07 setembro, 2020

Resenha :: Anne de Avonlea

setembro 07, 2020 2 Comentários
*recebido em parceria com o Grupo Editorial Coerência

  Pode conter spoiler do livro anterior.

Confira a resenha de Anne de Green Gables, clicando aqui.


Oi, serzinho! Hoje dei o ar da graça para falar sobre o segundo livro da série que conta a história da ruiva mais amada e cheia de imaginação da literatura. Comecei a ler Anne de Avonlea com expectativas bem altas e sinto alegria em dizer que elas não foram frustradas, na verdade foram superadas.

Isto é algo bom neste mundo:  sempre existe a certeza de que haverá mais primaveras.


Depois do triste acontecimento do livro anterior, que tentou acabar com todas as lágrimas do meu corpo (quase conseguiu), e de a Anne ter desistido da bolsa de estudos (que havia ganhado para cursar a faculdade) para  ficar em Green Gables, a Srta. Shirley, com "dezesseis anos e meio", começa uma nova aventura sendo agora professora na escola de Avonlea. E, claro, ela começa cheia de ideais, planejando métodos de ensino diferentes dos usados na época (lembre-se que esse é um livro clássico, não contemporâneo), querendo usar o afeto como algo essencial para lidar com seus alunos. Mas no livro, como na vida, nem tudo que idealizamos na teoria, funciona 100% na prática. E com a Anne não é diferente. Ela percebe que os desafios em uma sala de aula são inúmeros e que lidar com seus alunos pode ser mais complicado do que esperava, mas nem por isso se desanima e além de ensinar as crianças e conquistá-las, ela mesma irá aprender várias lições.

Entretanto, nunca se sabe o que pode acontecer quando uma professora usa sua influência para o bem.

Paralelo a isso, Green Gables ganha novos moradores, os gêmeos de 6 anos, Dora e Davy, filhos de um primo de terceiro grau da Marilla, já falecido, que ficam órfãos após a morte da mãe. Enquanto a Dora é uma verdadeira dama, cheia de bons modos, Davy é do tipo de criança capaz de dar cabelos brancos, com todas as suas travessuras e perguntas sobre tudo que “quer saber”. Ele, com certeza, arranca inúmeras risadas durante a leitura. E a Anne é quem mais sofre com as perguntas de Davy, mas nem por isso acaba o amando menos. Na verdade, acho que é impossível não amar o Davy, mesmo com tudo o que ele apronta (e acredite, é muita coisa).


— Toda manhã é um novo começo. Em toda manhã, o mundo se renova.

Mesmo com várias responsabilidades, já mostrando certo amadurecimento, a Anne continua cativando as pessoas ao redor (e nós também) com a sua maneira única de enxergar o mundo e tudo a sua volta, e ao lado do meu amado Gilbert, da sua amiga do peito Diana, e de outros amigos, ela conhecerá novos lugares, encontrará novos espíritos irmãos e, claro, se envolverá em várias confusões, sem deixar de lado o caminho para o reino da imaginação, que faz parte dela tanto quanto os cabelos ruivos.

As coisas ruins nem sempre não são tão ruins como imaginamos. A maioria acaba sendo melhor do que se pensa.


Ai, serzinho, preciso dizer o quanto amei esse livro? Porque eu amei e muito. A narrativa em terceira pessoa continua imensamente fluida e viciante. A descrição, como no livro anterior, continua nos fazendo mergulhar para dentro do livro, imaginando cenários super “interessantes” (só eu que estou louca para conhecer a Ilha do Príncipe Eduardo, pessoalmente, um dia?). Fui completamente conquistada pelos diálogos desse livro, assim como fui conquistada em Anne de Green Gables, praticamente marquei o livro inteiro, porque eu simplesmente não consigo não amar tudo desse livro e querer levar para a minha vida praticamente tudo que li.

— Já reparou que — disse Anne, refletindo —, quando as pessoas afirmam se sentir na obrigação de dizer algo, precisamos nos preparar para algo desconfortável? Por que não sentem que também é obrigação delas dizer coisas prazerosas?

