27 maio, 2019

Resenha :: Um Cocheiro em Paris e Comprada por um Lorde

maio 27, 2019 0 Comentários

 Primeira História: Um Cocheiro em Paris (O Quarteto do Norte #3)

Belvoir é um Duque, marcado pelo passado de seus pais e suas próprias “aventuras”, tachado de “lorde bastardo”deixou a Inglaterra indo morar em Paris para deixar os comentários nada discretos sobre os erros de sua mãe — uma cortesã francesa casada com  um poderoso duque inglês. Mas o que antes eram boatos velados, tornaram-se públicos e vexatórios com a morte de seus pais.

Mas Oliver Ashlie Stanhope, o duque de Belvoir, era filho daquela que fora considerada a mais bela do mundo em seu tempo, e o duque, seu pai, também fora um homem de excepcional beleza. Portanto, sua aparência era impactante.


Porém, ele conquista mais com suas “trapalhadas”, como ter que  sair às pressas da casa de Juliette Drouet, a amante de Victor Hugo, para não ser pego em flagrante pelo próprio escritor, e sua única alternativa é a de dirigir a própria carruagem pelas vielas de Paris. Ou sua beleza aliada a seu porte de homem com quase 2 metros de altura, mas por sua bondade demonstrada ao socorrer uma dama que acabara de chegar à cidade. E para seu ato de benfeitoria passar em anonimato, tratou de dizer que era um humilde cocheiro.

A despeito de dormir com as amantes de outros homens, ele era honrado.

Claro que nada sairia como ele esperava, afinal a dama socorrida era Harriet Neville, que se apaixonara de verdade por ele, mesmo achando que fosse um humilde cocheiro. Colocando Oliver Belvoir num dilema moral contra os desejos de seu corpo, afinal Lady Neville era noiva de seu amigo. Beirando a infantilidade, ele bola um plano para por em prática seu plano de ficar próximo a Lady que tomava seus pensamentos, mesmo lutando contra sua consciência em relação ao amigo.

E assim, ele foi se tornando meu personagem favorito, com seu jeito de menino e atitudes de homem. Ao ter aprendido muito cedo que a beleza física pode ser uma maldição e uma máscara para encobrir as piores coisas, se prometeu aprender a olhar além das aparências e principalmente da beleza que esconde o que há de pior dentro das pessoas.

— Ela merece ser feliz. Sempre foi tão desprezada aqui em Londres e ela tem uma beleza tão dela... — Beleza? — Arthur Pearl disse. — Sim, Pearl. Belvoir a enxergou.


Harriet Neville tinha plena consciência da ausência de beleza e atrativos físicos de sua pessoa, afinal seu primo e pretendente havia de forma não intencional deixando isso muito claro. E consciente disso, abriu seu coração a viver o amor independente do que rege a sociedade para uma mulher em sua posição. Ao ser resgatada por um cocheiro, após o acidente que envolveu a carruagem do hotel onde estava hospedada com a tia, teve certeza que mais valia ser amada por um homem humilde, que ser casada por um homem que a desprezava como mulher e já corria por toda a Londres que estava apaixonado por uma estrangeira. 

E assim, essa história vai contar que o que importa não é como a pessoa é fisicamente, o amor vai encontrar seu caminho para curar dois corações e mostrar que a beleza é aquela que a felicidade cria. E que mesmo o passado cobrando os pecados nos tempos presentes, o perdão e o amor são a cura e o pagamento a qualquer pecado.



 Segunda história: Comprada por um Lorde

Na edição impressa temos essa segunda história, que está ligada a história de Quando os céus conspiram no livro anterior. 

O que fazer quando uma decisão impulsiva te coloca em uma situação delicada e complicada? Afinal o conde de Ponthieu não necessariamente pensou no que faria, apenas se concentrou em evitar que Meg Hayes fosse vendida pelo próprio pai para uma casa de prostituição, evitando assim que ela tivesse o mesmo destino de sua irmã mais velha; então ao compra-la de seu pai, não pensou no que faria com ela. E nem o que essa atitude causaria em sua reputação de Lorde Inglês.

... vivia um dia após o outro tirando dele tudo que ele pudesse oferecer. Não esperava nada e recebia muito.

