19 abril, 2019

Tag Literária :: Dias da Semana

abril 19, 2019 0 Comentários

Olá, tudo bom?

Resolvi responder uma TAG chamada “Dias da Semana”, onde elencarei alguns livros que despertaram sentimentos tal qual os dias da semana tendem a nos despertar! Espero que gostem, e caso respondam a TAG não se esqueçam de marcar o Clube do Farol .


 Segunda – Um livro que tem preguiça de começar:
Sinceramente, não sei! No momento diria que estou com “preguiça” de ler algo do gênero fantasia, mas a culpada disso é a tal da ressaca literária, kkk.


 Terça – Um livro difícil de terminar:
O Silmarillion de J.R.R. Tolkien, o livro é ótimo, porém a carga de informações presentes nele é extensa, foi uma leitura que fiz bem devagar para tentar aproveitar ao máximo.


 Quarta – Uma série que ainda não terminou:
Magnus Chase e os Deuses de Asgard de Rick Riordan, li apenas o primeiro livro (A Espada do Verão) e gostei bastante, estou com o segundo na estante aguardando a vez.


 Quinta – Um livro que não recomendo:
Não gosto muito de dizer que não recomendo um livro, afinal, cada um tem sua percepção sobre uma leitura, para uns ela pode ser maravilhosa e para outros uma verdadeira decepção, portanto, escolho o livro Diário de uma Escrava de Rô Mierling, que – infelizmente – para mim foi uma ENORME decepção.


 Sexta – Um livro que não vê a hora de ler:
Coração Satânico de  William Hjortsberg, publicado pela Darkside Books.


 Sábado – Um livro que você quer reler:
Vale roubar um pouquinho aqui? Pretendo reler toda a série As Crônicas Vampirescas de Anne Rice, espero conseguir fazer isso em breve!


 Domingo – Um livro que você não queria que terminasse:
Drácula de Bram Stoker, sempre terá seu lugar de honra no meu coração... A história me envolveu por completo, com seu ar sombrio e de mistério, não queria mais sair de dentro dessa atmosfera!



ATENÇÃO: Caso seja o criador desta TAG, favor avisar nos comentários para que o Clube do Farol possa dar os devidos créditos.


Até a próxima!

15 abril, 2019

Resenha :: O Museu das Coisas Intangíveis

abril 15, 2019 0 Comentários

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Olá, leitores! Como a capa do livro mostra, somos apresentados a duas amigas: Zoe e Hannah. Mas também conhecemos o pequeno Noah, de apenas oito anos, que tem a síndrome de Asperger (hoje, ele não seria mais classificado com essa síndrome e sim como portador do Transtorno do Espectro Autista com alto desempenho), o que o torno alguém com incríveis capacidades intelectuais, mas sem a condição de entender sentimentos e sensações intangíveis, porque esses fogem a um contexto lógico.


Zoe construiu um museu das coisas intangíveis para seu irmão, onde ela o ajuda a tentar entender o que são cada um dos sentimentos e sensações que ela adiciona ao museu. E que vão nortear essa história até o final. Afinal, vamos conhecendo um pouco mais de Zoe que além de talentosa, tem aquela vontade de viver intensamente sem pensar muito nas consequências e nos resultados, isso poderia ser bom se ela não tivesse uma doença que a levasse da extrema euforia a uma tristeza que a deixa quase inalcançável por sua amiga Hannah quando essa se instala. 

Diferente de sua amiga, Hannah tem uma vida complexa e complicada, que começou com o divórcio dos pais e uma mãe vivendo um processo depressivo cada vez mais agudo e seu pai um alcoólatra tentando a recuperação. E assim, vamos entendendo porque Hannah aprendeu a se cuidar sozinha e se sentir tão responsável por cuidar dos pais e de sua amiga Zoe.