Amei “reencontrar” alguns personagens do livro anterior, senti falta de outros (vou ali chorar no canto), e fiquei encantada ao “conhecer” alguns dos novos, como os gêmeos, Dora e Davy, o Paul Irving e o Sr. Harrison. 


Devo pegar todas as minhas ambições e tirar o pó delas.

É incrível acompanhar o amadurecimento da nossa protagonista, e o mais interessante é notar que, mesmo “ficando adulta”, a Anne continua sendo a Anne, a sua essência, o seu jeito “Anne” de ser continua presente, conquistando o nosso coração, como conquistou quando estava com 11 anos. O que mostra que não precisamos “mudar” tudo em nós conforme “crescemos”. Amadurecer é uma coisa, deixar quem somos para trás é outra completamente diferente.

— Eu gostaria de adicionar beleza à vida — disse Anne, sonhadora. — Não quero, exatamente, fazer as pessoas saberem mais, apesar de entender que é a mais nobre das ambições, mas eu amaria fazê-los ter momentos mais prazerosos por causa de mim. Ter um pouco de alegria ou pensamentos felizes, algo que não existiria se eu não tivesse nascido.
— Acho que você faz isso todos os dias.


É esplêndida a forma como esse livro nos enche de lições para a vida e o quanto ele me fez me sentir “bem”, até quando eu não estava tendo bons dias. Gostei muito de o livro mostrar que todos nós estamos propensos a errar, mas que também todos nós estamos propensos a aprender com nossos erros, e que nem tudo e todos são perfeitos o tempo inteiro. Tem dias que vão ser felizes por causa da sua tranquilidade, tem dias que serão difíceis por pequenas coisas, ou pequenos erros que vão acabar com a nossa paciência. Tem dias que serão "dourados", cheios de aventuras e novas descobertas, tem dias em que virão verdadeiras tempestades na nossa vida, mas que manterão o que for essencial e que sempre deixará um motivo para reconstruirmos tudo e melhorarmos a nós mesmos. O que importa é sempre valorizar todos os dias, sempre levando conosco o que eles nos trazem de bom, as lições que cada um deles deixa, sejam eles dias bons ou ruins. Porque hoje podemos cometer equívocos, quebrar algo valioso, mas amanhã podemos descobrir lugares esplêndidos, cheios de flores, cores e vida, tanto em lugares "externos", quanto lugares "internos", dentro de nós.

— No fim das contas — Anne dissera certa vez para Marilla —, acredito que os melhores dias não são aqueles em que coisas muito esplêndidas, maravilhosas ou excitantes acontecem, mas aqueles que trazem os prazeres simples, um seguido do outro, como pérolas caindo de um fio.

Essa edição do Grupo Editorial Coerência está maravilhosa, a começar pela capa, que, com certeza é uma das mais lindas da minha estante. A diagramação está primorosa, com cartas “voando” em todo início de capítulo, bom espaçamento, com páginas bem “limpas”, visualmente falando. As folhas são amarelas, com fonte em tamanho bem confortável para a leitura, até para alguém meio ceguinha como eu (sério, consegui ler alguns trechos até sem óculos).


— (...) É melhor se preparar para o pior.
— Mas não acha que deveríamos nos preparar para o melhor também? — questionou Anne. — É tão provável acontecer o melhor quanto o pior.

Terminei Anne de Avonlea sem nem notar, simplesmente cheguei à última página e pensei em algo como: "Ué, mas já acabou?". Estou meio órfã de Anne desde então. Preciso de Anne da Ilha logo para o bem dos meus nervos (unhas eu já não tenho mais mesmo), já que estou ansiosíssima (no bom sentido) para saber o que se passa na próxima história, principalmente porque o meu lado romântico já está todo iludido pensando no que pode acontecer. Como diria a Anne, o final desse livro me deu tanto alcance para a imaginação, tantas possibilidades! Só estou esperando os meus futuros surtos.

— Bem, todos nós cometemos erros, querida, então deixe isso para trás. Devemos lamentar nossos erros e aprender com eles, mas nunca os levar adiante, carregá-los para o futuro conosco.


