04 junho, 2018

Resenha :: Prodigy (Trilogia Legend #2)

junho 04, 2018 0 Comentários

  Pode conter spoiler do livro anterior.

Confira a resenha de Legend, clicando aqui.


Pensa em uma autora que não é de enrolar, obviamente estou falando de Marie Lu, escritora da Trilogia Legend. Eu já havia falado quando resenhei o primeiro livro, Legend, que ela ia ao ponto, bem objetiva, o que fez com que o leitor não tenha um grande momento de suspense, com a narrativa intercalada entre Day e June, muita coisas vão logo sendo reveladas antes de começarmos a ficar curiosos.

Ok, eu sei que comecei com certa negatividade a resenha desse livro, mas sinceramente, não foi completamente ruim, ela pode não ter me prendido com vários mistérios, grandes surpresas — até porque vamos combinar que este é uma distopia, não um suspense —, mas com toda certeza a movimentação que esse livro traz, deixa você ligado do início ao fim. Se eu achei o primeiro bom, mas mais uma introdução para que estava por vir do que não sei o que, Marie Lu mostrou para que essa trilogia veio em Prodigy.

Ele acha que estou hesitando porque não confio nos Patriotas, e que lá no fundo, continuo a ser June Iparis, a prodígio mais celebrada da República, e que ainda sou leal a esse país. Será que isso é verdade?

Aqui June decide confiar em Day, depois de descobrir toda a mentira da República. E com Day machucado e os dois se tornando os fugitivos mais procurados, eles vão atrás dos Patriotas em busca de ajuda, mas como nada nesse mundo vem de graça, em troca dessa ajuda eles são designados em um plano para matar o novo Primeiro Eleitor.

A história se desenvolve a partir de muitos conflitos de sentimentos entre Day e June, além dos conflitos políticos, principalmente sobre os Patriotas, que são muito maiores do que se pensa e com mais segredos que poderíamos imaginar quando lemos Legend, o que é muito bom. Prodigy mostra estados políticos diferentes entre alguns locais desse mundo, e sabe aquela história que a grama do vizinho é mais verde? É só aparência, seu vizinho aprendeu a camuflar melhor, não existe uma utopia fora da República e em lugar nenhum, talvez se trate apenas de escolher o ruim ao invés do péssimo.

Eles agem como se eu fosse uma espécie de arma indomada, o que, de certa maneira, é verdade. A ironia da história toda me dá vontade de rir. Day é um soldado da República a bordo do RS Dynasty, e eu sou a prisioneira mais valiosa da República. Trocamos de lugar.

No primeiro eu esperava mais destaques para os personagens secundários, o que acontece nesse livro. Tess cresceu como personagem e se tornou mais independente de Day, às vezes chata, mas nem todo momento errada em tudo.  Andem, o filho do Primeiro Eleitor que assume o lugar do pai quando ele morre, obviamente se tornou um personagem melhor desenvolvido e vai se tornar fundamental nesse livro.  

Day e June se "batem" muito mais neste livro, depois de todos os acontecimentos do primeiro livro, já dá para vocês imaginarem a panela de pressão que está a cabeça de cada um, principalmente a de Day, o que o faz ficar mais perdido no que sente e um pouco consumido pela raiva.

É isso, só queria dizer que indico bastante essa distopia, não achei que chegou ser a melhor que li na vida, encontrei sim alguns entraves que me impediram de amar ela loucamente, mas gostei bastante do estilo e escrita dela, pretendo ler mais livros de Marie Lu, espero que gostem. Então, Leiam!!!

Às vezes, quando Day fica tranquilo assim, eu me pergunto se ele está conseguindo manter a sanidade. Essa ideia me assusta. Não posso me dar ao luxo de perdê-lo.


 Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Prodigy 
Os Opostos Perto do Caos
Trilogia Legend #2 
Ano: 2013
Páginas: 304
Editora: Rocco
Sinopse (Skoob):
Considerada pelo público e pela crítica internacional uma das melhores sagas de distopia já publicadas, a trilogia Legend, da chinesa radicada nos EUA Marie Lu, conquistou leitores de diversas partes do mundo ao acompanhar o romance improvável entre dois jovens de origens distintas numa realidade opressora. Depois de descobrir, no primeiro livro da série, as medidas extremas que o governo da República é capaz de adotar para proteger alguns segredos, no segundo volume da saga, Prodigy, June e Day assumem a tarefa de assassinar o novo líder político da nação. Mas será que este é o melhor caminho de levar a cabo uma revolução e dar voz ao povo da República?

02 junho, 2018

Resenha :: Antes dos Vinte

junho 02, 2018 0 Comentários

Olá, estou ouvindo uma trilha sonora linda desse livro (clique aqui para ouvir, ou aproveite abaixo),  e reescrevendo tudo que havia escrito. Quando a gente se apaixona por um livro é assim, difícil falar, escrever para quem ainda não leu. Não sei, faltam argumentos para dizer o quanto vale a leitura, sem dar spoiler ou parecer propaganda enganosa.



Então vou começar dizendo que tudo que a sinopse promete vai acontecer, você vai ler uma história romântica recheada de comédia e surpresas que tornaram a leitura irresistível. Como eu já adiantei, devia ter escrito sobre as primeiras impressões dessa história, mas me esqueci de parar de ler e escrever, e quando lembrei estava olhando para as últimas palavras dessa história.

Antes dos Vinte conta a vida da jovem Luana e de suas duas amigas inseparáveis. Eu adorei a ideia da lista, porque mesmo sem perceber nós sempre estamos fazendo listas, mesmo que mentais de coisas a fazer ou não. A história é narrada em primeira pessoa, porém temos os pontos de vista tanto da Luana quanto do Pete. Como a maior parte é feita pela Luana, posso dizer que adorei o fato da “cabeça da personagem” não ser um lugar chato, porque ela é tagarela nos pensamentos e com isso “dialoga” com o leitor, como se fossemos a consciência dela.

“Aprendo nesse momento que, às vezes, falamos muito mais em silêncio e que, na ausência de palavras, nossa alma expressa aquilo que temos de mais íntimo e verdadeiro.”

Luana, como toda adolescente, tem seus momentos “mimizenta” e de extrema infantilidade, mas ela está naquela fase da vida que começa a fazer uma autocrítica desses momentos e então vemos como ela está amadurecendo enquanto pessoa e como mulher. Com o retorno de Luana e sua amiga da viagem a Disney, a história ganha uma profundidade imensa, mesmo mantendo o clima gostoso de comédia romântica. Afinal todo drama adolescente é épico até o próximo drama.

“Não tem problema ter medo, medo de descobrir quem somos e como as pessoas são realmente, medo de arriscar, medo de lutar. O medo é o que nos mantém vivos, nos protege do perigo, é o termômetro que define o que realmente é importante na nossa vida.” 

A volta de Luana da Disney traz o peso da vida real, de lidar com o inevitável e ela vai precisar entrar de vez na vida real. E essa história traz esse crescimento da personagem da maneira mais verdadeira possível, com o fim do ensino médio, as voltas com o vestibular, ir ou não para faculdade, tirar carta de motorista, encarar a responsabilidade sobre seus atos e como nossa vida afeta a vida de quem está em nossa volta. Como nossas atitudes egoístas podem ferir e machucar, mesmo de forma não intencional a nossa volta.

Porém se eu dissesse que essa história tem um defeito, é o melhor dos defeitos, porque aquele personagem que deveria ser secundário é tão perfeito nos defeitos, rouba a cena e mostra que não é só o coração da Luana que será conquistado nessa história. Como não cair de amores pelo Pete?

“Minha vida e é esse cara debochado, malvestido, descabelado e irritantemente belo com seu par de topázios amarelos, que me engolem, enquanto me beija ao me entregar um prato lavado.”

