22 julho, 2019

Resenha :: A Jornada das Bruxas

julho 22, 2019 0 Comentários

Olá, venho comentar sobre A Jornada das Bruxas. Para entender o livro como um todo, recomendo que antes leia minhas primeiras impressões, clicando aqui.

A vida de Nina ia relativamente bem, encontrando normalidade dentro de suas particularidades, afinal ela foi criada entendendo ser uma bruxa e descendendo delas, porém tudo começa a mudar quando uma carta perdida há trinta anos chega à casa da floresta, e Nina entende que está encrencada. E assim, Nina nos narra a sua história de uma maneira muito verdadeira e, algumas vezes, irreverente.


Minha vó sempre dizia que quem andava sozinha, andava cansada. Que sem confidentes, amigas, mães ou irmãs não chegaríamos onde podíamos chegar. Eu acreditei nela.

Como aceitar que está sendo convocada para reviver a tradição há muito esquecida de peregrinar pelo mundo? Afinal de contas se a tradição foi esquecida, deve ter sido por um bom motivo, e agora ela tem motivos para não querer partir, afinal agora que conheceu Alex, o misterioso vizinho que demonstra por ela um interesse ostensivo e inexplicável, e que faz ela sentir e viver aquelas deliciosas emoções do primeiro amor.

— Quem ama o mundo precisa aceitar também o que não é bom. Todo corpo sob a luz produz sombra, e a sombra faz parte de nós. É justamente na aceitação do imperfeito que vem a nossa força.

Mas nem tudo em seu caminho são flores, porque nesse exato momento o governo está convencido de que por trás da fachada de normalidade de sua família se esconde um rentável milagre, e que sua família tem obrigação moral de revelar as chaves para controlar e usar esse “milagre”.


Porém, a força da carta ainda está sobre ela, que decide obedecer ao invés de sacrificar, e embarca para a Romênia, onde uma bruxa com o carisma de uma unha encravada a espera. E assim que somos recebidos por essa bruxa (Nina e eu, claro), somos brindados pela autora, com tudo que se espera de uma bruxa. O que arranca risos e também começa a mostrar que muitas vezes, a maioria delas, nossos olhos veem aquilo que queremos que eles vejam, e que o medo do desconhecido é capaz de criar monstros em sombras, em locais que não existem e que nunca existiram.

— Dentes-de-Leão! — A velha exclama mais à frente com o traseiro para o alto. Suas mãos acariciam a flor amarela no meio da horta. —Eles são indestrutíveis. Quinze mil sementes em um único pé, já pensou? O mundo é dos persistentes, se alguém ainda não notou.

A mensagem do livro, para mim, foi mais do que um aprendizado e crescimento de uma adolescente para adulta, alguém consciente de seus deveres e responsabilidades para consigo, com os outros e para com a vida em torno de si, seja animal, vegetal ou mesmo do espaço que parece sem vida, mas não é da terra que nascem os vegetais? Não é dela que tiramos o sustento dos corpos e da alma? Mas que todos, desde que nascemos, estamos em nossa própria jornada de aprendizado e que, em algum momento, atribuíram nomes para cada etapa dessa jornada, criança, adolescente, jovem, adultos e idosos, e ainda hoje acho que o que conhecemos como morte é um bilhete de uma jornada que ninguém volta para contar, é preciso estar nela para saber como é.


Que todo ciclo envolve outro e que nada se perde, mas tudo volta e recomeça a ser, como a água que evapora para voltar como chuva e voltar a evaporar. E que muitos de nós se perdem, não por lutar contra o que queremos, mas pelo que desejamos. Afinal o que é desejo, senão um capricho que pode nos enganar e se mostra melhor e mais bonito do que é?!

E que o maior aprendizado é sermos quem somos, com nossas imperfeições e perfeições, porque à medida que aprendemos nos tornamos melhores sem deixar de ser o que somos. Afinal, lutar contra o que se é, é ser como Dom Quixote, muitas vezes ignorando a companhia de Sancho Pança. E por fim, quando somos nossa própria causa, qualquer luta não será apenas guerra e sim justiça. 


Assim um livro de fantasia me tocou, me fez pensar, refletir, sorrir e também torcer muito pelo jornada de Nina e a minha própria, tudo de uma maneira apaixonante e divertida. Obrigada, Karina Heid, por mais uma história incrível!!