Anne de Avonlea é uma continuação cativante, inspiradora, que me conquistou completamente e que me fez amar ainda mais a escrita da Lucy Maud Montgomery e a história que ela criou da ruiva cheia de imaginação, que com certeza é uma das minhas personagens favoritas entre todos os personagens de todos os livros que já li, que protagoniza, sem dúvida, os livros mais bem escritos do mundo, para mim, e que quero reler sempre, até quando estiver uma velhinha gagá. Então, serzinho, não deixe de ler essa linda história (depois de ler Anne de Green Gables, obviamente, porque não quero que você perca nada da história da Anne), por favor, para que você possa ter o seu coração conquistado, como o meu, com certeza, foi.

— (...) Afinal, fazemos nossas próprias vidas onde quer que estejamos (...). A vida pode ser ampla ou estreita, de acordo com o que colocamos nela, não com o que tiramos. A vida é rica e plena aqui… em toda parte… se pudermos aprender como abrir todo o nosso coração à sua riqueza e plenitude.


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Anne de Avonlea
Anne #2
L. M. Montgomery
Ano: 2020
Páginas: 289
Editora: Coerência
Sinopse:
Anne Shirley agora tem “dezesseis anos e meio”. Após desistir de cursar a faculdade para ficar em Green Gables, está prestes a iniciar suas atividades como a professora da escola de Avonlea. Guiada por seus ideais românticos, planeja atuar com métodos de ensino inovadores, mas, com o tempo, acaba percebendo que muitas vezes a teoria é bem diferente da prática. Nada, porém, é capaz de desanimar Anne, que, com o apoio de Gilbert Blythe e de outros jovens de Avonlea, conquista a confiança da comunidade e efetua diversas melhorias no distrito – e também em seus habitantes. Embora cheia de responsabilidades, a jovem continua conquistando todos ao seu redor com seu espírito livre e cativante. Ao lado de sua fiel amiga, Diana Barry, encontra novos espíritos irmãos conforme vai se aproximando cada vez mais da vida adulta, sem deixar para trás suas manias imaginativas e sua facilidade para se envolver em confusões.
Em seu segundo romance, L. M. Montgomery continua conquistando seu público com palavras encantadoras e um enredo bem-humorado. Como não poderia ser diferente em uma história protagonizada por Anne Shirley, a autora segue conduzindo leitores de todas as idades a refletir acerca dos valores que regem nossa sociedade.


Para comprar:

 Livro Físico
 E-book


Dinâmica, inovadora, eclética e arrojada, a Editora Coerência já chega ao mercado revelando seu diferencial: a divulgação dos autores nacionais, que têm tanta dificuldade em se fazerem notar.
Criada não apenas para viabilizar a publicação de autores (ainda) não renomados, a Coerência conta com toda uma equipe de revisores, diagramadores, ilustradores, capistas e assessores, que preparam a obra para que esta chegue com qualidade à casa de milhares de leitores em todo o Brasil.
Foi pensando em fazer com que sonhos tivessem vida que a editora-chefe, Lilian Vaccaro, formulou a Coerência, para que se tornasse não mais do mesmo, e sim um lugar onde o autor pode, acima de tudo, se realizar e ganhar experiência no mercado editorial.


Conheça mais sobre o Grupo Editorial Coerência
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04 setembro, 2020

Resenha :: Refém dos seus Encantos (Irmãos Borella #3)

setembro 04, 2020 1 Comentários

Olá, pessoa!! Chegamos ao terceiro livro dessa série que me conquistou desde o início. Primeiro em Doce Paixão, depois com Laços & Abraços e agora o personagem que menos falou nos livros anteriores, mostra que era porque tinha muito a dizer. E já adianto que valeu muito ouvir as palavras de Elano e que não é preciso ler os livros anteriores antes desse. Cada história é independente. Mas contém leves spoilers das anteriores.

