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09 março, 2017

Resenha :: A Rainha Vermelha (Red Queen)

março 09, 2017 2 Comentários

"Este mundo é tão perigoso quanto belo. Quem não é útil, quem comete erros, pode ser descartado."

Torci o nariz pra este livro, não sei exatamente o porquê, talvez porque foi a minha amiga que já me recomendou livros que não curti muito, mas decidi dar uma chance, já que se tratava de uma distopia e um povo com poderes.

"Todo mundo pode trair todo mundo."

A sociedade do livro é dividida em duas classes: prateados e vermelhos. Os vermelhos são as pessoas comuns, geralmente operários ou buchas de canhão em guerras. Os prateados governam o país e respondem a um rei igualmente prateado, são super humanos e geralmente seus poderes são passados de geração em geração, seguindo o DNA do pai.

A História é narrada pela personagem principal Mare Barrow, uma vermelha que vive de bater carteira. A história começa com Mare sendo obrigada a ir com outros vermelhos para uma espécie de coliseu, no caminho ela encontra com seu amigo Kilorn Warren, outro vermelho, aprendiz de pescador (uma das maneiras de se salvar da guerra é arrumar um emprego). O coliseu é usado apenas por lutadores prateados e ele serve para mostrar sua superioridade aos vermelhos, onde eles podem se exibir enquanto destroem seu adversário e são glorificados por isso.

Após o coliseu, Mare volta para casa, onde mora com seu pai Daniel, sua mãe Ruth e sua irmã Gisa (que é aprendiz de costureira). Na mesma noite Kilorn pede ajuda a Mare para fugirem, eles acham uma pessoa que está disposta a ajudar por um preço um tanto alto. Mare acaba sendo pega roubando por uma pessoa que está disposta a ajudar dando-lhe um emprego e assim acaba descobrindo que tem um poder mesmo sendo uma vermelha.

Eu comecei gostando muito do livro, ele consegue passar bem a repressão dos prateados em cima dos vermelhos e até senti uma revolta pela impotência dos vermelhos, mas depois ele vai decaindo, a Mare vai se tornando hipócrita e acabei achando a história bem previsível.

Para quem gosta de distopia é uma boa escolha, para quem gosta de seres super poderosos é uma excelente escolha, mas para quem gosta de uma boa história, com reviravoltas e conflitos políticos, é uma escolha bem fraca.

"Você é a mudança controlada, do tipo em que as pessoas podem confiar. Você é a chama lenta que pode dissipar uma revolução com um punhado de discursos e sorrisos."


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

A Rainha Vermelha
A Rainha Vermelha #1
Ano: 2015
Páginas: 422
Editora: Seguinte
 
Sinopse (Skoob):
O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.
Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?
Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.

15 novembro, 2016

Resenha :: Imperfeitos (Flawed # 1)

novembro 15, 2016 0 Comentários

... Entendo agora por que as pessoas leem, por que se perdem na vida de outra pessoa. Às vezes leio uma frase e ela me faz pular, me abala, porque é algo que senti recentemente, mas nunca disse em voz alta. Quero entrar na página e dizer aos personagens que os entendo, que eles não estão sozinhos, que eu não estou sozinha, que está tudo bem em se sentir assim.

Antes de tudo você precisa saber de três coisas sobre mim:
1) A Cecelia Ahern é uma das minhas autoras favoritas ;
2) Amo distopias (por mais que não tenha resenhado nenhuma antes); e
3) Costumo gostar mais de livros com uma pegada mais jovem, juvenil, do que adulta (porque mentalmente eu devo ser uma criança de 10 anos e não uma anciã de 21).

Por que você precisa saber disso? Porque Imperfeitos é uma distopia mais juvenil e foi escrito pela Cecelia Ahern. Consegue imaginar o quanto pirei ao saber que esse livro existiria? O quanto amei ter a chance de ler a mistura de três coisas que amo? Espero que sim, porque não consigo explicar mais do que isso. Eu queria ter lido logo quando que foi lançado, mas sabe como é, a vida nem sempre é sobre o que queremos, é sobre o que podemos.

Se você comete um erro, aprende com ele. Se nunca comete nenhum erro, jamais será uma pessoa sábia... Quanto mais erros você comete, mais você aprende.

Caso você não saiba, a Cecelia Ahern normalmente escreve drama e romance, porém ela resolveu se aventurar em terras distópicas e devo dizer que foi uma boa aventura, não vou dizer que é a melhor distopia que já li, mas ela começou bem, foi uma boa introdução para esse seu mundo “perfeito”. 

