07 julho, 2017

05 julho, 2017

23 junho, 2017

Resenha :: Grey ( Fifty Shades of Grey)

junho 23, 2017 1 Comentários

"Eu quero muito dela: sua confiança, sua obediência, sua submissão. Eu quero que ela seja minha, mas agora… Eu sou dela."

Primeira coisa que gostaria de avisar: Grey não é Cinquenta tons de cinza. É, mas temos que separar os dois livros. Como todos nós já conhecemos, nessa história temos Anastasia Steele indo entrevistar o bem sucedido empresário Christian Grey para o jornal de sua faculdade. Assim que chega a seu escritório, Christian fica encantado com o jeito tímido e obediente de Anastasia e enxerga nela uma ótima submissa e inicia seu desejo de conquista.

“Quero ela. Toda ela. Seu corpo e sua alma. Quero que seja minha.”

Bom, em Grey temos a história narrada completamente pelo Christian e já digo aqui que é bem mais intenso e pervertido que no livro que é contado pela Anastasia. Eu digo que é bem mais interessante.

“Eu nunca senti esse desejo, essa… fome antes. É um sentimento novo, novo e luminoso.”

Sem papas na língua ele vai mostrando o seu estilo de vida, denominado assim por ele, e vai deixando, nós leitores, a cada termo, a cada diálogo, mais chocado com o linguajar usado. Chega a ser muito vulgar. O livro é adulto, tem essa indicação no próprio livro, mas com a internet e seus diversos sites de download é fácil uma criança curiosa ter acesso e se deparar com tamanha loucura. Cuidado.

“Ela não conhece a profundidade da minha depravação, a escuridão da minha alma, o monstro dentro de mim… talvez eu devesse deixá-la em paz.”

Confesso que aqui o livro é bem mais construído, acho que por isso é mais arrastado e isso me incomodou. A narração é muito detalhada e muita das vezes sem necessidade, o que torna os capítulos mais longos, os diálogos mais longos e muita das vezes repetitivos.

“Ana oscila um pouco enquanto bebe a água, e a estabilizo colocando uma das mãos no seu ombro. Gosto do contato dela, de tocar nela. Ela é um bálsamo para meu espírito tumultuado. Hum… que poético, Grey.”

O ponto alto da leitura é quando somos colocados de frente com os pesadelos que tanto gostaríamos de ter lido primeiro livro. Uma crueldade sem limites o que o padrasto dele o fez passar, chegando ser difícil de ler certos sonhos.

“Desde que a conheci, meus sonhos sofreram uma agradável mudança do pesadelo ocasional.”

Comparando o primeiro livro e essa versão contada pelo Christian, eu fico com essa versão. E acho que não só eu, mas todos os fãs querem esse estilo nos outros dois livros.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Grey
Cinquenta Tons de Cinza Pelos Olhos de Christian
Ano: 2015
Páginas: 528
Editora: Intrínseca
Sinopse (Skoob):
Na voz de Christian, e através de seus pensamentos, reflexões e sonhos, E L James oferece uma nova perspectiva da história de amor que dominou milhares de leitores ao redor do mundo.
Christian Grey controla tudo e todos a seu redor: seu mundo é organizado, disciplinado e terrivelmente vazio – até o dia em que Anastasia Steele surge em seu escritório, uma armadilha de pernas torneadas e longos cabelos castanhos. Christian tenta esquecê-la, mas em vez disso acaba envolvido num turbilhão de emoções que não compreende e às quais não consegue resistir. Diferentemente de qualquer mulher que ele já conheceu, a tímida e quieta Ana parece enxergar através de Christian – além do empresário extremamente bem-sucedido, de estilo de vida sofisticado, até o homem de coração frio e ferido.
Será que, com Ana, Christian conseguirá dissipar os horrores de sua infância que o assombram todas as noites? Ou seus desejos sexuais obscuros, sua compulsão por controle e a profunda aversão que sente por si mesmo vão afastar a garota e destruir a frágil esperança que ela lhe oferece?

21 junho, 2017

19 junho, 2017

Resenha :: Supernova - O Encantador de Flechas (Supernova #1)

junho 19, 2017 26 Comentários

Eu estou muito indecisa com o meu sentimento sobre esse livro, não sei se o classifico como “o melhor livro de literatura fantástica nacional que já li até hoje”, ou simplesmente como “um dos melhores livros de literatura fantástica que já li até hoje”, é muita pressão!

Eu deveria ter me derretido por ele no fim, pois provavelmente já falei o que vocês queriam saber que é “sim, indico, leiam, porque é maravilhoso”, mas não resisti, precisava falar de uma vez! Agora à resenha.

Primeiramente preciso dizer que SuperNova tem um dos universos mais bem construídos que eu tive o prazer de conhecer, eu não sei exatamente em que o autor se inspirou para sua construção, mas no Prólogo em que ele conta em duas páginas a mitologia da “Criação do Mundo” no contexto do livro, ele simplesmente fez que eu me rendesse a escrita dele (é tão sério isso que em todos esses anos dessa indústria vital de resenhas para esse blog, é a primeira vez que falo de um prólogo).