Porém, a história começa 10 anos antes, explicando o que não ficamos sabendo nos livros anteriores. O primeiro amor por uma menina tímida, que é a primeira a narrar os acontecimentos daquela época. E, com a vez de Elano narrar a história, ficamos sabendo que por trás da imagem de garoto popular e galanteador, se encontrava um jovem poeta, que escondia das pessoas sua paixão pelas palavras. Mas nem sua decisão de seguir os passos do irmão mais velho, o deixou imune a doçuras e dores de ter e perder o primeiro amor.

A minha, a dela, as nossas metades. Que estão destinadas a se perderem e nos encontrar.

Afinal, assim como Elano, ficamos sem entender o que houve, porque ela partiu e ele ficou para trás com muitas perguntas sem respostas e um vazio que, por mais que tentasse, não conseguia preencher. E seguiu à risca o lema de que senão é a mulher certa, divirta-se com as erradas. Até que chega o momento em que ambos precisam acertar as contas com o passado e lidar com a família que já era grande e agora está ainda maior. Não quero falar muito, mas Anna é o coração dessa história de tantas formas, que só lendo para entender.

E desse momento em diante, a Danda transforma o que seria um delicioso clichê em uma história simplesmente incrível e que merece ser lida, relida e elogiada. Porque, para mim, fazer beleza de tragédia é até fácil, mas emocionar destilando amor e aceitação é talento puro e destilado. Porque temos dois personagens maduros, honestos um para com o outro, mesmo quando é difícil de lidar, fazia muito tempo que eu não tinha lido algo que me faz tão bem. Os diálogos são muito fieis aos personagens e com o linguajar perfeito para a história e que sem o atropelo dos Borellas entre o italiano e o português não seria a mesma coisa.

Pois a vida me trouxe o meu amor maior. Aquele que não sabia da existência, mas que hoje a ausência partiria de forma irreversível meu coração.

Outra delícia nessas histórias é saber um pouco mais dos casais anteriores e ter a presença dos pais desse trio, Giovanna e Luigi Borella. Amo que o crescimento de cada personagem vem de forma muito clara nessa história, mas nenhum deles deixou o que tanto me conquistou nas outras histórias. E, claro, a boa e velha implicância entre irmãos e agora cunhados.

Eu amei a forma como tudo foi acontecendo e as situações sendo resolvidas, o cuidado que a autora teve para que cada personagem tivesse um final redondinho nessa história, mesmo sendo má e deixando um gancho no final, que é para deixar qualquer leitor desesperado para saber o que acontece. Cheguei ao final chorando, mas aquelas lágrimas boas, de coração quentinho em especial em um momento como esse. Termino aqui dizendo: LEIA e apaixone-se por essa família maravilhosa e por esse livro lindo!

Boa leitura!!

Elis


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Refém dos seus Encantos
Trilogia Irmãos Borella #3
Ano: 2020
Páginas: 307
Editora: Independente
Sinopse:
"O poeta é fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente"

Se Fernando Pessoa conhecesse Elano e Karen poderíamos dizer que escreveu esses versos para eles.
A garota tímida, que fingia indiferença ao ser notada pelo garoto popular, mal poderia desconfiar que por trás da imagem de galanteador se encontrava um jovem poeta, que escondia das pessoas sua paixão pelas palavras.
Sendo o irmão do meio dos Borellas, Elano achava que deveria seguir os passos do irmão mais velho, mesmo que se sentisse deslocado no processo, entretanto se viu perdidamente apaixonado entre os olhares e flertes que os colocaram em um caminho sem volta.
Eles só não contavam com a interferência implacável do destino que colocaria um hiato de longos anos entre ambos.
Ela partiu e precisou crescer em meio a perdas e decisões difíceis. Ele ficou para trás com muitas perguntas sem respostas e um vazio que por mais que tentasse não conseguia preencher.
Será que depois de tanto tempo longe eles ainda conseguirão achar no outro o mesmo amor e encanto do passado? Ou os anos longe e tudo que aconteceu se transformaram em uma barreira intransponível?