Assim, vamos vendo a autora focar na amizade das amigas, na maneira com ambas aprenderam a uma completar a outra, em suas dificuldades, e como nem sempre apenas a amizade é o suficiente para salvar uma amiga, quando essa após um acontecimento tem o gatilho de sua doença disparado. Por mais que Hannah tente, parece que nada vai funcionar dessa vez para ajudar sua amiga Zoe. Quando tudo parece perdido, Zoe propõem a Hannah uma viagem, uma fuga para longe dos problemas, para viver cada dia como se fosse o último da vida de ambas.

Nesse momento, Hannah vai nos mostrando que Zoe nos leva a viver o museu das coisas intangíveis enquanto ela ensina a sua amiga a ser mais, querer mais e a viver sem tantos medos ou responsabilidades. O que de certo modo atemoriza e encanta Hannah ao longo da viagem que ela faz por sua amiga, por ela e pela busca de uma cura para Zoe, que não envolva uma internação.


Me vi viajando com elas lidando com as emoções desgovernadas de Zoe, com suas alucinações e com a tentativa de Hannah ajuda-la com seu medo de falhar, e a dúvida se devia ou não abandonar aquele projeto e deixar a família de Zoe fazer como achava que devia. Mas em momento nenhum eu poderia imaginar aquele final. Que, em meio a crise da doença, Zoe teria planejado tudo daquela forma e com aquele desfecho todo o tempo. E me vi pensando como subestimamos as pessoas com algum transtorno mental ou psicológico. Mesmo Zoe tendo nos mostrado sua imensa inteligência durante a história.

Hannah também me surpreendeu não por ter acreditado e amado sua amiga desde sempre, mas por não ter feito o que deveria desde o início, por te levado para o lado errado sua lealdade para com a amiga e por ter sido tão adolescente. Ela que se achava tão adulta, percebeu que ela tinha muito a aprender e que Zoe sabia disso e por isso quis ensina-la.

Vou parar por aqui, para não correr o risco de um spoiler indesejado ou algo que estrague sua experiência com esse livro. A narrativa foi feita de forma gostosa para leitura, com o grau certo de informação sobre as doenças em questão, mas focando nos pontos positivos das amigas, deixando a leitura leve.


A edição está linda em folhas amarelas, diagramação e fonte ótimas para leitura e sem erros de digitação ou ortografia. As divisões feitas para cada coisa intangível deixou a leitura ainda mais prazerosa e, de certo modo, aumentou a expectativa para o capítulo a seguir.


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

O Museu das Coisas Intangíveis
Ano: 2018
Páginas: 256
Editora: Novo Conceito
Sinopse:
Noah, o irmãozinho de oito anos de Zoe, tem uma síndrome rara. Ele aprendeu a ler quando tinha dois anos.
Entende a teoria da relatividade de Einstein e já leu todos os livros do Stephen Hawking. É obcecado pelo cosmo e fala constantemente sobre isso, sem nem mesmo perceber se você está escutando ou não.
Apesar disso tudo, não consegue processar qualquer coisa irracional ou intangível. Emoções são um mistério para ele. Sonhar ou imaginar é algo totalmente estranho.
Zoe, para ajudá-lo, criou para ele, o Museu das Coisas Intangíveis, com instalações conceituais artísticas complexas, improvisadas no porão de sua casa.
Medo, inveja, coragem, despreocupação, verdade, perdão, vergonha: e tantos sentimentos que ela tenta ilustrar e definir para ele todos os dias.
Zoe acredita que Hannah,  sua melhor amiga, não tem controle sobre as coisas intangíveis da vida.
Um dia, Zoe convence Hannah pegar a estrada juntas, e assim como fez com seu irmão, ela começa a expor sua amiga a situações que procuram mostrar o significado e o valor de todas essas coisas, fazendo com que ambas percebam o que realmente querem da vida.


O Grupo Editorial Novo Conceito oferece sempre os best-sellers mais aguardados e comentados do meio literário. Em anos de sucesso editorial, foram vários os autores e títulos reconhecidos na principais listas do PublishNews e Veja. O selo Novo Conceito foi desenvolvido para reunir essas grandes publicações, além das novidades e lançamentos internacionais que ainda virão.

