10 novembro, 2018

Resenha :: Anne de Windy Poplars (Anne de Green Gables #4)

novembro 10, 2018 11 Comentários

  Pode conter spoiler dos livros anteriores.

Confira as resenhas dos primeiros livros da série!


Oi faroleiros, é com muita alegria e satisfação que compartilho com vocês esta resenha sobre o quarto livro da série Anne, que recebeu o nome de Anne de Windy Poplars; este é nome da casa onde ela vai morar durante os três anos em que estará trabalhando na Escola de Ensino Médio de Summerside como diretora e professora, enquanto Gilbert termina a faculdade de medicina e assim os dois possam se casar.


Já deixei claro nas resenhas anteriores o quanto estou apaixonada pela escrita da Lucy?? Se não, fica aqui o meu registro. É maravilhoso o fato dela ter conseguido manter o espírito da personagem em seu crescimento. Assim como a Anne, a história está tendo aquele desenvolvimento gradual, tornando o próximo livro tão lindo e cheio de ensinamentos profundos, quanto o anterior. Estava receosa de continuar lendo a série, porém agora estou morrendo de vontade de já ter o quinto livro nas mãos para continuar a leitura. Ainda bem que já está sendo traduzido para publicação.

Windy Poplars,
Spook’s Lane,
Summerside,
I.P.E.,
Segunda-feira, 12 de setembro
“Querido, Veja só este endereço! Você já viu algo tão encantador? Windy Poplars (Álamos expostos ao vento) é o nome do meu novo lar, e eu amei! Também amo Spoo’s Lane (rota dos fantasmas), mesmo não sendo o nome oficial.

É assim que começa este novo livro, o que já nos mostra como será o mesmo durante toda a narrativa. Ele é basicamente as cartas que Anne escreveu durante os três anos para o Gilbert, narrando os acontecimentos da sua vida para ele, intercaladas com os fatos acontecendo em momento real, mas tendo o mesmo tom de narrativa. Cheio de novas aventuras, novas amizades, novos desafios, novos aprendizados.

Detesto emprestar um livro que amo, pois nunca parece voltar exatamente igual ao que era antes; mas eu amo este livro só porque foi a querida Mrs. Allan quem me deu como prêmio na Escola Dominical, tantos anos atrás. Não gosto muito de ler sobre mártires porque eles fazem com que eu me sinta mesquinha e envergonhada... envergonhada por admitir que odeio sair da cama em manhãs bem frias e por estremecer ante a ideia de ir ao dentista.

Quantos de nós não temos este mesmo pensamento. Confesso que costumo ter dificuldades para fazer destaque nos livros que eu leio, mas em toda esta série a vontade é de destacar o livro quase que completamente. São tantas partes maravilhosas que só torna a leitura muito mais especial. Por ser uma literatura antiga, ou seja, um clássico, sua escrita não é popular e nossa Anne ama falar difícil, porém apesar de não ser uma leitura rápida, considerando a quantidade de páginas, não é uma leitura complicada e cansativa. A personagem se torna a cada livro melhor, o que nos faz mais apaixonados. Mas confesso que senti falta neste livro de pelo menos uma carta escrita pelo Gilbert para a Anne.

— Ninguém jamais é muito velho para sonhar. E os sonhos nunca envelhecem.

Fiquei feliz também com o fato da autora não esquecer os outros personagens e nos brindar com fatos sobre o mesmo quando Anne vai para Green Gables passar as férias escolares. Assim matamos a saudade deles, enquanto convivemos com os novos personagens. Outro detalhe legal é que há a demarcação de cada ano no livro e os capítulos continuam curtos.


A edição continua no mesmo formato, ou seja, linda, com as devidas notas de rodapé e tradução impecável. Amei também a capa. Continua sendo uma história 5/5 para mim.

Gilbert, querido, que nós nunca tenhamos medo das coisas. É uma terrível escravidão! Que sejamos ousados, aventureiros e esperançosos. Vamos dançar ao encontro da vida e de tudo o que ela pode nos trazer, mesmo que nos traga um montão de problemas, como febre tifoide e gêmeos!