Imperfeitos não chega a ser do tipo “Nossaaaa que livro mais incrível”, porque não é, mas é um livro ok, com alguns clichês, porém com um bom enredo, uma boa narração, um bom contexto, boas lições, boas críticas. O problema é que sinto que podia ser melhor (ou talvez seja apenas a revolta de ter de esperar pela continuação, odeio esperar, mas a culpa foi minha que quis ler logo o primeiro livro, bem feito para mim). Acho que o fato de ser algo que envolve uma autora que amo escrevendo em um gênero que amo pela primeira vez, me fez esperar muito desse livro e como sempre me frustrei por criar expectativas demais. E não, o livro não é ruim, longe disso, eu só esperava mais .

A ignorância é uma bênção. O conhecimento é geralmente uma responsabilidade que ninguém quer.

A Cecelia criou uma sociedade que rejeita a “imperfeição”, uma sociedade onde você não pode tomar decisões erradas, não pode fazer escolhas erradas, onde não interessa se você erra de propósito ou não, se “errou” você será julgado como “imperfeito”.

É uma sociedade que não admite falhas, onde você não aprende com os seus erros, porque simplesmente nem pode chegar a cometê-los. Se chegar a cometer algum erro, seja ético, moral, ou algo que julguem como “errado” (não atos ilegais; crimes e “falhas” são coisas diferentes e são tratados como tal), será julgado como “imperfeito” (tem até um Tribunal próprio para isso, com juízes, advogados... que dita as regras para a “vida perfeita”). E se te considerarem imperfeito você será desvalorizado, punido, será tratado como lixo, será tratado como se tivesse uma doença contagiosa, será odiado e não será digno de compaixão.

E ainda terá que seguir muitas regras, como toque de recolher, ter uma alimentação mais simples, andar com uma braçadeira vermelha com a letra “I” no corpo mostrando para todos que é imperfeito... E você também é marcado na pele como se fosse um boi, uma vaca (sim, essa sociedade te marca como gado, como um animal). Você é marcado a ferro quente com a marca dos imperfeitos, o “I”. E a localização dessa marca depende do seu erro. Se você for considerado como desleal ao “Tribunal” (quem faz as regras e julga os imperfeitos) é marcado no peito, sobre o coração; se não seguir as regras da sociedade é marcado na sola do pé; se roubar algo da sociedade, se trapacear é marcado na palma da mão; se você mentir é marcado na língua; e se tomar decisões ruins é marcado na têmpora. Assim quem olhar para você saberá que tipo de erro cometeu e te julgará por ele.

Descobri que as pessoas não são cruéis. A maioria não é... Mas as pessoas têm um forte instinto de autopreservação. Se algo não as afeta diretamente, elas não se envolvem.

Imperfeitos é narrado pela jovem de 17 anos, Celestine North, que é uma garota de lógica, de preto no branco, de definições; é uma garota perfeita, é boa filha, boa aluna, boa namorada, boa cidadã, uma guria que segue as regras, que considera o sistema justo, e que julga, é preconceituosa com quem não é perfeito... Resumindo, ela “não erra”, é “perfeita” e não costuma questionar se a sociedade é justa ou não.

Até que um dia, após um acontecimento ela começa a questionar as decisões do sistema, ela age por impulso, movida por compaixão, e toma uma atitude que não é permitida, uma atitude que consideram um erro. E a partir daí a sua vida “perfeita” muda e ela começa a perceber que o sistema não é tão perfeito assim, que nem tudo é preto no branco, que muitas vezes é cinza ou colorido; que injustiças podem ser cometidas, que até pessoas consideradas “perfeitas” podem ser corruptas, movidas pelo próprio interesse.

Aquilo que você viu, está visto. Aquilo que você ouviu nunca mais poderá não ter sido ouvido. Eu sei, lá no fundo, que esta noite aprendi algo que não pode ser desaprendido. E esta parte do meu mundo que foi alterada nunca mais será a mesma.

O livro tem outros personagens importantes para a história, mas vou focar apenas na protagonista, para não sair falando tudo o que penso (já estou falando muito). E, no começo do livro, ela é meio chatinha com essa coisa de ser “perfeita”, mas cresce e evolui bastante durante a obra, meio que sendo forte e corajosa ao mesmo tempo em que é fraca e covarde, não sabendo exatamente o que fazer (ela é meio confusa até quando fala dos guris do livro, mas deixa isso para lá), ou sabia e eu que não previa o que ela ia fazer, sei lá, só sei que aguardo ansiosamente pela continuação para saber as suas próximas atitudes e decisões.

