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18 setembro, 2019

Resenha :: Outros Mistérios

setembro 18, 2019 0 Comentários

Guardei essa resenha por ansiar o próximo livro, contudo o mês mais brasileiro do ano merecia esse presente. Espero que goste de saber o que Outros Mistérios reserva ao leitor. O segundo volume da trilogia, que você conferiu aqui a resenha da primeira história  Mistério em Sampa , começa com a apresentação do nosso autor parceiro do Clube, Romulo Felippe, e a promessa do autor que em breve teremos o livro que fecha a série e  fico no aguardo ansiosa por Mistério Final.


A maneira do autor de apresentar os personagens continua original e interessante. Porque ao invés de um "convite" a empatia, somos levados a acompanhar o personagem em seu cotidiano e construir uma "amizade" ao longo da trama.

Enquanto o primeiro livro nos leva a São Paulo, aqui estamos no Rio de Janeiro. E antes do 3° capítulo, já espere por surpresas que farão você repensar a história que, ao invés do clichê esperado, começa a se revelar tão surpreendente quanto o livro anterior.

Sinceramente o detetive da trama é o ponto alto da trilogia, porque não cai em momento nenhum nos clichês americanos ou no Sherlock Holmes, mas igual a este único usa da inteligência e intuição para criar um método próprio e nada ortodoxo de investigação, que eu realmente adorei.


Max ficou ali a pensar como entrar no caso, e a decisão foi clara como sempre, entrar na vida do cara, desde o começo.

Esse livro, como o anterior prometia, é ainda melhor. Afinal já conhecemos o investigador, sua mania de mudar de nome e o porquê de agir assim. Agora com a alcunha de Marcus, e seu jeito peculiar nos arranca boas risadas enquanto acompanhamos seu método de ação de que de tão simples é genial. Começar do começo, não do caso e sim da vida do envolvido no mistério.

Outro ponto alto é saber mais sobre o investigador, origem, família, vida pessoal e até mesmo o motivo que o faziam fugir das sombras e evitar ser rastreado pela constante vigilância das câmeras, que são quase onipresentes nos dias atuais.


Ele, às vezes tinha essa necessidade de ser sincero por alguns momentos, como a lembrar da própria existência, que cada vez mais, se confundia em sua cabeça.

Em minha opinião, nessa história, ainda mais que a anterior, os fatos que permeiam e norteiam a vida do autor em suas várias habilidades e facetas, enriqueceram de uma forma grandiosa a história, trazendo não apenas veracidade, mas também toques de cultura e pontos de referência que deixaram a história ainda mais emocionante e fascinante.

A vida não tem preço. o valor que as pessoas dão ao meu trabalho também não tem.

O desfecho mostra um personagem que não tem nenhuma vontade de ser famoso, e sim faz a busca pelo bem mais precioso de ajudar alguém ao encontrar a resposta. Repleto de passagens que memoram o valor da vida e de se viver, o final do livro é na exata medida para que o leitor aguarde ansioso para o desfecho da trilogia e, sem dúvida, o encontro de nosso investigador com seu passado.


A edição, o texto e a diagramação estão impecáveis; fonte e espaçamento promovem conforto, proporcionam uma leitura fluida e prazerosa, apesar das páginas brancas, que por fim nada interferem no prazer de ler o texto. 


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Outros Mistérios
Trilogia Mistérios #2
Ano: 2018
Páginas: 278
Editora: Editora GSA
Sinopse:
Empresário de metalurgia e sua amante são sequestrados e levados para um cativeiro distante. No decorrer da investigação acontece um trágico acidente. Os mistérios multiplicam-se e chega o momento do ativo investigador particular Marcus sair á caça da verdade.

22 julho, 2019

Resenha :: A Jornada das Bruxas

julho 22, 2019 0 Comentários

Olá, venho comentar sobre A Jornada das Bruxas. Para entender o livro como um todo, recomendo que antes leia minhas primeiras impressões, clicando aqui.

A vida de Nina ia relativamente bem, encontrando normalidade dentro de suas particularidades, afinal ela foi criada entendendo ser uma bruxa e descendendo delas, porém tudo começa a mudar quando uma carta perdida há trinta anos chega à casa da floresta, e Nina entende que está encrencada. E assim, Nina nos narra a sua história de uma maneira muito verdadeira e, algumas vezes, irreverente.