"Sem dúvida a briga é muito desequilibrada. Eles podem matar sem ser punidos. Eles ditam as regras. Quantos o governo já assassinou sem ninguém saber? Dezenas? Centenas?"

O livro é em certo ponto uma mistura de fantasia com ficção cientifica e meio que distopia, parece que não faz sentido, mas posso garantir que faz muito. A história se passa em Acigam que é uma cidade com as fronteiras fechadas em relação ao resto do mundo (ninguém entra e ninguém sai), e nesse lugar existe uma política bem limitante do que a população pode ou não aprender ou saber, dentre uma dessas coisas que a maioria é alheia é a existência dos magos, que o Governo tenta mascarar, e com quem ele vive em uma “guerra” meio que nas escuras, principalmente com a ajuda dos Silenciadores (que é um grupo de elite secreto do governo que são usados para caçar os magos). 

Mas o que me chamou mais atenção em relação a essa existência de magos é o fato de eles não estarem inseridos como “seres fantásticos que existem no submundo e que pessoas racionais não acreditam e não sabem da existência”, mas que nesse contexto a capacidade de ter a magia está relacionada a verdadeira ciência, e tem toda uma explicação científica relacionada a magia com as energias, enquanto a versão difundida para população sobre a criação é na verdade é a mitologia sobre os deuses. 

"Ouvi falar em alguns indivíduos que modificam o ambiente a sua volta (...). Eles eram chamados vulgarmente de magos e, no passado, foram caçados e punidos por essa prática. (...) Meu avô me confirmou que em outros lugares esse magos existiam mesmo, mas em Acigam a prática dessa curiosa ciência é proibida."

É difícil de explicar! Mas basicamente a magia é relacionada a ciência e não a fantasia, e é uma coisa muito complexa, estou tentando ser sucinta. (Se saírem dessa resenha confusos, sugiro que leiam o livro o mais rápido possível ou se não, leiam mesmo assim rs). 

Inserido nesse mundo temos o nosso protagonista Leran Yandel um jovem que está descobrindo que existe mais coisas por trás de todo esse submundo da verdadeira ciência do que ele imagina.

Bom, eu não vou detalhar os acontecimentos do livro passo a passo, mas eu realmente adorei o protagonista e o caminho que esse primeiro livro percorreu, eu estava esperando algo mais clichê (pois até gosto, confesso), mas ele me surpreendeu em vários momentos, principalmente com a construção dos personagens (Judra, Bretor e Luana Yandel e etc, alguns tem um toquezinho na loucura, mas todos são bons personagens), e houve também situações que achei que ocorreram rápido demais em primeiro momento na narrativa, mas acabei mais para frente descobrindo o motivo, e o autor conseguiu interligar tudo muito bem.

Em alguns momentos eu queria mais de Leran e que certos diálogos fossem mais desenvolvidos, mas isso não atrapalhou em nada a leitura, na verdade eu fiquei bastante satisfeita com os diálogos, pois infelizmente em alguns nacionais que li, via uma história muito boa, mas com diálogos fracos, e isso sempre me irritava, e posso falar com toda certeza de alguém que lê muitos livros de fantasia (e em segundo de ficção cientifica), que esse foi um dos livros mais completos em relação a desenvolvimento do enredo, diálogos e de todo o universo criado, e o final me deixou muito ansiosa para ler as continuações, não sei quando vou poder adquirir o segundo livro, mas estou com as expectativas bem altas e vou dar o feedback sobre ele aqui. Mas por enquanto recomendo muito esse livro, vamos dar mais chances para autores incríveis que temos aqui no Brasil, e se você gosta de fantasia não vai se arrepender por dar uma chance para esse. Boa leitura.

P.S: Edição maravilhosa! Com ilustrações lindas demais. Vale muito a pena a aquisição.  

(..) Como meu avô disse: "Isso é só o começo". De quê, eu ainda não sei. Mas estarei pronto para enfrentar o que vier..."


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Supernova - O Encantador de Flechas
Supernova #1
Renan Carvalho
Ano: 2015
Páginas: 440
Editora: Novo Conceito
Sinopse (Skoob):
Imersa em uma ditadura implacável, a isolada cidade de Acigam sofre com a ameaça da guerra civil. De um lado, a Guilda, um grupo que utiliza os ensinamentos da Ciência das Energias para exigir direitos para a população. Do outro, um governo tirano, resguardado por soldados especialistas em aniquilar magos — nome vulgar dado aos praticantes da tal ciência. No meio desse conflito vive Leran, que, após ser tragado para a rebelião, tenta aprender mais sobre sua misteriosa habilidade de encantar objetos com a energia dos elementos.
Com uma narrativa envolvente e reviravoltas incríveis, Supernova: O Encantador de Flechas é um livro que vai arrebatar os fãs de fantasia.

15 junho, 2017

Especial :: Os 5 clichês da literatura fantástica mais legais que já li

junho 15, 2017 0 Comentários

Sabe aquele livro que você está lendo e de repente pensa "putz, já sei o que vai acontecer, que clichê"...... Bom, eu não vou falar desses livros, porque hoje eu vim aqui para defender o clichê! Sim, meu caros faroleiros, quero levantar a bandeira das boas leituras o clichê pode proporcionar.