Quando se está no fundo do poço, as vitórias são pequenas. Mas existem, apesar de tudo. Você só tem que saber distingui-las, as porçõezinhas de luz e esperança ocultas na escuridão.

Imperfeitos por mais que seja ficção nos faz questionar a nossa realidade, porque vivemos em uma sociedade que vive apontando o dedo, que nos julga por qualquer falha, por qualquer erro que cometemos, por qualquer decisão contrária ao que maioria das pessoas acredita ser o certo. Uma sociedade que julga a nossa classe social, a nossa aparência, o que vestimos, o que comemos, o que fazemos para viver, o nosso modo de falar, a nossa educação... “Olha, fulano tem tatuagem, deve ser traficante”, “Aquele cara está comendo uma pizza inteira sozinho, por isso é gordo”, “A roupa daquela mulher está tão curta, depois reclama se ser estuprada”... Aí eu te pergunto, a vida é de quem? Antes de sair falando da vida dos outros, será que tentaram conhecer eles antes? Todos tem livre arbítrio para fazer as próprias escolhas, sair julgando quem não é igual a você não te faz melhor que ninguém, te faz ser uma pessoa ignorante, presunçosa...

Vivemos em uma sociedade que julga cada escolha que fazemos sem nem saber o motivo, o porquê dela, que não se interessa em saber tudo antes de atirar pedras, então, por favor, se questione: “Eu sou perfeito?”, “Alguém no mundo é?”, “Por que eu seria melhor do que os outros?”, “Eu nunca erro?”. Não busque ser perfeito, busque ser bom. Até! 

Aprendi que ser corajosa significa sentir medo o tempo todo. A coragem não nos domina, ela luta e enfrenta as dificuldades por meio das palavras e das atitudes que você toma. É uma batalha ou uma dança que vai se impregnando. É preciso coragem para vencer, mas é preciso muito medo para ser corajoso.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Imperfeitos
(Flawed #1)
Ano: 2016
Páginas: 320
Editora: Novo Conceito
Sinopse:
Celestine North vive em uma sociedade que rejeita a imperfeição. Todos aqueles que praticam algum ato julgado como errado são marcados para sempre, rechaçados da comunidade, seres não merecedores de compaixão.
Por isso, Celestine procura viver uma vida perfeita. Ela é um exemplo de filha e de irmã, é uma aluna excepcional, bem quista por todos do colégio, além do mais, ela namora Art Crevan, filho da autoridade máxima da cidade, o juiz Crevan.
Em meio a essa vida perfeita, Celestine se encontra em uma situação incomum, que a faz tomar uma decisão instintiva. Ela faz uma escolha que pode mudar o futuro dela e das pessoas a seu redor.
Ela pode ser presa? Ela pode ser marcada? Ela poderá se tornar, do dia para a noite Imperfeita?
Nesta distopia deslumbrante, a autora best-seller Cecelia Ahern retrata uma sociedade em que a perfeição é primordial e quem cometer qualquer ato falho será punido. A história de uma jovem que decide tomar uma posição que poderá custar-lhe tudo.

14 outubro, 2016

Resenha :: O vale dos mortos

outubro 14, 2016 0 Comentários

2017... UMA PROFECIA ESQUECIDA DO LIVRO DO APOCALIPSE, REITERADA POR OUTROS PROFETAS MODERNOS, RESSURGE...

"E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela ardendo como tocha (...) E o nome da estrela era Absinto... E foi-lhe dado a chave do poço do abismo. E a fumaça que saiu do fundo do abismo escureceu o sol e o ar. E da fumaça vieram seres como gafanhotos sobre a terra, mas com poderes de escorpiões.E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a árvore alguma, mas somente aos homens. E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; desejarão morrer, e a morte fugirá deles."Apocalipse 8 e 9

O Vale dos Mortos é o primeiro livro da série As Crônicas dos Mortos de Rodrigo de Oliveira. A série é composta de: O vale dos Mortos, Elevador 16 (Spin-off), A Batalha dos mortos, A senhora dos mortos e A ilha dos mortos. A passagem do planeta chamado "Absinto" amedronta a todos a principio, entretanto o mesmo foi constatado que não atingiria a Terra, passaria próximo, mas não haveria colisão. Logo, todos continuam a viver como sempre viviam. Pausa para dizer que você pode baixar e ler
Elevador 16 (As Crônicas dos Mortos) totalmente grátis clicando aqui!!

