Juntos, vão em direção à fortaleza dos anjos em San Francisco, onde Penryn arriscará tudo para resgatar sua irmã, e Raffe se colocará à mercê de seus piores inimigos pela chance de voltar a ser inteiro.

13 novembro, 2019

Resenha :: As Cavernas que Compartilhamos

novembro 13, 2019 3 Comentários

Sim, ela era o caos, e sempre fui atraído por ele.

Olá, Faroleiros!

A resenha de hoje é de um livro de época que eu amei conhecer. O lançamento da obra foi a introdução da Juliana Barbosa no mundo literário. Já trouxe outra resenha  da escritora por aqui, Oráculo (resenha aqui), que é uma fantasia, e favoritei como uma das melhores do gênero que já li no Brasil. Ao contrário dessa, As Cavernas que Compartilhamos é um romance ambientado, de início, no Brasil do século XIX e tem seu cenário transferido para a glamorosa Londres.


Isabela Gonçalves é uma jovem de espírito livre. Caçula de uma família de boas condições na Ilha de Santa Catarina de 1884, a jovem é detentora de pensamentos modernos demais para o seu tempo. Tachada de bruxa pelos moradores do local por ser ruiva, uma característica física raríssimo no Brasil daquela época, ela sabe que está longe de conseguir um bom casamento. Os homens temem que sua suposta maldição passe para os seus futuros filhos. Melhor assim, já que casamento não está em seus planos de maneira alguma.

Coragem não tem a ver com o fato de não sentir medo e, sim, com o que faz diante do medo. E apesar do que aconteceu, a senhorita veio aqui sozinha e comandou o Veloz em meio à tormenta. Conheço muitos homens que se trancariam em suas cabines para rezar.

O único problema é que seu pai não pensa assim. Ele quer casá-la com quem quer que aceite por um belo dote. Para garantir que possa fugir e ser independente, Isabela caça animais de pequeno e médio porte para depois vender aos homens da cidade. Ela também pinta. Suas obras são de uma beleza única e encantam a todos.

Seu pai não aprova seu comportamento. Ele não sabe exatamente o que a filha faz, nem que ela pretende fugir, mas, no fundo ele desconfia que suas saídas matinais não sejam tão inocentes assim.

— Também quero seu livro: "A tormenta" — falei ainda com a voz firme, encarando-o nos olhos.
— Mas esse livro não é para uma dama ler.
— Caçar javali também não é coisa de dama, Sr. Silveira.
Ele me olhou por um instante e pegou o animal com dificuldade, me encarando incrédulo, como se perguntasse quem o carregara até ali.

O destino de Isabela tem uma reviravolta quando Fabrício, o irmão da jovem, vai se casar. Ele deseja muito que seu amigo de infância James Kosvoski, que mora em Londres, seja seu padrinho.  O rapaz prontamente atende o seu pedido, pois o estima muito e também tem muita vontade de retornar ao Brasil. Como foi embora há muito tempo, ele não conhecia a caçula da família Gonçalves.

— Preciso admitir que as vezes ser uma bruxa é engraçado.
— Bruxa terrível.
— Disse o monstro que sonha com o amor. 
— Ao menos não comerei meus próprios filhos.
— Ah não sabe o que está perdendo senhor James. Crianças possuem um sabor incrível.

Só que o que ele não esperava era se encantar tanto com a garota. O que começa como uma amizade sincera, aos poucos, se torna mais. Um incidente infeliz faz com que Isabela parta para Londres com James para passar uma temporada. Tudo o que ela queria. A oportunidade perfeita de conhecer o mundo e se livrar de um casamento forçado.   Nas terras inglesas ela conhece amigos sinceros que farão toda diferença na sua vida e a ajudarão a se esquecer do incidente infeliz que continua a perturbá-la, mesmo com um mar de distância a separando do ocorrido.

Eu era livre, ainda assim não conseguia olhar para as estrelas. Eu era feliz, mas minhas noites eram repletas de sonhos aterrorizantes.

Nada é fácil na vida do casal. James carrega consigo segredos que o atormentam. Ele acha que a moça jamais aceitará os seus gostos peculiares e ainda o abominará quando souber deles.  Ele não se importa nenhum pouco se ela é ruiva, amaldiçoada ou a frente do seu tempo, mas sim com seus sentimentos e sua integridade.  James enxerga Isabela como ela é de verdade, forte, destemida e independente.

Comecei a rir dos meus pensamentos. No fundo, gostaria que ela fosse mesmo uma bruxa, somente assim poderíamos ter uma história. Mas ela era apenas um anjo. Um anjo o qual eu jamais deveria tocar.