13 abril, 2019

Resenha :: Anne e a Casa dos Sonhos (Anne de Green Gables #5)

abril 13, 2019 5 Comentários

  Pode conter spoiler dos livros anteriores.

Confira as resenhas dos primeiros livros da série!


Oi, faroleiros. Esta resenha é sobre o livro Anne e a Casa dos Sonhos, o quinto da série e uma das leituras mais aguardadas pela minha pessoa depois do terceiro. Nunca quis tanto ler sobre o finalmente de um casal como o da Anne e do Gilbert, e é o finalmente mesmo, pois este livro começa narrando o casamento dos dois e creio que o maior sonho da Anne se tornando realidade, ter o seu próprio lar, a sua casa dos sonhos e formar sua família. Não que ela não considerasse Green Gables como sua casa, mas é realmente um sentimento diferente.


— Nunca gostei muito dos diamantes, ainda mais depois que descobri que não eram da cor de violeta que eu imaginava. Um anel de diamantes sempre iria me fazer recordar desse velho desapontamento.
— Mas o antigo adágio diz que as pérolas trazem lágrimas – Gilbert havia objetivado.
— Não tenho medo disso. E as lágrimas podem ser tanto de alegria como de tristeza. Os momentos mais felizes da minha vida têm sido com lágrimas nos olhos (...) Então, dê-me um anel de noivado com pérolas, Gilbert, e estarei disposta a aceitar as tristezas da vida, bem como as alegrias.

Ao invés de falar da história, o que poderia vir a estragar as surpresas da leitura, vou escrever minha opinião. Está sendo fantástico ler esta série, que é histórica para nós, mas totalmente contemporânea para a época em que foi escrita. Ver a mudança da moda, o desenvolvimento da tecnologia, a religião, política e economia canadense, descritas de maneira cotidiana no desenvolver da vida dos personagens, bem como o próprio crescimento dos personagens foi maravilhoso.

Temos logo no início um lembrete das pessoas que passaram pela vida da Anne, e o aparecimento de novos personagens que não são secundários, são fundamentais para o brilhantismo de toda a escrita da autora e enredo da história. No decorrer da leitura, vamos vendo o dia-a-dia dos dois, justamente através dos diálogos entre os novos amigos da Anne e até a visita de seus familiares, do que propriamente entre eles. Porém os diálogos dos dois são momentos bem especiais.

— (...) Oh, veja Gilbert, lá está o nosso lar! Estou contente por temos deixado a luz acesa. Detesto voltar para uma casa escura. A luz de nossa casa, Gilbert! Não é adorável?
— Apenas uma das muitas milhares de casas na terra, minha Anne, mas a nossa, o nosso farol brilha num mundo perverso. Quando um homem tem um lar e uma querida esposa ruivinha, o que mais pode pedir da vida?
— Bem, ele poderia pedir uma única coisa a mais — sussurrou Anne, contente.

A Marilla ensinou a Anne a viver com humildade e simplicidade, ela nunca se vangloria em nada do que faz ou fez, sempre tira por menos em relação aos outros. Não vejo isso como se ela se menosprezasse, penso que para a época e devido a tudo o que ela viveu, ela tomasse isso como um meio de viver para estar sempre feliz e satisfeita, pois expectativas, quando não alcançadas, geram grandes decepções, enquanto que quando não esperado, algo de muito bom acontece, a satisfação é imensa.


Já li várias resenhas sobre este livro depois da minha leitura, e percebi que as pessoas ficaram muito chateadas com determinado ponto da história e eu penso totalmente diferente; não vejo que a autora regrediu a personalidade da Anne quando a mesma declara não ter talento para escrever um livro de memórias, ela simplesmente destacou que apesar de escrever fantasias infantis, não a qualificava como escritora para todos os tipos de assunto. Ela até poderia escrever se quisesse, mas este não é e nunca foi o foco na vida da Anne, além de que é um ponto importante que a autora deixou para outro personagem na história.