Eu terminei esse livro encantada e extremamente feliz, por um conjunto incrível de uma ótima história, uma narrativa cativante que assim como eu você só vai parar de ler quando terminar. E vai descobrir junto com Luana todos os mistérios por trás do sorriso do Pete.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Antes Dos Vinte
Ano: 2018
Páginas: 450
Editora: Independente
Sinopse (Skoob):
A vida de Luana Calzzavari não anda muito boa. Desde que seus pais se separaram, ela decidiu que odeia comerciais de margarina, come por compulsão toda vez que fica nervosa e tem um estranho hábito de organizar suas roupas por cor. Além disso, ainda esconde uma lista de coisas a fazer antes dos vinte, que criou quando era pequena, e que hoje, aos dezoito anos, jura não ter mais importância. Porém, quando seu pai lhe oferece uma viagem a Disney, como uma trégua na relação entre eles, Luana vê a oportunidade de realizar mais um dos seus antigos desejos: beijar um americano. 
Pete é bonito, beija muito bem e o mais importante... é americano! Tudo o que Luana queria nessa viagem. Acontece que esse misterioso rapaz, dono de intensos olhos dourados, vai ajudá-la a realizar outros itens.
Entre confusões, algumas louças lavadas e muitas provocações eles irão descobrir que, às vezes, a vida nos guarda muitas surpresas e que o amor pode surgir onde menos se espera.


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_____Sobre a Autora_____

Cinthia Freire


Paulista, apaixonada por romances, pipoca, chocolate e sorvete.

Escritora por amor, adoro as mil formas com que um bom romance pode ser contado e a magia por trás disso. 

Autora de Antes dos Vinte, Um Novo Amanhecer e da Trilogia Segredos.
Mora em São Paulo com o marido, duas filhas e Jack seu filho de quatro patas.

31 maio, 2018

Resenha :: O Príncipe dos Canalhas (Lord of Scoundrels)

maio 31, 2018 7 Comentários

Queridos faroleiros, resolvi voltar no tempo para indicar (se você ainda não leu!) um livro que li em setembro de 2016 e me fez mudar de opinião sobre os Romances de Época.

Nunca fui muito fã do gênero. Eles seguem uma cartilha, onde o tabu e a honra são sempre um problema. Certo, todos os gêneros tem suas cartilhas, mas a cartilha dos Romances de Época me incomodam. Normalmente a mocinha é ingênua e recatada e se apaixona por alguém que a família aristocrática dela não aprova.

Uma amiga me emprestou O Príncipe dos Canalhas e, para minha surpresa, o romance escrito por Loretta Chase se tornou um dos meus livros favoritos.

Quando escrevi a Tag Literária - O Farol em fevereiro de 2017, a convite da Bete, escolhi O Príncipe dos Canalhas como o livro que tem os personagens mais shippaveis.

Paris, 1828.

Sebastian Ballister é o grande e perigoso Marquês de Dain, conhecido como Lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso. Adora sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense.

Quando nasceu, foi rejeitado pelo próprio pai devido a sua aparência física desagradável. Tinha grandes olhos e cabelos negros, braços e pernas desproporcionais e um nariz grosseiro e exagerado. Um verdadeiro monstrinho. Quando sua mãe fugiu com outro homem, seu pai se afastou ainda mais e o mandou para o internato Elton, onde foi constantemente humilhado pelos colegas. Também não fazia muito sucesso com as mulheres na época.

Jéssica Trent chega à Paris para ajudar seu irmão, Bartie. Ele idolatra Sebastian e procura seguir o mesmo estilo de vida dele. Só que Bartie não é como o Marquês de Dain. Já perdeu muito dinheiro em apostas, jogatina e mulheres, deixando sua irmã e avó preocupadas. Liberal para sua época, Jessica não se deixa abater por escândalos e tabus impostos pela sociedade (ponto para Loretta Chase).