Ivan, sua esposa Estela e seus filhos resolvem ir ao shopping no dia do planeta. Programa pacata, mas algo terrível acontece: As pessoas estão desmaiando misteriosamente em todos os lugares do mundo. No shopping, Ivan e sua família veem as pessoas desmaiando e levantando famintas, com fome de carne humana fresca.

Ele tenta a todo custo salvar a si mesmo e sua família. Tenta a todo custo leva-los para um local seguro. Mas haveria um local seguro ainda? Em Brasília, DF. Dilma Rousseff é morta, atacada pelo seu ex-colega Luíz Inácio Lula da Silva, uma vez que o mesmo tornou-se um errante.

A situação está crítica, milhões de zumbis estão cercando a cidade e não há lugar para ir. A escassez de comida e água se aproximam. Não há lugar seguro, não há mais vida, não há mais alegria...

" - O mundo está mudando, meu marido. Os motivos não importam, mas haverá um número incontável de mortos. Bilhões perecerão, não só na China, mas nos quatro cantos da Terra."

O sucesso de O Vale dos Mortos é tão grande, que o livro é comercializado até no Japão. Rodrigo escreve com um cuidado, de uma forma que te prende do inicio ao fim. Os personagens são bens construídos e conseguimos notar o amadurecimento deles durante a leitura.

Particularmente acho a capa desse livro muito boa, não só a capa desse livro, mas de todo a saga, a diagramação foi muito bem elaborada. Todo início de capítulo tem um sanguinho que respingou de algum zumbi. Aos fãs de zombies, leitura obrigatória essa saga hem. Abraços.

Nota ::  

Informações Técnicas do livro

O Vale dos Mortos

Autor: Rodrigo de Oliveira

Ano: 2014
Páginas: 304
Editora: Faro Editorial

Sinopse (Skoob): 
2017... Uma profecia esquecida do Livro do Apocalipse, reiterada por outros profetas modernos, ressurge…
Cientistas descobrem um planeta vermelho em rota de colisão com a Terra. Depois de muito pânico nos quatro cantos do mundo, eles asseguram que o astro passaria a uma distância segura de nós. E todos ficam tranquilos acreditando que nada iria acontecer…
Então 2/3 de todas as pessoas no Planeta caem desmaiadas, vítimas de um estranho surto… "E abriu-se o poço do abismo, de onde saíram seres como gafanhotos com poderes de escorpiões. E os homens buscarão a morte e a morte fugirá deles.” Apocalipse 9,2-6.
E um grupo luta para sobreviver num mundo dominado pelo mal.
Com passagens por São Paulo, Brasília, Estados Unidos, China e França, "O Vale dos Mortos" baseia-se na profecia de que um planeta intruso ao sistema solar, ao raspar por nossa orbita, fatalmente desencadearia uma transformação de grande parte da humanidade, não havendo lugar seguro e ambientes sem infecção, pois ela ocorreria simplesmente pela aproximação do astro. Pegos de surpresa, e tentando entender o que acontecia enquanto buscavam se salvar, um casal e seus filhos iniciam uma jornada para restabelecer alguma condição de vida no que restou de seu próprio mundo.
Uma história com muita ação e suspense, que vai deixar você eletrizado.

19 setembro, 2016

Resenha :: Estrela da Manhã (Morning Star)

setembro 19, 2016 0 Comentários
 (Trilogia Red Rising #3)
“O Ceifeiro chegou. E trouxe o inferno com ele.”

Não sei como começar, queria não ter que usar as mesmas palavras que usei na resenha do primeiro livro da trilogia Fúria Vermelha: “Bom, poderia dizer que esse livro me deixou sem palavras, mas como estou escrevendo algumas, então não faria sentido, mas que livro INCRÍVEL!!!”, não queria ter que usar as mesmas palavras que usei na resenha de do segundo livro Filho Dourado: “Minha Nossa, que livro!!!”, mas sinceramente, Pierce Brown não colabora, como posso dizer palavras diferentes, quando ele simplesmente destrói (positivamente) com  o melhor mundo distópico da literatura que já tive o prazer de ler? Gente essa é a primeira distopia com mais de um livro que leio que não caiu de qualidade em nenhum momento, nem no final que estou tão acostumada com decepções, que antes de começar Fúria Vermelha já tava desistindo desse gênero. Pierce meu amor, você é um Ouro com o coração e a coragem de um Vermelho e criatividade de um Violeta, na minha vida.  (Lindo como um Rosa). 