Não apenas as pessoas da vila de Arundel em Sussex começaram a especular o que seria da jovem. Ela própria se indagava o que seria de seu destino, agora que era propriedade do Lorde, que havia pagado por sua vida. Assim, aquela jovem se apaixona por seu herói e  começamos a ver a luta de princípios e valores de um nobre que não se permite se apaixonar por uma dama bem mais jovem e de classe social inferior, pela qual pagou para lhe dar a liberdade e não encerra-la em outra prisão.

O infortúnio o transformara num homem duro, se tivesse o tornado flexível em vez de endurecê-lo, teria sido melhor, pois uma substância dura partia-se facilmente, ao contrário da maleável que aparentemente frágil, dobrava-se ao vento, mas voltava ao centro.


Então, à medida que esse livro começa a responder as histórias anteriores, ganha um ritmo ainda mais frenético e delicioso, porque o desenrolar dos fatos mostra porque o quarteto do norte é um grupo tão destacado nos nobres britânicos e feitos de algo mais que a nobreza herdada de berço e que a fraqueza pelos prazeres da carne apenas existe até o encontro do amor.

— Meg, querida. Ouça-me: não há conquista sem dor, não há vitória sem luta, um dia você me dará razão.

Preciso avisar que o conde de Ponthieu chega a ser bastante irritante por sua cabeça dura; e a inocência e adolescência de Meg deixam a história com toques de leveza.  O que contribui e muito para a trama ser deliciosa e fácil de ler. Temos também um casal secundário que irá agitar as coisas e em especial a vida desse casal, garantindo que o Conde não dê margem para perder seu grande prêmio, o amor.


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Um Cocheiro em Paris
Um Livro, dois Romances: Um Cocheiro em Paris e Comprada por um Lorde
O Quarteto do Norte #3
Ano: 2018
Páginas: 256
Editora: Pedrazul
Sinopse:
UM LIVRO, DOIS ROMANCES, POIS "COMPRADA POR UM LORDE" ESTÁ COMO ANEXO!

O terceiro livro da série O Quarteto do Norte

Quando o duque de Belvoir teve que sair às pressas da casa de Juliette Drouet, a amante de Victor Hugo, para não ser pego em flagrante pelo próprio escritor, sua única alternativa foi dirigir a própria carruagem pelas vielas de Paris. O que ele não esperava era ter que socorrer uma dama que acabara de chegar à cidade. Fruto da relação de um poderoso duque inglês com uma cortesã francesa, Belvoir — assumido pelo pai — vivia uma vida desregrada em Paris. Por ter sofrido muita rejeição da aristocracia britânica, chamado de ‘lorde bastardo’, ele tinha convicção absoluta de que nunca se casaria com a filha de nenhum deles. Belvoir só não contava que Harriet Neville, a lady que socorrera, se apaixonaria de verdade por ele, mesmo achando que fosse um humilde cocheiro.


Editora Pedrazul atualmente é a editora que mais se dedica à tradução e à publicação de obras mundialmente consagradas, algumas ainda desconhecidas no mercado editorial brasileiro, como os autores que influenciaram o estilo da mais famosa escritora inglesa de todos os tempos, Jane Austen. Também atua no segmento romance histórico e de época escritos por autores contemporâneos.


 _____Sobre a Autora_____

Chirlei Wandekoken


Jornalista e pedagoga capixaba, filha de cafeicultores, mudou-se para Vitória aos 15 anos de idade, e desde então começou a construir sua vida. Casada, tem dois filhos (21 e de 18 anos de idade). Isto é o que se percebe em seu primeiro livro, "O Vento de Piedade", publicado pela Editora Saraiva, que conta a história de uma família de um vilarejo no interior de São Paulo. Uma história que começa em 1956 e se estende até 2000, citando vários fatos reais, especialmente os relacionados ao período da ditadura militar brasileira.
O talento profissional nas três áreas (jornalismo, pedagogia e literatura) e sua clara demonstração de que sabe aproveitá-lo muito bem comprovam que Chirley Wandekoken é uma mulher que, mais do que "a diferença", faz a soma.
Estudou na Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente mora em Vitória, Espirito Santo.

25 maio, 2019

Resenha :: Um Marido de Faz de Conta (Os Rokesbys #2)

maio 25, 2019 0 Comentários

Então pessoal, vamos falar sobre o segundo livro da série Os Rokesbys da JQUm Marido de Faz de Conta nos traz a história do Edward, o irmão que está a serviço da Inglaterra como capitão do exército na guerra com o Novo Mundo, a América. Eu gostei muito do primeiro livro (resenha aqui), achei um romance bem fofo utilizando o ditado que os opostos se atraem. Mas depois de ler alguns comentários positivos e negativos sobre este segundo livro, como ocorreu com o primeiro, confesso que fui lê-lo sem expectativa para não estragar a história. Mas o fato é que cada um tem um gosto e o que eu posso vir a gostar em um romance, não venha a ser motivo para que você goste também.