Quando Sebastian e Jéssica se encontram, conseguimos sentir as faíscas entre eles saltar das páginas do livro, afinal, são duas pessoas de personalidade forte e acostumadas a conseguir tudo o que desejam. Cada um quer subjugar o outro e provar que seus ideais estão corretos.

O que ninguém poderia imaginar é que esse jogo de gato e rato seria capaz de despertar sentimentos que foram há muito tempo bem enterrados pelo Marquês de Dain. Tampouco que a inteligência e a virilidade do Lorde Belzebu pudessem desviar Jessica de seu objetivo.

Agora, os dois passaram a ser o alvos das fofocas de toda a sociedade parisiense e os jogadores apostam se Sebastian e Jessica estão realmente apaixonados ou se tudo não passa de uma jogada de mestre desses dois estrategistas.

Não tem como não se apaixonar por esses dois personagens e torcer para que ambos consigam vencer os obstáculos para ficarem juntos. Pode ser visto como uma releitura de A Bela e a Fera, como diversos outros romances são, mas a excelente escrita de Loretta Chase deixa tudo com um ar de novidade e frescor.

Eu só não teria contado a história do passado de Sebastian durante o prólogo. Acho que se soubéssemos sobre o seu passado só mais pra frente, iriamos ficar com raiva do Lorde Belzebu só para depois entendermos o porquê de suas atitudes. Seria uma bela de uma reviravolta.

O Príncipe dos Canalhas venceu o Prêmio RITA de Melhor Romance Histórico em 1996. O Prêmio RITA é o maior prêmio de destaque em romances de ficção e reconhece a excelência em romances publicados e novelas.

Uma curiosidade é que O Príncipe dos Canalhas (Lord of Scoundrels) foi o primeiro livro da série Scoundrels lançado no Brasil, mas, na realidade, ele é o terceiro livro da série no exterior. Isso não altera em nada o prazer em ler a série, porque cada livro conta uma história independente. Pena que a Editora Arqueiro só lançou o terceiro e o quarto (O Último dos Canalhas) livros da série.

O livro é narrado na terceira pessoa e tem suas pitadas de erotismo. Acabei esquecendo que a história se passava em Paris de 1828, afinal seria difícil encontrar uma mulher como Jessica nessa época. É uma história atemporal, cheia de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos.



Nota ::  



Informações Técnicas do livro

O Príncipe dos Canalhas
Canalhas #1
Ano: 2015
Páginas: 288
Editora: Arqueiro
Sinopse (Skoob):
Sebastian Ballister é o grande e perigoso marquês de Dain, conhecido como lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso. Rejeitado pelo pai e humilhado pelos colegas de escola, ele nunca fez sucesso com as mulheres. E, a bem da verdade, está determinado a continuar desfrutando de sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense. Até que um dia ele conhece Jessica Trent...
Acostumado à repulsa das pessoas, Dain fica confuso ao deparar com aquela mulher tão independente e segura de si. Recém-chegada a Paris, sua única intenção é resgatar o irmão Bertie da má influência do arrogante lorde Belzebu. 
Liberal para sua época, Jessica não se deixa abater por escândalos e pelos tabus impostos pela sociedade muito menos pela ameaça do diabo em pessoa. O que nenhum dos dois poderia imaginar é que esse encontro seria capaz de despertar em Dain sentimentos há muito esquecidos. Tampouco que a inteligência e a virilidade dele pudessem desviar Jessica de seu caminho.
Agora, com ambas as reputações na boca dos fofoqueiros e nas mãos dos apostadores, os dois começam um jogo de gato e rato recheado de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos ardentes.

29 maio, 2018

Resenha :: Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice)

maio 29, 2018 0 Comentários

Olá, tudo bom?