“Eles me chamam de Estrela da Manhã. Aquela estrela pela qual os montadores de grifos e os viajantes navegam a vastidão nos meses escuros de inverno. A última estrela que desaparece quando a luz do dia retorna.”

Depois de todo esse derretimento, vamos a história, e para aqueles que não leram Filho Dourado, aconselho a pararem de ler aqui essa resenha (EU AVISEI), para os que leram, sabem a situação desesperadora que termina o segundo livro, pessoas morrem (ainda não superei algumas mortes) e não sabemos o que vai acontecer com Darrow, Estrela da Manhã se passa um ano depois de tudo aquilo, sim pessoas, um ano de sofrimento para Darrow e todos que o amam, o que não é spoiler porque sem isso não teria continuação: nosso protagonista e resgatado, mas está bem diferente do que era nos dois primeiros (como se ele já não tivesse mudado tanto), ele continua um super estrategista de guerra, mas em certo ponto ele fica mais sábio, o que é uma boa coisa de estar no meio de um guerra civil interplanetária que ele causou.

O livro é bastante surpreendente, ainda mais que dificilmente alguém sabia o que esperar depois do dois primeiros livros, eu pelo menos não fazia ideia, estamos falando de planetas e mais planetas onde bilhões de baixas cores são escravizadas, onde se tem uma grande soberania e muitos Ouros que são considerados deuses tamanho suas forças, impossível imaginar.

"Precisamos daqueles que nos amam. Precisamos daqueles que nos odeiam. Precisamos que os outros nos liguem à vida, que nos deem uma razão para viver, para sentir.”

Pessoas, Pierce conseguiu! Com aliados inesperados e conseguidos de forma inesperada, esse último livro me fez sofrer, chorar, ter raiva e despertou meu espírito assassino para com alguns personagens... Chacal... ódio, muito ódio, como essa criaturinha sozinha consegue ser tão odiosa? Ainda estou tentando entender.



“E eu não sinto coisa alguma a não ser pavor, porque o Chacal começou a rir.”

Mas como nem tudo são pessoas para odiar, esse livro me fez rir bastante também, e um personagem que reinou nesse livro foi o maior culpado disso: Sevro! Gente! O que é Sevro nesse livro? Darrow que me desculpe, ele ainda é meu personagem favorito, mas esse livro foi de Sevro principalmente, e não estou falando apenas de parte cômica, quando resenhei Fúria Vermelha, acabei sem querer definindo Sevro como um alivio cômico, mas garanto, ele é mais que isso, e ele mostrou de forma espetacular nesse livro, no começo fiquei até assustada com as atitudes dele, mas assim como Darrow ele passou por coisas difíceis e teve que assumir muitas responsabilidades. Sevro foi simplesmente brilhante, além de mais psicótico que o normal.

“- Você e eu continuamos procurando a luz na escuridão, esperando que ela apareça. Mas ela já apareceu. (...). – A gente é essa luz, garotão. Por mais destroçados e arrebentados e idiotas que a gente seja, a gente é essa luz, e a gente está se espalhando.”

Mustang não teve seu brilho diminuído, no começo fiquei meio desconfiada com que estava acontecendo, mas Mustang é Mustang, e foi incrível (sim sei que to usando muito essa palavra, se acostume ). Ragnar é outro! Um personagem que não tem como não amar, não tem mesmo. HYRG LA, RAGNAR! Holiday e Victra não tem como definir, eu adoro elas. (Queria tanto dar spoiler ). Eu fiquei boquiaberta com as cenas descritas nesse livro, além de diálogos espetaculares, algumas cenas de ação eu já imaginava no filme! (Que estou ansiosa demais e para minha infelicidade nunca começam a gravação, ou ao menos a escolha de atores), mas não pode ficar ruim, ainda mais com o próprio Pierce como roteirista, eu relia varias vezes alguns parágrafos de tão bons, e ficava “isso ficaria ótimo no filme.” Confesso que a minha expectativa está altíssima.

“- Não somos Vermelhos, nem Azuis ou Ouros ou Cinzas ou Obsidianos. Somos a humanidade. Somos a maré. E hoje reivindicamos as vidas que nos foram roubadas. Nós construímos o futuro que nos foi prometido. Guardem seu corações. Guardem seus amigos. Siga-me através dessa noite maligna, e prometo a vocês que a manhã está à nossa espera do outro lado. Até isso acontecer, rompam as correntes.”