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Jornada das Bruxas
Ano: 2016
Páginas: 302
Editora: Independente
Sinopse:
Quando uma carta perdida há trinta anos chega à casa da floresta, Nina entende que está encrencada.
Como aceitar que está sendo convocada para reviver a tradição há muito esquecida de peregrinar pelo mundo? Como partir justamente agora que conheceu Alex, o misterioso vizinho que demonstra por ela um interesse ostensivo e inexplicável? 
Justamente agora que o governo está convencido de que por trás da fachada de normalidade de sua família se esconde um rentável milagre?
Forçada a embarcar para a Romênia onde uma bruxa com o carisma de uma unha encravada a espera, Nina aprenderá entre erros e acertos que o mundo é perfeito em sua destruição e sua beleza, que círculos guardam os maiores tesouros e que fazer as pazes com sua essência é fazer as pazes com o mundo.
A Jornada das Bruxas é um livro sobre três jornadas: a jornada individual pela aceitação, a caminhada apaixonante pelo mundo e a incrível marcha através do tempo. É sobre a excursão pelo doloroso caminho do crescimento e sobre fazer as pazes com quem nascemos para a ser.
Trata, acima de tudo, sobre nossa odisséia por um planeta dramático e generoso que espera ser trilhado por todos, e que tenta a todo tempo nos dizer, em uma miríade de vozes, que o tesouro que procuramos está enterrado em algum lugar da estrada...


 _____Sobre a Autora_____

Karina Heid



Karina Heid é escritora e psicóloga. Já trabalhou com marketing, foi professora de alemão e instrutora de lego. Em 2005 casou-se com um aventureiro de pés no chão e juntos decidiram expatriar. Enquanto moravam na Romênia escreveu A Jornada das Bruxas, seu primeiro romance, e em 2016 ganhou o prêmio literário Flic-ES pela obra A Última Peça. Para ela, escrever é fazer magia, é transformar palavras em universos. É em um desses universos que ela e sua família andam vivendo ultimamente.

20 julho, 2019

Resenha :: International Guy – Madri, Rio de Janeiro e Los Angeles

julho 20, 2019 0 Comentários

  Pode conter spoiler dos livros anteriores.

Confira as resenhas dos primeiros livros da série!


Oi, faroleiros!!! Finalmente chegou o último livro da série, International Guy – Madri, Rio de Janeiro e Los AngelesO terceiro livro terminou com um grande suspense envolvendo a Sky e o Parker, porém o relacionamento deles segue firme. Como já estamos no quarto livro, esta questão não é spoiler mais.

Suas gracinhas me fazem sorrir, o que acaba com a frustação. Na verdade, não tenho motivo algum para ficar chateado. Ela reservou um jato particular para nós. É o seu dinheiro, ela faz o que quiser com ele. Inspiro fundo e devagar, me viro para ela, pousos as mãos em seu rosto e esmago seus lábios contra os meus.


Na primeira história deste livro, o Parker e a Sky, juntamente com o Bo, viajam para Madri para trabalhar com uma jovem que possui uma voz fantástica e assinou um contrato com uma gravadora para poder ser lançada como cantora, porém ela é extremamente tímida e não sabe como se apresentar em um palco. É uma história bem bacana, que trabalha o tema abordado de uma maneira que gostei muito. Daria uma história para um livro infanto-juvenil com certeza.

— Você vai se esforçar conosco para tornar este sonho realidade? — pergunto. – Porque existem três coisas de que eu tenho certeza neste mundo: nada é de graça, nada é garantido e é preciso muito trabalho e sacrifício para transformar um sonho em realidade.

O drama cresce ao final desta história e a autora nos apresenta alguns suspeitos para o que está acontecendo, porém nada garantido. Depois das últimas tragédias, o Parker aceita levar a Sky para viajar com seu irmão, o namorado dele e o Royce para o Rio de Janeiro, onde eles pretendem ajudar o Dennis a encontrar o que está acontecendo de errado com as contas da empresa da família.

Neste livro a autora trabalhou um pouco mais na história do irmão do Parker e o fato dele estar em um relacionamento homossexual que não é aceito pelos pais do Dennis. Mas é na volta deles para Boston que o mistério do perseguidor da Sky se resolve. Confesso que fiquei surpresa com os rumos da história e a pessoa responsável pelos crimes. Não me decidi se fiquei satisfeita com os rumos que a autora deu para a solução desta parte da história.

No terceiro livro a equipe vai para Los Angeles, em um trabalho para o qual o Parker não queria ir, mas devido as exigências do contrato ele vai participar, porém não está com muita vontade já que está com medo que algo mais uma vez venha a atrapalhar seu relacionamento com a Sky, que tem sido tão atingido. Eu particularmente amei o final que a autora deu para este serviço. Deixou meu coração romântico bem feliz.


