02 julho, 2019

Resenha :: Compaixão

julho 02, 2019 7 Comentários

Olá, leitor e leitora do Clube. Hoje venho falar de um livro que nos remete a uma frase muito usada no meio literário; que é a leitura que nos faz “sair da zona de conforto” dos livros que habitualmente lemos, porém asseguro que esse convite se faz ainda maior nessa obra.


Compaixão, apesar do que alguns podem erroneamente pensar, não é um livro de autoajuda, e sim um texto que nos faz pensar, refletir e literalmente “sair da zona de conforto”, tanto literária, quando de nossa rotina de vida, tanto emocional quanto diária. Um texto instigante e, de certa forma, duro para com nossos paradigmas, e que de forma hábil me levou a repensar, perguntar, criticar até que novos conceitos fossem formados, e um novo modo de ver e viver em sociedade enquanto indivíduo ou integrante de um grupo fosse criado, substituindo o anterior.

Vamos nos acostumando aos clichês da ilusão do mundo perfeito, e nos tornando prisioneiros da imperfeição, aprisionados pela falsa sensação da zona de conforto.


Eu fiquei impressionada com a fluidez do texto, que fez com que eu me sentisse em um auditório intimista, durante uma palestra interativa e, mesmo com a seriedade dos temas propostos e abordados, leve e divertida. Ora, quem nunca se viu em uma situação como a do autor, ao ser visto dirigindo um carro velho, não tem como não deixar de sorrir diante o absurdo dela.

Só um coração livre é capaz de sentir alegria e deflagrar um processo natural de coisas boas, daquelas que silenciam a alma e fazem da consciência um deleite existencial.


De forma simples, conceitos antropológicos são levantados a partir do ponto de partida da compaixão, com ilustrações de vivências que mostram de maneira clara e pedagógica os conceitos anteriormente colocados pelo autor. Outra coisa que muito me impressionou, e de forma positiva devo salientar, foi o fato de que questões como atitudes que em um primeiro momento são “cheias de compaixão” e, quando colocadas à luz da realidade, se mostram tão “fakes” quanto as correntes que circulam em aplicativos de conversas. E outras tão simples, como servir, são na realidade o cerne da compaixão.

“Servir é a compaixão em ato, em plena ação. É o que nos dá a sensação de plenitude humana.” “E Servir não tem status, cargo, poder ou qualquer outra condição de mérito”.

Alguns pontos me tocaram de maneira profunda, como o fato da compaixão não carecer de uma situação de vulnerabilidade para que a mesma seja praticada. Apesar de que eu penso que, mesmo não estando vulnerável socialmente, o conceito colocado possa ser aplicado quando a falta da compaixão acarreta a falta de empatia e doenças sociais, como preconceito para com o diferente, a minoria, “o outro”. De que, a compaixão enquanto assistencialismo não basta, mesmo sendo necessária. Que o principal é “não dar apenas o peixe, e sim ensinar a pescar”.


E sobre esse prisma, somos convidados a observar o tempo presente enquanto esse está acontecendo e se tornando passado, e moldando o que virá ser nosso futuro. Porém esse exercício mostra com uma clareza dura o que é o tempo das redes sociais, das conversas cada vez mais via tecnologia e o afastamento das pessoas na vida real. Que para mim, nesse ponto temos o maior incômodo desse exercício. Que nos obriga a olhar mais de perto o que tendemos a não nos dar conta, ou “esquecemos” enquanto sociedade, porque simplesmente não queremos ver. Por serem visões distintas quanto ao tempo e ao social.

Compadecer-se não significa ser piedoso, mas reconhecer que o ajudado é alguém que merece justiça. (...) acabamos tratando os de fora com certa invisibilidade, até para atenuar o nosso despreparo em aceitar o que nos é diferente.

A abordagem do discurso vazio de verdade, onde a retórica não condiz com as atitudes, e até total falta delas, é direto e cercado de fatos que sustentam a abordagem de forma precisa e concisa. Que mostra que ao fazermos escolhas, além de uma renúncia, gera no ato uma responsabilidade. E com isso um convite desafiador a tornar a compaixão um ato de cidadania, de respeito à existência do outro enquanto pessoa dotada de direitos e deveres iguais ao do que pratica a compaixão, assim nos levando a outros conceitos que devemos não somente entender, mas colocar em prática no nosso modo de agir e viver. E assim, somos levados de volta ao primeiro capítulo, onde somos confrontados com o fato de que a morte é que coloca a vida em perspectiva, a inevitabilidade do fim que refresca nossa memória para ausência da imortalidade. Seja essa morte física ou social enquanto moral e costumes.