No começo deste ano estipulei algumas metas literárias, em sua maioria eram bem simples de serem cumpridas e entre elas: estava ler mais clássicos. Quando surgiu a oportunidade de realizar a leitura coletiva de Orgulho e Preconceito com o Clube do Farol, não pensei muito e embarquei. Essa também seria mais uma oportunidade de sair da zona de conforto, afinal, não costumo ler romances.

Jane Austen conquistou sua posição entre os clássicos justamente por ter uma mente à frente de seu tempo, por retratar tão bem a sociedade da época em que viveu e construir personagens marcantes – seja por sua coragem, perspicácia, audácia ou doçura.

Em Orgulho e Preconceito, um de seus livros mais aclamados, temos o pacato condado de Hertfordshire, onde vive a família Bennet – composta dos pais e de suas cinco filhas. A narrativa é feita em terceira pessoa, e uma de nossas protagonistas é Elizabeth Bennet – a segunda filha do casal –, conhecida como Lizzy por seus familiares e amigos mais próximos, ela é dona de uma personalidade bem forte, tendo opiniões um tanto quanto diferentes em relação aos padrões impostos pela sociedade da época – o sonho da grande maioria das mulheres era conseguir um bom casamento.

Logo no início do livro, os moradores de Hertfordshire estão em polvorosa porque o jovem cavalheiro Charles Bingley estará passando uma temporada na mansão de Netherfield, na companhia de suas irmãs e de seu amigo Fitzwilliam Darcy. O acontecimento causa todo esse alvoroço na região por conta das condições financeiras de ambos os cavalheiros, que eram considerados ricos para os padrões da época, e pela existência de várias moças solteiras em busca de um casamento.

"É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de esposa."

Charles Bingley é um homem jovem e sonhador, agradável e muito educado, já Darcy é um homem orgulhoso, reservado e observador – ou seja, o oposto de Bingley. O primeiro contato entre este e Elizabeth não foi dos melhores, o que acabou gerando uma péssima primeira impressão deste para ela.

Neste livro, podemos perceber o quanto as primeiras impressões que temos de alguém podem não corresponder em nada ao que as pessoas realmente são. Ao longo da narrativa, vamos conhecendo as diversas nuances que compõem os personagens, e podemos ter várias sensações acerca de cada uma delas – encantamento, amor, afeição, ódio, raiva, pena, compaixão, entre outros. Os diálogos são inteligentes, com questões pertinentes, além de sempre nos fazerem refletir – e claro, há trechos em que é impossível não rir da situação.

"A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho se relaciona mais com a opinião que temos de nós mesmos, a vaidade com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós."

Jane Austen criou uma gama de personagens bem construída, cada qual com sua personalidade e objetivos, e as conexões entre eles foram sendo mostradas pouco a pouco ao longo do livro, os acontecimentos se dão de forma gradual e não abrupta, mantendo um bom ritmo por todo o livro.

Essa foi minha primeira experiência lendo uma obra de Austen e, particularmente, gostei muito! Foi um desafio ler em um gênero que não estou nem um pouco habituada, e me surpreendi muito com a história, a narrativa e os personagens – principalmente com o senhor Darcy, que conquistou um lugarzinho no meu coração.

"Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."

E vocês, já leram algum livro da Jane Austen? Como foi a sua experiência? Contem nos comentários!

Abraços e até a próxima!


Nota ::  4,5 



Informações Técnicas do livro

Orgulho e Preconceito
Ano: 2017
Páginas: 368
Editora: Nova Fronteira
Sinopse (Skoob):
Poucos romancistas conseguiram transmitir as sutilezas e nuances de seu próprio meio social com a inteligência e a perspicácia de Jane Austen. Em Orgulho e Preconceito, ela nos presenteia com personagens memoráveis, como a jovem Elizabeth Bennet, que se julga desprezada pelo rico e orgulhoso, Mr. Darcy, e começa a se interessar pelo militar Wickham. Nesta comédia de costumes, a escritora inglesa mostra os perigos do julgamento à primeira vista e evoca as amizades, fofocas e vaidades da classe média provinciana. Com mais de 20 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, Orgulho e Preconceito tornou-se um dos romances mais populares da literatura.