03 setembro, 2020

Resenha :: O Refúgio do Marquês

setembro 03, 2020 0 Comentários

Olá, faroleiros, eu me apaixonei por esta autora nacional em 2017, quando depois de conhecê-la a achei super simpática e divertida, mas meu amor cresceu ao ler os seus livros, tanto que fiz questão de adquirir todos. O Refúgio do Marquês é um romance maravilhoso que precisa ser lido por toda leitora fã de romance de época, é uma história diferente do que estamos acostumadas e muito bem ambientada, respeitando todos os padrões da época.


Henrik Preston, o marquês de Bridington, é um homem casado que se isolou em sua casa de campo após a sua esposa ficar acamada com a perda de seu filho. Isso já tem cinco anos e ela nunca se recuperou. Ele passou a viver em função das suas propriedades e sua única preocupação é sua filha Lydia. Para os padrões da época ele se tornou um “selvagem” e sua casa, devido ao abandono, se tornou um lugar “assombrado”, ou talvez ele considere “amaldiçoado”. Ele só não contava com a interferência da sua mãe, que finalmente perdeu a paciência com toda esta situação e deseja o melhor para ele e a neta.

Vou lhe dizer algo que eu, particularmente, acho que homens usam como desculpa para esconder seu egoísmo e incapacidade de dar o que suas parceiras precisam. Mas a verdade é que, além do meu traquejo social, perdi outras habilidades ou ao menos esqueci. E essa foi uma delas. Eu não fui capaz de deixa-la notar, mas gosto muito de você, Caroline. Sou mais culpado do que aparento e não apenas por meus erros passados. O que eu descobri que sinto por você pode ser condenável, mas é tão precioso para mim que eu prefiro continuar sentindo.


Caroline Mooren, a Baronesa viúva de Clarington, se viu sem rumo após sua feliz viuvez, como não teve filhos em seu pouco tempo de casamento, precisa deixar a casa onde morava com seu marido para o herdeiro do baronato. Precisando seguir em frente, ela enviou uma carta para a lady Hilde Preston, prima de segundo grau de pai, pedindo apoio. Só não contava com a proposta que receberia seis meses depois.

Lady Hilde é uma personagem secundária nesta história fantástica, ela resolve contratar Caroline, em nome do filho, para ir para casa do Henrik como visita, afinal é uma prima distante, mas para trabalhar como uma governanta do lugar, com a obrigação de “ressuscitar” não apenas a casa ao seu antigo esplendor, bem como consertar o próprio marquês de seu comportamento atual, para poder conseguir uma nova esposa.


Temos então uma história com personagens fortes, decididos, cheios de tiragens cômicas e sarcásticas, que tornam os diálogos maravilhosos. Um enredo diferente que nos leva sempre ao próximo capítulo para podermos descobrir como irá terminar essa história. É impossível não odiar a esposa do marquês, bem como não se apaixonar por ele e Caroline, assim como também por sua mãe e o mordomo e a nova governanta da casa. Isso sem falar da Lydia, que é uma criança verdadeiramente especial.


A Lucy foi fantástica escrevendo esta história com personagens marcantes e especiais, com um enredo fluido, sem correr com os fatos e respeitando o tempo que a época exigia para determinados assuntos ocorrerem e serem aceitos pela sociedade sem gerar escândalos. Uma história que te envolve do início ao fim e que está impressa em uma edição linda e com uma excelente diagramação publicada pela Editora Charme. Minha nota é 5/5.

Boa leitura,

Carolina Finco


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Refúgio do Marquês
Os Preston #1
Ano: 2015
Páginas: 312
Editora: Charme
Sinopse:
"Agora você é meu refúgio e, com certeza, o mais belo".
Henrik e Caroline não poderiam ser mais diferentes.
Ele, o Marquês de Bridington, é um homem selvagem e inapropriado, que vive há anos no campo, fugindo dos fantasmas do seu passado obscuro e repleto de segredos.
Ela, Caroline Mooren, a Baronesa de Clarington, é uma jovem destemida, com um passado doloroso, que recebe a missão de reformar a mansão e talvez o marquês, ao menos é o que a marquesa viúva espera.
Ele é um caso perdido. Ela é uma mulher com um futuro incerto. Mas juntos, eles se completam e acendem a chama da paixão, que ambos acreditavam estar completamente extinguida, trazendo à tona segredos e temores que ambos escondem.
Se reerguer sob o peso do passado será uma batalha que ultrapassará os limites do refúgio que o marquês pensa ter construído, mas será que o amor é capaz de ultrapassar tantas barreiras e vencer, ou eles perderão tudo outra vez?