Minha vó sempre dizia que quem andava sozinha, andava cansada. Que sem confidentes, amigas, mães ou irmãs não chegaríamos onde podíamos chegar. Eu acreditei nela.

Como aceitar que está sendo convocada para reviver a tradição há muito esquecida de peregrinar pelo mundo? Afinal de contas se a tradição foi esquecida, deve ter sido por um bom motivo, e agora ela tem motivos para não querer partir, afinal agora que conheceu Alex, o misterioso vizinho que demonstra por ela um interesse ostensivo e inexplicável, e que faz ela sentir e viver aquelas deliciosas emoções do primeiro amor.

— Quem ama o mundo precisa aceitar também o que não é bom. Todo corpo sob a luz produz sombra, e a sombra faz parte de nós. É justamente na aceitação do imperfeito que vem a nossa força.

Mas nem tudo em seu caminho são flores, porque nesse exato momento o governo está convencido de que por trás da fachada de normalidade de sua família se esconde um rentável milagre, e que sua família tem obrigação moral de revelar as chaves para controlar e usar esse “milagre”.


Porém, a força da carta ainda está sobre ela, que decide obedecer ao invés de sacrificar, e embarca para a Romênia, onde uma bruxa com o carisma de uma unha encravada a espera. E assim que somos recebidos por essa bruxa (Nina e eu, claro), somos brindados pela autora, com tudo que se espera de uma bruxa. O que arranca risos e também começa a mostrar que muitas vezes, a maioria delas, nossos olhos veem aquilo que queremos que eles vejam, e que o medo do desconhecido é capaz de criar monstros em sombras, em locais que não existem e que nunca existiram.

— Dentes-de-Leão! — A velha exclama mais à frente com o traseiro para o alto. Suas mãos acariciam a flor amarela no meio da horta. —Eles são indestrutíveis. Quinze mil sementes em um único pé, já pensou? O mundo é dos persistentes, se alguém ainda não notou.

A mensagem do livro, para mim, foi mais do que um aprendizado e crescimento de uma adolescente para adulta, alguém consciente de seus deveres e responsabilidades para consigo, com os outros e para com a vida em torno de si, seja animal, vegetal ou mesmo do espaço que parece sem vida, mas não é da terra que nascem os vegetais? Não é dela que tiramos o sustento dos corpos e da alma? Mas que todos, desde que nascemos, estamos em nossa própria jornada de aprendizado e que, em algum momento, atribuíram nomes para cada etapa dessa jornada, criança, adolescente, jovem, adultos e idosos, e ainda hoje acho que o que conhecemos como morte é um bilhete de uma jornada que ninguém volta para contar, é preciso estar nela para saber como é.


Que todo ciclo envolve outro e que nada se perde, mas tudo volta e recomeça a ser, como a água que evapora para voltar como chuva e voltar a evaporar. E que muitos de nós se perdem, não por lutar contra o que queremos, mas pelo que desejamos. Afinal o que é desejo, senão um capricho que pode nos enganar e se mostra melhor e mais bonito do que é?!

E que o maior aprendizado é sermos quem somos, com nossas imperfeições e perfeições, porque à medida que aprendemos nos tornamos melhores sem deixar de ser o que somos. Afinal, lutar contra o que se é, é ser como Dom Quixote, muitas vezes ignorando a companhia de Sancho Pança. E por fim, quando somos nossa própria causa, qualquer luta não será apenas guerra e sim justiça. 


Assim um livro de fantasia me tocou, me fez pensar, refletir, sorrir e também torcer muito pelo jornada de Nina e a minha própria, tudo de uma maneira apaixonante e divertida. Obrigada, Karina Heid, por mais uma história incrível!!