EXTRA:
11 lições que personagens das obras de Jane Austen nos ensinaram – PODE CONTER SPOILERS: https://www.altoastral.com.br/11-licoes-personagens-jane-austen-ensinaram/

26 maio, 2018

Resenha :: Os Livros de Esteros — As Crônicas de Fedors

maio 26, 2018 0 Comentários

Olá! Começo dizendo que ficou uma resenha em duas etapas, então leia minhas primeiras impressões, e depois essa resenha. Porque aqui me atenho às crônicas desse primeiro tomo da série.

Você pode começar simplesmente pela narrativa de Fedors, e ainda sim ser envolvido pela história de uma forma única. Como toda a criação do universo foi recontada e recriada, o autor contou com toda liberdade para criar a trama e os personagens como pretendeu, sem precisar se preocupar com realismos desnecessários, deixando tudo único e irretocável. Preciso deixar claro que Esteros não é a reinvenção da fantasia, mas no meu modo de ver foi feito algo inédito a partir do universo comum ao gênero fantástico. Toda a trama é bem amarrada e deixa aquela curiosidade no ponto certo para as respostas que virão neste nos próximos livros da série e também para as próximas perguntas. Dito isso, vamos às Crônicas de Fedors.

As Crônicas de Fedors  — como o título já revela — é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica, o que preciso dizer foi perfeito para essa história. Porque simplifica para o leitor menos experiente e deixa uma leitura prazerosa para os acostumados com fantasia medieval.

Com a história contada por Fedors em seu encontro com Salazar, os fatos são propositalmente narrados a alguém que nada sabe da história, o que deixa tudo de tal forma que não existe a preocupação em conhecer os personagens, a medida que são apresentados o leitor vai identificando cada um. Tudo feito de forma tranquila e detalhada o suficiente para colocar o leitor na história sem deixa-la em nenhum momento superficial ou cansativa. Muito pelo contrário, deixa aquela sensação de só mais uma página... risos (sim essa mesma, não tem como largar...), afinal esse é "só" o primeiro livro, então prepara-se para já querer o próximo.

Devo dizer, que você esquece de que a história está sendo contada e isso é mágico, logo é você que está visitando os castelos, a academia e acompanhando o crescimento e treinamento dos filhos do rei. Achei interessante o fato de a história conter elfos, orcs e outros seres conhecidos, porque facilitou a imaginação dos personagens, porém de uma maneira diferente daquela encontrada em outros livros. Explico: mesmo imaginando um elfo como "Legolas" eu não poderia em momento nenhum dizer que a Rainha Elfa aqui seria Arwen, ela assim como todos os personagens tem características muito distintas e únicas.

Com a história contando a partir da infância dos filhos do rei, podemos ver como cada um já eram diferentes entre si, como cada personalidade já demonstrava muito sobre o caráter de cada criança. O treinamento dos jovens príncipes na academia de Petrus e a vida no castelo é uma introdução ao mundo medieval das conquistas e das guerras. Já que em um temos o ambiente do Poder e do acolhimento na família e em outro o treinamento das habilidades que formam o guerreiro e o líder, deixando claro como as escolhas moldam o futuro e revela quem cada um realmente é.

Fiquei impressionada com a capacidade de demonstrar como o mal se alastra na mente e no coração de qualquer ser que deixe uma pequena semente desse mal brotar dentro de si. Toda a sutileza dos mais simples erros até às verdadeiras intenções por trás de falsos elogios são bem apresentados. O papel de "Aurélio Destrus" ou Destructor, o eracicto que viu no aviso do Mago Panderios ao Rei Mustafar a chance pela qual vinha ansiando e no erro do “errei em não ouvir tal aviso sua grande oportunidade”.