Estrela da manhã finalizou essa trilogia com chave de Ouro, eu não acreditava que ia caber tudo em apenas 632 paginas (parece muitas, mas você mal percebe de tão bom), tipo já estava acabando o livro e eu pensava “mas ainda tem tanta coisa pra acontecer”, mas não fiquei decepcionada, fui tudo mais do que eu esperava, valeu a pena o tempo que fiquei esperando pela continuação, o dinheiro que gastei com os livros, valeu meu tempo de leitura, a Trilogia Red Rising mudou minha concepção do que é um bom livro ou até perfeito. O que posso dizer? 
ROMPAM AS CORRENTES!!! AUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU.

“Meu filho, meu filho
Lembre-se das algemas
Quando o Ouro governavam com rédeas de ferro
Nós rosnamos e rosnamos
E nos contorcemos e berramos
Pelo nosso vale
Um vale de sonhos melhores.”

      PER ASPERA AD ASTRA


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

     Estrela da Manhã 
The Red Rising # 3  
Pierce Brown
Ano: 2016
Páginas: 632
Editora: Globo Alt
Sinopse (Skoob)

Darrow teria vivido em paz , mas seus inimigos trouxe-lhe guerra. Os senhores de ouro exigiram sua obediência, enforcaram sua esposa, e escravizou seu povo. Mas Darrow está determinado a revidar. Arriscando tudo para transformar a si mesmo e violar a sociedade dos Ouros, Darrow tem lutado para sobreviver as rivalidades acirradas ás quais reproduzem os mais poderosos guerreiros da Sociedade, ascendeu as fileiras, e esperou pacientemente para desencadear a revolução que vai rasgar a hierarquia por dentro.
Finalmente, chegou a hora.  Mas a devoção à honra e a sede de vingança são profundas em ambos os lados . Darrow e seus companheiros de armas enfrentam inimigos poderosos sem escrúpulos ou piedade. Entre eles estão alguns que Darrow uma vez considerou amigos. Para vencer, Darrow terá de inspirar aqueles acorrentados na escuridão para quebrar suas correntes, desfazer o mundo que seus mestres cruéis construíram, e reivindicar um destino há muito tempo negado - e glorioso demais para abandonar.

29 agosto, 2016

Resenha :: Brilhantes (Brilliance)

agosto 29, 2016 0 Comentários



Seria meio que clichê definir esse livro como simplesmente “Brilhante”? 
Pois é, com certeza seria, eu ligo? Não, não ligo, porque é exatamente o que esse livro é, Brilhante! Primeiro que é completamente diferente do que eu imaginava quando peguei para ler, definitivamente não foi o que eu esperava, acho que eu esperava um livro de espionagem mais denso, e fiquei meio confusa quando ouvir falar que era para quem gosta de X-Men, afinal o que esperar de um livro assim?

Se você se animou com a referencia de X-Men (confesso que isso me atraiu mais ainda para a leitura), sim, lembra pelo fato de uma pequena parcela da população nascer com genes que possam ser identificados como “brilhantes”, ou de forma pejorativa chamados de anormais e esquisitos, aqui já dá para perceber que existe muito preconceito contra eles, apesar de que por muitos na sociedade eles são considerados uteis, graças o grande avanço  tecnológico que proporcionaram, porque diferente dessa comparação com x-men faz acreditar, os dons dos brilhantes, são muito mais sutis, como pessoas com memória fotográfica, super estrategistas, detectores de mentiras, super programadores entre outros do tipo, são dons que tem muito mais haver com a mente, como a do protagonista que é um captor de padrões, podendo fazer uma leitura da pessoa e saber o que ela quer só fazendo leitura corporal, e consegue até identificar algumas mentiras, conseguindo assim essa parcela da população ser melhor em tudo em uma disputa com um “normal”.

“Fotografias eram uma coisa engraçada. Elas ficavam velhas no momento em que eram tiradas, e uma única foto raramente revelava muita coisa. Mas bastava juntar uma série de fotos e surgiam padrões. Alguns eram óbvios: cortes de cabelos, peso ganho ou perdido, tendências da moda. Outros padrões exigiam um tipo especial de olhos para serem notados.”

Falando nesses avanços, o livro se passa em 2013, mas um muito mais avançado, e Nick Cooper é um agente que trabalha para o DAR (Departamento de Analise e Reação), ou seja é um “Brilhante” que trabalha na captura ou na eliminação de outros “Brilhantes” que são considerados perigosos para a paz do país, e o seu maior desafio e prender o terrorista “Brilhante” John Smith para evitar uma guerra civil entre esses dois grupos (normais e anormais), depois de uma tragédia ele acaba decidindo que a melhor forma de ganhar é se infiltrando. Depois daí começa umas coisas bem loucas (ou mais ainda).