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Jornada das Bruxas
Ano: 2016
Páginas: 302
Editora: Independente
Sinopse:
Quando uma carta perdida há trinta anos chega à casa da floresta, Nina entende que está encrencada.
Como aceitar que está sendo convocada para reviver a tradição há muito esquecida de peregrinar pelo mundo? Como partir justamente agora que conheceu Alex, o misterioso vizinho que demonstra por ela um interesse ostensivo e inexplicável? 
Justamente agora que o governo está convencido de que por trás da fachada de normalidade de sua família se esconde um rentável milagre?
Forçada a embarcar para a Romênia onde uma bruxa com o carisma de uma unha encravada a espera, Nina aprenderá entre erros e acertos que o mundo é perfeito em sua destruição e sua beleza, que círculos guardam os maiores tesouros e que fazer as pazes com sua essência é fazer as pazes com o mundo.
A Jornada das Bruxas é um livro sobre três jornadas: a jornada individual pela aceitação, a caminhada apaixonante pelo mundo e a incrível marcha através do tempo. É sobre a excursão pelo doloroso caminho do crescimento e sobre fazer as pazes com quem nascemos para a ser.
Trata, acima de tudo, sobre nossa odisséia por um planeta dramático e generoso que espera ser trilhado por todos, e que tenta a todo tempo nos dizer, em uma miríade de vozes, que o tesouro que procuramos está enterrado em algum lugar da estrada...


 _____Sobre a Autora_____

Karina Heid



Karina Heid é escritora e psicóloga. Já trabalhou com marketing, foi professora de alemão e instrutora de lego. Em 2005 casou-se com um aventureiro de pés no chão e juntos decidiram expatriar. Enquanto moravam na Romênia escreveu A Jornada das Bruxas, seu primeiro romance, e em 2016 ganhou o prêmio literário Flic-ES pela obra A Última Peça. Para ela, escrever é fazer magia, é transformar palavras em universos. É em um desses universos que ela e sua família andam vivendo ultimamente.

10 julho, 2019

Resenha :: Herdeiros do Trono

julho 10, 2019 0 Comentários

Oi, amigos, vim comentar sobre um livro que ganhei de presente da minha amiga Jaqueline, que é fã e insistiu que eu deveria conhecer a escrita da autora Elysanna Louzada. Apesar de eu já ter resenhado aqui outros livros dela (Eternamente Cecília e Ao Meu Redor) esse foi o primeiro livro que li da autora. 


Confesso que li o primeiro capítulo e um sentimento de estranheza me tocou, faltava uma peça no quebra-cabeça do livro que me deixou curiosa. Comecei uma pesquisa sobre o mesmo, com a leitura de resenhas. Todas elogiosas e estruturadas sobre os personagens e, contudo, a peça ainda não havia sido encontrada. Veio logo após a releitura do prólogo e apagou tudo que eu havia ouvido e lido sobre o livro.

E assim começo dizendo que a história nesse livro não é a de um “simples” livro de fantasia. Para mim a peça que faltava é que este livro é uma fantasia medieval distópica. A história se passa em uma sociedade totalitária debaixo de um governo sobre 12 reinos, que criaram novas leis e regras para manter coeso o governo após a queda do que antes reinava em paz e perfeição.


Algumas vezes, você tem que se arriscar, para saber se ao final da jornada você fez a escolha certa.

O enredo gira em torno dos irmãos gêmeos Pedro e Eloise Pontes e os também irmãos Tomás e Isabel Fernandes. Após a descoberta de um segredo que foi guardado e protegido, não apenas por seus pais, mas também por outras pessoas que um dia foram poderosas e influentes, muda tudo o que os quatro pensavam sobre si mesmos e sobre a própria visão de mundo; afinal a revelação traz luz sobre ao passado dos quatro amigos, suas origens e a amizade de suas famílias.

Os quatro, apesar de adolescentes, começam uma busca por respostas, com bastante maturidade, às perguntas que surgiram a respeito de si mesmos e também do povo de Petra. Em uma jornada de escolhas e fé, em uma narrativa fluida que nos leva nessa jornada junto com os protagonistas, cria a cada revelação uma nova expectativa do que virá e a torcida para que tudo dê certo.


... às vezes é impossível impedir que coisas ruins aconteçam conosco ou com aqueles que amamos. Mas o sofrimento marca, ele não mata. Pode ser cruel ouvir isso agora, mas devemos incorporar essas marcas e nos fortalecer com elas. Se você está viva hoje, é por que está mais forte do que ontem.