01 setembro, 2020

Resenha :: A Espada do Verão (Magnus Chase e os deuses de Asgard #1)

setembro 01, 2020 0 Comentários

Meus caros leitores, eu vim aqui me redimir com a Trilogia Magnus Chase! Sou a prova viva de que, às vezes, só não estávamos prontos para a história, não é culpa do livro.

Para quem não está entendendo, alguns anos atrás eu li o primeiro livro da trilogia e resenhei aqui que não gostei tanto, a resenha do segundo livro foi mais positiva, mas mesmo assim não é digna do que achei relendo tudo esse ano para, finalmente, ler o último livro de Magnus Chase. Vamos aos fatos: como se passa no mesmo universo de Percy Jackson, talvez na época que li eu não estava pronta para desapegar do protagonismo de Percy e dos deuses gregos e aceitar de coração aberto Magnus Chase e seus deuses nórdicos. 

Mas chega de enrolação! Preciso falar dessa trilogia que, sim, é incrível e que Odin me perdoe pelo tempo que demorei para admitir isso. 


Espada do Verão é o primeiro livro da trilogia Magnus Chase e os Deuses de Asgard, e o primeiro livro de Rick Riordan enveredando para a mitologia nórdica depois de já ter trabalhado com a grega, romana e egípcia. 
         
Nessa história temos um semideus nórdico que vive nas ruas de Boston depois da morte de sua mãe de forma misteriosa. Quando ele completa certa idade, começa a ser perseguido por monstros que tentam matar ele, e descobre que é filho de um deus nórdico e tal (para quem já leu os livros com essa pegada do tio Rick, sabe que isso iria acontecer uma hora ou outra), mas dessa vez a missão profetizada  é impedir que o Ragnorök aconteça (que para quem não sabe é o juízo final, segundo a mitologia nórdica, onde acontecerá a batalha entre os deuses – Clube do Farol também é cultura Nórdica). 

Meu nome é Magnus Chase. Tenho dezesseis anos. Esta é a história de como minha vida seguiu ladeira abaixo depois que eu morri.

Nesse primeiro livro da trilogia, diferente do que se era esperado pelos outros livros de Rick, Magnus não consegue sobreviver ao ataque dos monstros (isso não é spoiler já que ele fala bem no início que morre, acontece. Fim do livro. Brincadeira.). Mas na mitologia nórdica existe um lugar chamado Valhala (Salão dos Mortos) com 540 quartos em que metade dos que morrem em batalha são levados pelas Valquírias para se tornarem “einherjar” (guerreiros de Odin) para viverem lá até a chegada do Ragnarök.


Bom é para lá que Magnus Chase é levado, depois de sua morte ele acaba virando um einherjar a ter sua alma levada pela Valquíria Samirah all-Abbas, uma personagem incrível, muito baddas e mulçumana, sua religião e cultura são tratadas de uma maneira muito incrível e delicada por Rick Riordan, que a cada livro traz cada vez mais e mais representatividade. Mas Sam não é a Valquíria mais popular de Valhala, por ser filha de um deus não muito querido, e as coisas não melhoram por ela trazer Magnus para o salão. 

Outros personagens que merecem destaque são o elfo Hearth, com ele se traz mais uma representatividade, como ele é surdo, durante o livro, as conversas com ele são feitas através da linguagem de sinais; temos também seu melhor amigo Blitz, que é um anão muito fashionista. Os dois são os melhores amigos e protetores de Magnus (e sentem um pouco culpadoS por não se acharem bons protetores, já que deixam ele morrer e tal). 