Não tenha medo, tenha sempre esperança. Que a Anne possa te inspirar a esperar sempre um novo amanhã e nunca viver pensando no ontem.

P.S. Só não li este livro em um dia, pois resolvi saborear a leitura, lendo ele pausadamente e para isso, reli outro livro após ter começado este. Também não queria me cansar com a história e de alguma forma perder a magia da mesma.


Boa leitura,

Carol Finco


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Anne de Windy Poplars
Anne de Green Gables #4
Ano: 2018
Páginas: 236
Editora: Pedrazul
Sinopse:
O quarto livro da série Anne de Green Gables!
Anne Shirley está de volta com suas “Annices” em uma nova aventura!

“Ninguém jamais é muito velho para sonhar. E os sonhos nunca envelhecem.”

Os empolgantes anos de universitária em Redmond College ficaram para trás e Anne agora está diante de uma nova aventura. Ela e Gilbert finalmente estão noivos, mas Gilbert ainda tem três anos de estudos pela frente, até terminar a Faculdade de Medicina. Enquanto isso, Anne aceita o cargo de diretora da Escola de Ensino Médio de Summerside, onde também leciona. E, nessa nova cidade, Anne se depara com vários desafios, como a pomposa família Pringle e uma colega de trabalho muito inconveniente, chamada Katherine Brooke.


Editora Pedrazul atualmente é a editora que mais se dedica à tradução e à publicação de obras mundialmente consagradas, algumas ainda desconhecidas no mercado editorial brasileiro, como os autores que influenciaram o estilo da mais famosa escritora inglesa de todos os tempos, Jane Austen. Também atua no segmento romance histórico e de época escritos por autores contemporâneos.

09 novembro, 2018

Resenha :: A Sombra de Dália

novembro 09, 2018 2 Comentários

Olá, quero dividir com vocês uma leitura que me fez sentir tanto e pensar a respeito de vários assuntos de forma leve e profunda.

Narrado pela própria Dália, vamos conhecendo sua vida à medida que ela pensa sobre os rumos que a mesma tomou e quantos sonhos foram deixados pelo caminho após a conclusão do ensino médio. Como o senso de dever e obrigação podem ser ao mesmo tempo uma virtude, quanto uma prisão. E assim vamos entendendo o porquê ela vive há três anos nessa rotina, enquanto toma a decisão de trabalhar sozinha na lanchonete, enquanto sua mãe está adoentada e não pode dividir a rotina do trabalho com ela.

Minha mãe havia me ensinado a ser forte e lágrimas eram apenas demonstração de fraqueza e descontrole.

E assim, com os pensamentos focados em orgulhar a mãe por seguir os seus ensinamentos e uma dose saudável de medo pela falta de companhia, no trajeto para o trabalho e a volta para casa, Dália se depara com um cão lindo, que parece insistir em ser sua sombra, não atendendo a seus comandos para ir embora. A mãe sempre foi radicalmente contra animais, porém nos momentos de solidão a persistência de sua "sombra" começa a mexer com as certezas de que a mãe está certa a esse respeito.

Sombra, como ela o apelida, acaba mudando conceitos e trazendo muito mais do que uma amizade incondicional. E a partir dessa nova amizade, vamos conhecendo o passado que fez a mãe de Dália ser uma mulher tão difícil a ponto de odiar animais de estimação e o porquê do abandono de tantos sonhos e projetos por parte da filha. 

Não sei o que seria de nós a partir daqui, mas se o ritmo do meu coração era algum prenúncio, acho que não haveria nenhum momento sem fortes emoções.

Como o amor verdadeiro e desinteressado dos animais pode ser o que falta para questionarmos a ausência desse mesmo sentimento em nossa vida entre humanos, iguais. Tentar entender como sempre tentamos ganhar a aprovação de quem amamos, enquanto deixamos de ser e lutar pelo que realmente acreditamos. Ver de forma tão clara, como o rancor e o orgulho são apenas sentimentos destrutivos, que fazem mais mal a quem os sente, do que a quem os sentimentos estão dirigidos.