Cecilia Harcourt é uma jovem que não é da nobreza, mas possui um irmão que tem como melhor amigo o Edward e através das cartas trocadas com seu irmão os dois passaram a se conhecer e se tornaram amigos, trocando entre si alguns bilhetes. Ela é uma jovem que vive cuidando do seu pai doente e, após a morte do mesmo, recebe uma carta dizendo que seu irmão estava desaparecido. Como não teria direito de ficar na casa onde mora caso o seu irmão morresse e com medo do assédio do primo, toma uma decisão movida pelo desespero. Viaja para as colônias em busca do irmão.

Edward se lembrou de uma conversa com Thomas enquanto o amigo entalhava um pedaço de madeira distraidamente. Era dado a aforismos, e um de seus preferidos era: Mude o que pode ser mudado e aceite o que não pode.

Edward acorda desorientado e sem lembrar de nada, porém se depara com a irmã de Thomas cuidando dele e todos a tratando como sua esposa, como ele não poderia se lembrar de que casou e quando ele a conheceu? Porém mesmo que não se lembre, ela é irmã de seu melhor amigo e seu interesse por ela sempre foi grande. Faria de tudo para ajudá-la a encontrar seu irmão e cuidaria dela. Porém as coisas nunca são fáceis, né?!


A história gira basicamente em torno dos dois e é até bem fofa, porém não gostei da história criada para os personagens secundários, a dúvida que a autora deixa no desfecho da história do Thomas, irmão da Cecilia, eu achei desnecessária.

Não foi uma das histórias que mais gostei da Julia, mas a leria de novo, pois tem muitas coisas que curti no enredo, tipo os trechos das cartas que foram trocadas no início de cada capítulo e a Cecília e o Edward para mim formam um lindo casal, o que mais que compensa na história no meu ponto de vista. Para falar a verdade eu gostei muito mais deste livro do que Um Perfeito Cavalheiro. E não me crucifiquem, mas eu prefiro muito mais o Edward ao Benedict.

Parece que ela vai ter que continuar sendo paciente, pensou ele, com amargura. Suas pernas estavam moles como geleia. Mal conseguia andar. O mero fato de ficar de pé já era difícil para diabo, e quanto à consumação do casamento, a tornar a união inteiramente legal... Isso teria que espera. O que, sem dúvida, era uma lástima.

Eu indico a leitura, sem muita expectativa de uma história espetacular, mas um romance muito bom para se ler, pois a escrita da Julia é uma leitura muito agradável. O capricho da Arqueiro com os romances de épocas é excelente. Dou nota 4/5 para este livro e recomento.

Boa leitura.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Um Marido de Faz de Conta
Os Rokesbys #2
Ano: 2019
Páginas: 304
Editora: Arqueiro
Sinopse:
“Enquanto você dormia…”
Depois de perder o pai e ficar sabendo que o irmão Thomas foi ferido durante uma batalha nas colônias, Cecilia Harcourt tem duas opções igualmente terríveis: se mudar para a casa de uma tia solteira ou se casar com um primo vigarista. Então ela cruza o Atlântico, determinada a cuidar de seu irmão pelo tempo que for necessário. Só que, após uma semana sem conseguir localizá-lo, ela acaba encontrando seu melhor amigo, o lindo oficial Edward Rokesby. Ele está inconsciente, precisando desesperadamente de cuidados, e Cecilia promete salvar a vida desse soldado, mesmo que para permanecer ao lado dele precise contar uma pequena mentira...
“Eu disse a todos que era sua esposa”
Quando Edward recobra a consciência, não entende nada. A pancada na cabeça o fez esquecer tudo que aconteceu nos últimos três meses, mas ele certamente se lembraria de ter se casado. Apesar de saber que Cecilia Harcourt é irmã de Thomas, eles nunca foram apresentados. Mas, já que todo mundo a trata como esposa dele, deve ser verdade.
“Quem dera fosse verdade…”
Cecilia coloca o próprio futuro em risco ao se entregar completamente ao homem que ama. Mas quando a verdade vem à tona, Edward talvez também tenha algumas surpresas para a nova Sra. Rokesby.

