12 janeiro, 2023

Resenha :: Nudez Mortal

janeiro 12, 2023 0 Comentários

Mesmo tendo vários romances polícias dela como Nora Roberts, J.D. é quase uma nova escritora.  Claro que consigo reconhecer os traços da personalidade da Nora. Portanto, eu irei resenhar os livros da J.D. Robb como J.D. Robb.

Na Série Mortal não tem enfeites, cenas brutais romantizadas, o lado feio da humanidade e como cada pessoa é fruto não de um destino ou fatalidades e eventos da vida e sim de suas escolhas, mediante as situações vividas, é mostrada em sua totalidade nua, crua e como todo policial a enxerga quando chega na cena do crime, quando lê as páginas do processo sob a mesa durante a investigação.

A história da série é no futuro. Tudo não é exatamente novo e nem o passado é cultuado. O presente é como é. Eve Dallas é uma tenente que fez suas escolhas e encontrou na polícia sua maneira de viver.


Toda a trama é instigante e muito bem elaborada, não deixa aqueles furos imensos e te envolve durante a leitura. Os detalhes do dia a dia de Eve te dão apenas os momentos necessários para digerir os detalhes mais sórdidos dos crimes, e mesmo assim esses momentos não são exatamente de paz. As reviravoltas deixam a história em ponto de suspense a todo momento e a dúvida sobre quem é o criminoso muda com cada novo acontecimento. Os assassinatos são descritos sob a perspectiva do assassino, porque todo policial tende a tentar pensar assim enquanto estuda a cena. Uma forma também de distanciamento dos fatos, digo isso porque não existem sutilezas para essas cenas. Ainda mais por serem crimes ligados ao sexo.

"— Quanto mais as coisas mudam... — Sim, mais continuam como sempre foram. Os casais ainda se entregam a rituais para se cortejarem, os seres humanos seguem se matando, e os políticos continuam a beijar bebês e a mentir"

10 janeiro, 2023

Resenha :: Eu chamo de amor

janeiro 10, 2023 0 Comentários

 

Muitos falam que nasceram no ano errado, que se dariam muito bem nos anos 60 ou 80 com o início das bandas de rock, porém caro leitor, pense bem, não diminuía o nosso tempo, o século vinte e um é quase um sinônimo para a palavra “liberdade” e consequentemente do Amor. A liberdade de amar após anos no controle, sem direitos, pode amedrontar quem está começando a conhecer esse sentimento, o medo de se machucar é quase maior que o desejo de apenas ser feliz com o outro e com si próprio, e assim, é necessário se perguntar, o que é amor para você?

05 janeiro, 2023

30 dezembro, 2022

24 dezembro, 2022

Resenha :: Uma Visita Inesperada

dezembro 24, 2022 1 Comentários



Livros infantis nunca são só para um único público, os temas escondidos nas histórias são compreendidos de forma diferente para quem tem a vida em percurso e o outro no início dela, cada um tendo sua própria interpretação. E é por isso que lemos histórias para os pequenos, as explicações sobre a vida é feita de maneira tão simples que até os adultos se surpreendem, mas e se o tema não for sobre a vida e sim a morte? Um assunto, que é pouco falado entre os adultos, é contado de forma simples para as crianças em Uma Visita Inesperada. 

  

A Dona Morte vem para todos, essa é uma lei universal. 



Em meio às ilustrações de Luiz Henrique e a escrita de Samuel Medina, a bruxa Mafalda é apresentada como uma das mais velhas do mundo mágico e, mesmo com poções e feitiços, ninguém entende como ela continuava tão jovem. A morte batia na casa de todos os bruxos, um a um se juntava para a passagem, e Mafalda continuava em sua casa, cantando, cozinhando, limpando, esperando pelo próximo dia e agradecendo pelo anterior, sempre feliz até que a famosa batida em sua porta surge... Mas não do jeito que imaginou. 

  

A morte é colocada como uma senhora de vestido verde, brilhante, e isso logo surpreende Mafalda, que esperava algo totalmente diferente. A Dona Morte percebe e explica não só a bruxa, mas ao leitor, que a morte é como um espelho, se você a vê como algo bom ou ruim, irá depender apenas de você. 

  

Eu sou como um espelho, Mafalda. Se você não viu foice ou caveira escondida com capuz, é porque essa imagem não tem espaço no seu coração. 

  

Mafalda logo se prepara para ir embora desse mundo quando a Dona Morte avisa que veio apenas para conversar, ainda não era o momento de ir junto com ela. A bruxa com aparência de jovem tem uma reação um tanto quanto inesperada ao ficar triste por não ter chegado a hora, mas ao longo da leitura o leitor começa a entender o que aconteceu para a Morte não querer levar Mafalda. 



A história conta como devemos olhar para a morte, a acostumar com sua presença e não ignorar como normalmente é feito. A Mafalda precisa enfrentar a morte diariamente como uma amiga do lado e não uma inimiga, não importando a idade, ela irá chegar de surpresa. Falar dela abertamente, refletir, agradecer todos os dias pelo o que teve de bom, são abordados de forma doce pelo escritor. O público alvo percebe a alegria da personagem em estar viva, e ri pelo fato de que ela já quer ir embora, mas ainda não chegou a hora, afinal, não é ela quem decide e assim só resta esperar enquanto toma café com a Dona Morte. 

  

O rosto da Malfada deixava escapar uma pergunta, que a menininha respondeu apenas com um silencioso sim, enquanto estendia sua pequena mão. Com uma expressão que passava entre o alívio e a expectativa, Mafalda começou a cantar uma canção de despedida. 



Informações Técnicas do livro

Uma Visita Inesperada 

Samuel Medina 

Ilustração: Luiz Henrique Evaristo 

Ano: 2021 

Páginas: 30 

Editora: A Mascote 

Sinopse: 

Mafalda é uma bruxa que gosta de cantar. E canta tão bem, que recebe uma visita que passa dias ouvindo sua música. Uma visita que, mesmo inesperada, vem para todos nós... 




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