Não podemos ler um livro escrito no início do século vinte com o pensamento da vida que levamos no século vinte e um. Apesar de todas as conquistas estudantis e profissionais que a Anne teve, ela abriu mão de tudo para ser dona de casa, casada com um homem pobre, no início de carreira. O seu sonho era ser além de amiga, era ser esposa e mãe, e é o que ela busca na nova fase da sua vida. Hoje em dia, muitas mulheres considerariam isso um crime, falta de feminismo ou identidade própria. Cada pessoa é feliz vivendo da maneira que quer, contanto que esteja realizando seus sonhos.


Esta série é uma leitura profunda com várias reflexões para nossa vida, mesmo nos dias atuais serem tão diferentes da época descrita. Algumas coisas, como a busca dos seus sonhos e o tratamento para com o próximo devem ser imutáveis, mesmo com o passar dos anos. Eu dou nota máxima, 5/5, para este livro como também um coração, pois ele se tornou um dos meus favoritos.

Boa leitura,

Carol Finco


Nota ::  



Informações Técnicas do livro

Anne e a Casa dos Sonhos
Anne de Green Gables #5
Ano: 2019
Páginas: 240
Editora: Pedrazul
Sinopse:
O amor verdadeiro de Anne e Gilbert chega ao apogeu com os raios do sol iluminando o velho jardim de Green Gables. Ao lado dos seus amigos mais queridos, eles estão prestes a proferir os votos de casamento. Logo o casal, imerso em felicidade, está a caminho de uma nova vida, no que Anne chama de sua “casa dos sonhos”, na costa nebulosa do porto de Four Winds.


Editora Pedrazul atualmente é a editora que mais se dedica à tradução e à publicação de obras mundialmente consagradas, algumas ainda desconhecidas no mercado editorial brasileiro, como os autores que influenciaram o estilo da mais famosa escritora inglesa de todos os tempos, Jane Austen. Também atua no segmento romance histórico e de época escritos por autores contemporâneos.

11 abril, 2019

Resenha :: Fragmentos (Trilogia Marcas da Guerra #1)

abril 11, 2019 0 Comentários

“E a batalha apenas começou
Há muitos que perderam, mas diz-me: Quem ganhou?
As trincheiras cavadas em nossos corações
E mães, filhos, irmãos, irmãs dilacerados”
(Sunday Bloody Sunday – U2)

Se existe uma coisa sem sentido nesse mundo é a guerra. Eliot, Richard e Connor fizeram treinamento militar juntos. Richard e Connor cresceram juntos no orfanato e um sempre cuidou do outro. A tropa deles é atacada durante uma missão em terras inimigas, mas os três conseguem se esconder em um abrigo subterrâneo. Infelizmente, eles são capturados pelos inimigos e apenas Connor consegue ser resgatado com vida do cativeiro onde foi feito refém por dois anos.

Não, eu não estou [livre]. O meu corpo está livre, mas a minha alma, essa será eternamente presa ao medo, à dor e ao sofrimento.

Connor não tem para onde ir, nem família esperando por ele, por isso decide ir para a pequena cidade de Solvim na esperança de conhecer Ella, irmã de Elliot. Ele sempre a descrevia como uma menina doce, com um coração imenso e um sorriso capaz de iluminar qualquer escuridão.

Desde então, ele nutre um carinho imenso por ela. Esse afeto só aumenta quando eles se conhecem pessoalmente, mas ele sabe que nenhuma mulher em sã consciência iria querer ficar com ele. Além das horríveis cicatrizes físicas, ele também carrega cicatrizes na alma.

Às vezes eu gostaria que existissem cirurgiões para a alma assim como existe para o corpo.

Fragmentos poderia ser apenas mais um romance se a autora não trabalhasse o trauma de guerra tão bem. O transtorno de estresse pós-traumático — TEPT — pode causar flashbacks de combate, paranoia constante e a incapacidade de viver em sociedade. Muitos ex-combatentes, se não procuram ajuda, podem cometer até suicídio.