Creio que deu para entender o quanto o conto mexeu com minhas emoções e considerações a respeito das atitudes, decisões e opções que fazemos e que irão interferir na vida daqueles que amamos e que estão ao nosso redor, que ninguém é uma ilha e mesmo no deserto uma flor é capaz de tornar tudo mais bonito e menos árido.

O conto é bem escrito, tem uma narrativa fluida e delicada. Explica de forma bem estruturada os principais conflitos e pontas da trama. Acho que o único "pecado" foi o gostinho de quero mais, saber mais... que deixou quando a leitura terminou.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A sombra de Dália
Ano: 2018
Páginas: 80
Editora: Editora Cappia
Sinopse:
Ajudar a mãe na lanchonete Sabores da Margarida é a última coisa que Dália pensaria em fazer depois de concluir o ensino médio. Porém, depois de três anos nessa rotina, ela apenas aceitou seu destino de seguir os passos da mãe, que tanto ama e admira.
Em uma madrugada, a mãe de Dália fica doente e ela precisa assumir a lanchonete sozinha. Focada apenas em trabalhar por duas, um cachorro abandonado aparece para lhe fazer companhia e desmistificar tudo o que sua mãe falou sobre ter um amigo peludo.
Sombra, como ela o apelida, acaba mudando conceitos e trazendo muito mais do que uma amizade incondicional.



 _____Sobre a Autora_____

Mari Sales


Mari Sales é mãe e esposa em tempo integral, analista de sistema durante o horário comercial e leitora assídua durante as noites e madrugadas. Nos intervalos entre suas vocações, procura escrever quase tudo o que vem à mente e resenhar os livros que lê. Entusiasta das obras nacionais de romance contemporâneo, contribui com esse universo literário através do blog Resenhas Nacionais e contribuiu, em 2017, com a publicação da obra Superando com Amor.


08 novembro, 2018

Resenha :: O Último dos Canalhas (Canalhas #2)

novembro 08, 2018 1 Comentários

Oi, Faroleiros.

O Último dos Canalhas é o segundo livro da série Canalhas lançado no Brasil pela Editora Arqueiro. Mas ele é, na realidade, o quarto livro da série escrita pela americana Loretta Chase.

Em O Príncipe dos Canalhas a gente torceu pelo amor entre o Marquês de Dain, conhecido como Lorde Belzebu, e Jéssica Trent. Agora, chegou à vez de conhecermos mais sobre Vere Mallory, o Duque de Ainswood.

Atenção: Se você ainda não leu O Príncipe dos Canalhas, esta resenha contém spoilers. Aproveite para saber o que achei do primeiro livro da série Canalhasclicando aqui.

O Canalha da vez é Vere Aylwin Mallory. Se você tem boa memória, vai se lembrar do Duque de Ainswood. Ele é amigo do Marquês de Dain. Estudaram juntos no internato Elton e foi ele quem, bêbado, confundiu Jéssica, esposa do Marquês, com uma prostituta durante a lua de mel deles. Lembrou? Pois é! Este é Vere Mallory.

Mas, Loretta Chase continua escrevendo seus prólogos e mostrando que a atual Fera também tem um coração. Vere foi nomeado o guardião dos 3 filhos do primo Charlie, quando este faleceu. Ele ficou com o garoto Robin por 6 meses enquanto a família estava de luto. Menos de três semanas após ter devolvido Robin para as suas tias, Mallory é chamado às pressas. Robin havia contraído difteria e foi Mallory que ficou ao seu lado até as últimas horas.

— Tudo bem, Robin — disse ele. — Eu estou aqui. Vou lutar contra a doença por você. Deixe-a ir, entregue-a para mim. Ouviu garoto? Jogue fora essa enfermidade maldita e deixe que eu a enfrente. Eu consigo, você sabe disso.