Esse livro não é em momento nenhum um "guia em alguns passos" para ser alguém que viva a compaixão em plenitude. Mas sim, um convite aberto a olhar, indagar e sim discordar da abordagem do autor de como o conceito está distorcido e a vivência fora do contexto. Um desconforto altamente recomendável a todos que sabem que "pensar é existir". E que viver é mais que existir, é agir!

Fica a super dica, inclusive como presente para o dia dos pais. Uma edição impecável,  uma capa lindíssima, diagramação fantástica em papel pólen, um texto maravilhoso e sem erros de digitação ou ortografia. 


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

Compaixão
Fernando Moraes
Ano: 2019
Páginas: 120
Editora: Novo Conceito
Sinopse:
Nesta obra, Fernando Moraes nos faz pensar a compaixão dentro de um conceito totalizante, que navega pelo nosso cotidiano e não somente dentro dos contextos que a exigem. Com uma abordagem simples dentro de uma perspectiva social, ele trata com cuidado a compaixão, transitando pela cidadania, pela convivência social e pela vivência das pessoas, e, fundamentalmente, mostrando como ela nos absorve, sem muitas vezes termos consciência disso. Muito se fala nas rodas das ciências humanas sobre resiliência, alteridade, empatia, altruísmo, sentimento de compaixão, pertença, solidariedade e tantos outros conceitos, e em como buscamos reconhecer o outro, aquele diferente de nós, aquele que muitas vezes é o nosso inferno, mas que também nos faz inferno de alguém.
Para Fernando Moraes a compaixão é a consciência permanente de que existe o outro. E solidariedade é o efeito natural de identificar o outro por essa consciência e dar vida a essa relação. Sendo assim, uma não existe sem a outra. Entretanto, mesmo tendo essa condição indissociável, costumeiramente tentamos estabelecer interlúdios.
Segundo o autor, quando adotamos a compaixão como exercício cotidiano, estamos na verdade dizendo aos outros: “Eu vejo vocês”.
Compaixão como convite à existência é o grande desafio aqui proposto.


O Grupo Editorial Novo Conceito oferece sempre os best-sellers mais aguardados e comentados do meio literário. Em anos de sucesso editorial, foram vários os autores e títulos reconhecidos na principais listas do PublishNews e Veja. O selo Novo Conceito foi desenvolvido para reunir essas grandes publicações, além das novidades e lançamentos internacionais que ainda virão.

28 junho, 2019

Resenha :: Você Tem a Vida Inteira

junho 28, 2019 0 Comentários

Você Tem a Vida Inteira foi muito bem recebido pelos booktubers, principalmente por Vitor Martins, autor dos excelentes Quinze Dias e Um Milhão de Finais Felizes.

O livro segue a vida de Ian, Victor e Henrique. Ian Gonçalves faz um teste rápido de HIV e descobre que está infectado. Ele não sabe quem pode tê-lo infectado. Está em dúvida entre dois rapazes com quem não tem mais contato. Apesar de saber que o tratamento de HIV evoluiu muito ao longo dos anos, não é fácil receber a notícia.

A gente nunca acha que vai dar tudo errado até que tudo dá errado, não é? 

Victor Mendonça também está no centro de testagem esperando o resultado. Ele está preocupado porque somente ficou sabendo que Henrique é portador do vírus depois deles terem feito amor. Apesar de terem usado camisinha, Victor está com medo de ter sido infectado. A resposta foi negativa, mas Victor está muito decepcionado com seu companheiro. Acredita que Henrique tinha que ter contado sobre ser soro positivo antes.

Os dois se conhecem no ponto de ônibus e Victor percebe o quanto Ian precisa conversar com alguém. Ele passa o contato de Henrique, achando que seu parceiro pode ajudar Ian a sobreviver ao tratamento.