Os momentos em que Connor não sabe se está acordado ou tendo um pesadelo são tão bem escritos pela autora Carol Cappia que nos sentimos tão perdidos como ele. A narrativa é em primeira pessoa, alternando entre os pontos de vista de Connor e de Ella.

O exército transforma homens em máquinas de matar, mas não os ensina a continuar a viver quando voltam para casa. Será que Ella será capaz de iluminar a escuridão dele? Será que ela tem toda essa luz?

Não há heróis em uma guerra, que não há honra em matar pessoas. Independentemente do motivo.

Com amor, André


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

     
Fragmentos
Trilogia Marcas da Guerra #1
Ano: 2018
Páginas: 272
Editora: Cappia
Sinopse:
“Como não deixar que o ódio tome conta de você, se é tudo o que conheceu a sua vida toda?”
Desde que nasceu, Connor viu apenas o lado ruim das pessoas. Na sua cabeça, sua existência foi ao contrário, ele começou pagando por seus pecados antes mesmo de cometê-los, ele foi condenado ao inferno antes mesmo do julgamento final. 
Quantas vezes sua alma pode se perder até que seja resgatada? 
Com quanto da escuridão você pode se envolver antes de se tornar parte dela?

09 abril, 2019

Resenha :: Uma Lição de Amor

abril 09, 2019 0 Comentários

O que é o amor? Um sentimento? Emoção? Uma coisa que nos faz perder metade do cérebro? É possível confundir amor com outra coisa? Paixão? Admiração? Gratidão? Amizade? Respeito? Afeição? Ou será que o amor é uma mistura de tudo isso e muito mais, formando uma coisa única? Eu sei que essas perguntas podem parecer meio sem noção ou, para algumas pessoas, sem quase nada de importância (principalmente para quem fala “eu te amo” mais do que fala “bom dia”), mas sabe, no fim das contas, todos nós precisamos de Uma Lição de Amor.


Vovó dizia que Deus havia plantado uma semente no meu coração e que quando ela germinasse eu seria capaz de fazer algo grandioso.

O livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista Ana. Ela é órfã e depois de perder também a avó se muda do interior para o Rio de Janeiro para estudar Serviço Social. Enfrentando as dificuldades e medos da mudança de ares, ela conhece e recebe a ajuda de Otávio, que é praticamente um anjo na vida dela, e graças a sua amizade com ele, conhece também o seu irmão gêmeo, Eduardo.

Os dois não poderiam ser mais diferentes em suas personalidades. O Otávio estuda e se forma em Direito, assumindo a responsabilidade de fazer parte dos negócios da família; é mais responsável, pé no chão, é um pilar, uma rocha, é o cara que sempre está lá quando você precisa. O Eduardo, diferente do irmão, estuda e se forma em Medicina, depois de formado entra para o Médicos Sem Fronteiras e, se pensarmos já por esse lado, podemos perceber que ele é mais destemido, ousado, um espírito livre, mas também é um pouco imaturo e inconsequente. Se os dois fizessem parte do mundo distópico de Divergente, em suas facções, o Otávio seria da Abnegação e o Eduardo da Audácia.

Os dois, dentro de suas diferenças, desenvolvem uma sincera amizade com a Ana, mesmo com as diferenças de classes sociais. Mas uma coisa eles têm em comum: ambos são apaixonados pela Ana.


O Eduardo, graças ao MSF (Médicos Sem Fronteiras), passa um ano afastado da Ana, e quando volta está mais maduro e seguro pelo que sente pela sua Andorinha (apelido que ele deu para a Ana), que também começa a sentir mais do que amizade por ele. Mas nada é fácil para esses dois, e nem para o Otávio. E várias reviravoltas levam os três a caminhos não imaginados que podem afetar a vida deles para sempre.

Às vezes, a vida é injusta, não? Tanta gente boa morre enquanto assassinos, ladrões e estupradores estão vivos.