Tenho algumas considerações a fazer sobre o que me deixou feliz e triste nesta série. O primeiro é que eu realmente não sou fã da moda atual de se ter vários livros para se contar uma história de romance baseada com foco em um casal principal. Realmente prefiro as séries onde cada livro aborda a vida de um casal diferente com a participação dos outros personagens. Não gostei ainda do fato da autora ter deixado alguns fatos sem serem explicados para futuros livros. Em minha opinião teria sido mais especial que estes fatos tivessem sidos narrados no decorrer da história, mesmo de forma mais simplificada como ela fez com alguns dos personagens. Não entrarei em detalhes para não dar spoiler.

Mas eu gostei muito da narrativa da autora, dela ter intercalado os fatos entre os pontos de vista do Parker e da Skyler, não dando margem assim para uma repetição do livro só para termos o ponto de vista do outro. Também gostei muito dos temas abordados em cada serviço da International e como ela trabalhou a história dos personagens em torno deles. Sendo assim a série no todo para mim teve nota 4/5 e recomendo sua leitura.

Bjs!!!!

Carolina Finco


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

International Guy: Madri, Rio de Janeiro, Los Angeles
International Guy #4
Ano: 2019
Páginas: 420
Editora: Verus
O último volume da série da mesma autora de A garota do calendário.
International Guy é a agência de Parker Ellis, um dos maiores especialistas do mundo em vida e amor, que tem como missão ajudar as mulheres em questões tão diversas quanto se sentir sexy e poderosas, aprender a administrar um império empresarial ou conquistar o homem dos seus sonhos. 
Parker e seus dois sócios atendem mulheres ricas do mundo todo, como atrizes de Hollywood, membros da realeza e CEOs de multinacionais bilionárias. E, às vezes, eles não podem evitar que as coisas esquentem e vão parar na cama de suas clientes. Literalmente.
Parker adora sua vida de playboy e não está procurando compromisso. Afinal, há um mundo inteiro à sua frente: os negócios o levam de Paris a Milão, de Berlim ao Rio de Janeiro. Mas, conforme ele pula de cidade em cidade — e de cama em cama —, é possível que acabe encontrando mais que sexo ao longo do caminho...
A jornada de Parker e seus sócios está chegando ao fim. Acompanhado de Skyler e Bo, ele vai para a colorida Madri transformar uma jovem cantora em uma estrela. Já no Rio, com parte da família e da agência, o executivo ajuda Dennis a resolver um grave problema em sua empresa — e em sua própria família. A parada final é Los Angeles, onde uma surpresa inesquecível aguarda Parker, um respiro bem-vindo depois de toda a dor que ele, Skyler e o restante da agência enfrentaram nos últimos tempos.

18 julho, 2019

Resenha :: O Falso Príncipe (Trilogia do Reino # 1)

julho 18, 2019

O primeiro livro da Trilogia do Reino, O Falso Príncipe, foi uma leitura incrível. Faz um tempinho que eu não encontrava uma leitura do gênero que me empolgasse tanto; li alguns livros ótimos, mas não eram daqueles que você não larga até terminar de ler, e quando termina  se joga logo na continuação. Com certeza esse livro foi escrito para ser “devorado”.

Nunca tentara roubar carne antes, e já estava me arrependendo. Acontece que é muito difícil segurar um pedaço de carne crua e correr ao mesmo tempo. Mas escorregadio do que eu havia imaginado. Se o açougueiro não me alcançasse com a machadinha e literalmente extirpasse meus planos futuros, da próxima vez me lembraria de pedir que a embrulhasse antes de roubá-la.

Sage foi um personagem que me apeguei no terceiro parágrafo, da primeira página e do primeiro capitulo, rs. Vivendo como um ladrão nas ruas de Carthya e morando em um orfanato, ele foi comprado pelo nobre chamado Conner, junto com mais três órfãos, com aparências um pouco similares para competirem para se passar por um falso príncipe. Ele é um garoto que te ganha pelo senso de humor e inteligência e sem contar com sua língua afiada que sempre o mete em problemas.

— Ladrão e mentiroso, hein? Sabe lidar com uma espada?
— Claro, desde que o meu oponente não tenha uma.
Ele sorriu.
— Sabe plantar?
— Não — encarei a pergunta como um insulto.
— Caçar?
— Não.
— Sabe ler?
Encarei-o por entre a franja.
— O que está querendo de mim, Conner?
— Você deve me tratar por senhor.
— O que está querendo de mim, senhor mestre Conner?

Não vou negar que em alguns momentos, e até olhando a sinopse, esse livro pareça um pouco clichê do gênero, com o garoto órfão e tudo; eu não me importo tanto com isso, desde que não seja absurdamente óbvio, eu até gosto dessa construção, sendo uma boa história.