O que posso dizer que o livro é repleto de ação, reviravoltas e principalmente cheio de personagens bastante inteligentes, mesmo quando você pensa que está finalmente sacando tudo que vai acontecer no livro, ele te surpreende, confesso que algumas coisas eu já esperava, não da para fugir de todas as receitas distópicas, mas o que Brilhantes trás de diferente é justamente que em outras distopias, somos apresentados a um mundo depois do seu ponto de ebulição, o que fez dele o que é hoje, em Brilhantes o tempo é o presente, um  que humanidade está segurando o fôlego sem saber o que será do futuro com o surgimento desses seres mais bem desenvolvidos, pois nesse universo eles começaram a surgir em 1980, ainda são uma pequena parcela da população, muitos ainda são crianças ou jovens demais, os mais velhos tem no máximo 33 anos, o que faz ter algo novo também é pelo protagonista ser um homem adulto e não um adolescente,ele já tem filhos, uma ex mulher, e uma carreira bem sucedida, o que já faz ter uma narrativa bem diferente (não que eu não goste das outras, mas mudanças de vez em quando sempre é bom).

“Porém há uma questão mais importante, com implicações arrasadoras. Uma questão que está na ponta da língua de todos nós, e que, no entanto, nós não discutimos - talvez por temermos a resposta. O que acontecerá quando essas crianças crescerem?"

O final me fez não ter a mínima ideia do que vai acontecer nesse universo a partir de agora (como seu eu soubesse aonde eu estava me metendo em algum momento desse livro rsrs), só sei que acho que posso confiar nas decisões do Cooper, mas não faço ideia de como alguns personagens vão agir na continuação, mas o segundo livro dessa série, já faz promessas no titulo Um Mundo Melhor, Será?

“- É. Tirando a ideia de que a verdade libertará você, e outras frases feitas que ninguém acredita. As pessoas não querem a verdade, realmente. Querem vidas seguras, aparelhos eletrônicos bacanas e geladeiras cheias.”

Nota: 

Ficha Técnica do Livro

Brilhantes
Brilhantes - Volume 01
Ano: 2015
Páginas: 476
Editora: Galera Record

Sinopse (Skoob)
A partir de 1980, um por cento das crianças começou a apresentar sinais de inteligência avançada. Essa parcela da população, chamada de “brilhantes”, é vista com muita desconfiança pelo restante da humanidade, que teme a forma como esse dom será usado. Nick Cooper é um deles, um agente brilhante, treinado para identificar e capturar terroristas superdotados e levá-los para a custódia do governo. Seu último alvo está entre os mais perigosos que já enfrentou, um líder responsável pelo maior ataque terrorista dos últimos tempos e que pretende começar uma guerra civil. Mas para capturá-lo, Cooper precisa se infiltrar em seu mundo e ir contra a tudo o que acredita. Denominado pelo Chicago Sun-Times como o mestre do suspense moderno, Markus Sakey criou um universo ao mesmo tempo perturbador e incrivelmente semelhante ao nosso, onde um dom pode se tornar uma maldição.

08 agosto, 2016

Resenha :: O Chamado (Endgame: The Calling)

agosto 08, 2016

(Endgame # 1)

Endgame é um jogo de morte, a milhares de anos 12 linhagens preparam  seus jogadores para o chamado, para o dia que  seres poderosos irão mandar os sinais para tudo começar, desses 12, apenas um pode vencer e herdar a terra, os outros e toda a linhagem que descendem serão dizimados, eles recebem pistas para encontrar as três chaves que determinam quem será o vencedor, sem regras eles tentarão matar uns aos outros.

Sei que a primeira vista parece Jogos Vorazes só que mais amplo e sem os holofotes (não é nada televisionado), e um pouco mais de mortes, mas o que o Endgame trás de diferença e que eu gostei é os pontos de vistas de vários jogadores, a diversidade cultural dos personagens de vários lugares do mundo, e podemos acompanhar as diferenças entre eles, de pensar, de agir, eles carregam uma bagagem de conhecimento enorme do que está se passando, eles passaram a vida treinando para isso e antes deles, os pais, os avós e assim sucessivamente, pois, só são aptos a jogar adolescentes de 13 a 20 anos, quando passam dessa fase e o endgame não vem, outros da linhagem se tornam jogadores, isso é um ciclo que ocorre a milhares de anos, mesmo achando que não vai ocorrer na sua época, nenhum provável jogador deixa de se preparar da forma mais brutal possível, são assassinos treinados, formados em várias áreas na arte de matar.