23 maio, 2019

Resenha :: O Medo de Virgília

maio 23, 2019 0 Comentários

Queridos faroleiros, comecei a ler O Medo de Virgília sem nenhuma informação sobre o livro lançado pela editora parceira Selo Jovem. Também não conhecia o trabalho da autora gaúcha Rosa Mattos, mas fiquei intrigado com a sinopse.

Cercada por pessoas desajustadas (psicopatas, neuróticas, depressivas, insanas, obsessivas, fóbicas e inescrupulosas), Virgília luta para manter sua sanidade mental.

Virgília é uma personagem forte que se mudou da pequena Cristal para a grande Porto Alegre. Ela vive em um apartamento herdado pela mãe para poder ficar perto da irmã mais nova que está internada em uma clínica psiquiátrica na cidade.

Ela consegue arrumar trabalho como gerente de uma joalheria, onde conhece Alex, o entregador de joias da empresa de segurança. Os dois se envolvem, mas Alex tem um dom incomum. Ele é capaz de entrar na mente das pessoas e obriga-las a fazerem o que ele quiser, inclusive se matar.

A história é narrada em primeira pessoa e os capítulos são alternados com outros personagens, à medida em que eles surgem na vida da nossa protagonista. Pessoalmente ou em forma de lembranças. São personagens estranhos com histórias tão bizarras que conseguem prender a nossa atenção.

Durante a leitura, fiquei imaginando como esses personagens afetariam a história da nossa protagonista, mas, ao chegar no final do livro, percebi que Virgília funciona como um fio condutor para diversos contos.

A autora Rosa Mattos é gaúcha e encantou-se pelas letras desde pequena. Ela sempre escreveu minicontos, contos e prosas, e talvez isso tenha ficado marcado em seu DNA. 

A nossa imaginação é capaz de criar e aumentar os fatos, nos tornamos reféns de nossos próprios pensamentos.

O Medo de Virgília não funcionou como romance único para mim. Somente as histórias de Marília, a irmã mais nova, e de Alex, o namorado, é que se conectam diretamente com a história principal. As demais histórias acontecem meio que paralelamente. Por isso disse que o livro funciona melhor como uma seleção de contos interligados.

A edição da Editora Selo Jovem é muito boa. O livro tem orelhas, páginas amarelas e diagramação adequada para uma leitura agradável.

Com amor, André.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Medo de Virgília
Ano: 2014
Páginas: 200
Editora: Selo Jovem
Sinopse:
Cercada por pessoas desajustadas (psicopatas, neuróticas, depressivas, insanas, obsessivas, fóbicas e inescrupulosas), Virgília luta para manter sua sanidade mental.
Dividida entre cuidar da própria vida e ajudar seus familiares que precisam dela financeiramente, muda-se de Cristal (pequena cidade gaúcha) e vai morar sozinha em Porto Alegre, num apartamento herdado pela mãe. Assim, poderá ficar mais perto de Marília, sua irmã mais nova, internada numa clínica depois de tentar matá-la, após sofrer um surto psicótico.
Virgília começa a trabalhar como gerente de uma joalheria. Lá, conhece Alex, o entregador de joias. Os dois se apaixonam. E em pouco tempo, serão envolvidos por um laço de amor que os manterá unidos contra todas as adversidades.
Além de ser um homem apaixonante, Alex possui um dom incomum que o torna capaz de tirar vidas, ou salvá-las. E este seu dom, terá um papel importante para os rumos desta história.
Uma trama onde o grande mistério é descobrir como Virgília conseguirá lidar com tantas situações difíceis que a cercam, sem enlouquecer.


A editora Selo Jovem é uma empresa independente, que atua no mercado do livro desde 2013. É uma editora com base sólida e confiável, pois o objetivo da Selo jovem é publicar obras com 100% de qualidade literária, sem pressa e trabalhando duro na revisão dos textos; sem jamais desistir, para ganhar experiência e amadurecer a cada dia.

21 maio, 2019

Resenha :: Armamentista (Trilogia Vera Cruz #2)

maio 21, 2019 0 Comentários

  Pode conter spoiler do livro anterior.

Confira a resenha do primeiro livro da trilogia!


Se existe uma palavra para definir o segundo livro da Trilogia Vera Cruz é ELETRIZANTE (Marcel que o diga, rs).

Seja o relâmpago, Marcel. Pode fazer isso?