Duas pessoas que carregam desejos e traumas, que compartilham cavernas tão secretas que só o apoio um do outro para que a percorram e encontrem a luz do amor sublime. Mesmo que o caminho seja tortuoso, no final tudo vale a pena quando o prêmio do outro lado é o seu tão inesperado final feliz.

Dizem que só se ama uma única vez na vida, eu havia desperdiçado tão precioso sentimento, ofertando a alguém que não merecera.

A leitura de As Cavernas que Compartilhamos foi um mergulho no passado, tanto do Brasil quanto da Inglaterra, mais especificamente, em Londres. Como sou uma apaixonada por fatos históricos, amei a proposta da Juliana Barbosa. Sua narrativa em primeira pessoa me ganhou desde o início, pois, apesar de ser um livro de época, tem um vocabulário fácil e isso proporciona uma melhor compreensão, além de gerar fluidez na leitura.

Os protagonistas Isabela e James são de uma sensibilidade impar, com sentimentos e desejos reais a ponto de proporcionar a empatia do leitor. A cada página, criamos uma expectativa nova acerca do destino do nosso casal. Mesmo com o desenrolar da trama, após a passagem de tempo ansiamos pela união deles.

A introdução de uma trama de suspense me pegou de surpresa. E, como uma grande fã de ação em tramas românticas que sou, deliciei-me com a investigação dos crimes acontecidos em Londres. O seu desenrolar e a perspicácia da baronesa me deixaram presos à leitura, ávida pela elucidação do caso.

Terminei o livro com gostinho de quero mais. Como um bom livro de época que foi proposto, a escritora atendeu as expectativas, e até superou-as. Amei a experiência e super indico a leitura para os fãs do gênero. Espero que Isa e James consigam fazer morada na sua caverna também e aqueça seu coração com lindos sonhos!

Esse tipo de amor me fascina, um amor que pode vencer até mesmo a morte e superar todas as coisas.

Até mais!


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

As Cavernas Que Compartilhamos
Juliana Barbosa
Ano: 2019
Páginas: 313
Editora: The Books
Sinopse:
Rejeitada pelo pai, considerada uma maldição pelo povo de sua ilha, Isabela Gonçalves se prepara para um futuro solitário. Quando, um evento inesperado, muda seus planos e a leva a terras distantes, em uma jornada cheia de aventuras. Isabela encontrará o amor, a dor e principalmente a sua força. Personagens cheios de mistérios, uma alucinante investigação criminal e uma história inspirada em fatos reais vão mostrar todas as barreiras que um amor pode transpor.

14 outubro, 2019

Resenha :: Mr. Romance

outubro 14, 2019 0 Comentários

Cara senhorita Tate,
Conforme a nossa conversa ontem, segue uma lista de orientações para nossos próximos encontros. Por favor, faça o possível para cumprir rigidamente todas elas.


Olá, faroleiros!

A dica de hoje é de um romance daqueles com o nome até na capa! Mr. Romance, da Leisa Rayven, foi minha leitura recente e me deixou com o coração aquecido. Lógico que quando o livro é bom, não hesito em trazer aqui para vocês.


Imagina uma lenda urbana que ateste existir um cara incrível, divertido, sexy, romântico e que ainda tenha a personalidade que você mais aprecia: um CEO galante, um nerd divertido, um milionário romântico, por exemplo? Esse homem está disponível, basta contratá-lo para alguns encontros onde todos os seus desejos se tornam realidade. Estamos falando de encontro com satisfação de companhia garantida. Mas não confunda. Esses encontros NÃO envolvem sexo.

— Sexo é para o corpo. Romance é para a alma.
— Bom slogan, você deveria vender camisetas. 

Assim Eden Tate conheceu Max Riley, como Mr. Romance. Jornalista com faro investigativo, a incrédula garota resolve procurar o dono da história mais louca que ela já ouviu. Viu nela a oportunidade de provar para o seu chefe que ela era mais que uma mera colunista dentro do Pulse. Eden iria encontrar o tal Mr. Romance, provar que ele era uma fraude, um oportunista que atrai mulheres carentes, e divulgar suas clientes famosas. Estava, sem dúvidas, diante de um furo e reportagem.

Eu entendo. Você infectou inocentes usuários da internet com o mais horrendo fungo genital que cresce no lado obscuro do seu cérebro. Qual a novidade?