Claro que o destaque especial vai para o protagonista da trilogia, Magnus Chase! Lembram desse sobrenome? Se vocês não lembraram de Annabeth Chase, de Percy Jackson, indico a vocês ficarem mais atentos ao Riordanverso... E sim! Ele é primo de Annabeth, que faz uma pequena participação nesse primeiro livro. Mas voltando ao Magnus, eu gosto muito da personalidade dele e, apesar de ter uma espada mágica e super afiada, ele não é um grande guerreiro, ele tem outras habilidades e importância que são bem destacadas no decorrer do livro, além de diferente de Percy, ele não é filho de uns dos mais poderosos deuses, mas isso não o impede de ser incrível. 

Escolhido por engano, não era sua hora. Um herói que, em Valhala, não pode permanecer agora. Em nove dias o Sol irá para o Leste, Antes que a Espada do Verão a fera liberte.

Apesar de os “einherjar” estarem ali para lutar no Ragnarök, não quer dizer que não lutem para adiar o fim do mundo, e é essa a grande missão de Magnus e seus amigos (“uma turminha do barulho vivendo altas aventuras” – risos). Apenas uma coisa que me faltou em A Espada do Verão foi um desenvolvimento melhor dos amigos de corredor de Magnus, nesse primeiro livro, eles apesar de se aparentarem, no decorrer da história, já próximos, as coisas andam muito rápidas e não parece ser uma proximidade tão natural, mas vamos ver o que a continuação tem a nos oferecer!


Para aqueles que gostam da mitologia nórdica esse livro vai ser bem legal e vai te deixar curioso para saber mais sobre ela (eu, por exemplo, acabei lendo o livro As Melhores Histórias da Mitologia Nórdica – A. S. Franchini) para saber mais. Também é muito bom para quem tem curiosidade de começar a leitura de algo de Rick Riordan, mas não é fã de mitologia Grega (que eu amo), algumas pessoas começaram por esse a se aventurar no Riordanverso e gostaram bastante. Boa leitura.


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

A Espada do Verão
Magnus Chase e os Deuses de Asgard #1
Ano: 2015
Páginas: 448
Editora: Intrínseca
Sinopse:
Às vezes é necessário morrer para começar uma nova vida...
A vida de Magnus Chase nunca foi fácil. Desde a morte da mãe em um acidente misterioso, ele tem vivido nas ruas de Boston, lutando para sobreviver e ficar fora das vistas de policiais e assistentes sociais. Até que um dia ele reencontra tio Randolph - um homem que ele mal conhece e de quem a mãe o mandara manter distância. Randolph é perigoso, mas revela um segredo improvável: Magnus é filho de um deus nórdico.
As lendas vikings são reais. Os deuses de Asgard estão se preparando para a guerra. Trolls, gigantes e outros monstros horripilantes estão se unindo para o Ragnarök, o Juízo Final. Para impedir o fim do mundo Magnus deve ir em uma importante jornada até encontrar uma poderosa arma perdida há mais de mil anos. A espada do verão é o primeiro livro de Magnus Chase e os deuses de Asgard, a nova trilogia de Rick Riordan, agora sobre mitologia nórdica.

29 agosto, 2020

Resenha :: Bad Reputation — O Encontro

agosto 29, 2020 2 Comentários

Olá, pessoa! Eu me encantei com a resenha da Vivi, do blog O Senhor dos Livros, e quis muito ler essa história. Então, agora posso te contar como foi a minha experiência de leitura.

Esse é o primeiro livro da série Bad Reputation, então não se preocupe, você está no caminho certo. Eu particularmente amei a ideia do intercâmbio estudantil e a forma como a autora levou a trama, e sobre os acontecimentos eu só posso dizer: por favor, o próximo livro!!


A história é contada em primeira pessoa, pela visão da própria Isabella, que vai nos contando desde de sua partida do Brasil até sua chegada a Londres, na casa em que vai dividir com Li e Ezra. Ambas intercambistas de outros países. Com isso teremos a visão dela dos fatos e muitas perguntas ficarão para serem respondidas no próximo livro.