Uma Lição de Amor é dividido em três partes: a contagem regressiva para a doença; o período que abrange a doença e tratamento; e tempos depois, nos dias atuais. E desde o prólogo a gente já sabe que alguém vai ficar doente, só não sabe que doença é e como a pessoa doente vai terminar, então desde o início já dá para prever certo sofrimento, mas, pelo menos eu, não consegui imaginar que seria tanto.


Nenhuma mulher deveria agradecer a um homem por ser íntegro. Respeito é uma regra, Ana, e não uma exceção.

Eu gostei muito da escrita da Elysanna Louzada, ela é do tipo de autora que sabe mexer com as nossas emoções, sem deixar de nos ensinar algo durante a leitura, mas, algumas vezes, eu a achei muito sem coração, até comentei com a Elis (@efinco) que ela parece uma aprendiz de Nicholas Sparks, porque ohh autora que me fez sofrer (Elysanna, cadê seu coração, mulher? ). São tantas reviravoltas, que quando você para de chorar por alguma coisa, já acontece outra e você chora de novo, e de novo, de novo... É praticamente um looping feito de lágrimas. É sério!  Uma Lição de Amor foi o livro que mais me fez chorar em 2018, e olha que eu li muito ano passado e sou chorona por natureza. Então imagine o quanto de lágrimas saiu de mim! O livro físico deveria vir com uma caixinha de lenços de brinde, talvez até duas caixinhas (ou dez ).

Não se deve chorar quando se tem boas recordações, Andorinha. Guarde o choro para quando quiser lavar a alma.

Mas voltando... Eu achei a história bem construída, bem humana. Apesar de abordar diversos temas, não é um livro longo, e como ele flui bem dá para ler rapidinho, mas se você for meio sensível, eu indicaria que lesse aos poucos, dando pausas, para não sofrer e chorar tudo de uma vez.

Os personagens não são um poço de perfeição, eles têm inúmeras qualidades, porém também possuem defeitos, dúvidas, mas evoluem durante o livro. O Eduardo é um personagem que te faz suspirar, mas que também te faz querer estrangular ele. O Otávio é o meu personagem favorito, muitas vezes eu o achei um pouco inseguro (o que é compreensível), mas mesmo assim ele ganhou um quartinho só para ele no meu coração.

A Ana é uma protagonista bem fácil de identificar, gostei muito da maneira como a fé é importante na vida dela, e as dúvidas dela pareciam ser as minhas dúvidas, principalmente na parte do romance, com a espécie de triângulo amoroso que encontramos no livro. Até determinada parte do livro eu ficava meio em dúvida de qual irmão eu gostaria mais que ficasse com a Ana. Um traz um amor mais sem explicação, que só nasceu da amizade, do tipo “quando eu vi, já era amor”, um amor que é como fogo que já chega com tudo; e o outro traz aquele amor construído, conquistado aos poucos, da base ao topo, com cada atitude generosa, sem cobrança, um amor que conforta, que parece uma brisa suave, um mar de águas calmas. E no meio dessas dúvidas sobre o que sente, a Ana se pergunta se sabe o que é amor, e nós acabamos nos questionando sobre isso também.

Um me transmitia segurança, fé e esperança. Enquanto o outro trazia o calor e a alegria de volta ao meu peito. Com Otávio eu me sentia confiante e guerreira. Com Eduardo sentia-me viva.

Uma coisa que eu gostei muito nesse livro foi de como a autora abordou o Médicos Sem Fronteiras, falando um pouco sobre o sofrimento e descaso encontrado, que muitas vezes não é divulgado; ela abordou esse tema tão bem que em muitas partes chega até a dar um aperto no coração, mas também mostrou que tem pessoas que se importam, que fazem o que podem para ajudar o próximo, apesar das dificuldades.

Pouca gente quer encarar o lado negro do mundo.