Você sabe que não é uma sentença de morte, não? Pesquisei um pouco antes de ir fazer o teste, e vi relatos de um monte de gente que vive com o HIV e tem uma vida normal. Vai ficar tudo bem.


Os jovens gays do final dos anos 80 cresceram com medo de uma nova doença que afetava a imunidade dos homossexuais, por isso ficou conhecida como “câncer gay” durante um tempo. Nos anos seguintes, a doença também atingiu homens heterossexuais e mulheres que haviam passado por cirurgias e por transfusões de sangue. Foi quando a doença ganhou o nome de AIDS (sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).

A falta de informação fez com que o preconceito contra os homossexuais aumentasse ainda mais. Eles eram vistos como sujos, promíscuos e pecadores. Se já era difícil sair do armário antes, a AIDS foi como um cadeado na porta desse armário.

O tratamento contra o vírus HIV evoluiu muito durante esses anos, mas o medo e o preconceito contra essas três letras continuam existindo. Por isso um livro como este é tão importante.


O autor Lucas Rocha retrata de forma delicada o abalo de descobrir ser portador do vírus HIV e de como é viver com ele. Viver com HIV é viver com medo. Medo do que os amigos e familiares vão pensar. Medo do preconceito. Medo da política mudar e os remédios pararem de ser distribuídos. Medo de como será o resto de sua vida. Será que o vírus é um impedimento para o amor?

A edição da Galera Record tem páginas amarelas, orelhas, uma ótima diagramação e uma capa bem colorida que achei linda. O livro é menor do que o padrão. Tem 20,8 x 13,4 cm de tamanho, mas não atrapalha em nada a leitura.

Acompanhar a jornada de Ian, Victor e Henrique foi muito instrutivo e emocionante. Me apaixonei pelos personagens, principalmente pelo Eric, amigo de Henrique que divide o apartamento com ele. Ninguém é mocinho ou bandido, eles apenas querem viver como se tivessem a vida inteira pela frente.

Com amor, André


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Você Tem a Vida Inteira
Ano: 2018
Páginas: 288
Editora: Galera Record
Sinopse:
Um livro sensível sobre o amor após um diagnostico de HIV. O livro de estreia de Lucas Rocha é sensível e honesto sobre um assunto que ainda é um grande tabu 

As vidas de Ian, Victor e Henrique são entrecortadas pelo diagnóstico do HIV. Victor fica inseguro ao descobrir que Henrique, com quem está começando uma relação, é soropositivo e resolve fazer um teste, mesmo que os dois só tenham transado com camisinha. Logo depois de um resultado negativo, ele conhece Ian, um universitário como ele que acabou de receber uma notícia que pode mudar sua vida. No impulso de ajudar o garoto, Henrique entrelaça os destinos dos três.
Lucas Rocha narra, a partir das três perspectivas, os medos, as esperanças e o preconceito sofrido por quem vive com HIV, mas, principalmente, conta uma história que não é sobre culpa ou sobre estar doente, e sim sobre como podemos formar nossas próprias famílias e sobre nunca esquecer que ainda temos a vida inteira. 

26 junho, 2019

Resenha :: Apenas Um Dia

junho 26, 2019 0 Comentários

Mas, e se Shakespeare, e Hamlet, estivessem fazendo a pergunta errada? E se a verdadeira pergunta não se referir a ser, mas a como ser? Uma história de amor que tem Shakespeare nela ou é um completo sucesso ou retumbante fracasso. Depois das histórias dele nada de novo se foi escrito, sem ter bebido da fonte de suas obras. Mas o tom da história não é reescrever Shakespeare, é ter o amor pela obra encenada e estudada dele como pano de fundo para a trama que envolve perdas, descobertas e a certeza que o acaso pode ser um aliado do amor. 

— Este sou eu, querida. Todos os meus eus. Sou cada um deles. Sei quem estou fingindo ser e quem eu sou. — O olhar que me lança é seco.
— Você sabe?

Uma viagem em comemoração ao fim do ensino médio; uma turnê estudantil pelo velho mundo. E uma adolescente que vive sempre pelas regras e dentro das expectativas dos pais. No início achei a trama meio arrastada e com medo de ficar dentro de uma chatice, mas não durou (ainda bem), foi só mesmo aquele início, aquele primeiro capítulo, para explicar os conflitos com que a personagem principal tem que lidar. E como aceitar aquele convite é um passo tão grande dentro da vida dela. Eu me vi relembrando um pouco de mim com 18 anos, as escolhas que fiz e onde elas me trouxeram e logo me vi dentro da história junto a “Lulu/Allyson”. 

