Resenha :: Arrebatado pelo Mar
“— A vida é um presente. Nem sempre ela funciona às mil maravilhas, mas é algo precioso.”
“— A vida é um presente. Nem sempre ela funciona às mil maravilhas, mas é algo precioso.”
Olá pessoas, sei que não é frequente, mas eu realmente precisava vir aqui compartilhar sobre essa HQ (História em Quadrinhos / Grafic Novel) com vocês. Porém, é impossível não cair no clichê de dizer que pra quem não sabe (vai que...) Charlaine Harris é a autora da série Crônicas de ''Sookie Stackhouse'', os livros que deram origem ao seriado ''True Blood'', produzido pelo canal HBO.
Quando a editora Valentina
anunciou esse lançamento, confesso que foi impossível não querer ler, após ter
conhecido a história anterior: Antes que o café esfrie. E sinceramente, que
delícia!! Tão gostoso quanto um café coado na hora, com os melhores grãos, essa
continuação me fez ter certeza que melhor que um cafezinho só dois cafezinhos!!
Voltamos a cafeteria de nome incomum, da já querida “Funiculì Funiculà”, a despeito de sua reputação de poder proporcionar viagens no tempo, permanece quase igual a sua forma original, com poucas mudanças e modernizações ao longo dos anos em uma ruazinha estreita e silenciosa de Tóquio, em um subsolo, há mais de 100 anos, servindo um café cuidadosamente preparado.
"Só que o autor, chamado N. R. Strickland, era um mistério. O exemplar que Lily tinha descoberto na livraria estava rasgado e esfarrapado, publicado anos antes por uma editora britânica já extinta. A escassa biografia de N. R. Strickland dizia que ele tinha nascido e sido criado em Londres e que Os elfos de Ceradon era seu primeiro livro. Não indicava um site ou uma rede social. A contracapa lisa vermelho-escura não tinha nem foto. Nos dias atuais, era estranho, mas um pouquinho admirável, que ele tivesse decidido abrir mão de qualquer coisa pública."
O livro é dividido em duas partes, com uma narração em terceira pessoa. Na primeira parte, temos uma troca deliciosa de e-mails (sim, e-mails) entre Lily e seu autor favorito N. R. Strickland, pseudônimo do Nick (que a Lily não sabe quem é, mas quem está lendo já sabe...risos). E a segunda algum tempo depois que eles perderam contato.
Nesse primeiro momento, vamos conhecendo um pouco da vida de ambos atualmente e o que estão fazendo de suas vidas. E admito de além da troca de mensagem funcionar superbem, a apresentação dos personagens um para o outro funciona ainda melhor para envolver que lê com eles. Além da torcida pelo casal, surge também a torcida individual por cada um deles assim que acontece o reencontro em que são vizinhos.
Claro que não é preciso ler as obras anteriores para conferir sobre A história dos Evangélicos, mas entendo que tudo está conectado de várias formas e por isso como o próprio livro alerta, não é possível entender o mundo que vivemos, sem olhar pelo retrovisor da história e entender quais fatos e acontecimentos que nos trouxeram a realidade atual. Contudo, para alguém não estudioso do tema pode ficar inviável, afinal são mais de 2000 anos só pensando nos fatos pós-Jesus Cristo. Então nada melhor que um resumo acurado dos principais fatos, com indicações de onde e como se aprofundar em algum tema.
Olá pessoas, você já se apaixonou por uma história pela expectativa dos assuntos que vai abordar? Sem falar numa capa com cores lindas e a promessa de uma história que tem muito mais que uma capa bonita. Foi assim minha relação com esse livro, e compartilho as impressões pós-leitura com você.
O livro é narrado em terceira pessoa, assim temos acesso aos pensamentos e emoções de Marina e Cristiano e podemos entender a dinâmica de vários acontecimentos que envolvem os dois. Caso você ame narrativa em primeira pessoa, posso garantir que não iria querer que essa história fosse nesse estilo. Sério, ficou perfeito como está.