O que mais me agradou no livro foram as reviravoltas, ainda mais pelo sentimento que eu tinha com alguns personagens, em uma hora eu gostava e na outra eu os odiava, sem saber de que lado estavam, o que estavam tramando, como Sage, no decorrer do livro, tinha momentos que ficava difícil confiar em alguém mesmo, achei os outros personagens também muito bem construídos, mas claro que não tem como Sage não se destacar. 

E como o final desse livro foi muito bom, logo, logo, vocês ficarão sabendo mais sobre o segundo da trilogia. Leiam!!! Até mais.


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

O Falso Príncipe
Trilogia do Reino #1
Ano: 2012
Páginas: 295
Editora: Verus
Sinopse:
Quando uma guerra civil está prestes a explodir num reino muito distante, um nobre chamado Conner tem uma ideia ousada para tentar unificá-lo: procurar por um garoto que se passe pelo filho desaparecido do rei para assumir o trono. Esta é a trama de O Falso Príncipe, primeiro volume da Trilogia do Reino.
Quatro órfãos são, então, forçados a competir pelo papel. Dentre eles, está o rebelde e esperto Sage. O menino sabe que os motivos do nobre Conner são questionáveis, mas sua vida está por um fio. Se ele não for o escolhido, será morto. Seus rivais têm suas próprias táticas na batalha e Sage sabe que não pode confiar em ninguém. 
Após se mudar do orfanato miserável em que vivia para o suntuoso palácio de Conner, os planos de seu novo mestre vão ficando cada vez mais evidentes até que finalmente a terrível verdade é revelada, mostrando-se muito mais perigosa do que o menino poderia supor.

16 julho, 2019

Resenha :: O Início da Esperança

julho 16, 2019 0 Comentários

A história continua — As Crônicas de Fedors #2


Oi, leitor(a) do Clube, a história de hoje, O Início da Esperança , faz parte da saga: As Crônicas de Fedors, que é quem narra a história em terceira pessoa. É importante saber que não tem como falar desse livro sem falar do anterior (que você pode conferir a resenha, clicando aqui), já que a história deste começa no exato momento onde o anterior termina.


O livro anterior tem sua história em torno da criação de Fedores e da importância do Reino do Norte, que se tornou o mais importante dos reinos. E termina com a queda do reino conquistado pelo filho maldito.

Uma das questões que ficaram em aberto era sobre o viajante misterioso, a qual Fedors narra sua história e a revelação sobre a origem de Salazar, o que não só traz uma enorme surpresa como promete várias reviravoltas na trama e também abre um novo leque de possibilidades. Porém isso será em um futuro. No momento é importante entender que tudo que foi narrado anteriormente foi de imensa importância para entender a história de uma forma coerente. Com o tempo ela só vai ascendendo e a riqueza dos detalhes te deixa entretido de uma forma muito boa.

— Filho, aprenda uma coisa: a beleza das coisas existe apenas no espirito de quem as contempla, faltou-lhe interesse.


Após o conflito na família Destrus, o jovem príncipe Andor foi levado por um semideus, que é desconhecido até agora por todos, mas uma figura essencial na história de Esteros, pois é um dos salvadores deste mundo. O rei Mustafary acabou morto e Andor, ainda que quase morto, foi levado por um homem de nome Morteros. Zinza, depois de enfeitiçada, desapareceu e Destructor, no prelúdio do seu reinado, ordenou a morte de todos os seus inimigos, enquanto Vamcast segue traçando estratégias de guerras tentando vir a se tornar o único imperador do mundo. Mas esses são acontecimentos passados agora. Fedors agora nos revela o que sucedeu a esses acontecimentos em uma deliciosa narrativa em terceira pessoa. E deste momento em diante os diversos pontos do reino ganham mais e mais valor já que o ponto onde antes era o centro do Poder Benigno, agora está nas mãos do mal que conspira e planeja com os reinos do Leste, Oeste e Sul.

Aquele rei também conhecia a profecia do mal que cairia sobre Esteros. Lótus era diferente de Mussafar, que tentava evitar a verdade. Ele já tinha aceitado, agora a única coisa a fazer era lutar contra este mal.

Além das repercussões da queda do Norte e o Leste se preparando para o que há de vir, porém, mesmo a maior parte da trama se passar no Leste, todos os reinos são tratados nessa história. As narrativas dos cenários nos colocam dentro da história de uma forma vasta e rica, além de ajudar a entender algumas das mitologias e destinos de seres mitológicos de forma mais completa e deslumbrante. Visto que os personagens que salvam o príncipe Andor Destrus, foram salvos por Morteros que, além de revelar sua própria identidade, acaba por nos explicar porque ele mesmo não pode destruir Vamcast e que a esperança reside no herdeiro do trono.