— Verdes árvores contra o céu chuvoso da primavera, que deixa escuro o caminho das árvores enquanto se afasta. A brisa passa, salpicando a terra de flores vermelhas, e a terra se colore de vermelho depois do beijo. 

O quanto é preciso viver para saber quando o amor é verdadeiro? Basta o primeiro olhar, o primeiro beijo ou é feito de horas e dias que confirmam o amor. O livro fala de que o amor é uma questão de ser vivido, e mesmo que a certeza venha com o tempo, é o primeiro momento que fará de todo o resto possível. 

— Você esqueceu? O tempo não existe mais. Você o deu para mim.
— Eu dei o tempo a você — repito.

Vinte e quatro horas vividas de uma maneira intensa e com decisões que são entre o que você sempre foi e todo um novo mundo, uma nova forma de viver. Podem repercutir na vida de alguém para sempre. Eu pensei muito sobre o efeito borboleta nesse ponto do livro, porém ao invés de ser um reflexo no Japão ser dentro de nós mesmos. Estar com “Lulu/Allyson” naquele passeio por uma Paris nada clichê (preciso avisar) é passar por momentos doces daquela descoberta, tanto da Allyson enquanto ela mesma, de pequenas e grandes coisas sobre tudo, quanto do Willem.

O Willen é um doce mistério, que é uma daquelas pessoas que trazem luz as pessoas a sua volta. Que além de lindo, sem ser óbvio, também é cheio de mistérios e encantador. As promessas dele se resumem ao momento e isso pode deixar o coração de qualquer mulher a um passo do precipício das emoções. Ele dá a Allyson o melhor dos dias. Mas mesmo o melhor dos dias já vivido tem seu fim. E nem sempre o dia seguinte é continuação do anterior. Lidar com as consequências do dia seguinte dão um tom de suspense e expectativa que te prende até o final do livro. 

— Diga “um dia” e se esqueça do “para sempre”. 

Eu curti demais essa história, por todas as nuances dela. Pelos personagens secundários, que ajudam a personagem a perceber o quanto pode ser difícil conhecer alguém e como esse conhecer requer interesse, dedicação. Como uma amizade é fruto de um coração generoso. Como os pais podem marcar a história dos filhos enquanto tentam viver suas vidas através da de outras pessoas. 

Que o amor pode ser fruto do acaso, mas a duração desse amor vai depender das escolhas, das entregas e do querer. Sim, querer lutar para as pequenas e grandes coisas que a vida coloca em nosso caminho não façam um abismo entre o amor e a vida real.  E a história fica leve quando te faz pensar em algumas coisas bobas, mas mesmo assim... Afinal:

Você acredita em acasos do universo? Nutella é chocolate? 

Apaixonar-se é a mesma coisa que estar apaixonado? 


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Apenas Um Dia
Apenas Um Dia #1
Ano: 2014
Páginas: 384
Editora: Novo Conceito
Sinopse:
A vida de Allyson Healey é exatamente igual a sua mala de viagem: organizada, planejada, sistematizada. Então, no último dia do seu curso de extensão na Europa, depois de três semanas de dedicação integral, ela conhece Willem. De espírito livre, o ator sem destino certo é tudo o que Allyson não é. Willem a convida para adiar seus próximos compromissos e ir com ele para Paris. E Allyson aceita. Essa decisão inesperada a impulsiona para um dia de riscos, de romance, de liberdade, de intimidade: 24 horas que irão transformar a sua vida.
Apenas um Dia fala de amor, mágoa, viagem, identidade e sobre os acidentes provocados pelo destino, mostrando que, às vezes, para nos encontrarmos, precisamos nos perder primeiro... Muito do que procuramos está bem mais perto do que pensamos.


O Grupo Editorial Novo Conceito oferece sempre os best-sellers mais aguardados e comentados do meio literário. Em anos de sucesso editorial, foram vários os autores e títulos reconhecidos na principais listas do PublishNews e Veja. O selo Novo Conceito foi desenvolvido para reunir essas grandes publicações, além das novidades e lançamentos internacionais que ainda virão.