Mostrar que nem todo clichê significa falta de criatividade, vou mostrar livros que os autores pegaram referências, modelos que poderiam cair no velho clichezão batido e sem mais graça e transformaram em livros incríveis.


Em 5° lugar - O Oráculo Oculto   As provações de Apolo #1 (Resenha)


Talvez eu seja suspeita para falar, eu sou fã demais do Rick Riordan, já li todos os livros ligados a mitologia dele, então apesar de suspeita eu tenho créditos em falar que ele é o clichê dele mesmo. (Hã!!?) Sim, é isso. Só admitam. Não estou falando que os livros deles são ruins, eu amo a escrita dele, e provavelmente vou continuar lendo sempre tudo que ele lançar (quero ler também os livros não mitológicos dele).
Eu coloquei esse livro aqui, porque eu realmente achei que desse eu não ia gostar, pois, imaginei que esse "clichê" dele não ia ficar legal com um deus do Olimpo e tal. O que me enganei completamente. Rick apesar de apresentar as coisas que já conhecíamos (pelo menos para aqueles que já o conhecem), e de um roteiro de acontecimentos mais previsível, As provações de Apolo é muito bom! Conseguiu com que eu tivesse uma sensação parecida depois que eu li pela primeira vez Percy Jackson (que foi a primeira série dele que li). As outras são muito boas também, mas acho que depois de Percy, essa série tem tudo para ficar em segundo lugar em relação a livros do tio Rick no meu coração.




Em 4° lugar – Partials

Esse eu acho que não falei nenhuma vez aqui no Clube ainda, mas merecia uma resenha, mas é que já li faz um bom tempo... Então... Foi mal. Esse livro na verdade é ficção científica/Distopia, mas acho que cabe nas minhas regras rs. Esse é um dos menos clichês, mas também clichê (calma, vou explicar). Ele se passa em um mundo distópico onde o mundo não é como antes, onde humanos estão reunidos para a sobrevivência depois de uma "guerra".... E do outro lado tem o Partials que são tipos "robôs", "humanos artificiais", "super soldados"... difícil explicar, pois, eu ainda não terminei de ler a trilogia, falta o último livro. Ele é o menos clichê porque é uma distopia, e como toda distopia se passa em um mundo distópico (), em que se pensa sempre no "eu estou certo e meu vizinho é o errado" (e algumas coisas que poderia ser spoiler, apesar de não ser uma grande surpresa). Mas é um livro muito bom e também não tanto clichê! Foi uma surpresa muito boa esse livro, eu comprei ele meio que no escuro e não me arrependi! É uma ficção científica como poucas e com um enredo que te prende. Sério, vale muito a pena!




Em 3° lugar - O Desafio de Ferro  Magisterium #1  (Resenha)



Aqui existe uma escola de magia, um garoto, amigos.... E várias coisas que vão sim remeter a HP e inúmeras outras histórias e blá blá blá, sim eu sei! Mas leia antes de julgar!! Sério, eu estou gostando bastante dessa saga, apesar de sim, ter seus clichês, não é uma cópia, acho que as autoras conseguiram passar bem isso durante toda a narrativa. E o mais legal é que já está no terceiro livro e vai ficando cada vez melhor, acontecendo coisas que sim, não esperávamos, e coisas que são óbvias, e mesmo assim não tira o gosto da leitura. Então esse é um clichê que índico muito.


Em 2° lugar- O Aprendiz — Conjurador #1 (Resenha)

Bom aqui não é bem um clichê, mas um livro cheio de referências, o próprio autor já disse que esse livro é uma mistura de Harry Potter, Senhor dos anéis e Pokémon! E tipo, é muito isso!! Sou completamente apaixonada por essa trilogia, quase coloco ela em primeiro, mas como eu vejo mais referências do que clichê nela, o lugar dela é aqui em segundo. Indico muito, não deixe de ler, muito amor por essa trilogia até agora, maluca para ler o último livro.




Em 1° lugar - A Trilogia do Reino (Resenha do 1ºlivro)


Não nego os vários clichês de fantasia medieval aqui! Não nego mesmo, mas com certeza é uma das melhores trilogias que já li, pelo menos tem o melhor personagem principal, não tem como não se apaixonar de cara pelo Sage! Te desafio a isso, leia a primeira página, nem precisa ir tão longe se não gostar, mas não tem como não se encantar com ele (você não é uma pessoa confiável se pensar o contrário). Tá que ele tem umas ideias loucas que só daria certo com ele, e tipo tem várias coisinhas que se você lesse esse livro racionalmente você notaria clichê, mas é tão bom que você nem se importar. E não é para se importar mesmo, leia e seja feliz e ame o Sage!!!!


É isso! Às vezes os clichês são os melhores remédios para a cura de uma ressaca literária pesada, não tem nada melhor do que ler um clichê do que gostamos, esses foram os meus maiores amores nem sempre tão surpreendentes (alguns sim), mas são livros que mais gostei de ter lido.

14 junho, 2017

Resenha :: A Rainha de Tearling (The Queen of Tearling)

junho 14, 2017 2 Comentários

“Oh, Tearling, oh, Tearling. Os anos que presenciaste. Tua paciência, tua tristeza. Clamando por uma rainha.”