A morte de Robin, o sexto Duque de Ainswood, traumatizou tremendamente Mallory que acabou não aceitando bem as responsabilidades de ser o sétimo Duque de Ainswood.

O depravado Vere Mallory conhece a jornalista Lydia Grenville durante uma discussão dela com a cafetina Carolie Bress num beco da Russel Court. Lydia salvava a jovem Tamsin Prideaux das garras da cafetina, mas é interrompida pelo inconsequente Ainswood.

Os dois discutem e no final ele acaba dando um beijo na boca dela, mas ela reage e desfere um golpe no queixo dele, deixando-o caído de costas numa poça de lama. Durante a confusão a cafetina foge e Lydia consegue resgatar Tamsin. Mallory fica indignado e deseja manchar a reputação dela como forma de vingança.

Lygia trabalha no Argus, um jornal que tem como objetivo tornar a população bem informada, observando sem se abalar e relatando à metrópole como se tivesse cem olhos. Os artigos e ensaios da Srta. Greenville são tremendamente populares entre as mulheres, onde ela costuma atacar os nobres como o Duque. Sua vida é aquele jornal e não está interessada em nenhum tipo de romance.

Nessa disputa de quem é superior, Vere e Lydia fazem de tudo para humilhar e derrotar o seu rival ao mesmo tempo em que tentam esconder o desejo que um sente pelo outro.

Tão loucos quanto o mar e o vento, quando ambos disputam quem é mais poderoso — declamou ela.

Não achei a capa do livro tão chamativa, mas ao ler as característica de Vere Mallory e conhecer um pouco sobre o seu desleixo em se vestir e ser arrumar, o modelo que aparece na capa o representa perfeitamente com aquele cabelo rebelde.

O embate entre Vere e Lydia é cativante e hilário. Lydia é uma mulher livre e trabalhadora e através de sua vida e das críticas sociais que escreve no jornal, Loretta Chase defende algumas ideias feministas que não condizem com a época. Porém a autora é mestre em fazer isso: transformar um Romance de Época em algo atemporal. Afinal, a narrativa, o toque erótico (bem mais sutil aqui do que em O Príncipe dos Canalhas) e os ideais modernos não refletem o período tratado no livro. Não interpreto isso como uma falha. Fica claro que o propósito da autora é o entretenimento.

— Nós precisamos viver vidas reais, querendo ou não — observou Vere. — E você sabe, melhor do que a maioria das pessoas, que tipo de vida a grande massa da humanidade leva. Dar a ela algumas horas de folga (entretenimento) é entregar um enorme presente.

Ao ler este segundo livro de Loretta Chase, ficou claro a forma de narrativa que ela usa. Não costuma enrolar para que os casais se acertem, o que é ótimo. Mas ela sempre traz uma reviravolta após isto se resolver para movimentar a história e a narrativa ganhar mais fôlego. Depois que Vere e Lydia se acertaram (ok, isso não é um spoiler, não é mesmo?) e ainda faltavam bastante páginas para ler, fiquei esperando a reviravolta.

Adorei rever alguns personagens do livro anterior. Aos poucos eles vão aparecendo na história e se tornando relevantes. Como este é o último livro da série, vou sentir falta dos personagens adoráveis e cativantes criados pela autora.

Pena que a Arqueiro não lançou e nem pretende lançar os outros dois livros que faltam dessa ótima série. A diagramação da editora é muito boa, apesar de ter achado um grosseiro erro de digitação.

Agradeço a minha amiga Adriana, do blog Meu Passatempo Blablabla, por ter me indicado e emprestado os dois livros da série.