A promessa de uma aventura épica, onde princesas e cavaleiros lutam para salvar o Reino de Petra das mãos de um rei tirânico e de uma rainha — Elga Belmont — envolvida com as forças do mal, é cumprida de forma magistral, porque logo no início a história te envolve e você se afeiçoa aos personagens, escolhendo seu lado e, claro, criando aquela antipatia que te faz ler desesperadamente para que os antagonistas tenham sua cota de dor, sofrimento e derrota.


Um dos pontos que tornam essa leitura incrível é o próprio Reino Unido de Petra e os povos que habitam nessa terra, que vamos conhecendo à medida que a jornada avança com as descrições do ambiente, geografia e segredos, pontuados por locais como Cabeça de Búfalo e as Terras dos Anões, outrora citados nos treinamentos e que ao serem descritos de forma mais detalhada trazem uma surpresa muito agradável ao leitor que já conhece anões de outras aventuras. Junto a isso, a entrada de novos elementos a trama, como artes, magia, filosofia e a preparação para uma guerra cada vez mais próxima, deixa a trama em um limiar de expectativa e vários acontecimentos.

... quanto mais tememos uma coisa, mais ela se torna real. Quando nossas ações são guiadas pelo temor de um acontecimento, em vez de evitá-lo, acabamos por atraí-lo.

Claro que um segredo é escondido com a criação e manutenção de outros segredos, e cada descoberta nesse livro tira o fôlego e começa a preparar o leitor para o próximo livro da série. Muito ainda deve ser contado sobre a Ordem, a Arca e os Cavaleiros da Aliança. Cavaleiros esses que trazem um ingrediente a mais ao romance na história e que faz o coração não só da personagem como também de quem ler, ficar dividido sobre qual caminho tomar.  Pois, qualquer que seja a história com princesas e cavaleiros existe a torcida para um final feliz, mesmo que não seja para sempre, afinal tudo é eterno enquanto dura.


A capa, diagramação, letra e história são um convite irrecusável à leitura e a participar dessa história, que sabemos que apenas começa. As comparações que ouvi, até aqui se fizeram pobres, porque vi algo tão único em um meio de um universo conhecido, que só posso comparar o seu texto a ele mesmo. Fica assim meu convite, para que você venha conhecer essa história.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Herdeiros do Trono
Trilogia Herdeiros do Trono Vol. I
Ano: 2013
Páginas: 489
Editora: Amazon
Sinopse:
Pedro, Isabel e Eloise estão prestes a realizar seu grande sonho: participar do Torneio de Bravura e ingressarem na Academia de Cavaleiros. Enquanto os amigos se preparam as provas do torneio, Tommy, irmão de Isabel, participa de lutas clandestinas para conseguir o dinheiro necessário para custear as despesas dos três. Mas, um segredo do passado, pode mudar completamente o rumo desses jovens. 
Prepare-se para embarcar em uma aventura épica onde princesas e cavaleiros lutam para salvar o Reino de Petra das mãos de um rei tirânico e de uma rainha envolvida com as forças do mal.


_____Sobre a Autora_____


Elysanna Louzada


Entreter e educar são os dois principais eixos condutores da carreira literária de Elysanna Louzada. Autora capixaba infanto-juvenil de obras adotadas em escolas e bibliotecas públicas e privadas, já esteve na lista dos 10 mais vendidos da revista Veja (categoria Ebooks) com os romances Uma lição de amor e Herdeiros do Trono, Drama e Fantasia, respectivamente, voltados ao público Jovem/Adulto.
Professora do Ensino Fundamental e Médio por 10 anos, formada em Letras-Inglês-Literatura, Elysanna Louzada iniciou sua carreira como escritora em 2011. Suas obras podem ser encontradas em diversas plataformas, como Amazon e Wattpad, e em lojas físicas.
Em julho de 2014 Elysanna Louzada foi homenageada na Assembleia Legislativa do Espírito Santo com a Comenda Rubem Braga. Busca parceiros em todo o país para promover o projeto social Biblioteca escolar. 
Além da escrita, Elysanna Louzada dedica-se a realizar palestras gratuitas em escolas públicas e privadas para motivar crianças e adolescentes a lerem e escreverem. Seus livros e carreira já foram cobertos por diversos veículos de imprensa nacional. 