Antes de tudo, tenho que dizer que esse livro me perseguiu até eu o ler. Sem brincadeira, acredite em mim. Vou explicar .

Certo dia estava eu gastando meu tempo diário no Skoob (entro todos os dias mesmo não tendo nada para fazer lá), quando vi a capa de A Rainha de Tearling, gostei dela, mas nem li a sinopse e saí. Pouco tempo mais tarde estava eu no Instagram olhando fotos alheias, quando vi novamente a capa de A Rainha de Tearling, fiquei tentada a saber mais sobre esse livro dessa vez, mas me controlei. Nesse mesmo dia, estava eu no Facebook fazendo Deus sabe o que, quando vi a capa de A Rainha de Tearling DE NOVO. Considerei isso um sinal. Voltei no Skoob, li a sinopse, gostei, e adicionei a lista de livros a serem lidos em um futuro remoto, por ser o primeiro livro de uma trilogia e ter sido lançado só esse ano e os outros só existindo lá fora e, bom, tento evitar sagas incompletas (ok, quase nunca consigo, mas o que vale é a intenção ), e eu estava bem com isso. Mas aí, lá estava eu procurando promoções de livros em lojas online (não que fosse comprar algum, mas gosto de me torturar), quando... Adivinhe o que vejo? Sim, A Rainha de Tearling! E isso se repetiu em duas lojas diferentes. Era perseguição! Então, como ser fraco que sou, resolvi lê-lo assim que pude (faz algumas semanas). E ele me surpreendeu. Positivamente. 

“Apenas fazemos o melhor que podemos quando o fato já está consumado.”

A Rainha de Tearling é o primeiro livro de uma trilogia distópica, mas que ainda assim tem ares de fantasia medieval, da autora Erika Johansen e foi publicado recentemente na nossa terrinha pela Suma de Letras (acho que essa é a primeira trilogia/saga que eu leio dessa editora, espero que ela não me torture muito demorando para lançar os próximos livros ).

Como é uma distopia, a história se passa no futuro, em um Novo Mundo, mas muitos conhecimentos sobre medicina, tecnologia... se perderam. Então tudo no Reino de Tearling começou praticamente do zero, fazendo essa distopia lembrar uma saga de fantasia medieval, com magia e tudo. É bem legal ler sobre um mundo onde não existe tecnologia e nem nada, mas que alguns poucos livros na nossa época, como os da J. K. Rowling, ainda existem (mesmo sendo raros). É como se fosse um mundo novo, mas que tem coisas que conhecemos. E como é um livro bem introdutório para esse mundo, é um pouco maçante em algumas partes, mas ao decorrer do livro, a história vai evoluindo e vai nos prendendo.

“Pessoas que cometem erros não costumam sobreviver a eles.”

O livro é narrado em terceira pessoa por diversos pontos de vista, um deles, principalmente, é o da nossa (maravilhosa) protagonista Kelsea, que é uma princesa que foi escondida de tudo e praticamente todos após a morte da mãe, a Rainha Elyssa, para a sua proteção até ela ter idade para governar o seu reino, o Reino de Tearling. Ela foi criada no meio do nada, longe da civilização, perto de florestas, tendo como companhia apenas os seus “pais adotivos” e os livros da biblioteca de sua cabana, sendo treinada para ser uma rainha, mas não no quesito etiqueta, como usar roupas bonitas, como ser bonita. Ela não foi criada para ser uma rainha fútil, mas para ser uma rainha guerreira e justa.

Após fazer dezenove anos, alguns membros da antiga Guarda da Rainha aparecem no seu esconderijo para enfim leva-la para assumir o seu trono de direito, mas até conseguir colocar a coroa na cabeça, ela passa por dificuldades, pessoas que não querem que ela ascenda ao trono (inclusive, o seu tio, o regente) fazem de tudo para ela não chegue ao seu destino, a fortaleza real. Perseguições, lutas e mortes acontecem. E enquanto ela luta para assumir seu trono e quando finalmente chega à fortaleza real, Kelsea vai descobrindo que ser rainha vai exigir ainda mais do que aprendeu em suas aulas, principalmente porque ninguém conta a ela o que aconteceu no passado, não contam como sua mãe era como rainha, como anda o reino... E a cada segredo que vai desvendando por conta própria, ela percebe que os sonhos que tinha de herdar um reino lindo e feliz, podem não passar de sonhos. O seu reino sofre e mesmo se sentindo insegura e despreparada, a nossa protagonista tem que aprender como funciona a sua corte, tomar decisões que podem levar ou não seu reino a guerra, ao mesmo tempo em que precisa conquistar o amor e respeito de seu reino e de seus guardas, mostrando que não é a princesinha mimada e pamonha que acham que ela é, mas uma rainha forte que ama o seu reino e que fará de tudo para defendê-lo.

“E se a verdade não for algo que você queira ouvir?”