Com  amor, André



Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Último dos Canalhas
Ano: 2015
Páginas: 304
Editora: Arqueiro
Sinopse:
O devasso Vere Mallory, duque de Ainswood, está pronto para sua próxima conquista e já escolheu o alvo: a jornalista Lydia Grenville. Só que desta vez, além de seduzir uma bela mulher, ele deseja também se vingar dela.
Ao se envolver numa discussão numa taverna, Vere foi nocauteado por Lydia e se tornou alvo de chacota de toda a sociedade. Agora ele quer dar o troco manchando a reputação da moça.
Mas Lydia não está interessada em romance, principalmente com um homem pervertido feito Mallory. Em seus artigos, ela ataca nobres insen- satos como ele, a quem considera a principal causa dos problemas sociais.
Nesse duelo de vontades, Vere e Lydia se esforçam para provocar a der- rota mais humilhante ao mesmo tempo que lutam contra a atração que o adversário lhe desperta. E, nessa divertida batalha de sedução e malícia, resta saber quem será o primeiro a ceder à tentação.

06 novembro, 2018

Tag Literária :: Chá Quentinho para Outono

novembro 06, 2018 0 Comentários



Olá Faroleiros, tudo bom?

Navegando pelo Instagram encontrei a TAG Chá Quentinho para Outono, a criadora dela é a Lily Nunes do Um Chá de Leitura (@umchadeleitura), caso queira conferir as respostas dela, basta clicar aqui.



 Chá de Camomila — Um livro que acalmou você em situações agitadas: 
O Hobbit foi uma leitura leve e divertidíssima que já me ajudou algumas vezes durante minha vida, um livro que mora no meu coração!


 Chá de maçã e canela combinação perfeita — Um personagem do livro que você se identificou:
Cláudia da série Crônicas Vampirescas de Anne Rice, não consigo nem explicar tudo o que sinto por ela em palavras, não é a toa que tenho ela tatuada.


 Chá mate forte, mas viciante — Um livro que trate de um assunto forte ou delicado, mas você ficou envolvente com a história:
A Bibliotecária de Auschwitz de Antonio G. Iturbe, um livro que me fez derramar lágrimas diversas vezes durante sua leitura, mas trouxe uma mensagem poderosa. Caso queira conferir minha resenha, clique aqui.


 Chá de Hortelã cheirinho refrescante me ajuda a respirar — Um livro com uma história de amor que te faz suspirar: 
Serei meio que obrigada a citar o casal David e Marie, da série Damas Perfeitas da autora Nahra Mestre. Eles me conquistaram de vez!
Caso queira conferir as resenhas da série, clique nos links a seguir:


 Chá de morango, sei que existe, mas nunca tomei — Um livro antigo que muita gente leu menos você: 
Frankenstein de Mary Shelley! Apesar de amar o gênero até hoje não me aventurei na leitura desse clássico, será que consigo o ler ainda este ano?


Abraços e até a próxima!

02 novembro, 2018

Resenha :: Diário do Amor Desenfreado

novembro 02, 2018 1 Comentários

Eu esperei o livro me chamar para ler, não abri, não folheei. Aguardei o momento e deixei que fosse especial. Estou aqui sentada no computador, tentando colocar meu coração em palavras, em frases que consigam explicar o que foi ler esse livro. Tammy Luciano, se eu nunca tivesse lido nada seu, teria me apaixonado por sua escrita nessa obra. Um livro de uma alma absurdamente feminina: livre, presa, guerreira, viva!!


Sem minha mente, todos vão descobrir que meu corpo não tem valor.

Os textos, poemas e sentimentos são de um empoderamento único, do ser e do sentir das palavras às ilustrações. Talvez eu ainda esteja escrevendo a flor da pele, mas a leitura fez bem para a alma, para o ego. Foi como olhar em um espelho e me ver, ver tantas outras: uma amiga, uma irmã, uma mãe e uma filha. E assim, de página a página, fui lendo sobre o amor, mas senti que o amor ali, é o amor próprio, que vem antes de amar outro alguém. Afinal a medida do nosso afeto é aquele que sentimos por nós mesmos. E que quando outros amores vêm, tem mais verdade.


Porque quando estou só, as mentiras gritam comigo. Reclamam seus direitos, minha verdade me trata melhor.