27 maio, 2019

Resenha :: Um Cocheiro em Paris e Comprada por um Lorde

maio 27, 2019 0 Comentários

 Primeira História: Um Cocheiro em Paris (O Quarteto do Norte #3)

Belvoir é um Duque, marcado pelo passado de seus pais e suas próprias “aventuras”, tachado de “lorde bastardo”deixou a Inglaterra indo morar em Paris para deixar os comentários nada discretos sobre os erros de sua mãe — uma cortesã francesa casada com  um poderoso duque inglês. Mas o que antes eram boatos velados, tornaram-se públicos e vexatórios com a morte de seus pais.

Mas Oliver Ashlie Stanhope, o duque de Belvoir, era filho daquela que fora considerada a mais bela do mundo em seu tempo, e o duque, seu pai, também fora um homem de excepcional beleza. Portanto, sua aparência era impactante.


Porém, ele conquista mais com suas “trapalhadas”, como ter que  sair às pressas da casa de Juliette Drouet, a amante de Victor Hugo, para não ser pego em flagrante pelo próprio escritor, e sua única alternativa é a de dirigir a própria carruagem pelas vielas de Paris. Ou sua beleza aliada a seu porte de homem com quase 2 metros de altura, mas por sua bondade demonstrada ao socorrer uma dama que acabara de chegar à cidade. E para seu ato de benfeitoria passar em anonimato, tratou de dizer que era um humilde cocheiro.

A despeito de dormir com as amantes de outros homens, ele era honrado.

Claro que nada sairia como ele esperava, afinal a dama socorrida era Harriet Neville, que se apaixonara de verdade por ele, mesmo achando que fosse um humilde cocheiro. Colocando Oliver Belvoir num dilema moral contra os desejos de seu corpo, afinal Lady Neville era noiva de seu amigo. Beirando a infantilidade, ele bola um plano para por em prática seu plano de ficar próximo a Lady que tomava seus pensamentos, mesmo lutando contra sua consciência em relação ao amigo.

E assim, ele foi se tornando meu personagem favorito, com seu jeito de menino e atitudes de homem. Ao ter aprendido muito cedo que a beleza física pode ser uma maldição e uma máscara para encobrir as piores coisas, se prometeu aprender a olhar além das aparências e principalmente da beleza que esconde o que há de pior dentro das pessoas.

— Ela merece ser feliz. Sempre foi tão desprezada aqui em Londres e ela tem uma beleza tão dela... — Beleza? — Arthur Pearl disse. — Sim, Pearl. Belvoir a enxergou.


Harriet Neville tinha plena consciência da ausência de beleza e atrativos físicos de sua pessoa, afinal seu primo e pretendente havia de forma não intencional deixando isso muito claro. E consciente disso, abriu seu coração a viver o amor independente do que rege a sociedade para uma mulher em sua posição. Ao ser resgatada por um cocheiro, após o acidente que envolveu a carruagem do hotel onde estava hospedada com a tia, teve certeza que mais valia ser amada por um homem humilde, que ser casada por um homem que a desprezava como mulher e já corria por toda a Londres que estava apaixonado por uma estrangeira. 

E assim, essa história vai contar que o que importa não é como a pessoa é fisicamente, o amor vai encontrar seu caminho para curar dois corações e mostrar que a beleza é aquela que a felicidade cria. E que mesmo o passado cobrando os pecados nos tempos presentes, o perdão e o amor são a cura e o pagamento a qualquer pecado.



 Segunda história: Comprada por um Lorde

Na edição impressa temos essa segunda história, que está ligada a história de Quando os céus conspiram no livro anterior. 

O que fazer quando uma decisão impulsiva te coloca em uma situação delicada e complicada? Afinal o conde de Ponthieu não necessariamente pensou no que faria, apenas se concentrou em evitar que Meg Hayes fosse vendida pelo próprio pai para uma casa de prostituição, evitando assim que ela tivesse o mesmo destino de sua irmã mais velha; então ao compra-la de seu pai, não pensou no que faria com ela. E nem o que essa atitude causaria em sua reputação de Lorde Inglês.

... vivia um dia após o outro tirando dele tudo que ele pudesse oferecer. Não esperava nada e recebia muito.