24 junho, 2019

Resenha :: O Preço da Fama

junho 24, 2019 0 Comentários

Olá, faroleiros.

Trouxe hoje a resenha de O Preço da Fama, da escritora Mari Monni. Já adianto aos amantes de histórias fofas que vocês estão diante de uma delas e que irão se apaixonar por ela, assim como eu.


Conhecemos, logo no início da leitura, Julie Storm. A cantora Pop de sucesso internacional está prestes a tomar uma decisão radical que vai mudar sua vida: ela resolve dar um tempo na sua carreira e aproveitar a vida normal de uma garota simples.

Aplausos, gritos, choros. É difícil eu chegar sendo apenas recebida com um simples “Oi, tudo bem?”. Sempre quando eu apareço em algum lugar, as reações são extremas. Não importa a situação, a Fama berra meu nome. Ela, tão onipotente na minha vida. Ela, que me toma por completo quando me enxerga. Ela, que dá na mesma proporção que toma.

Keith Blackwood, BK é o irmão mais velho de Aria. Ele está no último ano da UW e é jogador de hóquei. Seu maior sonho é jogar profissionalmente e para isso conta com uma ótima temporada, mesmo com os problemas com a equipe de treinamento. Ele é um rapaz sério, compenetrado e um sucesso entre as mulheres.

Só que a notícia de Julie Storm não mexe só com a sua vida. Aria, uma grande fã da cantora está em casa com seu irmão Keith e acompanha o anúncio ao vivo da interrupção da sua carreira. Keith tenta consolar a irmã caçula, pois sabe o quanto ela venera Julie Storm. Até ele confessa curtir a cantora famosa.

Aria é muito fã da Julie Storm. Na verdade, é difícil conhecer alguma garota entre doze e vinte anos que não seja muito fã da cantora. O pior é que ela é o tipo de pessoa que todo mundo gosta. Mulheres querem ser iguais a ela e homens a enxergam como um símbolo sexual.

As férias da faculdade chegam ao fim, Keith retorna a UW levando a irmã Aria que cursará seu primeiro ano lá. Super protetor e preocupado com Aria, Keith entra em contato com a garota que irá dividir o quarto com ela. em busca de informações sobre dela. A princípio, Anne tranquiliza o irmão da sua colega de quarto e esclarece que ela é reservada e tem o objetivo de estudar. Keith e Anne passam a trocar mensagens desde então e um sentimento entre eles começa a surgir. Os dois ficam ansiosos para se encontrarem na faculdade e finalmente se conhecerem pessoalmente.

K: Não vou dizer que senti sua falta, senão você vai ficar se achando demais. Inclusive, vai poder usar a mensagem como uma prova contra mim no futuro. Não posso correr o risco. A única coisa que digo é que estou a caminho da UW agora. Estarei lá em algumas horas e… estou louco pra te conhecer.
A: Poxa… Eu ia fazer uma camiseta com essa mensagem. Existe uma forma melhor de chegar na faculdade do que dizendo pra todo mundo que Keith Blackwood é meu amigo virtual? E que loucura é essa de estar me mandando mensagem enquanto dirige?
K: Quero te conhecer.
A: Eu não deveria, mas também quero.

O que ninguém sabe é que Anne e Julie Storm são a mesma pessoa. Ela resolveu começar a sua vida normal indo à faculdade, frequentando aulas como uma garota qualquer e dividindo o quarto com uma colega. Será que Anne vai conseguir enganar a todos com seu disfarce?


O Preço da Fama é o primeiro romance da série Paparazzi. Nós acompanhamos a tentativa de Julie Storm de cursar faculdade quando ela anuncia uma pausa em sua carreira. Mas ninguém sabe porque a cantora famosa, no auge da sua carreira, resolve parar. Acho que nem ela mesma sabe no primeiro momento. Enquanto ela foge da fama, seu affair Keith está em busca dela. Podemos ver, ao mesmo tempo, duas posições distintas dos personagens centrais e fazer a comparação. Afinal, a fama é ou não boa?