Lendo sobre aquela força de vontade de levantar a cada dia e garantir o lugar ao sol, de tentar, de ser, buscar, se permitir ser triste, mesmo sendo mais vezes feliz. De não ter vergonha de falhar enquanto continua tentando o acerto, de viver cada dia intensamente até que a lua chegue para mostrar tudo igual de um jeito diferente.


Diário do Amor Desenfreado é um mergulho sem igual nos maiores segredos de quem ler. De se redescobrir nas palavras, nas imagens, nas partes em branco. Esse livro é um presente que cada leitor pode se dar, mas não é um livro para ser lido e sim vivido, apreciado, relido. Guardado e revisitado várias vezes, para cada vez poder se perder nas páginas e no final se encontrar melhor, diferente.


Além dos textos primorosos, as imagens, edição, cada detalhe foi pensando pra uma experiência única de leitura. A capa foi feita de maneira impecável reproduzindo a imagem dentro da imagem, com detalhes que a própria autora só reconheceu depois da ilustração pronta, tão ela.  A diagramação e as ilustrações são perfeitas e de uma beleza impar. A editora fez um trabalho lindo com esse livro.


E termino por aqui, afinal "sou dessas".

Sou dessas pessoas diferentes. Odeio ser igual.


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

Diário do Amor Desenfreado
Ano: 2016
Páginas: 92
Editora: Qualis Editora
Sinopse:
Um livro com palavras em estrofes que falam de amor, ilustrações mágicas e um diário interativo para guardar suas emoções mais secretas!
Diário do Amor Desenfreado poderia ser considerado um livro de poesia. Poderia, se o trabalho da escritora Tammy Luciano não fosse repleto de novidades e reinvenções, tentando sempre fugir de rótulos e explicações óbvias. Os textos contidos no livro mais parecem letras de música, com um mergulho íntimo sobre sentimentos que deixam na dúvida ficção e realidade. Assim como também se misturam o presente e o passado, as rimas e as desconexões, a dor de amor e a paixão intensa. Nessa mescla está você, leitor, que poderá escrever nesse diário interativo, como se ele fosse mais seu do que nunca. Entre as palavras da Tammy estarão as suas declarações, formando então um conjunto de sentimentos, com um conteúdo sem freio, cheio de potencialidades e energia como os batimentos de um coração quando se apaixona.


 _____Sobre a Autora_____

Tammy Luciano


Tammy Luciano é atriz, jornalista e escritora, autora de poesias, mais de 30 peças de teatro (entre elas: Krikilin Rima com Ziripin, A rua Daqueles Homens, O Menino que Escreveu o Mundo, Casados e Surtados...), crônicas e dos livros "Fernanda Vogel na Passarela da Vida", "Novela de Poemas", "Sou Toda Errada", "Garota Replay", que a fez se tornar a primeira escritora brasileira do Selo Novo Conceito Jovem, da Editora Novo Conceito, "Claro Que Te Amo!" que esgotou a primeira edição em apenas um mês e meio de lançado, Sonhei Que Amava Você, Escândalo!!! (lançados pela Editora Valentina) e Diário do Amor Desenfreado (Qualis Editora).
Formada em Artes Cênicas e Jornalismo, fez especialização em roteiro em Washington DC, EUA. Atua tanto quanto escreve, teve por mais de dez anos um grupo de teatro no Retiro dos Artistas, Rio de Janeiro, foi colunista do JB Online e do site Baguete Diário, apresentou o quadro Tá no Papo do Hipermídia do Globo.com, participou como atriz de diversos espetáculos teatrais, em novelas como Uga-Uga, Laços de Família, Caminhos do Coração, episódios do Linha Direta, A Grande Família, foi repórter do Programa TV Fama, da Rede TV! e esteve em uma divertida entrevista no Programa do Jô, da Rede Globo. Hoje, além de escrever seus livros, viaja o Brasil encontrando seus leitores e grava vídeos para o seu Canal no Youtube.