A Kelsea é uma das melhores protagonistas femininas de distopias que já li. Ela é uma personagem forte, corajosa, que não deixa as inseguranças dela a intimidarem. Ela tem garra, é madura para a pouca idade que tem e foge dos padrões normalmente encontrados em livros de fantasia e distopias. Ela não tem um corpo escultural, nem uma beleza que faz os caras quebrarem o pescoço enquanto passa, não é magrela e nem nada disso. Ela pode ser igual a resenhista aqui, na verdade . Ela é morena, gordinha, não enxerga muito bem, gosta de ler e de comer... Ela é comum. E mesmo sendo comum, ela é maravilhosa, mostrando que o que importa é o interior (frase clichê, eu sei). E mesmo sendo criada longe de tudo, ela não fica choramingando, ela vai lá e aprende. E o engraçado é que como ela não teve muito contato com homens durante a vida, ela acha todos lindos, aí enquanto eu lia, eu não sabia se era só impressão dela, ou os caras são todos maravilhosos naquele reino e eu devia fazer uma mala e mudar para lá.

E fora a Kelsea, A Rainha de Tearling conta com muitos outros personagens muito bons e marcantes, como os membros da Guarda da Rainha e alguns outros. Mas o mais chocante em relação aos personagens é que pela primeira vez em livros de distopia ou fantasia medieval eu não me apaixonei perdidamente por um guri do livro. Sério, eu sempre me apaixono por algum e nesse livro isso não aconteceu. Claro, que admiro alguns personagens e que alguns me cativaram, mas nenhum despertou um amor grande e tal, até porque quase não existe romance nessa obra. O amor desse livro, não é sobre uma guria e um guri, um amor de "amantes", na verdade é sobre o amor de uma Rainha por seu reino e do amor do reino pela rainha. E eu amei isso . 

“O mundo é um lugar perigoso demais para dormir.”

A Erika Johansen criou um mundo que nos surpreende e nos conquista, um mundo mágico que promete muito para os próximos livros, com uma escrita que te prende muito depois que a leitura engata, nos presenteando com uma protagonista feminina admirável, que nos mostra que podemos ter fraquezas e mesmo assim sermos fortes, que podemos ser justos sem deixar de ter compaixão e amor. E sim, eu mais que indico esse livro. E agora o que me resta, é esperar pelos próximos livros com as expectativas lá nas alturas. 

“A marca do verdadeiro herói é que a mais heroica de suas proezas é feita em segredo. Nunca ficamos sabendo dela. Contudo, meus amigos, de algum modo sabemos.”


Nota ::  

Informações Técnicas do livro

A Rainha de Tearling
A Rainha de Tearling # 1
Ano: 2017
Páginas: 352
Editora: Suma de Letras
 
Sinopse (Skoob):
Quando a rainha Elyssa morre, a princesa Kelsea é levada para um esconderijo, onde é criada em uma cabana isolada, longe das confusões políticas e da história infeliz de Tearling, o reino que está destinada a governar. Dezenove anos depois, os membros remanescentes da Guarda da Rainha aparecem para levar a princesa de volta ao trono – mas o que Kelsea descobre ao chegar é que a fortaleza real está cercada de inimigos e nobres corruptos que adorariam vê-la morta. Mesmo sendo a rainha de direito e estando de posse da safira Tear – uma joia de imenso poder –, Kelsea nunca se sentiu mais insegura e despreparada para governar. Em seu desespero para conseguir justiça para um povo oprimido há décadas, ela desperta a fúria da Rainha Vermelha, uma poderosa feiticeira que comanda o reino vizinho, Mortmesne. Mas Kelsea é determinada e se torna cada dia mais experiente em navegar as políticas perigosas da corte. Sua jornada para salvar o reino e se tornar a rainha que deseja ser está apenas começando. Muitos mistérios, intrigas e batalhas virão antes que seu governo se torne uma lenda... ou uma tragédia.

13 junho, 2017

09 junho, 2017

Resenha :: Em Guerra com o Amor

junho 09, 2017 3 Comentários

Há indicações de leituras que são realmente maravilhosas e este livro para mim foi uma delas. Eu amo romances e quando eles me divertem fica então perfeito. Em Guerra com o Amor é um livro que me cativou já pela capa e logo no primeiro capítulo já estava quase chorando de tanto rir, por isso não tem como não dizer logo de cara que amei esta história.

Maria e Giovana são duas super amigas desde a infância que na vida adulta resolveram abrir uma editora devido a paixão da Nana por livros, porém as coisas não andam muito bem e a Nana resolve então convidar o seu meio irmão Benício que está retornando ao Brasil após o seu divórcio para se juntar a elas e tentar assim alavancar o negócio. O Ben também cresceu com elas e desde sempre a Maria tem uma quedinha por ele e agora ela terá que superar isso completamente.

A Maria é uma maluquinha, que curte funk e adora roupas curtas e chamativas. Tudo que ela busca é encontrar um amor para a sua vida e vive então arrumando encontros com caras pela internet e para não se meter em uma furada a Nana sempre vai junto e fica a distância lendo e só observando se precisará intervir ou não. Acontece que desde o retorno do Ben, as coisas estão difíceis para a Maria pois sua queda por ele anda mais forte e os outros caras não lhe tem acendido nenhum calorzinho que ela tanto deseja.

Olho-me no espelho mais uma vez. – Caramba, sou gata! – Admiro o vestido vermelho curtinho que estou usando, minhas pernas de fora, vou arrasar!!! Meus saltos nude e penso na lingerie por baixo, e dou um sorrisinho, nunca se sabe, né?”