Gostei que do clichê a autora trouxe várias novidades e não focou na vida escolar, ela como na vida real é parte da história e não toda ela. A inclusão de uma instituição religiosa que atende crianças surdas, foi uma ótima iniciativa não apenas pelo temo inclusão, mas como também é possível uma história, ter religião sem religiosidade. Nenhuma crença ou falta dela foi ofendida no processo.
Com uma narrativa em terceira pessoa, vamos começar com o sofrimento do protagonista, um lobo que vive dentro de um homem (não, ele não "vira propriamente um lobo como nos filmes) depois de suportar anos a fio torturas constantes comandadas pela Horda dos vampiros, Lachlain MacRieve, líder do clã dos Lykae, fica enfurecido ao descobrir que sua parceira, há tanto tempo profetizada e pela qual espera há mais de um milênio, é uma vampira, assim como seus captores.
"Todos diziam que somente a verdadeira companheira de um Lykae conseguiria amenizar suas dores e mágoas. Se aquela vampira realmente estivesse designada para ele, haveria muitas dificuldades pela frente."
"Se várias gerações crescem sem saber quem são as mulheres que fizeram nossa história, que lugar no país e no mundo somos preparadas para ocupar?"
"Ao final de tantos esforços, o que se sobressai nas trajetórias aqui reunidas é a força dessas mulheres para comunicar e promover mudanças para toda a sociedade."
Duda Porto de Souza, Aryane Cararo
Ano: 2017
Páginas: 208
Editora Seguinte
Sinopse: Dandara foi uma guerreira negra fundamental para o Quilombo dos Palmares. Bertha Lutz foi a maior representante do movimento sufragista no Brasil. Maria da Penha ficou paraplégica e por pouco não perdeu a vida, mas sua luta resultou na principal lei contra a violência doméstica do país. Essas e muitas outras brasileiras impactaram a nossa história e, indiretamente, a nossa vida, mas raramente aparecem nos livros. Este volume, resultado de uma extensa pesquisa, chega para trazer o reconhecimento que elas merecem. Aqui, você vai encontrar perfis de revolucionárias de etnias e regiões variadas, que viveram desde o século XVI até a atualidade, e conhecer os retratos de cada uma delas, feitos por artistas brasileiras. O que todas essas mulheres têm em comum? A força extraordinária para lutar por seus ideais e transformar o Brasil.
Apesar de alegarem que os livros podem ser lidos foras de ordem eu não concordo, navegando no grupo do facebook dos fans da série Mortal, percebi que muitas das perguntas feitas, só eram respondidas por quem leu todos os livros ou os primeiros da série. Isso deixa a leitura ruim? Não sei, mas depende de seu grau de interesse na resposta. Outro fator que ajuda aos livros para serem lidos fora da ordem da história é a narrativa em terceira pessoa.
Digo isso, porque no segundo livro a Tenente Eve Dallas tem que conviver com as consequências da resolução de um crime que envolveu grandes nomes e também por seu relacionamento com Roarke. Afinal ele não é um mero mortal.
"- Eu diria, Eve, que você é uma policial melhor, e uma mulher melhor, por causa disso. Um foco único na vida nos limita e pode, com frequência, se tornar obsessivo. Uma vida saudável precisa de mais de um objetivo, de mais de uma paixão. - Então acho que a minha vida está ficando mais saudável."
"— Vítimas que procuram ajuda e continuam a lutar são as pessoas mais fortes de todas."
Eu me senti arrebatada pela ideia
da coleção Mistérios em série, desde que foi lançado, confesso que já li os 9
primeiros livros da série publicados e vou começar a contar sobre minhas
leituras, por Maisie Dobbs. Caso você não tenha lido ou saiba muito a respeito
dessa série, começo te dizendo que cada autora tem uma linha única de escrever
sobre mistérios e investigações e caso você não curta uma autora, sugiro que
leia a próxima e a próxima porque com certeza nessa série existe um livro pra
você.