Preciso confessar que eu enrolei meses para conseguir resenhar esse livro (até preciso pedir desculpas por isso ), não me entendam mal, não foi por não ter gostado dele, nem nada disso, mas pelo tanto de coisas que ele despertou em mim, o tanto que me fez chorar, por me desmontar e montar em inúmeras vezes. Quem leu sabe que é um livro que te faz chorar (muito), mas nem todo mundo que leu vai se colocar no lugar dos personagens, por ter algumas coisas que acontecem na história acontecendo na sua família, e assim, acabar chorando mais ainda, porque fica um pouquinho complicado separar ficção de realidade. Pode parecer meio confuso, ou sei lá o que, mas, nos primeiros meses depois que li, toda vez que eu pensava em algumas coisas que acontecem no livro, eu tinha vontade de chorar e aí não conseguia escrever nada sobre ele a não ser "é um livro que te faz chorar". E isso não valeria como resenha, né?

Sonhei que o amor era simples, a vida era doce e que o vento me levava para lugares maravilhosos, onde não havia dor.

Uma Lição de Amor é um livro que fala sobre perdas, superação, perdão... Mas, principalmente, é um livro sobre amor, em toda a sua complexidade e em todas as suas formas: amor à Deus; amor ao próximo; amor de amigo; amor de família, de filho, de irmão, de mãe, de pai, amor de homem, amor de mulher; amor a si próprio; amor que acalenta; amor que te transborda, amor que traz sofrimento, mas também alegria; amor que pode aparecer do nada, mas que pode ser a base de tudo.


Enfim, se eu indico a leitura desse livro? É claro que sim! Mas, só para avisar, a leitura deve ser feita com uma caixinha de lenços do lado. Até! 


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Uma Lição de Amor
Ano: 2014
Páginas: 246
Sinopse:
Depois da morte da sua avó, Ana Luísa foi para o Rio de Janeiro cursar Serviço Social, mas não imaginou que seria tão difícil adaptar-se à cidade. Quando Otávio, veterano do curso de Direito, apareceu disposto a ajudá-la, ela o viu como um porto seguro. Ele a apresentou à capital fluminense e também ao seu irmão gêmeo, Eduardo. À medida que Ana adapta-se ao Rio, a relação entre os três consolida-se em uma amizade sincera. Mas Eduardo forma-se em Medicina e entra para o Médicos Sem Fronteiras. Depois de quase um ano fora do Brasil, ele retorna amadurecido e disposto a conquistar Ana dando início a um triângulo amoroso que poderá destruir a relação com seu irmão.

Você já se perguntou o que é o amor? Pois é justamente isso que Ana Luísa se pergunta ao pensar nas reviravoltas que o destino reservou para sua vida. Disposta a viver seu grande amor, ela vai descobrir que nem sempre as coisas acontecem de acordo com o que planejamos.
Dramático, instigante e emocionante, Uma Lição de Amor vai colocá-lo diante do inesperado e do improvável apresentando a vida de uma maneira que, talvez, você nunca tenha notado. 


_____Sobre a Autora_____


Elysanna Louzada


Entreter e educar são os dois principais eixos condutores da carreira literária de Elysanna Louzada. Autora capixaba infanto-juvenil de obras adotadas em escolas e bibliotecas públicas e privadas, já esteve na lista dos 10 mais vendidos da revista Veja (categoria Ebooks) com os romances Uma lição de amor e Herdeiros do Trono, Drama e Fantasia, respectivamente, voltados ao público Jovem/Adulto.
Professora do Ensino Fundamental e Médio por 10 anos, formada em Letras-Inglês-Literatura, Elysanna Louzada iniciou sua carreira como escritora em 2011. Suas obras podem ser encontradas em diversas plataformas, como Amazon e Wattpad, e em lojas físicas.
Em julho de 2014 Elysanna Louzada foi homenageada na Assembleia Legislativa do Espírito Santo com a Comenda Rubem Braga. Busca parceiros em todo o país para promover o projeto social Biblioteca escolar. 
Além da escrita, Elysanna Louzada dedica-se a realizar palestras gratuitas em escolas públicas e privadas para motivar crianças e adolescentes a lerem e escreverem. Seus livros e carreira já foram cobertos por diversos veículos de imprensa nacional.