Apesar dos pontos de vistas (terceira pessoa) diversificados temos principalmente a de três personagens:  Sarah (Americana) e Jago (Peruano) e não com tanta frequência como dos dois primeiros a muda Chiyoko (Japonesa), dos três com certeza a minha favorita é a ultima, é a mais inteligente e mortal entre os jogadores, não chega a ser uma pessoa má, mas faz o que é necessário,é calculista, essa jogadora da linhagem Mu foi a que chegou mais perto de uma torcida que eu conseguir fazer no livro, Jago eu achei um personagem legal, aparentemente diferente das descrições dos personagens protagonistas, logo na sua apresentação ele é descrito como feio, não que isso faça diferença na hora de se apegar a ele, ele trás um humor bom pra história,  já Sarah é bonita e perfeita e amada por todos e é chata, e ainda tinha a parte de um ex namorado não jogador dela que decidiu que poderia a ajudar, um mala, claro que ela melhorou bastante lá para o final do livro e fez algo que ganhou o meu respeito no fim, mas não conseguir torcer 100% por ela.

No geral Endgame se trata de um livro bom, tive dificuldade de sentir aquela emoção com o livro, lendo outras resenhas vi que muitos acharam o livro meio sanguinário, não achei, já li livros bem mais cheios de detalhes de morte do que ele, não sei se sou muito sem coração, mas estava agoniada porque não morria mais ninguém depois do primeiro, eu realmente ficava frustrada ... tipo “agora morre”... “vai, agora morre”... “já tá na hora”... “por favor uma mortezinha!” Morria um bando de desconhecidos, mas os jogadores que era bom demorava horrores... Estava me aborrecendo. 

Bom, agora com certeza acho que tenho coração de pedra L  Achei que teve alianças sem sentido entre jogadores (ai invés de se matarem) algumas que ainda estou tentando entender, e alguns personagens tão maus que li e virava as paginas agoniada imaginando que logo, logo iam morrer de forma bem cruel, como o pequeno psicopata Baitsakhan e em alguns momentos o louco do An Liu (apesar de não odiar esse pequeno terrorista o tempo todo, fiquei com pena dele em algumas partes, mas ele explodia alguém e a pena passava), eu também gostaria que tivesse mais espaço para outros personagens como a Alice e Shari.

Tenho que dar espaço aqui para falar da edição, muito linda, adorei o brilho na capa, é de um dourado muito legal, e as ilustrações no meio do livro principalmente de enigmas, muito fantástico, parabéns a editora, mas estou balanceada o quanto eu gostei do livro, estou chateada com o final, teve uma parte meio obvia que eu só fiz revirar os olhos mais aceitei, mas criei um rancor de uma coisa a mais que aconteceu no final dele, rancor profundo demais, quando passar, eu continuo a trilogia, mas por enquanto vou ficar remoendo isso por muito e muito tempo. Mas rancores à parte, eu indico a leitura. Leiam!

Nota:

Ficha Técnica do Livro


Endgame: O Chamado
James Frey
Nils Johnson-Shelton
Ano: 2014
Páginas: 504
Editora: Intrínseca

Sinopse (Skoob)
A história começa há doze mil anos, quando seres poderosos desceram do céu entre fumaça e fogo e criaram a humanidade, deixando-nos regras segundo as quais viver. Precisavam de ouro, e, para extraí-lo, instalaram aqui as doze linhagens que deram origem às nossas antigas civilizações. 
Quando conseguiram o que queriam, foram embora. Mas avisaram que um dia retornariam e que, quando isso acontecesse, seria para o Jogo. O Jogo que determinaria nosso futuro. Os Jogadores terão que achar três chaves, que estão espalhadas pelo planeta. 
Quem achá-las primeiro ganha. "Endgame: O Chamado" acompanha a busca dos doze Jogadores pela primeira chave. O livro contém um enigma. Um enigma que convida o leitor a jogar seu próprio Endgame. Quem encontrar a solução primeiro ganhará uma mala cheia de ouro. Em adição ao enigma estará disponível um jogo on-line revolucionário desenvolvido pela Niantic Labs, empresa associada ao Google e responsável também pelo jogo Ingress.