Mas como Anne Thompson, estou me permitindo um pouco mais. É claro que os muros ainda estão erguidos ao meu redor. Não é fácil deixar de lado todas as inseguranças que permearam minha vida. Só que, pouco a pouco, estou tentando. O fato de eu ter aceitado sair com Keith é prova disso.

A trama é marcada por grandes momentos como a chegada de Anne no alojamento feminino acompanhada de Nora, sua segurança disfarçada de aluna da UW. Afinal Aria reconhece ou não seu maior ídolo? O encontro de Keith e Anne também é muito esperado. Depois de tanta afinidade nas trocas de mensagem, os dois terão o mesmo sentimento quando estiverem frente a frente? Ele irá reconhecê-la? O dia a dia de Anne na faculdade e sua dificuldade em se decidir o que quer cursar também nos deixa ansiosos.

Tudo começou com uma amizade virtual, mensagens aleatórias que acabaram se tornando muito mais. Algo em Anne me atrai no nível mais primário possível, e tudo que eu quero é estar perto dela. Passar um tempo ao seu lado me faz bem. Sinto sua falta quando não estamos juntos e quero compartilhar com ela o que acontece nos meus dias. Pensei que gostar de alguém e ter o sentimento retribuído fosse o suficiente para dar o primeiro passo em um relacionamento.

Outro ponto abordado na história é a relação de confiança e intimidade de Anne com as pessoas ao redor. Pelo fato dela ser uma cantora famosa, não convive com muitas pessoas intimamente. Ela nem mesmo havia beijado um cara de verdade antes. Isso se mostra como um aspecto negativo e que só a atrapalha.

Quem é você, Anne Thompson?

Mas o que rouba a cena nos livros da Mari Monni são os seus casais. E em O Preço da Fama não poderia ser diferente. A química do casal protagonista é muito boa, intensa e crescente. Mesmo com a pisada de bola de Keith e o segredo da verdadeira identidade de Anne, que pode abalar o relacionamento dos dois, torcemos loucamente para que tudo se resolva no final.


Terminei a leitura com gostinho de quero mais e aguardo ansiosa o próximo livro da série Paparazzi.

A maldita da Fama pode até tentar me derrubar, mas encontrei alguém por quem lutar e que estará ao meu lado durante toda a caminhada.


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

O Preço da Fama
Paparazzi #1
Ano: 2019
Páginas: 400
Editora: Amazon
Sinopse:
O que acontece quando a Princesa do Pop resolve deixar tudo de lado e ser... normal?
Julie Storm está farta dos holofotes. A Fama tem sugado todas as suas forças e agora ela se encontra à beira do abismo. Em vez de se render, ela decide dar um novo rumo à sua vida e tentar a sorte na faculdade. Mas, para isso, mudanças se fazem necessárias.
Adeus, Julie Storm. Olá, Anne Thompson.

Keith Blackwood não aguenta mais fazer parte de uma equipe perdedora. Tudo que ele mais quer é ser um jogador profissional de hóquei. Com a chegada de um novo técnico e a faixa de capitão no braço, ele não vai medir esforços para que seu sonho se torne realidade.
Mas quando conhece a nova amiga de sua irmã, Keith tem certeza de que apenas o esporte não será capaz de satisfazê-lo.

Uma popstar cansada da fama.
Um jogador de hóquei em busca do sucesso.
Muitos segredos.
Mais química do que eles são capazes de controlar.

Alerta: fique longe deste livro se você não gosta de atletas deliciosos, suados e que sabem usar o taco muito bem. Você foi avisado.
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Este é o primeiro livro da série Paparazzi. A história tem um final definido, mas haverá um outro livro, que será lançado em breve, com ainda mais informações sobre este casal, além de outros com os demais personagens.


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22 junho, 2019

Resenha :: International Guy – Londres, Berlim e Washington

junho 22, 2019 0 Comentários

Oi, faroleiros!!! Ansiedade define a leitura intercalada de uma série como esta e a felicidade por ter três histórias lançadas a cada livro é imensa. Estamos então no terceiro livro, International Guy – Londres, Berlim e Washington O final do segundo livro (resenha aqui) me deixou numa expectativa positiva quanto aos rumos futuros e, para minha felicidade, o terceiro livro começou muito bem.