Max Riley parece se encaixar em qualquer personalidade e ainda ser um cara inesquecível. Ele encontrou no personagem Mr. Romance uma forma de ganhar dinheiro e, é claro, que não gostou nenhum pouco de saber que uma repórter havia se interessado pelo seu negócio peculiar. Ainda mais que tinha a intenção de expô-lo e a suas clientes. Max Ridley então propõe a Eden que ela vá a três encontros com ele. Se no final ela não tiver se apaixonado e desistido de contar toda a verdade, então ela pode prosseguir com a matéria.

O que Eden não esperava era que ela fosse ser atraída pelo próprio Mr. Romance. Diante de uma proposta tentadora ela mergulhará em um jogo de sedução, onde ambos os lados podem cair na própria armadilha e serem derrotados pelo amor pungível e crescente entre eles.

Eu acho que, quando somos crianças, nós começamos a vida sentindo tudo. O mundo é mágico e incrível. Mas, quando crescemos, somos condicionados a acreditar que tudo é ordinário e que magia só existe nos contos de fadas. É uma mentira completa , é claro, mas é assim que as coisas são.


Comecei essa história com altas expectativas, já que essa não era minha primeira leitura da autora Leisa Rayven. Contudo a trama não me prendeu de início. Confesso que quase abandonei a leitura. Quase. Porque após determinada parte, o livro tem uma reviravolta surpreendente  e deixa e ser aquela narrativa apenas ok.

Daí em diante, somos levados a uma sucessão de acontecimentos emocionantes. Os tais encontros de Eden com o Mr. Romance são maravilhosos. E olha que a história de que não há sexo nos encontros é verdade. O que não impede que role uns beijos e outas coisas mais.  Afinal, estamos falando de duas pessoas transbordando desejo, atraídas mutualmente.

Adoro histórias diferentes das tradicionais, apesar de ser um romance onde o homem e a mulher se desafiam diante de uma situação para depois descobrirem que estão perdidamente apaixonados. A diferença está no enredo da história e como as situações criadas proporcionam um clima crescente rumo ao seu desfecho. Fora que as cenas românticas do casal têm um quê de especiais.

Todo mundo quer se sentir especial, a gente admitindo ou não. E amar sem limites, nos permitindo ser amados de volta, é o que dá sentido à vida. Ou, pelo menos, é o que deveria dar. Todo o resto só atrapalha.

Há também uma desconstrução da nossa protagonista. Todas as suas convicções de que ela, definitivamente, não nasceu para relacionamentos são quebradas pelo Mr. Romance. Da mesma forma, vamos conhecendo o nosso Max conforme dados do seu passado são descobertos pela nossa repórter. E é aí que vemos que há muito mais segredos no passado do Mr. Romance do que imaginávamos.

Mesmo que isso tudo acabe em catástrofe, você é a melhor ideia ruim que eu já tive.

Não preciso nem dizer que é indicação na certa para as romancistas de plantão, né? Selo de leitura da Mile. E só para saberem a narrativa é em terceira pessoa. Não tenho preferências entre as duas formas, mas achei importante avisar mesmo assim.

Então é isso. Essa foi mais uma resenha e espero que tenham gostado. Fico a disposição para quem quiser trocar experiências depois. Um super beijo!

Todas nós já nos machucamos. Todas nós temos cicatrizes em alguns lugares. Mas o romance nos permite esquecer disso por um momento e acreditar que contos de fadas podem ser reais. Nós vivemos em um mundo de homens falhos. Não há vergonha nenhuma em se permitir acreditar em um perfeito por um tempinho.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Mr. Romance
Masters of Love #1
Ano: 2017
Páginas: 358
Editora: Globo Alt
Sinopse:
Max Riley é um homem incrível que pode fazer com que as fantasias mais fantásticas ganhem vida: sob o alter ego de Mr. Romance, ele pode ser um bilionário dominador, um bad boy inocente, um geek sexy ou qualquer outro personagem que satisfaça os desejos das mulheres solitárias da alta sociedade de Nova York. No entanto, nada disso envolve sexo: são apenas encontros inesquecíveis.
Intrigada com a lenda urbana de Mr. Romance, a jornalista Eden Tate está determinada a publicar uma matéria revelando a identidade e as artimanhas de Max. Desesperado para proteger seu anonimato e de suas clientes,Max desafia Eden a ter com ele três encontros: se ela não se apaixonar por ele, poderá publicar a matéria. Caso contrário, deverá esquecer a história.
Eden não tem dúvidas de que conseguirá resistir a todos os falsos personagens de Mr. Romance, mas será que é seguro entrar no jogo do maior mentiroso de todos?