A história ganha uma narrativa em um ritmo mais forte e na medida para prender quem ler na história. Porque entendemos os motivos que levaram Morteros a levar Andor a Miguel, e como Zoram, uma de suas filhas, tem um papel importante na recuperação de Andor. Após seu restabelecimento físico e mental, é hora de entender e escolher aceitar ou não seu destino. E começar uma nova fase de seu treinamento com Morteros e Miguel, que revelam ao próprio Andor e ao leitor talentos e capacidades que, com certeza, serão necessários e requisitados na luta contra as forças do mal.

Preciso dizer que se antes víamos Vamcast como o mais poderoso dos irmãos, vemos Andor, ao aceitar seu destino e sua missão, ser revestido de seu direito real e começar a entender o que herdou com seu sangue além do título e da responsabilidade. Afinal o que antes era um treinamento para seus deveres de futuro rei, agora é para uma guerra real e em andamento.

Nada descreve melhor o caráter dos homens do que aquilo que acreditam.


Novos e antigos personagens vão ganhando destaque e importância à medida que a história vai sendo narrada por Fedors. A volta de Angel traz revelações importantes sobre a resistência no Norte e os fatos criados com a ausência do Príncipe. Um pequeno foco de esperança na força rebelde comandada por Angel, nos soldados treinados por Panderios e no Pacto que é formado. Conquistar os 4 reinos não será tão fácil quanto Vamcast pensou.

O fato de Fedors além de narrador se tornar parte da narrativa, deixa não apenas Salazar animado, mas também o leitor, que desde o livro anterior anseia por saber mais sobre ele. Alheio a tudo isso, o refinamento do treinamento de Andor, além de armas de fogo, no uso da magia que vem dos elementos, das forças que movem a natureza e com ela a bondade. Sem falar, na arma que ele irá buscar por se tratar de uma arma extremamente poderosa do submundo que tem a promessa de ser capaz de derrotar Vamcast. 


Quero terminar falando sobre um triângulo amoroso entre Andor, Zoram e Angel, que adiciona alguns sentimentos que movimentam a trama fora da tensão da guerra; e que temos mais algumas respostas deixadas pelo livro anterior, como o destino do anão que roubou a pedra espiritual no primeiro livro, e mais uma pedra espiritual que terá papel importante em como Andor consegue a espada que segura na capa. O que é maravilhoso porque abre espaço para os novos mistérios trazidos por esse livro. O final do livro nos deixa em tensão com os acontecimentos e conquistas de ambos os lados e a dúvida que paira sobre a escolha de Fedors nessa batalha familiar no mundo de Esteros. 

Espero ter conseguido escrever a respeito dessa leitura sem spoilers, por ser um livro rico em detalhes, com muitas cenas de ação, muitas guerras e lutas, disputa por magia e poder, e um romance que coloca a adrenalina às alturas de quem lê essa emocionante aventura.


Sobre a edição, preciso dizer que a encadernação é maravilhosa, a impressão e o papel são perfeitos e a fonte e diagramação excelentes para leitura. O livro está todo com uma capa muito bonita e que é perfeita por ter a ver com a história (precisa ler pra entender), com ilustrações lindíssimas entre os capítulos assim como no livro anterior, que peca em nos deixar ansiosos pelo próximo livro ainda não lançado. 


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Início da Esperança
As Crônicas de Fedors — Livro 2
Os Livros de Esteros #2
Ano: 2016
Páginas: 282
Editora: Selo Jovem
Sinopse:
Depois do desastre ocorrido na família Destrus, Andor foi salvo por Morteros, um semideus encarregado de auxiliá-lo na luta pela liberdade do seu mundo. A batalha pela liberdade dos homens vai começar.
“O joio jamais poderá misturar-se ao trigo”.
Formando um grupo de soldados, a esperança dos homens ressurge novamente. Andor estará preparado para lutar contra a tirania do próprio irmão?
"Será preciso muita audácia para enfrentar os nossos inimigos, porém muita coragem para defendermos os nossos amigos."


A editora Selo Jovem é uma empresa independente, que atua no mercado do livro desde 2013. É uma editora com base sólida e confiável, pois o objetivo da Selo Jovem é publicar obras com 100% de qualidade literária, sem pressa e trabalhando duro na revisão dos textos; sem jamais desistir, para ganhar experiência e amadurecer a cada dia.