Não apenas as pessoas da vila de Arundel em Sussex começaram a especular o que seria da jovem. Ela própria se indagava o que seria de seu destino, agora que era propriedade do Lorde, que havia pagado por sua vida. Assim, aquela jovem se apaixona por seu herói e  começamos a ver a luta de princípios e valores de um nobre que não se permite se apaixonar por uma dama bem mais jovem e de classe social inferior, pela qual pagou para lhe dar a liberdade e não encerra-la em outra prisão.

O infortúnio o transformara num homem duro, se tivesse o tornado flexível em vez de endurecê-lo, teria sido melhor, pois uma substância dura partia-se facilmente, ao contrário da maleável que aparentemente frágil, dobrava-se ao vento, mas voltava ao centro.


Então, à medida que esse livro começa a responder as histórias anteriores, ganha um ritmo ainda mais frenético e delicioso, porque o desenrolar dos fatos mostra porque o quarteto do norte é um grupo tão destacado nos nobres britânicos e feitos de algo mais que a nobreza herdada de berço e que a fraqueza pelos prazeres da carne apenas existe até o encontro do amor.

— Meg, querida. Ouça-me: não há conquista sem dor, não há vitória sem luta, um dia você me dará razão.

Preciso avisar que o conde de Ponthieu chega a ser bastante irritante por sua cabeça dura; e a inocência e adolescência de Meg deixam a história com toques de leveza.  O que contribui e muito para a trama ser deliciosa e fácil de ler. Temos também um casal secundário que irá agitar as coisas e em especial a vida desse casal, garantindo que o Conde não dê margem para perder seu grande prêmio, o amor.


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Um Cocheiro em Paris
Um Livro, dois Romances: Um Cocheiro em Paris e Comprada por um Lorde
O Quarteto do Norte #3
Ano: 2018
Páginas: 256
Editora: Pedrazul
Sinopse:
UM LIVRO, DOIS ROMANCES, POIS "COMPRADA POR UM LORDE" ESTÁ COMO ANEXO!

O terceiro livro da série O Quarteto do Norte

Quando o duque de Belvoir teve que sair às pressas da casa de Juliette Drouet, a amante de Victor Hugo, para não ser pego em flagrante pelo próprio escritor, sua única alternativa foi dirigir a própria carruagem pelas vielas de Paris. O que ele não esperava era ter que socorrer uma dama que acabara de chegar à cidade. Fruto da relação de um poderoso duque inglês com uma cortesã francesa, Belvoir — assumido pelo pai — vivia uma vida desregrada em Paris. Por ter sofrido muita rejeição da aristocracia britânica, chamado de ‘lorde bastardo’, ele tinha convicção absoluta de que nunca se casaria com a filha de nenhum deles. Belvoir só não contava que Harriet Neville, a lady que socorrera, se apaixonaria de verdade por ele, mesmo achando que fosse um humilde cocheiro.


Editora Pedrazul atualmente é a editora que mais se dedica à tradução e à publicação de obras mundialmente consagradas, algumas ainda desconhecidas no mercado editorial brasileiro, como os autores que influenciaram o estilo da mais famosa escritora inglesa de todos os tempos, Jane Austen. Também atua no segmento romance histórico e de época escritos por autores contemporâneos.


 _____Sobre a Autora_____

Chirlei Wandekoken


Jornalista e pedagoga capixaba, filha de cafeicultores, mudou-se para Vitória aos 15 anos de idade, e desde então começou a construir sua vida. Casada, tem dois filhos (21 e de 18 anos de idade). Isto é o que se percebe em seu primeiro livro, "O Vento de Piedade", publicado pela Editora Saraiva, que conta a história de uma família de um vilarejo no interior de São Paulo. Uma história que começa em 1956 e se estende até 2000, citando vários fatos reais, especialmente os relacionados ao período da ditadura militar brasileira.
O talento profissional nas três áreas (jornalismo, pedagogia e literatura) e sua clara demonstração de que sabe aproveitá-lo muito bem comprovam que Chirley Wandekoken é uma mulher que, mais do que "a diferença", faz a soma.
Estudou na Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente mora em Vitória, Espirito Santo.