A Giovana é uma loira, baixinha, apaixonada por livros. E hoje em dia busca romances apenas em seus livros e está apaixonada por seu autor preferido, Luc Moreira, apesar de não ter conseguido descobrir nada sobre ele na vida real. Ela é uma pessoa que se veste de maneira despojada, é mais séria, porém vive se metendo em confusão por causa dos rolos da Maria, afinal ela não pode abandonar sua amiga né. É em um dos encontros da Maria no restaurante que a Nana conhece o Luciano, de cara ele parece como ela descreve um maníaco... rsrsrsrr... mas pela primeira vez em muito tempo ela irá se interessar por um cara real e não fictício. Será que ela irá esquecer o Luc?

Abro o meu livro e faço a primeira coisa que um leitor viciado faz. Sinto o cheiro dele. Olho as páginas com cuidado e depois de todo esse ritual, começo a ler já suspirando porque mesmo sem saber que eu existo, esse Luc me entende.”

Benício se casou de repente, foi embora para a Europa e retornou depois de tudo ter dado errado. Ele consegue ajudar sua irmã e a Maria a recuperar a Editora após dois anos, mas não tem sido nada fácil observar a vida maluca da Maria e não tomar uma atitude drástica, afinal ele é apaixonado por ela, mas se preocupa em criar algum atrito com sua irmã. As brigas entre estes dois é um dos conflitos no livro que nos levar a chorar de tanto rir e também a querer matar o Ben as vezes.

Por fim, temos o Luciano, o chef de cozinha do restaurante que as meninas frequentam e que a muito tempo está encantado com a mulher que senta quase toda a semana em uma mesa, pedi um vinho para beber e fica lendo. Até que ele resolve chegar até ela para conversar e se encanta um pouco mais. O difícil será fazer ela se apaixonar por ele e esquecer sua paixão pelo autor dos seus livros preferidos. Temos então o segundo conflito romântico do livro.

Mas não é só entre eles a diversão da história, está no livro todo, afinal a Maria e a Nana são inseparáveis, com o Ben que mora junto com a Nana e os personagens secundários da história, temos um enredo muito legal, com uns mistérios a serem desvendados e muita criatividade das autoras. É um livro pequeno, alegre e que curará qualquer ressaca literária em que você estiver.

Mesmo quem não curte romance, eu creio que pode gostar muito desta história porque é muito divertida, sério, eu fico rindo só de me lembrar e o melhor de tudo para mim foi o final, ficou excelente em minha opinião e vale destacar que as autoras do livro são nacionais e eu realmente fiquei feliz em poder ler algo tão bacana. 
Parabéns!!!! 

Boa leitura.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Em Guerra com o Amor
Ali Graciotte e Alc Alves
Ano: 2016
Páginas: 238
Editora: Nix
Sinopse (Skoob):
O que acontece quando duas amigas se juntam numa Guerra com o Amor? 
Giovana, uma mulher séria e fascinada por livros e seus mocinhos, se recusa a encontrar um amor real por ser apaixonada por Luc Moreira, um escritor famoso e misterioso que a encanta, até conhecer Luciano Silva, um chef de cozinha romântico e sensual que abala a paz do seu mundo literário... Ela se vê entre duas paixões, mistérios e aventuras. 
Maria, amiga de infância de Giovana, esconde uma paixão juvenil por Benício, irmão de sua melhor amiga, o que a coloca em situações inusitadas, ele recém-chegado ao Brasil, após um casamento fracassado descobre que as coisas mudaram... E que a melhor amiga de sua irmã, não é mais uma menina e sim uma linda mulher. 
Duas amigas, duas histórias, várias aventuras, uma guerra maluca e o amor para selar a paz!

07 junho, 2017

Resenha :: Mil Beijos de Garoto (A Thousand Boy Kisses)

junho 07, 2017 4 Comentários

"Viver intensamente, amar mais intensamente ainda. Caçar sonhos, buscar aventuras... capturar momentos. Viver lindamente."


Caro ser, você não tem noção do quanto sofri esperando lançarem esse livro aqui na nossa terrinha. Você não tem noção do quanto surtei quando anunciaram o lançamento dele para abril, o quanto fiquei feliz... Imagine alguém tão feliz que chega a comemorar dançando frevo em cima de uma mesa. Imaginou? Pois então, multiplique isso por mil e aí você terá noção do quanto surtei e fiquei feliz. Sério, se eu surtasse um pouco mais acho que meus pais não hesitariam em me mandar para um hospital psiquiátrico (não que eles nunca tenham cogitado fazer isso... ).

Aí você deve se perguntar: "Mas se o livro só foi lançado esse ano, como poderia surtar tanto por ele se nem sabia se gostaria mesmo dele ou não?" Bom, eu já sabia que o amava com todo o meu coração, porque o li ano passado antes, inclusive, de saber da possibilidade de o lançarem aqui no Brasil. Eu não aguentei esperar (novidade... #sqn), e li um e-Book de "A Thousand Boy Kisses" de tradução livre mesmo (não sei ler em inglês, #choremos ), e na época eu chorei tanto o lendo, eu o amei tanto, tanto, tanto que não via a hora de ter a versão física e traduzida dele em mãos... Eu sonhava com ele, eu mataria alguém por ele, eu venderia um rim por ele... Porque mesmo tendo clichês e não parecendo nada de maravilhoso e único à primeira lida de sinopse, ele mexeu comigo de uma forma inimaginável, inexplicável, porque ele não é apenas um livro qualquer, ele é tão especial que meu coração quase explodiu enquanto eu o lia e enquanto eu o relia também, porque ele não é apenas um dos meus livros favoritos, é um dos meus livros favoritos absolutos , tipo TOP 5 da vida, sabe? Enfim, agora que eu acho que você tem um pouco de noção sobre o quanto amo Mil Beijos de Garoto, vamos em frente .