“Maurice diz que apenas quando soubermos respeitar o tempo teremos aprendido alguma coisa sobre a arte de viver”
Essa história é um convite para parar, respirar e mergulhar num momento que é mais que folhas e água quente, é um ritual milenar e por isso celebrado sem o ritmo acelerado das coisas que fazemos rotineiramente. E, com essa breve explicação sobre o clima da história, vamos ao livro!
"Agora entendo. A magia não está na cerimônia do chá ou na partilha de uma xícara. Está na conexão, na breve união de almas. As folhas de chá são um canal e os ingredientes, as indicações"
O que acontece depois do: "felizes para sempre"? O que pode mudar quando a noite dá lugar ao dia? Essas são as respostas que encontraremos no segundo volume da duologia Hearts in the Darkness. A primeira parte, eu falei aqui no clube na resenha de Amor na escuridão, e agora vamos ao que aconteceu depois.
A história começa com uma passagem de tempo que revela que depois do começo, cabe ao casal construir o para sempre, infelizmente os problemas de Caden são muito mais complicados que ter medo de lugares apertados e escuros e a felicidade pode ser um problema. E sinceramente não teve como não pensar com o ditado “quando a esmola é demais”... Felizmente para nós, leitores, a autora manteve cada personagem contando a história sob seu ponto de vista, alternando a narrativa durante a história, mantendo além de uma narrativa mais dinâmica, quem está lendo entendendo o contexto dos acontecimentos.
"- Vai ficar tudo bem - ele disse, desejando isso com todas as suas forças. A vida devia isso a ele, maldição. Essa única coisa."
E posso com sorriso afirmar que a própria autora me apresentou sua história, calma não é nada espiritual, foi após ler a biografia sobre a vida de Charlotte Brontë que pude compreender tanto quanto possível a autora, sua vida e seus personagens.
"Aqui, chego a imaginar possível um amor que dure a vida inteira; e dantes alimentava em firme descrença em qualquer amor capaz de durar mais de um ano."
Mesmo tendo vários romances polícias dela como Nora Roberts, J.D. é quase uma nova escritora. Claro que consigo reconhecer os traços da personalidade da Nora. Portanto, eu irei resenhar os livros da J.D. Robb como J.D. Robb.
Na Série Mortal não tem enfeites, cenas brutais romantizadas, o lado feio da humanidade e como cada pessoa é fruto não de um destino ou fatalidades e eventos da vida e sim de suas escolhas, mediante as situações vividas, é mostrada em sua totalidade nua, crua e como todo policial a enxerga quando chega na cena do crime, quando lê as páginas do processo sob a mesa durante a investigação.
A história da série é no futuro. Tudo não é exatamente novo e nem o passado é cultuado. O presente é como é. Eve Dallas é uma tenente que fez suas escolhas e encontrou na polícia sua maneira de viver.
Toda a trama é instigante e muito bem elaborada, não deixa aqueles furos imensos e te envolve durante a leitura. Os detalhes do dia a dia de Eve te dão apenas os momentos necessários para digerir os detalhes mais sórdidos dos crimes, e mesmo assim esses momentos não são exatamente de paz. As reviravoltas deixam a história em ponto de suspense a todo momento e a dúvida sobre quem é o criminoso muda com cada novo acontecimento. Os assassinatos são descritos sob a perspectiva do assassino, porque todo policial tende a tentar pensar assim enquanto estuda a cena. Uma forma também de distanciamento dos fatos, digo isso porque não existem sutilezas para essas cenas. Ainda mais por serem crimes ligados ao sexo.
"— Quanto mais as coisas mudam... — Sim, mais continuam como sempre foram. Os casais ainda se entregam a rituais para se cortejarem, os seres humanos seguem se matando, e os políticos continuam a beijar bebês e a mentir"
Olá, pessoa! Confesso que faz muito, muito tempo que não me jogava em um romance contemporâneo. Um dos fatores que amei foi estar com a duologia completa para começar a leitura. Cada personagem vai contar a história sob seu ponto de vista, alternando a narrativa durante a história, sem que fique em momento nenhum confuso, pelo contrário, você consegue entender a situação ainda melhor por ser assim.