Um sorriso surgiu em meus lábios sem que eu pudesse evitar. Meu coração batia rápido, e eu segurava o iPod com força em minhas mãos. Eu tinha certeza de que aquela viagem mudaria minha vida.


Eu amei a linguagem usada no livro, completamente contemporânea respeitando a idade dos personagens, sem em nenhum momento forçar ou tentar carregar em um ou outro estereótipo, deixando tudo leve e muito condizente com cada personagem. Os diálogos são ótimos para passar a ideia geral da conversa, por serem mais longos ou mais curtos dependendo do contexto ou se não estivermos falando do Thomas nesse caso.

Só temos uma chance, uma vida. Por que desperdiçá-la? Por que não correr atrás daquilo que queremos com toda a força que temos? Eu queria aproveitar cada segundo da minha vida e viajar o mundo parecia uma ótima maneira de fazer isso.


Cada personagem, além de diferentes origens étnicas, também tem características próprias muito marcantes, que vão além do sotaque ou país de origem. Impossível não se encantar com Ezra, ou se apaixonar por Thomas, ou ainda ficar curiosa a respeito de Li. Claro que como esse é o primeiro, eu já espero saber mais de alguns e entender as motivações de outros no próximo livro.

A narrativa foi uma doce surpresa, porque Isabella, mesmo sendo quem conta a história, não nos mantêm com o olhar apenas em seu mundo, ela também vai falando sobre o lugar, deixando que a pessoa que está lendo acompanhe seus passeios por Londres, veja com ela os pontos turísticos ou se encante com algumas descobertas simples, mas que fazem toda diferença quando se está em outro país do mundo que não o seu. O texto flui muito bem e deixa um gostinho que é na medida para encantar e cativar quem lê. Mas, sim, temos um desfecho, mas eu não sei lidar com esse final!!


— Se está chovendo, eu me lembro de que o sol está atrás de todas as nuvens com toda sua força. E a vida é mais ou menos assim. Se a gente souber lidar com a fase ruim, logo a fase boa vem.

Preciso de respostas e saber o que acontece para ontem!! Já estou ansiosa pelo lançamento do próximo livro e, claro, preciso deixar a dica para você ler: Bad Reputation 1.5: A Conexão. É um conto que pode ser lido em formato digital na Amazon, e que conta um pouco mais do que se passa no capítulo 8 de Bad Reputation - O Encontro. Ou seja, assim como eu, você descobre muito, muito mais do que Thomas revelou e a chave para o que explica várias de suas atitudes. Enfim, boa leitura e nos falamos após o próximo livro!


A edição está maravilhosa! Uma encadernação excelente, uma capa que gostei muito, uma impressão ideal para a leitura com papel pólen, fonte em tamanho ideal para uma leitura superconfortável e ótima diagramação e revisão.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Bad Reputation — O Encontro
Bad Reputation #1
Ano: 2019
Páginas: 240
Editora: Coerência
Sinopse:
Isabela está finalmente realizando seu maior sonho: passar um ano estudando na Inglaterra! Ela quer deixar para trás as coisas ruins e quer conhecer coisas novas. Aos poucos se adaptando na cidade, percebe que nem tudo é como ela sonhava até que em uma reviravolta completamente inesperada, de repente seu intercâmbio parece estar virando uma história de amor proibido.


Para comprar:

 Livro Físico
 E-book


Dinâmica, inovadora, eclética e arrojada, a Editora Coerência já chega ao mercado revelando seu diferencial: a divulgação dos autores nacionais, que têm tanta dificuldade em se fazerem notar.
Criada não apenas para viabilizar a publicação de autores (ainda) não renomados, a Coerência conta com toda uma equipe de revisores, diagramadores, ilustradores, capistas e assessores, que preparam a obra para que esta chegue com qualidade à casa de milhares de leitores em todo o Brasil.
Foi pensando em fazer com que sonhos tivessem vida que a editora-chefe, Lilian Vaccaro, formulou a Coerência, para que se tornasse não mais do mesmo, e sim um lugar onde o autor pode, acima de tudo, se realizar e ganhar experiência no mercado editorial.


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