Como são doze contos, narrando à vida dos personagens, tendo como personagem central o Parker, a autora pode abordar temas diversos nos trabalhos da International Guy, bem como nos relacionamentos dos personagens, fazendo com que a série, no geral, tenha um desenvolvimento no enredo, a meu ver bem legal, mas definitivamente não é o meu estilo preferido. Curto mais livros únicos ou séries, onde cada personagem tem uma história. Esta série é como um seriado de TV, cada conto um episódio.

Skyler aperta minha coxa, e, apesar de termo recebido uma notícia horrível e estarmos com o coração partido (...), conseguimos encontrar momentos para aproveitar o bom da vida. Acho que às vezas a questão é esta: viver o momento.

Na primeira parte, a Guy irá para Londres auxiliar uma escritora que está sofrendo um bloqueio emocional para escrever o último livro da sua série que faz tanto sucesso que há a proposta de virar filme. Este conto foi um dos que mais gostei... afinal como não amar uma história sobre literatura?! Há outras coisas bem legais que acontecem também no decorrer da história, então fiquem na curiosidade.

Geneva agita a mão e vai até uma porta, que parece levar a um depósito. Quando abre, há fileiras e fileiras de prateleiras com cópias de seus livros. Ela sorri conforme Sky passa os dedos pelas lombadas e quase baba nos títulos. Leitores e seus livros... Esquisito, mas legal.

No segundo conto, os três membros da Guy vão para Berlim, pois eles terão que trabalhar de forma bem rápida para agilizar uma campanha de marketing de uma indústria automotiva. Neste conto temos um aprofundamento na história da Wendy e seu noivo, o Michael, o que eu gostei bastante. Temos também o aparecimento de um personagem já citado na história, nos trazendo uma nova surpresa.

Já no terceiro e último conto deste livro, o Parker contrata uma advogada, conhecida deles da época da faculdade, para auxiliá-los nos contratos, afinal eles estão crescendo, porém, histórias do passado mal contadas e conversas apressadas no presente, fazem com que a contratação desta advogada crie um novo drama entre os amigos na Guy, mas eles terão que superar, pois ela é fundamental para este trabalho que será em Washington com uma indústria farmacêutica. Neste conto a autora nos traz outro assunto bastante polêmico e real nas causas dos animais e do meio ambiente. Achei o final bem fofo.

Como não poderia faltar, a autora criou um novo drama para o Parker e a Skyler que permeou todo o livro e ficou com aquele suspense para o próximo e também nos trouxe um novo suspense, mas que envolve o Royce.


No geral este foi o livro que mais gostei até agora, mas não falarei o porquê para não dar spoiler. Sendo assim minha nota foi de 4,5/5. A leitura fluiu de maneira rápida, como os anteriores e continuo na expectativa para o último. Vale destacar também que estes livros são bem hot, mas de uma maneira legal.

Bjs!!!!

Carolina Finco


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

International Guy: Londres, Berlim, Washington
International Guy #3
Ano: 2019
Páginas: 434
Editora: Verus
Sinopse:
International Guy é a agência de Parker Ellis, um dos maiores especialistas do mundo em vida e amor, que tem como missão ajudar as mulheres em questões tão diversas quanto se sentir sexy e poderosas, aprender a administrar um império empresarial ou conquistar o homem dos seus sonhos. 
Parker e seus dois sócios atendem mulheres ricas do mundo todo, como atrizes de Hollywood, membros da realeza e CEOs de multinacionais bilionárias. E, às vezes, eles não podem evitar que as coisas esquentem e vão parar na cama de suas clientes. Literalmente.
Parker adora sua vida de playboy e não está procurando compromisso. Afinal, há um mundo inteiro à sua frente: os negócios o levam de Paris a Milão, de Berlim ao Rio de Janeiro. Mas, conforme ele pula de cidade em cidade — e de cama em cama —, é possível que acabe encontrando mais que sexo ao longo do caminho...
No volume 3 da série, Parker viaja com Bo e Skyler até Londres para ajudar uma escritora best-seller a superar o bloqueio criativo. De lá a equipe vai para Berlim recriar a campanha de marketing de uma indústria automotiva — mas uma surpresa os aguarda. O cliente final é uma farmacêutica que levará os executivos a Washington e os fará se envolver com ética e política, em uma negociação em que o poder e o dinheiro falam mais alto.