"Um amor que não conhecia limites. O tipo de amor que inspira a música que perdura por eras. Um amor que deveria ser sentido, destinado e estimado."

Mil Beijos de Garoto é um livro de ficção Young Adult (YA) escrito pela autora (maravilhosa) Tillie Cole e que foi publicado aqui no Brasil pela Outro Planeta (obrigada, obrigada, obrigada ). Ele é narrado em primeira pessoa pelos protagonistas Rune e Poppy.

Aos cinco anos de idade Rune Kristiansen se muda com a sua família de Oslo (Noruega) para Blossom Grove (Geórgia, Estados Unidos). E no seu novo lar ele conhece a sua vizinha, que também tem cinco anos, Poppy Litchfield, e decidem que a partir desse dia eles serão melhores amigos para sempre e sempre até o infinito e que viverão grandes aventuras juntos.

Já aos oito anos, a avó de Poppy a presenteia com um pote com mil corações de papel cor-de-rosa, dizendo que com esse pote a Poppy deverá viver a maior aventura da vida dela, marcando em cada coraçãozinho do pote todo beijo de garoto que faça o coração dela quase explodir, todo beijo especial do garoto que seja seu para sempre e sempre. E é claro que o Rune não gosta nada da ideia de a sua melhor amiga sair beijando outro garoto, porque quem vai dar esses mil beijos nela vai ser ele, só ele (sim, toda essa certeza aos oito anos ), ele vai ser o garoto para sempre e sempre dela, pois ela é a Poppy dele, a sua Poppymin (minha Poppy em norueguês, quero alguém para me chamar de Danimin ).

E bom, os beijos vão acontecendo e já aos quinze anos eles são namorados super hiper mega apaixonados, possuindo um amor invejável, incomparável e muito grande e forte. Mas esse amor acaba sofrendo um abalo. Por causa do trabalho do pai do Rune, toda a família Kristiansen tem que se mudar novamente, por um tempo, para Oslo. E por isso, o apaixonado Rune terá que viver longe de sua Poppy por meses ou até anos. Ah! Como é triste para esse jovem casal e como o Rune fica com raiva, muita raiva. Mas eles não terminam, obviamente. Decidem manter o relacionamento à distância e por um tempo conseguem, mas depois de dois meses em que o Rune está em Oslo, a Poppy simplesmente desaparece. Não liga para ele, não o atende, não responde nenhuma mensagem, e-mail ou algo do tipo. Ela e a família se mudam de cidade e nenhum dos amigos de Rune sabe o motivo. E não saber mais nada da Poppy acaba com o nosso querido Rune. Ele não sabe quem é sem ela e vai tornando cada vez mais revoltado, principalmente com o pai.

Dois anos depois, aos dezessete anos de idade, a Poppy está de volta a sua casa em Blossom Grove, mas ela carrega um segredo. E quando o Rune também volta pouquíssimo tempo depois dela, ele vai querer saber porque a Poppymin o deletou da vida dela sem explicar nada, mas ele não tem noção do que o espera, do quanto o motivo da Poppy pode mudar a sua vida. Pois o segredo da Poppymin pode explodir o coração até de alguém tão cheio de dor e raiva como o Rune. 

"As melhores coisas da vida morrem rápido, como a flor de cerejeira. Porque algo tão belo não pode durar para sempre, não deveria durar para sempre. Ela permanece por um breve momento no tempo para nos lembrar de como a vida é preciosa, antes de desaparecer tão rápido quanto chegou (...). Nos ensina mais em sua vida curta do que qualquer coisa que fique sempre ao nosso lado (...). Porque nada tão perfeito pode durar uma eternidade."

Pelo amor de Afrodite, que livro é esse? Eu sei que pelo início dessa resenha eu já falei do quanto amo esse livro, mas, sério, a cada vez que me lembro do que senti lendo Mil Beijos de Garoto, do quanto percebi o quanto o amor pode ser algo tão poderoso, que faz tanta diferença na nossa vida, que nos faz voar, que nos liberta... Eu sinto vontade de chorar por não sentir algo assim. Eu sinto vontade de me bater por ter medo de algo tão poderoso. Eu sinto vontade de encher um pote com mil corações e procurar o amor da minha vida para tentar preencher cada coraçãozinho com um beijo que fará meu coração quase explodir . Mas não sei se mereço .

"Às vezes tudo que temos são momentos. Porque não há repetições; o que acontece em um momento define a vida - talvez seja a vida."