O garoto que me segue demonstra interesse pela batalha, sonha com o poder e admira sua espécie.

E assim, momentos depois, em um batismo de luta e sangue, nascia Vamcast, o impiedoso. E morria a inocência do menino. Abrindo as portas para a guerra e a morte, o destino de todo o Reino começava a ser selado e o mistério por trás da figura apodrecida de Fedors fica cada vez maior.

— O maior inimigo da  verdade não é a mentira deliberada, planejada, desonesta, mas sim o mito persistente, intolerante e irreal. O mal sempre existiu, sempre esteve ali.

À medida que o mal cresce o ritmo da história fica intenso e não dá vontade nenhuma de largar até descobrir tudo que ainda tem para acontecer, afinal Andor, príncipe de Naires não era mais nenhum menino e contava com a companhia de Angel, Bardor e Mandorados já não via o mundo da mesma maneira. Porém esse conhecimento do mundo não seria suficiente para parar os fatos que iriam acontecer a seguir, e devo avisar que nem de longe o final desse livro pode ser imaginado, até porque ele é o primeiro e não realmente termina quando acaba.

— Morte a morte! Guerra à guerra! Vida à vida! Ódio ao ódio. Esse será apenas o começo de uma era obscura. Que a sua morte se torne o início.

Toda a narrativa do texto flui muito bem, deixando a leitura instigante e num ritmo perfeito, quase cinematográfico mesmo, porque é fácil imaginar os cenários e os personagens vivendo neles. Todo o texto é bem estruturado com as pontas bem amarradas, seja para aumentarem a curiosidade ou encerrar alguma parte da trama. Eu gostei bastante dos diálogos, porque não são do tipo que me deixaram confusa durante a leitura, mesmo seguindo a linha medieval e as formalidades da realeza ou da hierarquia militar.

Sobre livro em si, preciso dizer que a encadernação é maravilhosa, a impressão e o papel são perfeitos e a diagramação ficou linda, sério gente. O livro está todo com um acabamento perfeito, com ilustrações lindíssimas entre os capítulos.


Nota ::  4,5 


Informações Técnicas do livro

Os livros de Esteros
As crônicas de Fedors #1
Ano: 2016
Páginas: 305
Editora: Selo Jovem
Sinopse (Skoob):
“A minha consciência é atormentada por milhares de vozes e cada uma traz-me milhares de histórias, e em todas elas eu sou o vilão condenado. Voltarei no tempo para consertar meus erros. Eu quero me redimir, ofertarei o meu reino, todo o meu ouro, e se necessário, a minha própria alma.” 

Esteros nos leva para um mundo medieval, onde reis se tornam homens individualistas, crianças são incentivadas a fazer o bem acima de qualquer coisa, e até mesmo o mal deixa de ser temido. Entretanto, a inocência é algo inevitável para um povo que só preza a paz. 

Vamcast, o menino que desejou dominar o mundo aos 13 anos não tinha amigos e buscava constantemente o afeto do pai que era um homem frio e descuidado. Por ser assim errou na criação do seu filho. O governante descuidado traz o caos ao seu povo, mas um homem sensato precisa corrigir seus próprios erros. 

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_____Sobre o Autor_____

Aldemir Alves

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Aldemir Alves nasceu em 1981 em Uberlândia /MG – Brasil. Atualmente trabalha como Design gráfico e co-editor na Editora Selo Jovem. É um autor brasileiro contemporâneo, logo com o seu primeiro livro publicado  em 2011 começou a se destacar no cenário de fantasia, tendo novas oportunidades para publicar seus livros em algumas editoras. Escreveu histórias de fantasia épica, sobrenatural, e contos baseados no mundo de Esteros. Um de seus livros de mais sucesso é "As crônicas de Fedors". Aldemir é fã das criações de Stan – Lee, do mestre Tolkien  e do brasileiro Maurício de Souza. Os seus livros prediletos sempre foram ficção científica e Fantasia.