Armamentista se passa meses após o Assalto ao Trem Regencial. Marcel voltou com seus estudos e trabalhos como Arcanista, só que as coisas estão bem diferentes agora, o clima de tensão entre o governo e Arcanum é perceptível e, sem contato com Camilla e/ou a Voz Verde há meses, ele não sabe em quem pode confiar enquanto presencia as consequências dos acontecimentos que rolaram no livro Arcanista.

Nunca mais quero ouvir que não consegue.

A corrida armamentista entre os dois poderes está a todo vapor aqui, e Marcel acaba a par de que as coisas estão bem mais obscuras do que ele imaginava, ao se ver inicialmente sozinho em buscas de resposta de quem realmente está por trás dos acontecimentos do primeiro livro.

Eu realmente fiquei muito mais animada com o Marcel que se mostra nessa continuação, tem uma evolução surpreendente, vemos um protagonista mais forte mesmo com a falta de confiança que ainda o acompanha. É incrível como, mesmo nas partes mais calmas da história, em nenhum momento consegui me desprender dos acontecimentos.

Apenas um ponto na história da trilogia até agora não  foi completamente perfeito, acredito que não teve um desenvolvimento dos personagens do pelotão 3-31, tirando Beatrix e Xisto, os outros não consegui nem um tipo de sentimento positivo ou negativo, porque se sobressaía muito a personalidades deles; alguns me saltavam a existência apenas quando Marcel os citava e/ou descrevia. Não que isso tenha afetado a história em si, que continuou ótima, mas como eles faziam parte de um grupo e eram considerados amigos relativamente próximos de Marcel, esperei que mostrasse mais essa relação com eles.

Uma coisa que nunca pensei que faria seria listar um triângulo amoroso como ponto positivo de um livro, mas a Trilogia Vera Cruz conseguiu passar isso de forma ótima. Apesar de eu ter um pé-atrás com triângulos amorosos não odiei esse construído pelo autor, acredito por ele ter conseguido desenvolver ele de forma que gostássemos de todos os 3 envolvidos, não se tem uma vilã e uma mocinha aqui disputando apaixonadamente pelo coração do protagonista. Beatrix e Camilla são duas mulheres fortes, poderosas e, apesar de diferentes, estão lutando por algo bem maior. Marcel, apesar de ser inseguro enquanto seus sentimentos e também sobre quase tudo (super identificável, rs), é determinado  quanto seus objetivos. Eu não sei como vai terminar esse triângulo, mas tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, que dificilmente temos ideia do rumo que o autor vai decidir dar as coisas.

Eu realmente estou apaixonada por essa trilogia, consigo imaginar ela facilmente sendo adaptada para o cinema. E eu, como uma pessoa fascinada por literatura fantástica, estou cada dia mais apaixonada pelo que os nossos autores nacionais do gênero estão criando, agora estou ansiosa para saber aonde o Ativista vai nos levar.

Sobreviventes de uma tragédia compartilham um laço entre si que outras pessoas não entendem.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Armamentista
Trilogia Vera Cruz #2
Ano: 2016
Páginas: 378
Editora: Independente
Sinopse:
A conspiração era só o começo. Com a sombra da guerra civil pairando sobre Vera Cruz, Arcanum, Guarda Nacional e Voz Verde mostram suas armas.
Meses após o Assalto ao Trem Regencial, Marcel se vê longe de Camilla enquanto busca compreender qual é seu papel no confronto que se aproxima. Ao perceber que já não pode confiar no diretor Cecil, ele decide voltar-se contra a Arcanum, mergulhando num cenário cheio de segredos, onde é difícil saber quem é amigo e quem é inimigo. Encurralado por todos os lados, Marcel irá se lançar numa corrida contra o tempo para proteger aqueles que ama.
Segundo Volume da Trilogia Vera Cruz, Armamentista traz de volta o mix de narrativa cinematográfica, aventura, conspiração e romance, numa trama que fala sobre família, confiança e amor.

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 _____Sobre o Autor_____

Joe de Lima


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Nascido em 1981, Joe de Lima sempre gostou de inventar histórias. Após um início trabalhando com fanzines em quadrinhos, passou a se dedicar à literatura. Publicou contos em antologias das editoras Infinitum, Literata e Buriti, na revista digital Nupo e no podcast Desleituras. Também é autor de Serpente de Fogo, web-série literária de fantasia que mais tarde foi lançada na forma de um e-book gratuito.