A Tillie Cole tem um jeito de escrever que nos toca tanto que sentimos cada palavra, cada diálogo, cada ensinamento... dentro do nosso  coração, porque Mil Beijos de Garoto não é um livro que apenas lemos, é um livro que sentimos. Sentimos ao ponto de querermos entrar no livro e sair abraçando os personagens. E que personagens, meu bom Ares!

“Ela via a luz perfurando a escuridão. Ela via o bem através do mal.”

A Poppy desde criança possui uma luz, uma sede de viver, uma sabedoria que só vai aumentando com o passar dos anos. Ela é cheia de vida. Ela é pura. Ela é uma guria que tem luar no coração e raios de sol no sorriso. Ela é extraordinária. Ela ensina tanto que se eu fosse resumir ela em uma palavra seria "iluminada" .

"Tudo bem rir (...). Tudo bem sorrir. Tudo bem se sentir feliz. Do contrário, qual seria o propósito da vida?"

O Rune é (para mim) o bad boy mais apaixonante, maravilhoso, cheio de amor que existe no universo , seja fictício ou não. Ele é tão honesto e verdadeiro no amor dele. Por mais defeitos que tenha, por mais raiva que sinta, ele não nega o que sente, ele é protetor... Ele é daquele tipo de cara que quase toda guria quer (pelo menos, eu quero ). Do tipo que faz falta no mundo. Eu queria ter alguém como ele no meu mundo .

"Por que ser infeliz quando você pode ser feliz? É uma escolha óbvia para mim."

Mil Beijos de Garoto é um livro que vai te fazer suspirar, refletir, sorrir e chorar, chorar muito (prepare os lencinhos, porque, se você for como eu, vai chorar do começo ao fim ). Mas ele não é apenas um livro que te enche de lágrimas, é um livro que te transmite esperança, que te enche de ensinamentos.

Ele te ensina a não deixar o que acontece de ruim dominar suas ações e sentimentos, porque por mais que coisas inesperadas e ruins aconteçam pense em todas as chances que Deus te dá para aproveitar tudo a sua volta, pense em todas as vezes que pode ver uma flor florescer, pense nas vezes em que pode colocar os pés na água do mar, pense nas vezes que pode se deitar na areia da praia e deixar o sol irradiar e te purificar por inteiro, pense nas vezes em que ouviu uma música e sentiu que ela era para você, que a sentiu no fundo da sua alma, pense em todas as chances e oportunidades de usar o dom que Deus te deu, seja escrever, cantar, tirar fotos, tocar algum instrumento... Porque por mais que você se distancie de alguém que ama, por mais que você tenha motivos para deixar a raiva dominar, por mais que o mundo te dê razões para perder a esperança, e acima de ter uma vida curta ou longa, Deus te concede inúmeros momentos, razões e motivos para agradecer por estar vivo, até o oxigênio que te mantém vivo todos os dias, e que você não vê, é uma razão para agradecer. Estar vivo te dá motivos para ter esperança e ser feliz, buscar a felicidade e alegria em coisas pequenas que pareçam sem valor, porque você deve agradecer por tudo até o seu último suspiro .

"Como nos atrevemos a desperdiçar uma simples respiração? Como nos atrevemos a desperdiçar algo tão precioso? Em vez disso, deveríamos lutar para que todas essas respirações preciosas aconteçam em tantos momentos preciosos quanto pudermos espremer em nosso curto tempo na Terra."

Mil Beijos de Garoto é um livro tão especial quanto é possível ser especial . É um livro que fez meu coração quase explodir e que vou levar comigo para sempre e sempre, até o infinito . Eu realmente acho impossível não amar esse livro, mas caso você leia e não ache o mesmo, a única coisa que irei fazer é desejar a sua morte, uma morte nada bonita, digna dos livros do Stephen King. Até! 

"Por que é necessário o fim de uma vida para aprender a apreciar cada dia? Por que precisamos esperar até ficar sem tempo para começar a conquistar tudo o que sonhamos, quando um dia tínhamos todo o tempo do mundo? Por que não olhamos para a pessoa que mais amamos como se fosse a última vez que a vemos? Porque, se olhássemos, a vida seria tão vibrante. A vida seria tão verdadeira e completamente vivida."


P. S.: A autora Tillie Cole fez uma playlist com músicas que a inspiraram a escrever Mil Beijos de Garoto (A Thousand Boy Kisses) e você pode conferi-la aqui:


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Mil Beijos de Garoto
Ano: 2017
Páginas: 400
Editora: Outro Planeta

Sinopse (Skoob):
Um beijo dura um instante.
Mas mil beijos podem durar uma vida inteira.
Um garoto.
Uma garota.
Um vínculo que é definido num momento e se prolonga por uma década.
Um vínculo que nem o tempo nem a distância podem romper.
Um vínculo que vai durar para sempre.
Ao menos era o que eles imaginavam.
Quando, aos dezessete anos, Rune Kristiansen retorna da Noruega para o lugar onde passou a infância – a cidade americana de Blossom Grove, na Geórgia –, ele só tem uma coisa em mente: reencontrar Poppy Litchfield, a garota que era sua cara-metade e que tinha prometido esperar fielmente por seu retorno. E ele quer descobrir por que, nos dois anos em que esteve fora, ela o deletou de sua vida sem dar nenhuma explicação.